15 dezembro, 2021

# @Carol Finco # Babi A. Sette

Resenha :: A Aurora da Lótus



Olá, faroleiros, tudo certo com vocês? Espero que, assim como eu, vocês estejam tendo o prazer de ler ótimas histórias. E por falar nisso, venho aqui tentar falar com vocês um pouco sobre o que foi a minha leitura deste último lançamento da Babi, que por curiosidade foi a primeira história que ela escreveu, quando foi estimulada a pôr no papel a história que lhe tinha vindo a mente, mas após escrever ele foi engavetado. Porém, para nossa completa felicidade, hoje mais experiente, seu coração voltou a este antigo manuscrito e, após reescreve-lo, foi finalmente publicado.



É claro que não foi assim tão simples, escrever dá trabalho e não apenas para o autor, até o livro ser publicado passa-se por várias mãos. Por isso devemos valorizar muito nossos autores nacionais. A Babi tem uma escrita bem característica, uma veia dramática que adora fazer nosso coração chorar pelo romance dos personagens, mas seu final feliz certo e toda a emoção pelo caminho nos torna fiéis à sua leitura, porém o que nos arrebata neste livro é algo diferente. Confesso que neste caso o que mais me atraiu a lê-lo foi o tema tão diferente ao que estamos habituados, um romance que se passa no Egito antes de Cristo e que ainda por cima envolve o povo Hebreu. 

  

Não tinha dúvida da sensibilidade da Babi em relação ao seu tratamento quanto a assuntos bíblicos, por menores que sejam, ela conseguiu contar a história de maneira a não haver nenhum desrespeito ao que, nós cristãos, acreditamos sobre a passagem do povo hebreu no Egito, ao mesmo tempo em que deixava claro estarmos lendo uma história de romance de ficção e não histórico. Ela nos preenche com riquezas de detalhes que nos transportam para dentro das páginas do livro e, como disse uma leitora, nos faz sentir com areia grudada na pele. 

  

Você pode estar comentando agora porquê eu ainda não falei um pouco sobre a história em si. É que este livro entrou para minha lista de leituras que me falta palavras para elogiá-lo e assim sobra a vontade de tentar descrever tudo o que me fez amá-lo, mas sem dar nenhum spoiler.



É fato que o povo hebreu se multiplicou no Egito, fazendo com que os líderes e o próprio povo do Egito os temessem, assim eles se tornaram escravos em uma terra onde já eram estrangeiros. O sofrimento era grande e para as mulheres, principalmente quando se era jovem e bonita, a situação era ainda mais complicada, infelizmente nos dias atuais o tratamento para com a mulher não melhorou muito. E este é o ponto chave desta história, como o nosso desejo pelo amor, por algo melhor, pode nos cegar e como a obsessão pode ser mascarada em forma de amor.

 

— Nada sem o amor funciona, até a sabedoria se perde e vira arrogância. (...)  

— E o poder?  

— Poder sem amor vira autoritarismo, controle e posse.  

— Como saber o que é amor e o que não é? (...)  

— Essa é uma boa pergunta. Tão difícil quanto diferenciar um grão de areia do outro. Acho que por isso estamos aqui, para aprender a amar.

 

Zarah é uma jovem hebreia lindíssima, mas que sofre com a vida que leva, e vive com sua mãe momentos mais angustiantes ainda em seu lar por ter perdido o pai, o respeito do seu povo por sua família, devido a fatos que não são de sua responsabilidade, e a mãe sofrer de dores constantes por causa do trabalho em excesso. Sua única alegria e consolo é seu melhor amigo, o David. Que sempre que pode lhe ajuda em vários sentidos. 

  

Ela sonha com a liberdade para si e seu povo, bem como uma vida melhor e, após ser socorrida por um comandante egípcio, deu um ataque, ela tem despertado em seu coração sentimentos nunca antes vividos, conflituosos e por isso também tem um medo ainda maior de se perder completamente devido as suas decisões. Neste ponto já estamos tão presos na história que não queremos mais largar o livro, detalhe, estamos no capítulo três.



O futuro não pode ser lido, nem por mim, nem por ninguém. O futuro não é fixo, é impermanente, como tudo à nossa volta. O que a água me mostra é uma tendência, e não um decreto. Tudo está em constante movimento e só você pode moldar o seu destino.

