03 janeiro, 2018

Filme :: Death Note - O Caderno da Morte

janeiro 03, 2018 1 Comentários

Light Yagami é um estudante do ensino médio que acha um caderno misterioso em seu colégio. Descobre-se que esse caderno é sobrenatural e que seu dono pode matar qualquer pessoa apenas escrevendo seu nome e visualizando seu rosto mentalmente. Depois de descobrir o poder desse caderno, chamado Death Note, Light começa eliminar o quanto pode de criminosos com o pensamento de criar uma nova ordem mundial, onde não existe o crime. Mas seu plano começa a dar errado quando um jovem detetive, chamado L, começa buscar respostas para essas mortes e caçar quem está causando-as.

Uma história e tanto não é? Pena que os americanos estragaram produzindo um filme.

Foi lançado semana passada o filme de mesmo nome pela Netflix. Todos esperavam ansiosamente por essa adaptação graças ao enorme sucesso da série de anime. O anime compõe 37 episódios curtinhos de 23 minutos cada e é uma verdadeira obra de arte. Já o filme tem lá suas 1 hora e 40 minutos de pura baboseira.

Começaram a estragar a adaptação quando não fizeram a história se passar no Japão, com atores japoneses, cidades japonesas, visto que a obra é de origem japonesa.

Vejo que o sucesso do anime se deu mais por trazer esse desejo do Light de salvar o mundo do mal. E por mais que você pense que ninguém tem esse poder, eu também penso assim, a história vai te mostrando um pouco de como isso poderia dar certo. E cheguei a pensar que seria uma ótima ideia, visto como o mundo está hoje em dia.

Mas no filme a história começa com uma vingança. Em minha opinião isso foi colocado de forma erradíssima. Dar o poder a uma pessoa de matar qualquer um já tem lá suas controvérsias. Agora dar o pode a uma pessoa para ajudar em sua vingança é o cumulo.

O filme começa errado com a vingança do Light Turner, nome americano dele, e continua errado em sua continuidade quando o brilhante detetive parece ir resolvendo o caso com uma bola de cristal. A produção do filme deixou muito a desejar nesse ponto. E as atuações também não ajudaram muito. Eles colocaram o L vingativo. Isso nunca aconteceu  em lugar nenhum.

Como eu disse antes, o anime só tem uma temporada com 37 episódios e tudo se encaixa muito bem. Os personagens são muito bem criados. O jeito peculiar de cada um e digo aqui dos personagens coadjuvantes também. E o filme não conseguiu trabalhar nisso. Faltou muita coisa. Mas não faltou o romance. Eles tinham que colocar um romance na história. Quem já assistiu o anime e viu esse romance besta ficou com muita raiva. Da mesma forma que nunca aconteceu de o L ficar vingativo, esse romance lindinho nunca poderia ter acontecido. Tem toda uma história por trás desse romance no anime bem sádica e aqui eles me colocam isso.

Único ponto para o filme é que retrataram as mortes com bastante sangue e crueldade igual à história original.

Se você ficou interessado na história eu te digo para assistir ao anime. São só 37 episódios que te prendem na história, te faz querer assistir tudo de uma vez e que com certeza vai te fazer ficar muito louco com a disputa entre o L e o Light. Esses dois são geniais.

Confira o Trailer:


Informações Técnicas do Filme

Death Note
O Caderno da Morte
Original NETFLIX
Ano: 2017
Duração: 1h 40min
Gêneros: Suspense, Suspenses sobrenaturais, Filmes de terror, Terror sobrenatural, Terror adolescente
Direção: Adam Wingard
Estrelando: Willem Dafoe, Nat Wolff, Lakeith Stanfield

Sinopse (NETFLIX):
Um jovem usa os poderes de um caderno sobrenatural para matar bandidos, mas acaba atraindo a atenção de um detetive, um demônio e uma colega.

01 janeiro, 2018

Resenha :: Fragmentados (Unwind)

janeiro 01, 2018 2 Comentários

Imaginem uma sociedade onde o aborto é proibido, mas apenas até aos 13 anos, depois disso, dos 13 aos 17 anos, os pais podem decidir se o filho deu certo, eles podem mandar os fragmentar, que além de se livrar dos adolescentes indesejados tem como principal objetivo o transplante de seus órgãos, o que segundo o Estado, não é matar, mas viver de forma dividida, em outras pessoas, outra chance de uma vida melhor, essa é a “Lei da Vida”.

- Eu nunca seria grande coisa mesmo – continua Samson -, mas agora, falando estatisticamente, há uma chance maior que alguma parte minha alcance a grandeza em algum lugar do mundo. Eu prefiro ser parcialmente grande a ser completamente imprestável.

