06 dezembro, 2017

Resenha :: Alice Carter e o Theatro de Vampiros

dezembro 06, 2017 2 Comentários

Olá faroleiros queridos, hoje eu venho falar de um livro de aventura e fantasia. Esse é o primeiro da série e que já aviso ter me surpreendido por ter conseguido usar vários elementos do universo da fantasia em uma história bem escrita, veja bem eu ia ler 50 páginas e terminei de ler o livro inteiro. 

Essa é uma história de fantasia com uma adolescente que vai iniciar uma nova fase em sua vida. Primeiro quero alertar para ficar atento aos detalhes porque durante a leitura eles vão se mostrando cada vez mais importante para a trama no futuro. Apesar de estar aprisionada por um longo período e todas as tentativas de fuga terem falhado, Alice consegue criar uma "vida" para si mesma, nomeando seus carcereiros sem rosto e aproveitando cada pequena regalia para criar uma rotina e uma falsa normalidade em seus dias. Porém 10 anos cobram seu preço e o de Alice foi o das memórias anteriores a sua condição de prisioneira.

Parece clichê? Pois não é. Não temos nenhuma mocinha num triangulo amoroso, nem a autora copiou a base de nenhuma saga famosa. Como estamos no primeiro livro é um pouco mais explicativo, Alice apesar de estar presa não está indefesa, ela só espera a oportunidade para fugir, ela conserva aquela fé de que irá conquistar sua liberdade de alguma maneira.

Eu gostei bastante, dos "vampiros" serem um título e não os seres chupadores de sangue e da maneira como a autora foi colocando os elementos que fazem parte da trama. A história vai sendo contada pela visão de Alice, mas várias vezes temos o ponto de vista do "ranzinza".
Benjamin, foi acolhido pelo Clã dos vampiros ainda pequeno com seu irmão Sebastian após a tragédia que os tornaram os únicos sobreviventes da família Scott. Ben é um feiticeiro vindo da dimensão da Terra com seu poder ligado a Égide* do fogo. Que desde a fuga de Alice de sua prisão mostra que está ligado a ela de várias formas e isso vai fazendo você "shipar" o casal.

Curiosidade: O que é Égide? Égide significa proteção, amparo, defesa. Se um ato foi praticado sob a égide de alguém, quer dizer que ele foi realizado sob a proteção e com total apoio. (Fonte: www.significados.com.br)
Não foi inventar a roda, mas ter os elementos como fonte de poder é sempre um tiro certo, a parte inovadora vem dos clãs terem seu poder ligados as derivações dos elementos, como o clã que vive na neve.  Durante essas descobertas dentre tantas outras Alice como o leitor tem aquele estranhamento das informações e ela faz as perguntas que gostaríamos de fazer e também tem aquela aceitação que algumas perguntas serão respondidas no tempo certo. Preciso deixar claro a narrativa tem uma velocidade legal e a autora não fica inventando assunto para arrastar a história. Descreve tudo de modo deixar a história bem situada, a imaginação te "colocar" dentro da história e principalmente pontos que são importantes para o decorrer da trama.

Os personagens têm suas personalidades ligados a seu elemento, mas também tem características próprias fazendo com que você logo simpatize com alguns e antagonize com outros o que é fundamental numa boa aventura. Gostei do jeito que autora narra não deixando nada muito raso nem tão complexo a ponto de dificultar a leitura. Outra coisa que amei foi que a ação acontece minha gente! Não fica enrolando tudo para o próximo livro. De tudo que posso dizer a favor da leitura desse livro nada é mais contundente do que amei o fato de não ser mais do mesmo.

