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01 setembro, 2020

Resenha :: A Espada do Verão (Magnus Chase e os deuses de Asgard #1)

setembro 01, 2020 0 Comentários

Meus caros leitores, eu vim aqui me redimir com a Trilogia Magnus Chase! Sou a prova viva de que, às vezes, só não estávamos prontos para a história, não é culpa do livro.

Para quem não está entendendo, alguns anos atrás eu li o primeiro livro da trilogia e resenhei aqui que não gostei tanto, a resenha do segundo livro foi mais positiva, mas mesmo assim não é digna do que achei relendo tudo esse ano para, finalmente, ler o último livro de Magnus Chase. Vamos aos fatos: como se passa no mesmo universo de Percy Jackson, talvez na época que li eu não estava pronta para desapegar do protagonismo de Percy e dos deuses gregos e aceitar de coração aberto Magnus Chase e seus deuses nórdicos. 

Mas chega de enrolação! Preciso falar dessa trilogia que, sim, é incrível e que Odin me perdoe pelo tempo que demorei para admitir isso. 


Espada do Verão é o primeiro livro da trilogia Magnus Chase e os Deuses de Asgard, e o primeiro livro de Rick Riordan enveredando para a mitologia nórdica depois de já ter trabalhado com a grega, romana e egípcia. 
         
Nessa história temos um semideus nórdico que vive nas ruas de Boston depois da morte de sua mãe de forma misteriosa. Quando ele completa certa idade, começa a ser perseguido por monstros que tentam matar ele, e descobre que é filho de um deus nórdico e tal (para quem já leu os livros com essa pegada do tio Rick, sabe que isso iria acontecer uma hora ou outra), mas dessa vez a missão profetizada  é impedir que o Ragnorök aconteça (que para quem não sabe é o juízo final, segundo a mitologia nórdica, onde acontecerá a batalha entre os deuses – Clube do Farol também é cultura Nórdica). 

Meu nome é Magnus Chase. Tenho dezesseis anos. Esta é a história de como minha vida seguiu ladeira abaixo depois que eu morri.

Nesse primeiro livro da trilogia, diferente do que se era esperado pelos outros livros de Rick, Magnus não consegue sobreviver ao ataque dos monstros (isso não é spoiler já que ele fala bem no início que morre, acontece. Fim do livro. Brincadeira.). Mas na mitologia nórdica existe um lugar chamado Valhala (Salão dos Mortos) com 540 quartos em que metade dos que morrem em batalha são levados pelas Valquírias para se tornarem “einherjar” (guerreiros de Odin) para viverem lá até a chegada do Ragnarök.


Bom é para lá que Magnus Chase é levado, depois de sua morte ele acaba virando um einherjar a ter sua alma levada pela Valquíria Samirah all-Abbas, uma personagem incrível, muito baddas e mulçumana, sua religião e cultura são tratadas de uma maneira muito incrível e delicada por Rick Riordan, que a cada livro traz cada vez mais e mais representatividade. Mas Sam não é a Valquíria mais popular de Valhala, por ser filha de um deus não muito querido, e as coisas não melhoram por ela trazer Magnus para o salão. 

Outros personagens que merecem destaque são o elfo Hearth, com ele se traz mais uma representatividade, como ele é surdo, durante o livro, as conversas com ele são feitas através da linguagem de sinais; temos também seu melhor amigo Blitz, que é um anão muito fashionista. Os dois são os melhores amigos e protetores de Magnus (e sentem um pouco culpadoS por não se acharem bons protetores, já que deixam ele morrer e tal). 

Claro que o destaque especial vai para o protagonista da trilogia, Magnus Chase! Lembram desse sobrenome? Se vocês não lembraram de Annabeth Chase, de Percy Jackson, indico a vocês ficarem mais atentos ao Riordanverso... E sim! Ele é primo de Annabeth, que faz uma pequena participação nesse primeiro livro. Mas voltando ao Magnus, eu gosto muito da personalidade dele e, apesar de ter uma espada mágica e super afiada, ele não é um grande guerreiro, ele tem outras habilidades e importância que são bem destacadas no decorrer do livro, além de diferente de Percy, ele não é filho de uns dos mais poderosos deuses, mas isso não o impede de ser incrível. 

Escolhido por engano, não era sua hora. Um herói que, em Valhala, não pode permanecer agora. Em nove dias o Sol irá para o Leste, Antes que a Espada do Verão a fera liberte.