Um livro simples e completamente genial! Uma distopia que faz você pensar em questões como o aborto, a doação de órgãos e a adoção. Os três personagens principais são adolescentes com ordens para ser fragmentados. Connor por ser um jovem problemático, Risa  por ser uma tutelada pelo Estado, uma órfã que não adquiriu potencial suficiente para se manter inteira,  e o mais interessante para mim, Lev, o mais novo, que cresceu sabendo que aos 13 anos seria levado para o Campo de Colheita (onde acontece a fragmentação), ele é um dízimo, um tributo, uma obrigação religiosa que os pais oferecem a Deus, ele cresceu achando que tudo isso era uma honra, acredito que ele tem a melhor evolução entre os personagens, comete bastante erros, mas é difícil desconstruir uma vida inteira de lavagem cerebral.

Sobre a existência da alma, quer fragmentada ou nascitura, as pessoas podem debater por horas a fio, mas ninguém questiona se uma instituição de fragmentação possui alma.

Esse livro acaba nos chamando atenção, nos cutucando para assuntos da atualidade, e não se trata só de mais uma distopia em que o mundo que conhecemos acabou, por falta de algo, briga por recursos, se trata de uma guerra que começou com ideias do que é certo ou errado, onde cada um não aceitava a opinião do outro. A Lei da vida só é criada para dar um fim a essa guerra civil que tinha de um lado Pró-Vida (contra o aborto) e do outro é o Pró-Escolha (a favor do aborto). Então esse “meio termo”, que é a fragmentação, é aceito.

Houve dias sombrios que levaram à guerra. Tudo que achamos que define o certo e o errado estava sendo virado de cabeça para baixo. De um lado, as pessoas estavam assassinando médicos abortistas para proteger o direito à vida, enquanto do outro as pessoas estavam engravidando apenas para vender o tecido fetal. E todos estavam escolhendo seus líderes não pela capacidade de liderança, mas pela opinião que tinham sobre essa questão. A loucura era descomunal! Então o exército entrou em colapso, ambos os lados tomaram armas para a guerra e duas opiniões se tornaram dois exércitos determinados destruir um ao outro. E então veio a Lei da Vida.

A narrativa é muito boa, é em terceira pessoa e acompanhamos os pontos de vistas desses três personagens.  Gostei muito de alguns personagens secundários, algumas coisas talvez tenham se passado rápido demais, mas o autor consegue passar todos os detalhes dessa nova sociedade de uma forma satisfatória. Se tem algo que não se entende no começo, ele é apresentado no decorrer do livro a explicado sem deixar a narrativa cansativa.

Esse livro é o primeiro de uma série composta por quatro livros, o final é bem amarrado, eu inicialmente não sabia que teria uma continuação, mas fiquei feliz em saber!

Então é isso... Leiam!!!

(...) É claro que, se mais pessoas tivessem doado seus órgãos, a fragmentação nunca teria acontecido... mas as pessoas gostam de guarda o que é delas, mesmo depois de morrer. Não levou muito tempo para que a ética fosse esmagada pela ganância. A fragmentação tornou-se um grande negócio, e as pessoas deixaram que acontecesse.

Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Fragmentados 
Só porque a lei diz, não significa que é verdade
Fragmentados #1
Ano: 2015
Páginas: 320
Editora: Novo Conceito
 
Sinopse (Skoob):
Em uma sociedade em que os jovens rejeitados são destinados a terem seus corpos reduzidos a pedaços, três fugitivos lutam contra o sistema que os fragmentaria. Unidos pelo acaso e pelo desespero, esses improváveis companheiros fazem uma alucinante viagem pelo país, conscientes de que suas vidas estão em jogo. Se conseguirem sobreviver até completarem 18 anos, estarão salvos. No entanto, quando cada parte de seus corpos desde as mãos até o coração é caçada por um mundo ensandecido,18 anos parece muito, muito longe. 
O vencedor do Boston Globe-Horn Book Award, Neal Shusterman, desafia as ideias dos leitores sobre a vida: não apenas sobre onde ela começa e termina, mas sobre o que realmente significa estar vivo. 

- Não sei o que acontece com nossa consciência quando somos fragmentados. Nem sei quando é que começa a consciência. Mas de uma coisa eu sei. Nós temos direito à vida!

28 dezembro, 2017

Resenha :: Uma Canção de Ninar (This Lullaby)

dezembro 28, 2017 3 Comentários


“Esta canção de ninar
Tem poucas palavras
Apenas alguns acordes
Neste quarto vazio
Mas você pode ouvir e ouvir
Aonde quer que vá
Vou te decepcionar
Mas esta canção vai continuar a tocar...”

Decepcionou mesmo. Acho que o nome desse livro é Uma Canção de Ninar porque é feito para a gente dormir. Sabe aquele tipo de livro que é tão bom que você não consegue parar de ler até acabar? Aquele tipo que te faz deixar de dormir e ficar como um zumbi depois? Então, pelo menos para mim, esse livro não é desse tipo. Não que ele seja ruim, apenas não é tão bom quanto imaginei que seria. Ah! As malditas expectativas! Difícil se livrar delas, né? 