Essa história, não foi feita usando uma "receita de bolo". É uma ótima leitura por tudo que é e também pelo que não é. O Teatro dos vampiros é quase um centro de treinamento do poder, mas não é a escola do professor Charles Xavier, também tem uma sala comunal é não é Hogwarts, entendem meu ponto?? Ela usa a magia sem remeter a uma referência direta. A autora pegou na fonte e criou sua própria história. Não posso falar muito sem dar spoilers, mas também não posso deixar que o medo do "mais do mesmo" te impeça de aproveitar uma leitura leve, bem escrita e divertida que te prende do início ao fim. 

Alice, termina esse primeiro livro ciente que ainda a muito a ser descoberto e com minha simpatia por não ficar se restringindo a usar todo poder que possui, seja o elemento mágico ou sua intuição do que deve ser feito. Ela não espera ser salva quando sabe que cabe a ela salvar e nem se nega a receber ajuda e apoio quando preciso. Cada personagem paralelo ganha uma importância maior no momento certo da trama não deixando tudo centrado em uma única personagem. 

Sobre a publicação, outro elogio que precisa ficar registrado é a Editora Selo Jovem, este é nosso segundo ano como amigos da editora e acompanhar a evolução da editora é algo fantástico!! Eles mantiveram a parte que era maravilhosa, como as folhas amarelas de uma qualidade imensa, letras num tamanho confortável para a leitura, mas as capas... Gente, como não elogiar as capas que só ficam cada vez mais lindas. A capa dessa história já é um convite a leitura! A única crítica seria a sinopse, sério... elas ainda são um ponto a melhorar, mas conhecendo a Selo Jovem eu sei que vão.

Tem uma tarde livre? Encante-se com esse universo criado pela Lisa Lopes e depois venha conversar comigo... gente que tristeza não poder comentar um monte de coisas... Boa leitura!!
Nota: 


Informações Técnicas do Livro

Alice Carter e o Teatro de Vampiros
Série: Alice Carter # 1
Autora: Lisa Lopes
Ano: 2017
Páginas: 212
Gênero: Aventura / Fantasia / Jovem adulto
Editora: Selo Jovem SLJ

Alice, uma jovem aprisionada em um castelo sombrio. Sem conhecer as verdadeiras razões do seu confinamento, já havia aceito o duro destino, pois todas as suas tentativas de fuga foram em vão. Quando aconteceu ou como aconteceu, foram perguntas que ela fez a si mesma diariamente, durante muito tempo. Nunca conseguiu lembrar da sua vida anterior ao castelo.
Apesar de tudo, ainda acreditava em sua liberdade, que seus sonhos se realizariam e seus dias de solidão chegariam ao fim. Carregava consigo, a pequena, mas ainda acesa, chama de esperança.
Seus únicos contatos ‘humanos’, eram os encapuzados, que a vigiavam dia e noite, cuidando de sua prisão.
Nos dias atuais, passou a sonhar seguidamente com o mesmo rapaz misterioso. Ele estava disposto a ajudá-la fugir, enfrentaria perigos e obstáculos, sem pensar nas consequências, só para vê-la livre.  Mas, Alice estaria disposta a se arriscar? Confiaria em um desconhecido?
Além das muralhas, um novo mundo será revelado, ela desafiará o inexplorado e sua odisseia terá início. Na busca por uma lenda, embarcaremos com ela nessa aventura. Uma jornada repleta de magias e mistérios. Alice descobrirá o valor da amizade, do amor e da confiança e enfrentará, talvez, o seu maior desafio: acreditar em si mesma!

04 dezembro, 2017

Resenha :: O Aprendiz (Summoner)

dezembro 04, 2017 17 Comentários

Você já imaginou como seria uma história com uma mistura de Harry Potter, Senhor dos Anéis e Pokémon? Se sim, você está atrasado, porque o Taran Matharu pensou, escreveu e fez sucesso no Wattpad com mais de 6 milhões de leitores acompanhando o desenrolar dessa história do Fletcher e do Ignácio, antes de finalmente ser contratado por uma editora e alcançar muito mais leitores. Mas também com essas referências misturadas ao talento de escrita, não dá para esperar menos. Ele “simplesmente” pegou elementos que isolados se tornariam apenas mais uma história clichê, e criou um universo novo sem esconder suas referências.