Apesar de os “einherjar” estarem ali para lutar no Ragnarök, não quer dizer que não lutem para adiar o fim do mundo, e é essa a grande missão de Magnus e seus amigos (“uma turminha do barulho vivendo altas aventuras” – risos). Apenas uma coisa que me faltou em A Espada do Verão foi um desenvolvimento melhor dos amigos de corredor de Magnus, nesse primeiro livro, eles apesar de se aparentarem, no decorrer da história, já próximos, as coisas andam muito rápidas e não parece ser uma proximidade tão natural, mas vamos ver o que a continuação tem a nos oferecer!


Para aqueles que gostam da mitologia nórdica esse livro vai ser bem legal e vai te deixar curioso para saber mais sobre ela (eu, por exemplo, acabei lendo o livro As Melhores Histórias da Mitologia Nórdica – A. S. Franchini) para saber mais. Também é muito bom para quem tem curiosidade de começar a leitura de algo de Rick Riordan, mas não é fã de mitologia Grega (que eu amo), algumas pessoas começaram por esse a se aventurar no Riordanverso e gostaram bastante. Boa leitura.


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

A Espada do Verão
Magnus Chase e os Deuses de Asgard #1
Ano: 2015
Páginas: 448
Editora: Intrínseca
Sinopse:
Às vezes é necessário morrer para começar uma nova vida...
A vida de Magnus Chase nunca foi fácil. Desde a morte da mãe em um acidente misterioso, ele tem vivido nas ruas de Boston, lutando para sobreviver e ficar fora das vistas de policiais e assistentes sociais. Até que um dia ele reencontra tio Randolph - um homem que ele mal conhece e de quem a mãe o mandara manter distância. Randolph é perigoso, mas revela um segredo improvável: Magnus é filho de um deus nórdico.
As lendas vikings são reais. Os deuses de Asgard estão se preparando para a guerra. Trolls, gigantes e outros monstros horripilantes estão se unindo para o Ragnarök, o Juízo Final. Para impedir o fim do mundo Magnus deve ir em uma importante jornada até encontrar uma poderosa arma perdida há mais de mil anos. A espada do verão é o primeiro livro de Magnus Chase e os deuses de Asgard, a nova trilogia de Rick Riordan, agora sobre mitologia nórdica.

10 setembro, 2019

Resenha :: O Oráculo Oculto (As Provações de Apolo #1)

setembro 10, 2019 0 Comentários

Para quem já estava com saudade do Acampamento Meio-Sangue, de mitologia grega com alguns personagens que amamos (Percy *-*), não pode deixar de ler esse livro. Ele se passa depois dos eventos de Sangue do Olimpo, último livro da saga Heróis do Olimpo, então para quem ainda não leu a saga Percy Jackson e os Olimpianos e a saga Heróis do Olimpo, corra para ler e depois se divirta com mais uma saga maravilhosa que Rick Riordan nos presenteia.

EU ERA UM DEUS DRAMÁTICO. Achei minha última frase bem impactante. Por isso esperava olhos arregalados, talvez música de órgão ao fundo. As luzes se apagariam antes que eu dissesse mais alguma coisa. Momentos depois, eu seria encontrado morto com uma faca nas costas. Seria incrível! Espere aí. Eu sou mortal. Assassinato me mataria. Deixa pra lá.

Nesta saga, Zeus expulsa Apolo do Olimpo e o torna mortal. Ele se vê jogado em uma caçamba de lixo no meio de Nova York, sem poderes e o que é pior ainda para ele, sem sua beleza imortal e com espinhas rs. E, depois de um momento bem ruim, ele encontra a ajuda de Meg McCaffrey, uma semideusa de 12 anos, sem teto, que vai deixar ele maluco ou ele vai a deixar maluca. Apolo com certeza é um ex-deus que não está acostumado a fazer as coisas por conta própria, sempre teve os semideuses para se sacrificarem por ele, ou como ele mesmo diz terem a honra de o ajudar, o que torna a história melhor ainda, a evolução dele é muito boa.

Sufoquei um gritinho. Não devia ter ficado surpreso por eles estarem falando de mim. Por milênios, imaginei que todo mundo sempre estivesse falando de mim. Eu era tão interessante que as pessoas não conseguiam evitar.