Uma Canção de Ninar é o segundo livro da Sarah Dessen publicado pela Editora Seguinte aqui no Brasil (outros livros dessa autora foram publicados aqui na nossa terra tupiniquim por outras editoras, como a Editora iD e a Farol Literário, cujo nome combina com o blog), e é o quinto livro dela que leio, então posso afirmar que de todos os que li, esse é o que menos gostei até hoje. Talvez isso se deva ao fato de que estou ficando velha (cada vez mais próxima da aposentadoria) e que nem todo Jovem Adulto me conquiste nessa altura da vida; então se você amou essa obra da Sra. Dessen me perdoe por não conseguir concordar contigo. 


“Qual seria a sensação, me perguntei, de amar alguém tanto assim? A ponto de não conseguir se controlar quando a pessoa chegava perto, como se pudesse simplesmente se livrar de qualquer coisa que a estivesse segurando e se jogar sobre o outro com força suficiente para tomar conta dos dois?”

O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista Remy, que é uma garota com mania de controle, meio sarcástica e que não acredita no amor por causa de todos os casamentos frustrados da mãe, que é uma autora de livros e vai se casar pela quinta vez; e por nunca ter conhecido o pai, um músico que deixou para ela uma canção que compôs após o nascimento da filha, “Canção de ninar” (o nome do livro vem dessa canção, obviamente, e cujo trecho abriu alas para essa resenha), que se tornou um grande sucesso... Ela tem muitos namorados (um por vez, ela não namora vários ao mesmo tempo, ok?), mas não deixa ninguém se aproximar, e quando parecem que vão atravessar essa barreira, ela termina com eles, simples assim, sem remorso nenhum. 


“Sim, era um saco ser dispensado. Mas não era melhor quando alguém era sincero? Quando admitia que seus sentimentos pela outra pessoa nunca seriam fortes o bastante para justificar o tempo dos dois? Era um favor a ele, na verdade. Eu ia deixá-lo disponível para algo melhor. Eu era praticamente uma santa, pensando bem.”

Não consegui gostar muito dessa guria, eu tentei, mas eu achei ela meio seca por causa do seu ceticismo. A Remy melhorou no decorrer do livro, mas na maior parte dele ela não passou empatia, entende? Imagine um livro sendo narrado por uma personagem que você não gosta muito. Imaginou? Então, isso acaba tornando a narrativa mais arrastada, melhorando um pouco quando o Dexter estava em cena. E quem é o Dexter? É o cara que faz a Remy repensar as suas convicções sobre o amor.

O Dexter é um fofo, o oposto da Remy, ele é desorganizado e não é descrente com relação ao amor, e é bastante persistente também, do tipo “de água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, sabe? Ah! Ele também é músico, faz parte de uma banda que ama escrever músicas sobre batatas. Você leu certo, é sobre batatas mesmo, na verdade a banda tem uma “ópera da batata”, sem brincadeira. 

“Eu a vi na seção de vegetais, sábado passado, no fim da tarde. Não fazia nem sete dias que ela tinha ido embora sem alarde... Antes ela amava minha picanha, minhas tendências carnívoras tinham admiração, mas agora era uma princesa vegana, que subsistia de feijão. Ela abriu mão do queijo e do bacon, abandonou a comilança, e quando eu não quis fazer o mesmo devolveu a aliança. Eu estava perto da alface romana, sentindo a angústia no peito... Ter de volta a bela vegana seria uma vitória, um grande feito. Ela se virou e foi para o caixa, quinze itens e pronto. Eu sabia que era minha última chance, então disse meio tonto… Não me venha com abóbora barata, pois eu sempre quis sua doce batata... Amassada, cremosa, em pedaços, em cubos ou frita com sal, do jeito que você fizer, amor, com certeza vai ficar legal.”

Preciso falar o quanto ri toda vez que algum trecho de uma música sobre batatas aparecia? O que são essas letras, cara? Estou rindo agora enquanto escrevo essa resenha só de pensar nelas. Na verdade, não só as músicas, mas os guris da banda trazem certa leveza para o livro. O Dexter traz não apenas leveza, mas traz vida para o livro. Deu para notar que ele me conquistou, né? E por mais que tenha me conquistado, senti que ele podia ser melhor abordado, porque muitas vezes parecia que ele era só doidinho, mas ele não é apenas isso, ele tem potencial e é um amorzinho . 

“Sabe, quando dá certo, o amor é realmente incrível. Não é superestimado. Há um motivo para existirem tantas músicas sobre ele.”