(Palmas para ele, agora nenhum leitor inquisitor de referências alheias, poderá queima-lo na fogueira. Ele não as nega, e brinca com elas na sua cara, Rá.)

O maior inimigo de um guerreiro pode ser também seu maior professor.

Mas vamos o que interessa, o universo que foi criado a partir disso, é um livro de fantasia medieval, que grande parte gira em torno de maquinações políticas e uma guerra que está ocorrendo contra os orcs há centenas de anos. O elemento principal desse livro é a existência dos Conjuradores (que existem tanto do lado aliado como no inimigo), eles são aqueles que têm o potencial de conjurar e controlar um demônio do éter (uma espécie de digimundo para os diabretes), mas voltando para Pokémon, eles capturam o seus demônios e eles que são usados na guerra. Para isso existe uma escola que os novos conjuradores são levados para o treinamento, para se tornarem magos de batalha.
                                                        
Essa é a diferença entre um bom guerreiro e um grande guerreiro. Rook se esforçou muito, mas perdeu aquela batalha. Não se esforce apenas. Seja inteligente.

A maioria dos que são capazes de usar esse tipo de poder são os nobres, por ter uma linhagem forte e tal (vocês vão entender melhor lendo), mas existe alguns plebeus que nasceram com esse privilégio. É muito mais complexo que isso, mas pulando para o centro dessa história, temos Fletcher um órfão que foi abandonado em um vilarejo chamado Pelejo e foi criado pelo ferreiro do lugar (então já se tem toda um mistério sobre sua origem), e ao ganhar um livro com um pergaminho conjurador de um mercador, acaba conseguindo conjurar um demônio raro (uma espécie chamada Salamandra, que me parece muito bonitinho em comparação com a da descrição de outras espécies, Ignácio é um amor, gente). Acontecem muitas coisas antes de ele se torna um aprendiz, mas vamos evitar spoilers aqui.

Se não formos capazes de enfrentar as adversidades unidos, então já estamos derrotados.

Uma das coisas muito legais é toda a questão política em relação às diferentes raças como os anões e os elfos, o preconceito de humanos para com eles e vice-versa, e a tentativa de fortalecer essas alianças para lutar a guerra contra os orcs (para quem não estava achando referência a Senhor dos Anéis, olha aí!).

Bom, mas deixando de enrolação, minha opinião é que é um livro muito bom, 5 de 5 estrelas no Skoob e favoritado, e não... não é daqueles livros que não vi problema nenhum. alguns diálogos eu achei muito empurrado, tipo “vamos conversar sobre isso só para conseguir explicar mais o que está acontecendo para quem está lendo, não que faça sentido conversarmos sobre isso”. Mas apesar desses momentos, meu emocional me mandou dar nota máxima e cravar esse livro no meu coração, porque eu adorei esse livro e pronto.

Ah! Não deixando de destacar a capa linda. Eu comprei esse livro pela capa e não me arrependi! Amei demais, ainda vem no final como um extra com assunto de demonologia, uma lista dos demônios apresentados nesse livro, hábitos e pontos fortes de cada uma das espécies, o nível que cada uma tem e etc. (muito Yu-Gi-Oh *-* adoraria ter um jogo de cartas desse livro). Já sei que o segundo livro da série promete focar não mais na escola e no aprendizado, mas acho que chegou a hora de irmos para a guerra, então é melhor começarem a jogar suas Pokébolas e conjurar os seus demônios, porque a resenha de "A Inquisição" está chegando. Leiam!!!