Com uma narração maravilhosa e engraçada, esse livro me surpreendeu, apesar de amar os livros de Rick Riordan, pensei que voltar para esse universo, sem já o protagonismo de Percy (que apesar de matarmos um pouco a saudade, não aparece tanto como eu desejaria), mas de um ex deus do Olimpo, seria uma coisa meio forçada e cansativa, e culpo a minha falta de expectativa as narrações de Piper e Jason em Heróis do Olimpo, que nunca me agradaram muito. Mas Apolo traz algo completamente diferente, o amor dele por si mesmo (põem amor nisso, rs), as suas crises de ex-deus e sua relação com seus filhos e com Meg só deixaram tudo mais divertido.

Fiz uma oração silenciosa prometendo que, se chegasse ao fim da corrida vivo, sacrificaria um touro em minha homenagem e possivelmente até construiria um novo templo para mim. Sou louco por touros e templos.

Nesse livro vemos que as coisas não andam tão bem quanto deveriam desde a morte de Gaia, o Oráculo de Delfos ainda não voltou a funcionar, e as provações de Apolo vão se mostrar maiores do que ele pensava. Ele vai ter que ter a honra de ajudar a si mesmo, rs. E as surpresas desse livro são as melhores, deu para matar muito a saudade. Quem sabe o que a continuação nos reserva, talvez um Apolo mais humilde? Rsrs. Melhor não. 

Então é isso... Leiam!!!

— IMPOSTOR! EU SOU O VERDADEIRO APOLO! VOCÊ. É FEIO! Ah, querido leitor, você não sabe como foi difícil gritar essas palavras para o meu próprio rosto lindo, mas eu realmente fiz isso. Para você ver como eu era corajoso!


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Oráculo Oculto
As Provações de Apolo #1
Ano: 2016
Páginas: 320
Editora: Intrínseca
Sinopse:
Como você pune um deus imortal? Transformando-o em humano, claro! Depois de despertar a fúria de Zeus por causa da guerra com Gaia, Apolo é expulso do Olimpo e vai parar na Terra, mais precisamente em uma caçamba de lixo em um beco sujo de Nova York. Fraco e desorientado, ele agora é Lester Papadopoulos, um adolescente mortal com cabelo encaracolado, espinhas e sem abdome tanquinho. Sem seus poderes, a divindade de quatro mil anos terá que descobrir como sobreviver no mundo moderno e o que fazer para cair novamente nas graças de Zeus.
O problema é que isso não vai ser tão fácil. Apolo tem inimigos para todos os gostos: deuses, monstros e até mortais. Com a ajuda de Meg McCaffrey, uma semideusa sem-teto e maltrapilha, e Percy Jackson, ele chega ao Acampamento Meio-Sangue em busca de ajuda, mas acaba se deparando com ainda mais problemas. Vários semideuses estão desaparecidos e o Oráculo de Delfos, a fonte de profecias, está na mais completa escuridão.
Agora, o ex-deus terá que solucionar esses mistérios, recuperar o oráculo e, mais importante, voltar a ser o imortal belo e gracioso que todos amam.

05 setembro, 2018

Resenha :: Perdão, Leonard Peacock (Forgive Me, Leonard Peacock)

setembro 05, 2018 6 Comentários

Depois de muitos perrengues e traumas na vida:
Tem gente que acorda decidida a fazer dieta;
Tem gente que acorda decidida a mudar de emprego;
Tem gente que acorda decidida a fugir da família;
Tem gente que acorda decidida a tirar férias;
Tem gente que acorda decidida a fazer terapia;
Tem gente que acorda decidida a esquecer o mundo lá fora e voltar a dormir (essa sou eu nas férias);
E tem o Leonard Peacock, que acorda decidido a se matar e, para aproveitar o embalo, a matar o carinha (seu ex-melhor amigo) que ama atazanar a vida dele. E não, ele não decidiu isso do nada. Estamos falando de morte aqui e isso é sério.

Você é diferente. E eu sou diferente também. Ser diferente é bom. Mas ser diferente é difícil. Acredite em mim, eu sei.

O livro é narrado de uma maneira bem única pelo protagonista Leonard (é ele até que comenta as notas de rodapé!), que é um garoto bem diferente, perturbado e depressivo que sofre bullying e é ignorado por quase todo mundo, inclusive pela tonta da própria mãe. E no seu aniversário de dezoito anos, ele decide que esse será o último dia de sua vida e da vida do cara que iniciou toda a “perturbação” da sua adolescência, seu ex-melhor amigo, Asher Beal; e para concretizar isso ele pretende usar uma arma nazista P-38, que pertencia ao seu avô.

Não deixar o mundo destruí-lo. Essa é uma batalha diária.