Por mais que eu ame o Dexter, no livro o romance não é tãoooo presente, o que é não surpreende já que a Sarah Dessen é conhecida por abordar temas familiares em suas obras, e nesse livro não foi diferente, abordando a relação da Remy com a mãe e com o irmão, por exemplo. Mas acho que faltou um aprofundamento em algumas coisas, certos temas foram tratados de um modo raso, superficialmente (opinião minha, se você discordar parabéns, porque você não se decepcionou como eu). E terminei o livro querendo saber mais sobre diversos personagens, o que talvez ocorreu, porque como a narração é feita pela Remy, que é uma guria cética e prática, não cabia tanto aprofundamento na “voz narrativa” dela . 

“Afastar as pessoas e negar o amor não te torna mais forte. Na verdade, te deixa mais fraca. Porque você está agindo por medo.”

Enfim, por mais que eu não morra de amores por Uma Canção de Ninar, ele não é um livro ruim, só que para ser bom precisava de algo a mais e isso ele não teve. É um livro sobre incertezas e sobre se arriscar, então se quiser tentar a sorte e lê-lo, o risco pode valer a pena ou não, como no meu caso. Até! 

 “Tudo, no final, tinha a ver com o momento certo. Um segundo, um minuto, uma hora podem fazer toda a diferença. Tanta coisa dependendo só daquilo, pequenos instantes que juntos construíam uma vida. Assim como palavras construíam uma história... Uma palavra podia mudar o mundo.” 


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Uma Canção de Ninar
Ano: 2016
Páginas: 352
Editora: Seguinte
 
Sinopse (Skoob):
Remy não acredita no amor. Sempre que um cara com quem está saindo se aproxima demais, ela se afasta, antes que fique sério ou ela se machuque. Tanta desilusão não é para menos: ela cresceu assistindo os fracassos dos relacionamentos de sua mãe, que já vai para o quinto casamento. Então como Dexter consegue fazer a garota quebrar esse padrão, se envolvendo pra valer? Ele é tudo que ela odeia: impulsivo, desajeitado e, o pior de tudo, membro de uma banda, como o pai de Remy — que abandonou a família antes do nascimento da filha, deixando para trás apenas uma música de sucesso sobre ela. Remy queria apenas viver um último namoro de verão antes de partir para a faculdade, mas parece estar começando a entender aquele sentimento irracional de que falam as canções de amor.

26 dezembro, 2017

Resenha :: Morte na Mesopotâmia (Murder in Mesopotamia)

dezembro 26, 2017 2 Comentários

Agatha Christie ganhou o título de Rainha do Crime e não foi a toa, ela mereceu! Com cerca de oitenta livros publicados e traduzidos para mais de cem idiomas em todo o mundo, ela é uma das romancistas mais bem sucedidas da história da literatura popular mundial, além disso, suas obras já foram adaptadas para cinema e televisão.

“Morte na Mesopotâmia” é narrado por Amy Letheran a pedido do Dr. Reilly, embora ela mesma acredite não ter talento para escrever e declarar que só está fazendo por ter sido um pedido do doutor, portanto apresenta características um pouco diferentes do estilo da autora, o que foi uma sacada sensacional!

Amy Letheran é contratada para tomar conta da esposa do líder de um grupo de escavação, o famoso arqueólogo Eric Leidner. Louise Leidner é uma senhora dona de uma beleza arrebatadora e que guarda um segredo do seu passado, segredo esse que passa a atormentá-la nos últimos tempos e começa a fazer com que ela tenha crises de pavor. Seu comportamento paranóico começa a afetar os membros da escavação, provocando um clima de tensão entre eles, portanto, a vinda de Amy Letheran serviria para apaziguar as coisas.

Entretanto, em um determinado momento da trama, o assassinato de Louise Leidner ocorre e dá-se início a uma investigação minuciosa para desvendar o autor do crime. Por sorte, o detetive belga Hercule Poirot estava de passagem pela região e foi convidado a elucidar esse mistério. Bem conveniente, não?

“Ao vê-lo, dava vontade de rir! Dir-se-ia que tivesse saído de um palco ou de um filme. Para começar, não tinha mais de um metro e meio de altura na minha opinião – um homenzinho gordo, esquisito, bastante velho, com um bigode enorme e cabeça oval. O protótipo do cabeleireiro das peças cômicas!”

Como é de se esperar em um livro de romance policial, todos os empregados e integrantes da equipe de escavação (incluindo a enfermeira Amy Letheran) são suspeitos de terem cometido o crime. A forma como os personagens foram apresentados é magnífica, tem uma riqueza de detalhes impressionante, os motivos pelos quais cada um deles poderia ter sido o autor do crime também são mostrados, assim como a mudança de comportamento de cada um, o que nos faz ficar pensando constantemente em quem de fato cometeu o assassinato, não irei me alongar demais neste ponto, a intenção é que cada leitor tire suas próprias conclusões e se divirta a cada página, não é mesmo?