De alguma forma, as palavras que ele tinha deixado não ditas ao longo dos anos eram do que mais se arrependia.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Aprendiz
Conjurador #1
Ano: 2015
Páginas: 350
Editora: Galera Record
 
Sinopse (Skoob):
Em O aprendiz, primeiro volume da série Conjurador, Fletcher é um órfão de 15 anos e, para sua surpresa, conseguiu invocar um demônio do quinto nível. O problema é que apenas os nobres deveriam ser capazes de conjurar criaturas e usá-las na guerra contra os orcs. 
Mas plebeus como Fletcher também podem ser conjuradores, e o garoto consegue uma vaga na Academia Vocans, uma escola de magos que prepara seus alunos para os campos de batalha. Lá, ele irá enfrentar o bullying dos nobres, mas também aprenderá feitiços e fará amigos incomuns, como anões e elfos. Além de se provar digno de uma boa patente na guerra, Fletcher e seu grupo de segregados precisam se unir e vencer o preconceito que sofrem na desigual sociedade de Hominum. 

02 dezembro, 2017

Resenha :: O Fim é Apenas o Começo (Trilogia Tenebris #1)

dezembro 02, 2017 12 Comentários

Trilogia Tenebris - Livro #01


O livro começa te levando para o inferno, a sala do trono de Heylel, um ser que outrora fora anjo de nome Lúcifer e agora caído recebe vários nomes. Como toda boa fantasia que evoca esse cenário te causa o desconforto de esta num lugar onde sua educação religiosa te ensinou a evitar a todo custo. Entenda isso é ótimo, esse desconforto é una indicação superpositiva para história. Outra coisa que amei de cara é o uso de um nome pouco comum pro lugar e personagens de muitos nomes. Mostra conhecimento e também inteligência de escrita por parte da autora de fugir do meio comum.

Lauren filha de Robert e Anna, é uma adolescente de 17 anos que tem sérios problemas com seu pai por não conseguir entender o discurso religioso beirando o fanatismo e uma vida antagonista ao discurso encontrando na mãe um porto seguro fonte de amor e também preocupações pelo sofrimento gerado no difícil ambiente da pequena família. A maior dificuldade nos estudos está no fato de ser uma pessoa que "funciona" melhor a noite e que encontra em seu amigo Gabriel aquele irmão de coração. Acho que me apaixonei por Gabriel quando ele disse duas palavrinhas no caminho para escola. (Se você já leu te conto quais, se não leia e tente descobrir). 

Vale destacar que a família de Lauren para mim foi a parte mais fácil e mais difícil de entender. E também foi um forte aliada para entender as nuances das críticas e das pontas de onde a trama seria puxada para dar corpo e também volume a toda trama. Em todo mundo espiritual e também da fantasia a ponta mais frágil delas é o ser humano. A ponta falha, mortal e dúbia, por ser o meio peso entre a balança do bem e do mal.

O início do livro é fundamental para não cairmos no engano de achar que este será outro livro de uma adolescente num triangulo amoroso. Tenebris é muito mais que isso a começar pela personagem Lauren, que descobre que suas estranhezas são mais que apenas peças pregadas por sua mente. Quando Lauren se descobri Naiara, ela não só tenta absorver tudo, incluindo a verdade que lhe foi negada em sua vida até o momento como também encara isso como uma resposta as suas dúvidas até aquele momento. Ela sabia que existia algo errado que não combinava com o que esteva vivendo, e não ficou de "mimimi" quanto a isso. Deixo meu elogio a autora, tudo foi tão bem escrito que ao sentar para escrever esse texto eu nem me lembrava da "Lauren" tamanha a aceitação de Naiara.

"– Não existe mais Lauren, sabe disso. Deve ser por isso, então, que estou diferente. As coisas mudaram, Gabriel, e eu precisei mudar, por mim, por meus pais, por você."

Não, não foi algo fácil para ela, mas com certeza a presença de Agare, um demônio General dos Exércitos de () foi fundamental para a conexão de Naiara com "ela mesma" foi feita de maneira irremediável. Mas como tudo num "inferno" que se prese, já aviso: Desconfie de tudo e de todos afinal no inferno não existe lealdade e sim aliados! 