Mas antes de dar cabo a esse plano ele precisa se encontrar com quatro pessoas, que marcaram sua vida de algum modo positivo à sua maneira, para falar mais uma única vez com elas e dar a cada uma um presente. O primeiro é Walt, seu amigo e vizinho mais velho com quem assiste a filmes antigos, principalmente de Humphrey Bogart. Outro presente vai para Baback, que toca violino lindamente e que Leonard ama ouvir, mas eles não são exatamente amigos, um toca e outro escuta e para aí. Também presenteia Lauren, uma garota cristã que ele gosta, mas não quer nada com ele, só convertê-lo. E se encontra com alguém que ele admira muito, o Herr Silverman, seu professor que está dando aulas sobre o Holocausto, mas que, originalmente, é seu professor de alemão. Esse professor é um personagem maravilhoso , e é o único que faz algo que realmente ajuda o nosso protagonista.

Na maioria das vezes, a verdade não importa, e quando as pessoas fazem uma ideia terrível de você, é assim que você será visto, não importa o que faça.

Enquanto Leonard fala sobre essas quatro pessoas, além de conhecermos elas, também nos deparamos com detalhes da vida dele próprio, que tem alguns passatempos bem inusitados e diferentes, mas que tem seu valor. E a cada capítulo vamos descobrindo os porquês de ele ter chegado a essa decisão, e já adiantando, não é nenhum motivo bobo e fútil, na verdade é o extremo oposto de bobo, é de apertar o coração e de sentir nojo desse mundo.

Sua vida ficará muito melhor. Eu lhe prometo isso. Apenas aguente como puder e acredite no futuro. Confie em mim. Esta é apenas uma pequena parte de sua vida. Um piscar de olhos. (...) As pessoas deviam ser legais com você, Leonard. Você é um ser humano. Você deve esperar que as pessoas sejam legais.



Uma coisa que não gostei nesse livro foi o final repentino, parece que autor estava escrevendo e pensou “Cansei, já está bom assim, não precisa de mais nada”. Mas precisava sim!  Eu queria e quero mais do incompreendido Leonard. Qual foram as consequências da decisão dele? A mãe dele sofreu um acidente? Quebrou o pescoço? Caiu um meteoro no nosso planeta e ela morreu? Não sei!!! O autor não achou que merecêssemos saber disso. Francamente, Senhor Quick! Você podia fazer melhor que isso! Leonard Peacock é um personagem incrível que merecia um livro com um final bem melhor que esse.


Mas antes da preguiça bater, o autor Matthew Quick escreveu uma boa obra. Ele mostra nesse livro que ignorar um problema não faz com que ele vá embora, não faz com que ele deixe de existir, só o faz piorar. A mãe do Leonard podia ter ajudado o filho (sim, a própria mãe não está nem aí), mas preferiu ignorar o problema, fazendo o seu pobre filho pensar que a única solução era a morte. Tenho nojo dessa mulher. Se coloque no lugar do Leonard, se nem a sua mãe liga para você, se ela ignora quando você lhe conta o que aconteceu, se nem ela se lembra do seu maldito aniversário de dezoito anos, quem mais vai ligar? É deprimente. Pelo menos tem pessoas como o Herr Silverman no mundo, ou nós já poderíamos fazer as malas e ir colonizar outro planeta.

Eu gostaria de acreditar que a felicidade na vida de pessoas propensas à tristeza pode ser pelo menos possível mais tarde.

O pobre Leonard é uma vítima de um efeito dominó de maldade. Sabe quando dizem que cada ação tem uma reação e essa reação gera outra ação e por aí vai? Então, é isso que acontece. Um ser faz algo ruim com outro ser, e esse outro ser, por não receber ajuda, reage fazendo algo ruim para alguém próximo. O Leonard é mais uma vítima de uma sociedade que ignora os vários sinais de pessoas que clamam por ajuda. Não seja uma dessas pessoas. Leia o livro e pense: “Até que ponto eu aguentaria para manter uma amizade? Quais são os meus limites?” O Leonard teve os limites dele, quais são os seus? Leia o livro e não ignore o Leonard Peacock também.

Faça algo de que goste hoje. (...) Pare um estranho e peça a ele para lhe explicar em detalhes seus maiores medos, suas esperanças e aspirações secretas, e em seguida diga-lhe que você se importa. Porque ele é um ser humano. (...) Ponha o sono em dia. Ligue para um velho amigo que você não vê há anos. Arregace as pernas da calça e entre no mar. Assista a um filme estrangeiro. Alimente esquilos. Faça alguma coisa! Qualquer coisa! Porque você inicia uma revolução, uma decisão de cada vez, toda vez que respira.