“Na Inglaterra, antes das corridas, há um desfile de cavalos, não é? Eles passam em frente ao palanque oficial para que todos tenham a oportunidade de vê-los e avaliá-los. Foi esse o propósito da minha pequena assembléia. Para usar uma frase esportiva, passei os olhos pelos possíveis competidores.”

Em suma, a obra tem um cenário interessante, personagens bem construídos e um método de elucidação do crime para lá de engenhoso, além de tudo, uma personagem imparcial ter sido a narradora do caso foi uma sacada genial em minha opinião. Gostei muito da leitura deste livro e pretendo ler outros da autora em breve.

A edição que li é a da Nova Fronteira, publicada em 2014, possui capa dura, as páginas são amareladas e finas (mas não são transparentes), a fonte possuí um tamanho confortável para a leitura prolongada (o que tem grandes chances de acontecer).

“Eu brinco, Madeimoselle, e acho graça. Certas coisas, porém, não tem nada de engraçado. Já aprendi muitas coisas em minha profissão. E uma delas, a mais terrível, é esta: o crime é um hábito...”


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Morte na Mesopotâmia
Um Caso de Hercule Poirot
Ano: 2014
Páginas: 240
Editora: Nova Fronteira
 
Sinopse (Skoob):
A enfermeira Amy Leatheran é contratada para se juntar a uma expedição arqueológica no Iraque. Mas sua função ali tem bem pouco a ver com ruínas e artefatos: ela deve vigiar de perto a bela Louise Leidner, que está cada vez mais apavorada com a ideia de que talvez seu ex-marido não esteja tão morto quanto acreditava.
Louise pode estar imaginando coisas. Mas o fato é que, uma semana após a chegada da enfermeira, a mulher é encontrada morta no próprio quarto, e agora cabe a Hercule Poirot identificar o assassino. Quem terá sido? Tudo indica que o culpado está entre os membros da equipe de cientistas...

23 dezembro, 2017

Resenha :: A Queda de Sieghard (Maretenebrae #1)

dezembro 23, 2017 23 Comentários

"Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam."

Antes de tudo, preciso começar essa resenha falando de algo que eu pouco pontuo quando falo dos livros, mas aqui me surpreendeu positivamente e merece destaque: a sua narração. Apesar de estar em terceira pessoa, acabou me envolvendo de uma forma muito intensa, como um próprio personagem em que eu poderia me apegar. Sabem aqueles livros que enchem sua mente com imagens vívidas dos acontecimentos? Maratenebrae com certeza é um desses, principalmente por causa da sua narração.

O começo do livro, não nego, é um pouco mais denso, por ser bastante descritivo, algo normal na literatura medieval em geral pela necessidade da ambientação, por isso acabou demorando mais para me prender na leitura. E também por trazer algo bem diferente, que é o protagonismo de sete personagens distintos entre si. Então pode demorar um pouco para pegar a essência de cada um, e decidir se vai acabar gostando ou não deles (confesso, que a personalidade de um ou de outro são bem difíceis, o que faz ser normal acabar pegando raiva com algumas atitudes).

"É da natureza, seja animal ou humana, devorar-se. No entanto, os primeiros o fazem por alimentos e territórios; os últimos, para expiar a culpa de alguns, ou para realizar os caprichos de outros."

E a demora para se afeiçoar se deve também por  Maratenebrae começar por onde muitos livros medievais considerariam o seu clímax: a Guerra. Eu imaginei que acabaria por deixar a leitura bem sem graça. Como torcer se não apresentaram ninguém? Nenhum personagem? Quais seriam os "mocinhos"? (Sabemos que ser bom em livros medievais é bem controverso, já que matar não é necessariamente um defeito).

Mas esse foi um diferencial muito bem pensado para o livro, o protagonismo inicial é para o próprio Reino de Sieghard, que está sob ataque de forças misteriosas e poderosas que vem além do Mar. Os personagens acabam se conhecendo em meio a essa batalha que está sendo perdida e acabam formando um grupo bem diversificado para baterem em retirada.

"Não os julgue por suas convicções, mas sim por suas ações."

Como na maioria dos livros medievais, não poderia faltar as longas viagens e perigos pelo caminho. Aqui, à medida que a viagem avança, não apenas eles vão se conhecendo entre si, mas cada um nos é apresentado.

O misterioso Victor, que tem uma essência meio assustadora para os companheiros, além de não ser possível saber direito do que ele é capaz e o quanto ele pode ser perigoso. (Ou seja ele é um dos meus personagens favoritos! rs Apesar do início de poucas palavras).

Rodrick, outro personagem que gostei bastante, principalmente por ser o arqueiro do livro (eu tenho um certo fascínio por personagens literários que são arqueiros, rs), mesmo com um destaque não tão grande, ele é um ótimo personagem e está sempre pronto para ajudar.