Durante toda a trama temos ação, batalhas, novas descobertas e muita ação, cada descoberta que Naiara faz sobre si ela toma posse sem restrições, sem amarras incluindo a sua sexualidade e seus sentimentos. Do começo ao final da história surpresas e revelações são feitas te mantendo atento principalmente as sombras. Além da fantasia e algum romance, Erika coloca pitadas de um humor fino e irônico, perfeito para o ambiente da trama. Vale deixar o registro que ela não escreveu os seres infernais como humanos no sentido das atitudes e sentimentos, então espere encontrar em todos eles MUITO dos sete pecados e de todos os outros e possíveis variações o que dá credibilidade ao texto e aos personagens.

"- Acho engraçado esse estereótipo que vocês humanos criaram ao meu respeito, nem mesmo em meus momentos mais tenebrosos me encontrei vermelho e com rabo. Aliás, vermelho nem me cai bem."

A história não é apenas envolvente, é extremamente sedutora e difícil parar de ler até o momento. As citações a textos bíblicos feitas de forma extremamente respeitosa e durante a leitura não observei nenhuma heresia comparando aos preceitos bíblicos cristãos então leia sem esse receio. Mas já aviso eu recomendo a leitura mas já aviso, já adquira o segundo livro A Herdeira do Sheol porque a vontade de parar não existe só aquela sensação horrível que você vai ler mais uma hora chegará ao final do livro. Antes de ler o próximo livro, vou aproveitar para ler os dois contos que a autora já publicou. Heylel e Anna: A história não contada e Agares: O anjo sem asas.

Quanto a edição, vale destacar a diagramação do e-book. De longe uma das, senão a mais bonita que vi em livros digitais até o momento no kindle. As citações no início de cada capítulo são perfeitas e combinam com os capítulos. 


Nota :: 



Meu agradecimento a autora por me aceitar como parceira pelo Clube do Farol, com todo carinho e a total liberdade de dizer o que eu achei da obra. 


Informações Técnicas do livro

Tenebris
O Fim é Apenas o Começo
Trilogia Tenebris #1
Ano: 2017
Páginas: 270
Editora: Skull
Sinopse:
Lúcifer há muito não é “aquele que traz a aurora”, como seu nome sugere. Desde que liderou a rebelião contra seu Criador foi condenado a Sheol, o inferno, onde instaurou seu próprio reinado. Muitos o seguiram, porque acreditaram nele. Tornaram-se seus serviçais ou aliados.
No entanto, Lúcifer se sente sozinho e cansado de sua existência. Depois de trai-Lo, sente falta de Deus, da essência divina, de uma razão verdadeira para a sua vida. Seria possível, um dia, a Ele retornar?
Agora conhecido como Heylel, é na Terra que Lúcifer encontra alguém que mudaria seus sentimentos. Anna, uma bela mulher, ensinou-lhe o amor e presenteou-o com uma filha. Heylel amou ambas com todo o seu coração.
Mas nem sempre é possível viver o que se deseja. Heylel não é humano e sua essência desvirtuada já não é divina. Ele é o Senhor de Sheol e seus demônios não estão contentes com a passividade de seu líder. Uma guerra se aproxima e Heylel precisará envolver nela seu bem mais precioso: sua família.
Carregado de tensão, incertezas, amores, bruxas, anjos e demônios, esse romance convida o leitor a pensar que nem sempre o que sabemos é verdadeiro. Até mesmo o Diabo pode surpreender!