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Perdão, Leonard Peacock
Ano: 2013
Páginas: 224 
Editora: Intrínseca
Sinopse:
Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich.
Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho, fumante inveterado e obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, iraquiano que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor de alemão que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto e que desempenha um papel crucial na vida de Leonard quando o jovem se aproxima do seu ato final.
Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.

17 agosto, 2018

Filme :: Para todos os garotos que já amei

agosto 17, 2018 0 Comentários

Oi faroleiros, 

Vim aqui contar em primeira mão o que achei da adaptação da netflix para a história do livro "Para todos os garotos que já amei" da autora Jenny Han. Como alguém que - literalmente - devorou a trilogia, posso dizer que fiquei bem ansiosa pelo filme e com aquele medo do que poderiam fazer com uma história que tanto amei ler.

Um pouco da história de Lara Jean, que é maravilhosa como foi escrita porque retrata a vida de uma americana "real" - filha de uma coreana com um americano e a irmã do meio entre duas irmãs. Sua família gira entorno da irmã mais velha que, com a morte da mãe, assumiu o papel de influencia feminina, um pai fofo que tenta lidar com três meninas e a dor da perda e, claro a Kitty, para os íntimos, uma irmã mais nova muito espertinha.

A Lara Jean, escreve cartas que não serão enviadas, para dar um "fim" ao amor que sente por algum garoto e as guarda numa caixa, porém um dia ela se depara com a caixa vazia e descobre que as cartas foram enviadas. Nesse contexto de ter que lidar com as consequências vindas do envio e leitura dessas cartas por seus destinatários, a LJ tem que amadurecer e encarar a vida "real". Além de amadurecer durante a história, a medida que vamos lendo de um jeito ou de outro vamos vendo que "todas somos Lara Jean", fomos ou seremos, não importa muito na verdade porque de um jeito ou de outro estivemos em algumas - ou quase todas - situações que ela passa, logo somos nós querendo o nosso final feliz (que será o dela também).




Sobre a adaptação: o filme captou super bem os dramas da Lara Jean e mostrou a situação da melhor maneira que poderiam fazer, as alterações pra história central foram poucas e notei apenas um erro de continuidade. Alguém mais??

Os atores que foram escolhidos estavam perfeitos e ficaram bem fiéis a como são retratados na história do livro. O ponto negativo é porque para o adaptação a história fica corrida e acaba perdendo um pouco, mas não o suficiente pra deixar aquela sensação que não ficou bom. Contudo mantém a parte importante que o drama gira em torno da vida, descobertas e emoções da Jean, e não do contexto escolar.

Eu realmente amei o que fizeram e como fizeram, já espero que saiam os próximos filmes (afinal são 03 livros) e que os personagens secundários apareçam mais, visto que ficou bem focado na trama principal e deixou tudo um pouco apagado em relação a história do livro. 

Terminei de assistir morrendo de vontade de reler os livros, assistir de novo e deixar aquela mensagem de amor pro crush... Não perca tempo, garanta seus cookies, pipoca e a diversão com a laranjinha!

Informações Técnicas do Filme


Para todos os garotos que já amei
Original NETFLIX
Ano: 2018
Duração: 1h 39min
Gêneros: Comédia dramática, Romance
Nacionalidade: EUA
Direção: Susan Johnson
Estrelando: Lana Condor, John Corbett, Noah Centineo, Janel Parrish, Israel Broussard e Andrew Bachelor


Sinopse (NETFLIX):
Lara Jean Song Covey escreve cartas de amor secretas para todos os seus antigos paqueras. Um dia, essas cartas são misteriosamente enviadas para os meninos sobre os quem ela escreve, virando sua vida de cabeça para baixo.

07 julho, 2018

Resenha :: Surpreendente!

julho 07, 2018 1 Comentários

Surpreendente! é um livro que faz a gente pensar, por ser um recorte da vida e não apenas um momento ou situação. Que fala sobre sentimentos, emoções e destino. Também me fez pensar sobre como amizade e lealdade não estão separadas.

"No cinema tudo é possível, e o improvável, como os milagres que as pessoas passam a vida pedindo e quase nunca alcançam, depende apenas das decisões tomadas pelo roteirista. Mas a vida das pessoas reais não é cinema, e tampouco teria de ser diferente com a vida de alguém que dedicou cada um de seus melhores momentos a transformá-los em um belo filme."