 

Babi nos traz nesta história personagens maravilhosos, tanto para amar, quanto para ter raiva. Um dos pontos que gostei do livro é que a narrativa não é focada apenas na Zarah, temos capítulos sobre os outros personagens, o que torna o livro mais dinâmico, em minha opinião, e a leitura mais fluida e gostosa, pois temos a oportunidade de conhecer a todos os envolvidos na trama diretamente. Segundo, o tema principal abordado neste livro de forma espetacular é relacionamento tóxico. Esse tipo de romance não dever ser embelezado e muito menos aceito e a Babi soube trazer este assunto de forma brilhante. Mas o perdão cura e liberta a alma. Porém, lembre-se que há uma diferença entre perdoar e aceitar. 

  

Babi não acredita ter feito um final feliz, de contos de fadas. Foi dramático, com certeza, mas para mim o único final desejado e aceitável e foi feliz sim! Pois foi verdadeiro e emocionante, foi libertador, foi uma leitura maravilhosa. Nota máxima e favorita na vida. Todos podemos cometer erros, o importante é o que fazemos para acertá-los e principalmente não os cometer mais.

 

O amor verdadeiro é livre.



Não posso terminar esta resenha sem antes elogiar o magnífico trabalho editorial deste livro, a capa, a diagramação do texto, a foto da Babi, tudo está lindíssimo. Segundo, o fato da autora nos ter presenteado com o livreto contendo cenas extras fez meu coração romântico extremamente feliz, bem como o abrir do coração de autora para explicar o que este livro teve de tão especial. Verus, favor publicar pelo menos em ebook este livreto para todos terem a oportunidade de ler. 

  

Parabéns, Babi, este é o sétimo livro seu que leio e, sem dúvidas, foi mais arrebatador. Leiam, mesmo que você não seja fã de romance, tenho certeza que irá amar esta história. 

 

Boa leitura, 

Carolina Finco




Informações Técnicas do livro

A Aurora da Lótus 

Babi A. Sette 

Ano: 2021 

Páginas: 350 

Editora: Verus 

Sinopse: 

Novo e aguardado romance de Babi A. Sette, A aurora da lótus conquista o leitor com uma história envolvente sobre a busca pela liberdade e o amor verdadeiro no Egito Antigo. 

 

Egito, 1283 a.C. Dentro do bairro hebreu vive Zarah, uma jovem que sonha com a liberdade e com dias melhores para o seu povo. Salva de um ataque por Ramose, um comandante egípcio, ela se envolve em um jogo de sedução e é arrebatada por uma paixão proibida. 

Ramose é o inimigo, mas tem nas mãos a promessa de uma vida melhor não somente para ela, como também para o seu povo. Virando as costas para os costumes e o acolhimento de sua gente e para o convívio com David, seu melhor amigo, Zarah escolhe a possibilidade de viver um grande amor e acaba entregue a uma paixão intensa e obsessiva, em que desejo, ciúme e posse se misturam. 

Agora, para reescrever a sua história, Zarah terá que percorrer uma jornada de volta à sua essência e descobrir até onde é capaz de ir em busca da liberdade e do amor verdadeiro. 

  

“Com um cenário surpreendente e personagens dolorosamente reais, Babi A. Sette instiga, choca e emociona o leitor de tal maneira que, ao final da leitura, sentimos o coração transbordar com as mais variadas emoções. A potência por trás deste romance aprisiona o leitor em suas páginas, mas também o liberta de inúmeras maneiras. Afinal, apesar de ser uma história de amor, a trama nos presenteia com o tipo de amor mais valioso que podemos encontrar: aquele que aprendemos a sentir por nós mesmos.” – Paola Aleksandra, autora de Livre para recomeçar 

  

“Diferente de tudo o que já li de Babi A. Sette, mas com sua inconfundível marca de criar histórias fortes, sensíveis e arrebatadoras. Uma viagem ao Egito Antigo em uma trama intensa, recheada de paixão, sedução, ciúme, intrigas e renúncias, no romance proibido entre um comandante egípcio e uma hebreia.” – Anne Marck, autora da trilogia Protetores 

  

“Em sua obra mais díspar, Babi A. Sette faz de luzes e sombras os ingredientes principais da trama – componentes que, não por acaso, são também da própria essência humana. Mergulhei com Zarah nesta jornada e cometi com ela seus erros, apenas para, ao final, sentir o calor da aurora que as palavras de Babi sempre têm o poder de causar.” – Aione Simões, autora de Um salto para o amor 

  

“Com uma obra original e surpreendente, Babi A. Sette nos leva a uma viagem de entrega e descobrimento, em que as barreiras entre os sentimentos mais profundos do coração humano se dissolvem como grãos de areia no deserto.” – Deborah Strougo, autora de A invenção de nós dois 

  

Não recomendado para menores de 18 anos.




Para comprar:

 Livro Físico

 E-book




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