 _____Sobre a Autora_____


Erika Gomes


 Facebook / Site / Wattpad / Instagram


Mãe, esposa, profissional, dona de casa, e , antes de tudo, autora.
Mãe de três filhos, casou cedo e aos 22 anos já era mãe. Uma daquelas mães que se faz mãe até daqueles que nem mesmo idade para serem seus filhos tem.
Sempre foi apaixonada por outras vidas, outros mundos, coisas sobrenaturais sempre lhe despertaram a atenção. Qual outro universo lhe permite ir além de você mesmo se não os livros?! Infelizmente, quando mais nova, a situação financeira não lhe permitia dar asas as suas vontades e compulsão por livros, mas a independência financeira enfim chegou e com ela o começo da sua coleção literária.
Aos poucos notou que uma nova Erika nascia em si. As ideias passaram a respirar e se mover, como uma criança sendo gerada. Sentia os movimentos de uma nova ideia, o crescer de um novo sonho. Em menos de um ano, assim como uma gestação, nasceu Tenebris.


01 dezembro, 2017

Leitura Conjunta :: Regresso à Terra-Média

dezembro 01, 2017 0 Comentários

J.R.R. Tolkien é um escritor extremamente influente, seus livros cativaram diversos leitores ao redor do Mundo e irão continuar encantando por muitos e muitos anos. Como sempre, nós leitores sentimos saudades dos livros que tanto nos marcaram e tem seu lugar de honra em nossos corações, então o Clube do Farol, em parceria com o Instagram Corvos de Odin, traz a vocês o projeto Regresso à Terra-Média!

Durante os próximos meses, ingressaremos na leitura coletiva de “O Hobbit”, “A Sociedade do Anel”, “As Duas Torres” e “O Retorno do Rei”. Porém, como não queríamos fazer apenas mais uma leitura coletiva, resolvemos convidar alguns amigos queridos e fazer a abordagem de diversas vertentes que foram inspiradas pela Terra-Média, sejam as adaptações cinematográficas, os jogos ou as canções.



O projeto “Regresso à Terra-Média” está sendo planejado com muito amor e carinho, para todos os tipos de leitores e/ou apreciadores da obra de Tolkien, sejam os iniciantes ou os veteranos. 

Caso tenha interesse em participar de nossa comitiva e entrar nessa aventura memorável pela nossa amada Terra-Média, basta entrar em nosso grupo de Whatsapp clicando aqui


Será ótimo contar com a companhia de todos nos próximos meses!

30 novembro, 2017

Resenha :: Corte de Asas e Ruína (Court of Wings and Ruin)

novembro 30, 2017 2 Comentários

 Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira as resenhas dos primeiros livros dessa saga!

"Lembre-se de que você é uma loba. E não pode ser enjaulada."

Primeiramente eu gostaria de dizer (ou escrever, no caso ) que se eu fosse cardíaca eu não estaria aqui hoje. Provavelmente, estaria a sete palmos debaixo da terra ou na UTI de algum hospital, porque, pelo amor de Afrodite, é muita coisa nesse livro para um coraçãozinho qualquer aguentar, principalmente um cheio de buraquinhos como o meu 

Eu realmente acho que meu coração parou de bater por alguns segundos ao ler certas palavrinhas que nunca, NUNCA, deveriam estar juntas em uma frase. Sarah J. Maas, eu sei que, às vezes, você tem um lado um pouquinho maquiavélico (não no nível do George R. R. Martin, ainda bem), mas por misericórdia, mulher, tenha pena dos meus nervos. Enfim, vamos ao que interessa.

"Lutaremos pela vida, por sobrevivência, por nossos futuros."

No livro anterior muita coisa aconteceu e como consequência uma guerra é inevitável e a nossa “Feyre, querida”, depois de uma mentira que contou para conseguir salvar a todos que amava, está infiltrada na Corte Primaveril, fingindo ser a mesma Feyre vulnerável de antes, para tentar descobrir informações úteis sobre seus inimigos e promover um conflito interno dentro da Corte do Tamlin (E o Oscar de melhor atriz vai para... Feyre! A toda poderosa Grã-Senhora da Corte Noturna! ), enquanto o nosso amado Rhysand e o restante da Corte dos Sonhos buscam formas de vencer a luta contra Hybern, que conta com todo o poder do Caldeirão a seu favor, um poder destruidor e imenso (as irmãs da Feyre, Nestha e Elain, que o digam ). E para ter chances de vencer essa guerra sacrifícios e alianças poucos prováveis são feitas, mas será que mesmo com tudo isso, todos, humanos e feéricos, conseguirão sair vivos?