Pedro Diniz tem um desafio: filmar um roteiro magnífico capaz de surpreender o público e conquistar o prêmio mais importante do cinema brasileiro. O problema? Não ter a menor ideia de como fazer isso.

Aos 25 anos é recém-formado e diagnosticado na adolescência com uma doença degenerativa que o condenaria à cegueira, porém a perda de sua visão estaciona de forma inexplicável. E, assim como Pedro, não sou boa para lidar com perdas e despedidas de qualquer natureza. Mas tenho aprendido a conviver com as dores que nunca irão embora e com o inevitável. Afinal, às vezes, estar vivo já é, por si, um milagre, e nossa vida parece ser viver esse milagre todos os dias.

"— A gente precisa correr certos riscos na vida. E lembre-se de que ela é feita de um monte de momentos esquecíveis, alternados por pouquíssimos inesquecíveis."

Pedro um grande otimista, planeja seu próximo filme e nesse contexto, conhece a intrigante Cristal, uma ruivinha decidida, garçonete e estudante de física nuclear, que mexe com seu coração. Mas, talvez, devemos aprender que não é a luz que espanta os monstros no escuro. Ela só revela aquilo que deveríamos sempre ter sabido: eles nunca estiveram lá.

Sua vida muda após uma série de problemas que se somaram: O fechamento do último Cineclube que ele lutava para manter em São Paulo, a violência urbana, brigas e segredos na sua família e seu problema de saúde. Então ele decide partir com os amigos Fit, Mayla e Cristal numa longa viagem até Pirenópolis, em Goiás. Com câmeras nas mãos e espírito de aventura, vão dispostos a usar toda a sua criatividade na filmagem, e assim partem num Opalão ao sabor de encontros e de vários sentimentos inesperados.

"— Compreender o mundo é tarefa complicada para qualquer pessoa, enxergue ela ou não. Então você não está melhor nem pior que ninguém. E lembre-se: Muita gente vê tudo, mas não enxerga nada." 

E eu, enquanto lia já estava há algumas páginas em lágrimas mesmo antes de tudo deixar de ser azul. Antes mesmo do jovem cineasta descobrir que, quando o destino foge do script, nada supera o apoio de grandes e verdadeiros amigos. 

Sem dúvida um dos melhores livros que li e o fato de ser nacional só me enche de orgulho. Cada leitor precisa ser mais um passageiro nessa viagem, para poder fazer as suas próprias descobertas e talvez se perder, para poder se reencontrar.


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Surpreendente!
Ano: 2015
Páginas: 272
Editora: Intrínseca
Sinopse (Skoob):
Pedro Diniz tem um desafio e um problema pela frente.
O desafio: filmar um roteiro magnífico capaz de surpreender o público e conquistar o prêmio mais importante do cinema brasileiro.
O problema: não ter a menor ideia de como fazer isso.
Aos 25 anos, recém-formado, Pedro está convencido de que é um sujeito muito especial, que tem a missão de usar o cinema como instrumento para melhorar o mundo. Diagnosticado na adolescência com uma doença degenerativa que o condenaria à cegueira, ele contraria a lógica da medicina quando a perda de sua visão estaciona de forma inexplicável. Enquanto comanda o último cineclube de São Paulo e trabalha em uma videolocadora na periferia, Pedro planeja seu próximo filme - a obra que vai consagrá-lo. E, para animar as coisas, conhece a intrigante Cristal, uma ruivinha decidida, garçonete e estudante de física nuclear, que mexe com seu coração.
A perspectiva idealista de Pedro, porém, sofre sérios abalos. Atormentado por um segredo, ele parte com os amigos Fit, Mayla e Cristal numa longa viagem até Pirenópolis, em Goiás, a bordo de um Opala envenenado. Com câmeras nas mãos e espírito de aventura, a equipe técnica improvisada está disposta a usar toda a sua criatividade na filmagem, feita na estrada ao sabor de encontros inesperados e de sentimentos imprevisíveis. E o jovem cineasta descobre que, quando o destino foge do script, nada supera o apoio de grandes amigos.



 _____Sobre o Autor_____ 

Maurício Gomyde


Maurício Gomyde nasceu em São Paulo e desde os três anos de idade vive em Brasília - "disparado a cidade mais bonita do mundo". Surpreendente! é seu sexto romance. Além de escritor, ele também é compositor e baterista.