O pastor de ovelhas, Petrus, é daquele tipo de personagem simples, de alma gentil e medroso. É alguém que a princípio não aparenta ser um grande ganho para o grupo, mas desde o começo passa algo bem especial.

O guerreiro gigante e bruto, Braun, é daqueles que você começa não gostando, mas tem algo nele que não te faz o odiar, além de aparentar ter raiva de tudo e ser bem impulsivo nas suas ações, que chega a ter um toque mais de humor. Tem o dom dos xingamentos, rs.

Chikára é a única mulher do grupo e é a que mais tem conhecimento sobre as artes ocultas, tem sabedoria sobre muitas coisas, e se sente superior por isso. (Sim, tenho alguns problemas com ela, nada grave).

O lorde Heimerich é o nobre do grupo, ele tem um bom destaque, apesar do nariz empinado não é de todo ruim. Na verdade ele representa bem esse sentimento de dever e superioridade da nobreza para com os outros.

Formiga é o ferreiro que tem sérios problemas com seu vício em comer demais, mas ele dá certo humor e leveza para o livro, apesar de vários acontecimentos, a simplicidade dele entre o grupo só não é maior que a de Petrus. Em termos de desenvolvimento ele é um dos que mais se destaca pelo crescimento do personagem.

O mais interessante é que cada um deles representa um dos sete pecados capitais, e achei uma jogada genial dos autores, nas personalidades de alguns é bem mais perceptível o que representa, mas outros não notei com tanta facilidade.

E o que no início ficou com a confusão de não conhecer bem os personagens no decorrer do livro fica cada vez mais impossível não ver a importância de cada um de um jeito diferente.

"A lógica é ótima para se argumentar, mas péssima para se viver nela, dizem os sábios."

Eu gostei muito da leitura, principalmente do meio para o final, onde conseguimos ver o lado mais fantástico desse universo, com seres desconhecidos, como os  lagartos alados, e uma magia bem mais acentuada que no início. Começamos a descobrir os mistérios dessa terra e o motivo da invasão.

"Acha mesmo que tudo isso é coincidência? Normalidade? Fenômenos comuns? Tome cuidado com o que diz, pois em breve poderá estar lutando com forças cuja origem desconhece. E sucumbirá acreditando, até seu último suspiro de vida, que tem alguma chance."

A construção desse universo, aliás, é mais um ponto bem positivo. As questões culturais são muito bem descritas e incrivelmente expressivas. O que é ainda mais perceptível por cada um dos personagens principais ser de pontos diferentes do reino. São costumes e mitologias que se complementam muito bem, e ganham importância conforme o enredo vai se desenvolvendo.

Novos acontecimentos me deixaram angustiada por saber que teria coisas demais para acontecer e poucas páginas restantes, e, por isso, é claro que o final me deixou bastante ansiosa para o que vem no segundo livro, O Flagelo de Dernessus.

"Você não deixaria de atacar o homem que fere seu pai, ainda que ele fosse seu irmão, deixaria?"

Não posso esquecer de falar sobre a edição do livro. As artes de cada começo dos capítulos e os mapas do reino são um atrativo a parte. E no final do livro tem as partituras das músicas que foram cantadas no decorrer da história! O que só aumenta o meu encantamento pela obra. Achei de um cuidado incrível.

"No dia em que não houver mais dor, nem pranto, nem perda de sangue, já estaremos mortos e não gozaremos das benesses dessa vida. Lamente-se o quanto puder, cavaleiro. É isso que o mantém vivo!"

Então indico muito essa leitura, principalmente para quem já está acostumado com o gênero. Essa foi uma leitura muito feliz para mim, por ser uma literatura fantástica nacional de tão boa qualidade, e por ver que nossos autores não estão perdendo em nada para a literatura estrangeira do mesmo gênero. Então leiam mais autores brasileiros, seja qual for o estilo literário. Boa leitura e que a Ordem os guie.

"Quereis viver para sempre? Então cumprir uma última ordem: Se eu avançar, segui-me! Se eu cair, vingai-me! Se eu recuar, matai-me! Pela Ordem e pela glória de Sieghard!"