"Sempre considerei a morte como um tipo de boas-vindas pacífico; uma cantiga doce e triste que me atrairia para o que quer que esperasse depois."

Esse resumo ficou bem ruinzinho, eu sei, principalmente por ser de um livro de quase 700 páginas, mas imagina o tanto de coisas que acontecem e o tanto de spoiler que eu poderia soltar se me empolgasse. O que posso dizer é que ainda quero ir para Velaris e morar lá enquanto viver; que a escrita da Sarah J. Maas continua maravilhosa, assim como o enredo, narração, cenário e tudo mais continuam muito bons também; que, mesmo com uma guerra iminente, os personagens desse livro ainda estão cheio de hormônios e as descrições de certas cenas completamente desnecessárias ainda existem, infelizmente, por mais que eu torcesse para que não existissem (mas quem sou eu na fila do pão, não é mesmo? ), e que eu fico impressionada com o quanto os personagens desse livro parecem querer morrer. É como se alguém perguntasse “Quem quer morrer?” eles sairiam pulando e gritando “Eu, eu, eu!”. Oh, povinho que gosta de um sacrifício .

"Mas isso é guerra. Não temos o luxo de ter boas ideias, apenas de escolher entre ideias ruins."

E falando de personagens, vamos falar um pouquinho deles. Cassian, Azriel, Mor e Amren continuam maravilhosos e guerreiros incríveis. As irmãs da Feyre, Nestha e Elain tiveram um papel (e poder) beeeeem maior dessa vez (principalmente, a Nestha), e podemos esperar muito delas nos próximos livros. O Lucien voltou a ter meu respeito. O Tamlin, ahn, é o Tamlin e prefiro me preservar e não falar sobre ele. E a Feyre... Bom... Sabe o começo do livro anterior em que a Feyre estava super para baixo? Esqueça! Ela evoluiu muito e agora é a Grã-Senhora da Corte Noturna, meu bem, abraçou todo o poder que tem e ao lado do nosso amado Rhys, ela escolheu ser uma guerreira lutando pela liberdade e paz tanto de feéricos quanto de humanos. E o que dizer do Grão-Senhor mais poderoso, lindo, maravilhoso, “tudibom” que existe? É bem difícil encontrar palavras para expressar o quanto amo o Rhys , o quanto tenho vontade de colocar ele em potinho, o quanto ele me fez sofrer com tudo o que faz para proteger e sua família e o seu povo. “Rhys me leve para Velaris! Faça de mim sua Grã-Senhora! Seja o meu céu e me deixe ser as suas estrelas! Vamos dançar sobre o céu estrelado ouvindo Perfect do Ed Sheeran!” (Estou viciada nessa música)... Tudo bem, parei . Mas é muito amor envolvido, sabe?

"Não tinha certeza se nascera com a habilidade de perdoar. Não por terrores infligidos àqueles que eu amava. De minha parte, não importava — não tanto. Mas havia um pilar fundamental de aço dentro de mim que não podia se dobrar ou quebrar. Não podia suportar a ideia de deixar aquelas pessoas saírem impunes pelo que tinham feito."

A relação da Feyre e do Rhys é tão linda e invejável. Não só é amor, é companheirismo, apoio, parceria, confiança, respeito, força... O Rhys não trata a Feyre como se ela fosse feita de vidro, ou banca um cara do tipo "Fique aqui presa e segura na torre do castelo, princesa, eu te protejo" . Não! Ele a incentiva a encontrar e aprimorar o poder dela. É claro que ele quer a proteger, afinal ele a ama, mas ele sabe que a sua "parceira" é poderosa e pode muito bem resolver muitas coisas sozinha, sem a interferência dele. Ele confia na capacidade dela, e caso a Feyre precise dele, o Grã-Senhor da Corte Noturna sempre a ampara e a apoia, como ela também sempre o ampara e o apoia, porque eles são parceiros, são iguais, se respeitam, se protegem, se apoiam, se suportam, se entendem, se amam . Eles tem um relacionamento que todos deveriam ter como meta. Não tem um achando que é melhor que o outro, não tem desrespeito e nem desconfiança e ciúme. Eles são poderosos separados e ainda mais poderosos juntos, compartilhando a vida, seus espíritos, seus pensamentos, seus corações. Se não for para ter um parceiro/namorado/marido como o Rhys eu nem quero. Vou criar gatos . Obrigada .

"Eu teria esperado quinhentos anos mais por você. Mil anos. E, se esse foi todo o tempo que nos foi permitido... a espera valeu a pena."

Esse terceiro livro tem de tudo: mortes para todo lado; personagens que reaparecem só para morrer (ou não ); OTP que cruzamos os dedinhos desde o livro anterior para acontecer, mas que pelo jeito fomos iludidos (pelo menos, eu fui ); indícios de um futuro novo triângulo amoroso; segredos revelados; alianças e acordos que pessoas normais com certeza evitariam... 

Só como aviso, as reações esperadas ao ler Corte de Asas e Ruína podem ser: "Eita", "Espera aí, o que eu perdi?", “Misericórdia”, “Nãoooooooooooooo”, “Que triste”, “Que tenso”, “Que lindo”, “Owwwnnnt, que fofo”, “De novo, não”, “Caraca”, “Que #@&$#&@#”, “Deu ruim”, “Mayday, Mayday”, “Não creio!”, “Prevejo coisas ruins”, “Sério isso?”, “Cadê o chão?”, “Como é que se respira mesmo?”... Na verdade, o melhor a se fazer a jogar as mãos para o alto e seja o que a Sarah J. Maas quiser. Sério, vai por mim, é o melhor que você pode fazer.

"... A luz pode ser encontrada até mesmo no mais escuro inferno. (...) Bondade pode prevalecer mesmo em meio à crueldade."

Corte de Asas e Ruína pode parecer um fim, mas também é um começo, pois muitas pontas ainda estão soltas e muita história ainda está por vir. Esse é um livro sobre guerra, sacrifício e medo, mas também sobre coragem, amizade, respeito, companheirismo, amor e esperança, e tudo isso, bebê, gera uma força descomunal . Até! 

"O que achamos ser nossa maior fraqueza pode ser, às vezes, nossa maior força. E que a pessoa mais improvável pode mudar o curso da história."

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Corte de Asas e Ruína
Em meio à guerra, é seu coração que enfrentará a mais árdua das batalhas...
Corte de Espinhos e Rosas #3
Ano: 2017
Páginas: 687
Editora: Galera Record
Sinopse (Skoob):
O terceiro volume da série best-seller Corte de Espinhos e Rosas, da mesma autora da saga Trono de Vidro em “Corte de Asas e Ruína" a guerra se aproxima, um conflito que promete devastar Prythian. Em meio à Corte Primaveril, num perigoso jogo de intrigas e mentiras, a Grã-Senhora da Corte Noturna esconde seu laço de parceria e sua verdadeira lealdade. Tamlin está fazendo acordos com o invasor, Jurian recuperou suas forças e as rainhas humanas prometem se alinhar aos desejos de Hybern em troca de imortalidade. Enquanto isso Feyre e seus amigos precisam aprender em quais Grãos-Senhores confiar, e procurar aliados nos mais improváveis lugares. Porém, a Quebradora da Maldição ainda tem uma ou duas cartas na manga antes que sua ilha queime.