Nota ::  4,5 

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Informações Técnicas do livro

A Queda de Sieghard
Maretenebrae #1
L.P.Faustini e R.M. Pavani
Ano: 2014
Páginas: 350
Editora: Página 42
Sinopse (Skoob):
Província de Bogdana, Sieghard, ano 476 após unificação.
Uma desconhecida força invasora irrompe pelo Grande Mar e ataca a costa protegida pelos soldados da Ordem utilizando-se de navios nunca antes vistos. Imensos. Terríveis. Destruidores. Ao mesmo tempo, uma estranha peste se espalha pelas comarcas do reino, cegando e invalidando sua população. Nobres e plebeus se nivelam padecendo do mesmo e misterioso mal. Em uma iniciativa desesperada, Sir Nikoláos de Askalor, o oficial responsável por defender a Ordem, abdica de todos os planos e estratagemas para investir de uma só vez contra os inimigos, sem saber que assim cairia na armadilha preparada por eles. Com suas fileiras dizimadas, o exército da Ordem recua e toma a direção do Domo do Rei para defender seu soberano, Marcus II, O Ousado, cuja vida representa a perpetuação dos valores ordeiros. Para um pequeno grupo, porém, composto por Roderick, Petrus, Chikara, Heimerich, Braun, Formiga e Victor Didacus - cada qual personificando um dos sete pecados capitais -, as sucessivas derrotas do reino são apenas o início da maior de todas as suas aventuras e desventuras. Diante deles, e de suas incontáveis diferenças, assombra-se um grande plano arquitetado por Destino. Serão eles capazes de enfrentá-Lo?


_____Sobre os Autores_____


L.P.Faustini

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L.P.Faustini é autor capixaba nascido em Cachoeiro de Itapemirim, escritor do blog "O Cristianismo por Trás das Câmeras" e criador da saga Maretenebrae, lançada em 2012. Engenheiro mecânico por profissão e apreciador do gênero fantástico desde jovem, seu primeiro livro intitulado A Queda de Sieghard foi lançado em conjunto com o professor de história R.M.Pavani e, agora, ele segue sozinho pela longa jornada de terminar sua grande aventura. 
Entre o primeiro e o segundo volume, L.P.Faustini também produziu dois contos fantásticos a convite do website literário Quotidianos, do escritor Rober Pinheiro, e do evento Café Com Letras, do produtor cultural Leonardo Picinati. Embasado pelas obras do autor Michael Moorcock, apaixonado por música, idade média, H.P. Lovecraft, história da religião, mistérios antigos e filosofia, pode-se dizer que Maretenebrae é um reflexo dos seus interesses projetado em suas páginas.



R. M. Pavani

É historiador e mestre em História Social das Relações Políticas (UFES) e atua como professor da educação básica e superior no estado do Espírito Santo desde 2007.
Possui textos e artigos publicados em revistas acadêmicas e jornais de grande circulação.
Gosta de música, cerveja, astronomia, mitologia, jogos de RPG e literatura, em especial a fantástica, com destaque para as obras de J.R.R. Tolkien, C.S. Lewis, M. Ende, B. Cornwell, George Martin e Stephen King.


22 dezembro, 2017

Resenha :: O Príncipe Corvo (The Raven Prince)

dezembro 22, 2017 0 Comentários

Olá pessoal, vocês irão ler resenhas minhas com mais frequência agora no Clube do Farol, já que me tornei uma colunista aqui e espero passar para vocês todo o amor que tenho por romances e lhes dar várias dicas legais.

Hoje venho escrever sobre o romance de época O Príncipe Corvo. Um dos lançamentos da Editora Record este ano e o primeiro livro de uma trilogia. Esta história eu já havia lido a muitos atrás e quando vi que seria lançado e com estas capas fantásticas eu não podia ficar sem adquiri-las, afinal, eu amei as três histórias e pra minha alegria pude ler em livro físico e com uma ótima tradução.

Alguns podem até dizer que esta história é uma releitura da Bela e a Fera, porém a autora fez algumas modificações que faz com que a história ficasse bem mais que uma releitura, para mim ela é original, e quem pode nos dizer que o autor da Bela e Fera não se inspirou em um conto mais antigo??

Anna Wren é uma dama filha do falecido vigário da vila, também é uma jovem viúva que só não ficou sozinha no mundo porque mora com a sogra que lhe trata com muito amor e há também uma jovem órfã que as duas acolheram quando criança e que ajuda nas tarefas domésticas. O marido da Anna por ter morrido muito jovem não conseguiu deixar uma boa condição financeira como herança e depois dos vários anos transcorridos da viuvez a Anna não está conseguindo mantê-las fora das dificuldades, com isso ele decide que precisa trabalhar, pois o que adianta ser uma dama, mas morrer de fome?

Aqui entra a primeira coisa que faz esta história poder ser diferente, ela não é nenhuma jovem inocente e tola, já é uma mulher e que enfrentou e enfrenta algumas dificuldades em sua vida, a outra é que ela não é uma mulher extremamente linda, apesar de não ser feia.

“Era uma mulher sem atrativos. Tinha um nariz comprido e fino, olhos castanhos e cabelo castanho – pelo menos os fios que ele conseguia ver. Nada nela era extraordinário. Exceto a boca”.

Então que ela decide procurar emprego na maior casa da região, a do misterioso Conde de Swartingham, que depois de muitos anos longe da propriedade resolveu retornar e morar nela novamente. Pra sua sorte ela descobre que seu administrador, o Sr. Felix Hopple está procurando um novo secretário para o Conde e de tão desesperado em cumprir esta obrigação, aceita a proposta da Anna e se aproveita do fato que poderá comprovar se ela dará conta do recado antes de apresenta-la ao Conde, já que o mesmo irá fazer uma viagem.

Tenho que dar um destaque para o Felix, este personagem secundário tem um papel bem legal na história e não ficou esquecido pela autora ao longo dela, ele também é quem nos proporciona a maior parte das cenas cômicas no livro.

“Félix Hopple fez uma pausa diante da porta da biblioteca do conde de Swartingham para avaliar sua aparência. A peruca, com dois cachos grandes bem enrolados de cada lado, fora empoada recentemente num tom vistoso de lavanda. Sua estrutura física – bastante esbelta para um homem de sua idade – era destacada por um colete cor de ameixa com um padrão de folhas de videira amarelas na barra. E suas calças, com listras alternadas em verde e laranja, era bela sem ostentação. Sua toalete era perfeita”.

Edward de Raaf, o Conde de Swartingham, foi o único sobrevivente em sua família da epidemia de varíola, ele é literalmente um ogro devido às cicatrizes da doença e também por causa de seu temperamento. Ele sofreu muito com a perda de sua família e por isso se fechou emocionalmente. Sua paixão é a terra e assim como seu pai trabalha com ela diretamente e com todos os seus arrendatários e isto lhe torna um aristocrata diferente dos outros. Ele também não tem papas na língua, mas tudo o que realmente deseja é formar uma família e ter herdeiros para perpetuar a sua herança e sua descendência. 

Mas qual foi a sua surpresa ao chegar a casa e descobrir que seu novo secretário na realidade é uma mulher e para piorar uma que não se assustava com seu modo de falar e muito menos perdia a compostura e discutia com ele. Ele iria testar até onde ela aguentaria, afinal os seus manuscritos estavam impecáveis.

“Ele para e examinou uma folha que estava sobre a mesa. Anna abriu a boca para tentar se explicar novamente, mas se distraiu ao notar que o conde acariciava a pena enquanto lia. Suas mãos eram grandes e bronzeadas, mais que as mãos de um cavaleiro deveriam ser. Pelos negros cresciam no dorso. E a ideia de que provavelmente ele tinha pelos no peito também surgiu em sua mente. Ela se esticou e pigarreou”.

O que fazer em relação à atração imediata que um estava sentindo pelo outro? Eles eram muito diferentes e tinham propósitos diferentes para suas vidas, mesmo tendo considerado um ao outro feio e sem atrativos no primeiro momento.

Esta história é diferente dos romances de época que estamos acostumados por vários motivos e é um dos fatos que me fez gostar bastante dela. A primeira é que temos um conto do Príncipe Corvo sendo narrado no início de cada capítulo, isto faz parte de um livro que a Anna está lendo e tem um significado bem especial da história, a segunda é os próprios personagens como descritos acima. A outra é que devido ao fato da Anna ser viúva, a autora pode tratar dos desejos femininos e não apenas do aspecto masculino que sempre permeiam as histórias. A Anna acaba por gostar do Conde e vai atrás dele de uma maneira secreta para realizar os seus desejos. Isto dá o tom hot da história. Outra diferença é que como o conde não se preocupa com a maneira de falar ele é bem escrachado em expressar sua opinião e sentimentos, principalmente no que diz respeito aos seus desejos, o que torna a história bem descritiva nos momentos hot.

Amei o fato dos personagens principais não serem mimizentos, pelo contrário, sabem o que querem e vão atrás, do fato da narração não ser do ponto de vista de um único personagem e da maneira com que a autora trabalhou toda a história. Gosto mais ainda do final da história. Me coração vibrou de alegria quando terminei a leitura. Gostei desta história desde a primeira vez que li e mais ainda com nesta tradução e edição da Record que realmente ficou maravilhosa. Vale destacar que os livros desta trilogia são histórias independentes, este livro só nos apresenta os personagens masculinos principais das histórias seguintes.

Realmente me apaixonei por esta capa linda e a impressão em papel amarelo só deixou a leitura melhor. Dou nota 5/5 para esta história com alegria e se você que diz gostar de romance ler este livro e não gostar, aff, digo que não podemos ser amigas... kkkkkk... Brincadeirinha, mas realmente espero que gostem.

Boa leitura,

Carol Finco

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Príncipe Corvo
Trilogia dos Príncipes #1
Ano: 2017
Páginas: 350
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante.

Chega uma hora na vida de uma dama...
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil.
Em que ela deve fazer o inimaginável...
O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude.
E encontrar um emprego.
Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante.