15 maio, 2018

Resenha :: Os Irmãos Ostenholls — Mistério na Vila Keplestal

maio 15, 2018 1 Comentários

Em “Os Irmãos Ostenholls: Mistério na Vila Keplestal” logo no início somos apresentados à simpática Liversphil, uma pequena e pacata vila. Aron estava trabalhando na loja do Sr.Catum, quando ouve gritos desesperados pedindo por socorro, sem pestanejar, o rapaz sai em disparada e vai ver o que ocorreu e em pouco tempo está perseguindo um ladrão que havia roubado o colar de uma jovem. Aron conseguiu não só resgatar o colar, como chamar a atenção dos guardas por sua performance.

Posteriormente, os irmãos de Aron – Lissa e Beni – são inseridos na trama e os fortes laços que os unem são mostrados, rendendo diversas passagens marcantes durante o desenrolar da história.

Na vila de Keplestal, um ataque brutal ocorreu às ovelhas da região e deixou os moradores aflitos, assim que o rei Dorian soube do ataque ficou preocupado e resolveu iniciar uma missão secreta para descobrir o que houve, portanto escalou o inspetor Arnes e o senador Rutger Borislau (também conhecido como RB) para esta missão. Como era de se esperar, os irmãos Ostenholls também embarcaram nesta missão secreta, e não só eles, como uma importante figura – que você só irá descobrir quem é, se ler a história!

Este livro foi uma indicação do querido André do blog Garotos Perdidos e foi uma grata surpresa! O autor, Fernando Stevam, trouxe um livro infanto-juvenil que mescla uma boa aventura com toques de fantasia e mistério, aliado a boa trama e personagens que além de serem cativantes são bem construídos. Uma leitura fluida e instigante, um ótimo presente para todos aqueles que desejam começar a ler o gênero, ou iniciar no mundo da leitura.

A edição da Modo Editora também ficou bem legal, com folhas amareladas,  uma boa diagramação e a fonte em tamanho confortável para a leitura. Porém, encontrei alguns erros de digitação durante a leitura, numa próxima edição, seria bom fazer uma nova revisão.

“Quando não sentimos medo, nós corremos o risco de subestimar nossos adversários.”

Espero ler a próxima aventura dos Irmãos Ostenholls"O Segredo do Amuleto", em breve!

Um abraço e até a próxima!


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Irmãos Ostenholls
Mistério na Vila Keplestal
Fernando Stevam
Ano: 2013
Páginas: 294
Editora: Modo Editora  Selo Lumus
 
Sinopse (Skoob):
Os irmãos Ostenholls e o príncipe Allan viviam tranquilamente em Liversphil até que uma viagem inesperada fez seus caminhos se cruzarem. Tudo teve início depois que o pai de Allan, o rei Dorian, soube dos ataques ocorridos numa pacata vila chamada Keplestal. Uma fera assustadora estava aterrorizando toda a região e precisava ser detida. Certo de que o pior ainda estava por vir, o rei decide enviar uma missão secreta chefiada pelo inspetor Arnes e o senador RB até o vilarejo. O que aconteceu na vila de tão assustador? Que fera era esta? Um animal comum com um apetite voraz ou algo bem pior? Algo que só de pensar fazia seus corpos gelarem. Assim começa esta trama cheia de mistérios e aventura, encontros e desencontros, uma história que eternizará uma amizade leal e sincera entre os irmãos Ostenholls e o príncipe de Liversphil.

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_____Sobre o Autor_____


Fernando Stevam




Fernando Stevam, nascido em 1975, profissão farmacêutico e músico. Reside no interior do Espírito Santo onde vive com sua esposa e filha, fontes da sua inspiração.


12 maio, 2018

Resenha :: O Crime do Vencedor (The Winner's Crime)

maio 12, 2018 0 Comentários

  Pode conter spoiler do livro anterior.

Confira a resenha de A Maldição do Vencedor, clicando aqui.


Olá, faroleiros! Vocês ficaram curiosos para saber o que aconteceu com Kestrel e Arin depois de A Maldição do Vencedor? Lembram-se que no final a garota tomou uma difícil decisão para salvar Arin e o povo Herrani? O Crime do Vencedor é a sequência dessa história eletrizante escrita pela Marie Rutkosky.


Na continuação Kestrel já está em Valória tendo que lidar com as consequências de suas escolhas irremediáveis. Essas escolhas foram cruciais, mas a distanciaram de Arin e da possibilidade de viverem o seu amor.

Esta era a sua vida agora: tecidos finos e bainhas de seda ondulada. Um jantar com o imperador… e o príncipe. Sim, essa era a sua vida. Ela tinha que se acostumar.

Sem outra opção Kestrel torna-se aliada do Imperador que se encanta com a sua coragem. Para selar o acordo ela ainda aceita noivar com Verex, seu único filho. Isso não passa de uma estratégia para colocar a filha do general no poder, já que o Imperador acha o filho incapaz de governar Valória.

Aos poucos Verex mostra-se um rapaz gentil, amigo e bom, diferente do seu pai, mas que pouco pode fazer para mudar alguma coisa no governo truculento daquele líder. Nessa situação, Kestrel necessita, mais do que nunca, de sua perspicácia e inteligência para sobreviver no ambiente sombrio da corte. Cautela é a palavra-chave nesse momento, pois o imperador é um homem hostil, cruel e ganancioso e se ele suspeitar da verdade é capaz de matá-la. 

— Acredito em você. Mas e se não acreditasse? Importaria se o escravo tivesse dormido em sua cama? Ah, Kestrel. Não me olhe com tanto espanto. Você acha que sou um puritano? Ouvi os boatos. Todos ouviram.

Arin descobre em Herran que a liberdade conquistada não era tão bela quanto ofereceram e que o preço pago por ela fora muito alto. Apesar de amar muito Kestrel, ele não entende a sua escolha, tão pouco consegue enxergar o perigo que ela correu ao ajudá-lo. Quando Arin percebe que precisará lutar pelo seu povo ele parte para o Oriente, Dacra, na tentativa de selar um acordo com a rainha de lá. Sua intenção é juntar forças para derrotar o exército de Valória de uma vez por todas.

Ele a viu antes que ela o visse. Viu que estava infeliz. Lembrou que era isso o que tinha chamado a atenção dele à beira do canal quando pensara que ela era uma     criada anônima: a sensação de que aquela estranha havia perdido algo tão valioso quanto o que ele havia perdido.

A sequência dos acontecimentos na rebelião herrani do primeiro livro estremeceu a amizade entre Kestrel e os irmãos Jess e Ronan. Cada vez mais afastados o fato de que nada será como antes entre eles se torna nítido. Kestrel aprenderá que toda escolha tem uma consequência e que somos afetados por ela, queira a pessoa ou não. A vida não pode seguir como antes, pois as pessoas mudam e lados tem que ser defendidos.

Guiada por suas escolhas e o desejo de ajudar Arin, Kestrel inicia um verdadeiro jogo de espiã. O Imperador é um ótimo estrategista e um adversário digno de lances magníficos. Nesse jogo um segredo será descoberta e Kestrel ficará a um passo de ser derrotada. Será que ela conseguirá jogar todas as suas peças quando a vida de milhares de herranis está em risco? Arin estará presente para salvá-la de cometer um erro fatal? O final dessa história promete deixar o coração do leitor bem apertado!

Ela conhecia aquele som. Era a voz de alguém para quem uma nuvem de confusão havia sido limpada. Era a clareza, e a força que vem com ela.

Nem preciso dizer que eu emendei a sequência destes livros, né? Estava louca para ver mais do romance entre Kestrel e Arin. Mas esses desencontros do casal, os mal-entendidos e o desenrolar da trama me deixaram louca e mais curiosa ainda. As sequências de chove-não-molha deste casal acabam com o meu coração. Contudo, me deparei com uma história voltada a nos ensinar as consequências das nossas escolhas e a sustentação daquilo que acreditamos.

Adorei o enfoque da Marie Rutkosky. Quando somos apresentados a outro núcleo do enredo, os dacranos, a história ganha um enriquecimento e abre novas possibilidades na continuidade. O desenrolar da trama é muito emocionante e as situações vividas por Arin e Kestrel são verossímeis. Como uma romântica incurável que sou, confesso que senti falta de um romance nesse livro e torço para que o terceiro traga um final digno para estes dois. 




Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Crime do Vencedor
Trilogia do Vencedor #2
Ano: 2016
Páginas: 360
Editora: Plataforma21
Sinopse (Skoob):
Existe a tentação e existe a coisa certa a se fazer. E está cada vez mais difícil para Kestrel fazer a melhor escolha.
Um noivado imperial significa uma celebração após a outra: cafés da manhã com cortesãos e dignatários influentes, bailes, fogos de artifício e festas até o amanhecer. Para Kestrel, porém, significa viver numa gaiola forjada por ela mesma. Com a aproximação do casamento, ela deseja confessar a Arin, seu ex-escravo e atual governador de Harren: só aceitou se casar com o príncipe herdeiro do império em troca da liberdade dele, Arin. Mas será que Kestrel pode confiar nele? Ou, pior: será que pode confiar em si mesma?
No jogo do poder, Kestrel está se tornando perita em blefes. Age como uma espiã na corte. Se for pega, será desmascarada como traidora de seu próprio império. Ainda assim, ela não consegue deixar de buscar uma forma de mudar seu terrível mundo... e está muito perto de descobrir um segredo tenebroso.
Nesta sequência fascinante e devastadora de A maldição do vencedor, Marie Rutkoski desvela o alto custo de mentiras perigosas e alianças pouco confiáveis. A revelação da verdade é iminente e, quando finalmente vier à tona, Kestrel e Arin vão descobrir o preço exato de seus crimes.

11 maio, 2018

Resenha :: Fangirl

maio 11, 2018 0 Comentários

Simon Snow é uma série de livros famosa que tem milhares de fãs. Cath e Wren fazem parte desse fandom gigantesco. Mas ao ficarem maiores, só uma delas continua seguindo a série com afinco. Cath fez dessa série sua vida. Ela vive por Simon e Baz e é escritora da fanfic de maior sucesso.

Mas ao entrar para universidade, ela se vê dividida entre estudos, namorado e sua história. Ela se vê pressionada à terminar sua história antes do lançamento do último livro e sua tarefa da aula de escrita de ficção. Seria ela, a maior fã de Simon Snow, capaz de conciliar isso tudo?

Às vezes, escrever é como descer um morro, seus dedos tocam o teclado do mesmo modo que suas pernas pisam o chão quando não conseguem lutar contra a gravidade.

Rainbow Rowell escreveu a vida de milhares de leitores e acho que sua própria vida com esse livro. Mesmo que muitos não escrevam fanfics, acabam criando uma em sua cabeça. Eu mesmo estou incluso.

Preciso de um cérebro que possa se libertar, sabe? Preciso pensar. Se não penso, quem sou eu?

Cath é uma menina de dezoito anos, introvertida, que vai à faculdade escrevendo uma fanfic de sucesso. Pena que ela não sai disso. Não evolui nada durante toda história. E tinha potencial para tal. E a maior evolução de sua irmã é o regresso. Depois de tentar ser uma estudante hardcore.

Não se pode desistir às vezes? Não é ok dizer “isso tá me machucando demais, então vou parar de tentar”?

A trama perde muito tempo contando a história da série Simon Snow e acaba só lançando fragmentos da fanfic de Cath, e quase não conta a história da própria protagonista. Não mostra a evolução da escrita de Cath. O livro tinha espaço para isso, mas não o fez. Rainbow Rowell poderia ter focado em três pontos: o primeiro era mostrar a evolução da fanfic de Cath; o segundo era mostrar a evolução da própria Cath para com seu drama familiar; e o terceiro era mostrar seu trabalho escolar. Eu queria muito poder lê-lo, visto que esse drama moldou a personalidade introvertida dela e ganhou um prêmio acadêmico importante. Prêmio esse que gera uma pequena discórdia que todos nós gostamos.

Levou alguns segundos para que as linhas e cores compusessem um rosto que Cath pensou que poderia reconhecer. Nesses segundos, parte de Cath correu até a estranha, envolveu suas coxas com os braços e enfiou o rosto em sua barriga. Parte de Cath gritou. O mais alto que pôde. E parte dela ateou fogo ao planeta só para vê-lo arder.

Mas me pareceu que Rainbow começou o livro com uma ideia totalmente diferente da que termina o livro. Apenas jogando fragmentos de história para conseguir terminá-lo. Um enredo com bastante potencial, com bastante identificação do público que, ao meu ver, foi terminado de qualquer jeito. Mas mesmo isso não me deixou com medo de ler outras histórias da escritora. Enxergo capacidade dela de começar e terminar um livro bom. Por isso da minha nota ter sido duas estrelas.

Escrever é solitário.

Deixe aqui sua opinião se já leu e recomendações dos outros livros da autora. E não se sintam ofendidos de alguma forma pela minha resenha.


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Fangirl
Ano: 2014
Páginas: 424
Editora: Novo Século
Sinopse (Skoob):
Cath é fã da série de livros Simon Snow. Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas para Cath, ser fã é sua vida e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série, está sempre antenada aos fóruns, escreve uma fanfic de sucesso e até se veste igual aos personagens na estreia de cada filme.
Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real.
Mas agora que as duas estão indo para a faculdade e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto.
Uma nova realidade pode parecer assustadora para uma garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências.
Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?

07 maio, 2018

Resenha :: A Inquisição (Summoner)

maio 07, 2018 0 Comentários

  Pode conter spoiler do livro anterior.

Confira a resenha de O Aprendiz, clicando aqui.


Depois de tanta espera, A Inquisição chegou! E chegou mudando tudo que eu imaginava que seria essa continuação. Da próxima vez eu vou refletir melhor e parar de tentar adivinhar o que pode acontecer em um livro que tem como referências Harry Potter, Senhor do Anéis e Pokémon, pois certamente é um caminho que só o Taran Matharu conhece, e ele sabe maltratar os leitores como poucos. Quando eu achava que era uma coisa, acabava sendo outra (se é que dá para entender). Ok, algumas possibilidades que pensei aconteceram, não do jeito que eu pensava, mas aconteceram. E quero deixar claro que isso só beneficiou para que eu gostasse do livro.

Às vezes, não fazer nada era a atitude mais arriscada.

Depois daquele final de O Aprendiz, de deixar qualquer leitor ansioso para o desenrolar dos acontecimentos, finalmente conseguimos desvendar o que rolou nesse universo de referências que amo.

Começando ao revelar que as coisas não estão indo muito bem entre as raças (humanos, anões e elfos), o livro todo se constrói “basicamente” entre a tensão desses grupos, ainda mais depois dos acontecimentos do torneio no final do livro passado. E não posso deixar de apontar da diferença que o novo cenário deu para o livro, enquanto em O Aprendiz se passava na escola de conjuradores, lembrando um clima mais voltado para Harry Potter, o segundo se afasta bem desse clima, puxando para o Senhor do Anéis e Pokémon, ao mesmo tempo que se passa isso de uma forma nova.

Outro ponto que achei interessante foi o destaque que foi dado para o julgamento de Fletcher, foi bem emocionante, e nesse livro dá para perceber toda a questão política complexa que permeia esse universo. Muitas maquinações, pessoas! E bastante revelações. Adorei a nova fase de Otelo e Sylva, além de saber mais sobre outras raças e sobre o éter e novos demônios. Consegui perceber uma construção completamente mais rica e única nesse universo do que já havia sido mostrado no primeiro livro.

Esta família é o que nós éramos. Esses saqueadores são o que nos tornamos.

Temos, mais ou menos, dois momentos importantes: o julgamento como já falei anteriormente, que foi bem destacado, onde nos é mostrado mais o lado político do universo; e a segunda parte que é bem mais movimentada e te deixa muito mais grudado a cada página (não vou dar detalhes demais, para que possam ser surpreender pelo caminho que o livro nos leva). Em meio a tudo isso, nos são apresentados personagens novos e alguns antigos, que não tiveram destaque em O Aprendiz, aqui ganham bem mais protagonismo (fiquei bem feliz com isso).

Uma coisa que tenho que destacar é a sensação de nostalgia muito louca. Mesmo lendo pela primeira vez, é como se eu tivesse oportunidade de ter em uma série tudo que eu amava na infância, mas não de uma forma completamente infantil, e é isto que eu mais amo na escrita do autor: a chance de reviver esse fascínio por algo novo e ao mesmo tempo tão conhecido.

No geral preciso concluir dizendo que eu não sei lidar com o Taran Matharu. Amo demais esse universo de Conjurador que ele construiu, e esse segundo livro veio para consolidar essa minha paixão. Eu achei que ele não poderia fazer um final mais impactante de que o final do primeiro livro O Aprendiz, mas essa continuação veio e mudou isso! Que final! Que ansiedade para ler o terceiro livro! Não sei o que vem por aí e nem tenho mais a pretensão de adivinhar, mas se sobrevivi a Inquisição, que venha O Mago de Batalha.

Às vezes, as ideias mais simples por acaso são as melhores.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Inquisição
Conjurador #2
Ano: 2017
Páginas: 350
Editora: Galera Record
Sinopse (Skoob):
Um ano se passou desde o torneio. Fletcher e Ignácio foram trancafiados numa prisão. Agora, terão que enfrentar um julgamento realizado pela Inquisição, uma poderosa instituição controlada por pessoas que ficariam maravilhadas em assistir de camarote à ruína de Fletcher. Após um julgamento cheio de revelações sobre o passado do jovem conjurador, os estudantes da Academia Vocans são enviados para as selvas órquicas com uma perigosa missão. Com os amigos, Otelo e Sylva, sempre ao seu lado, Fletcher vai enfrentar impensáveis desafios numa batalha para salvar Hominum da destruição. Mesmo que precise morrer para isso.

03 maio, 2018

Resenha :: Desejo Oculto

maio 03, 2018 3 Comentários

Queridos faroleiros,

Todo livro conta uma história, mas ele também tem a sua própria. Vou contar um pouco das duas histórias envolvendo o romance erótico de L. M. Gomes.

Desejo Oculto conta a história de Manoela, uma mulher de 28 anos que sente vergonha do corpo curvilíneo em excesso. Ela nunca sentiu um orgasmo a dois, mesmo sendo noiva de Leonardo há cinco anos. Foram cinco anos de sexo frustrante até o término do relacionamento.

Manoela está saindo do trabalho quando recebe uma mensagem de um número desconhecido:

Posso ver a mulher deliciosa que há em você, me deixe te mostrar, Manoela?

Aquilo só podia ser uma brincadeira de seu ex-noivo ou um engano, mas a adrenalina a faz responder. Não haveria perigo em nenhum dos dois casos.

Eu te desafio, então.

Oculto é como Manoela chama seu admirador secreto. A medida em que ela passa a conhece-lo melhor, percebe que ele é um homem decidido, à vontade com suas escolhas, mas será que Manoela está à vontade com as dela?

Não tem mistério, Manoela. É só sexo. Prazer. Luxúria. Não diz nada sobre o que somos fora de quadro paredes.

L. M. Gomes

Estava na estante da Rico Editora, durante a Bienal do Rio 2017, quando a capa de Desejo Oculto chamou minha atenção. Amei a composição da capa e, digo isso, não só por causa do modelo. Adoro fotos em preto e branco com fundo escuro. Comprei o livro e fui procurar L. M. Gomes para pedir um autógrafo. A autora fez uma festa tão grande quando a encontrei que fiquei sem entender. Ela explicou que estava tão feliz porque sabe que muitos homens compram e leem seus livros, mas são poucos os que fazem isso abertamente e ainda pedem autógrafos. Ela foi muito fofa!

L. M. Gomes

L.M. Gomes entrega exatamente aquilo que promete e consegue fugir um pouco dos clichês atuais, o que é bem legal. Apesar de Oculto ser rico, isso não é usado como uma forma de dominação ou superioridade. Ele também não é apenas um dominador. É um homem livre de rótulos que tem desejos sujos, explícitos e ocultos. Manoela também não é uma adolescente inocente, como as de várias outras histórias do gênero. Ela sabe onde está se metendo, só não sabe como aquilo tudo pode mexer com os seus sentimentos.

Algumas cenas de sexo são bem cruas e viscerais, mas não há certo ou errado aqui. “O prazer embebeda a alma e liberta”. O que uma pessoa pensa de si jamais deve ser medido pela ótica de outra pessoa. A felicidade não pode depender de ninguém além de si mesmo.

Com amor, André.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Desejo Oculto
Ano: 2017
Páginas: 185
Editora: Rico Editora
Sinopse (Skoob):
“Ele era meu maior desafio...”
Para Manoela, a aventura com um desconhecido se mostrou a porta de entrada para um mundo do qual ela nem sonhava fazer parte. Sem pudores, decidiu se entregar totalmente à cada fantasia que permeava a mente Oculta e pervertida de um homem decidido, à vontade com suas escolhas e consequências, confortável em seu próprio mundo.
Cartas na mesa, desejo à flor da pele. Seria Manoela capaz de resistir as armadilhas que ela própria criou em seu coração? Os limites serão testados, tabus serão quebrados e apenas uma verdade permanecerá. Há limites entre a razão e a fantasia? Descubra seu lado Oculto.
“A linha entre o céu e o inferno é muito fina, Manoela. E sinto informar, mas no momento nós dois pisamos nela.”

[+18 anos] Contém descrições eróticas

01 maio, 2018

Resenha :: Corações nas Sombras - Presságios de Guerra

maio 01, 2018 2 Comentários

Olá, tudo bom?

“Presságios de Guerra” é o primeiro livro da saga “Corações nas Sombras” de Allan Francis Salgado, publicado pela editora Chiado no ano de 2016.

Vamos embarcar numa jornada através de Ifíanor, seus continentes – Pallas e Primas, seus diversos reinos e raças.  O prelúdio do livro é uma carta de Sindara, que resolve enviá-la a um amor para contá-lo sobre o que está prestes a acontecer, aproveitando para contar um pouco do que ocorreu no passado – de forma a situar o leitor.

“Então meu amor, meu confidente e meu amante, se lhe conto sobre o passado é para que você entenda o meu papel no presente e o porquê de termos nos separados. Escolhi nomear este relato de Corações nas Sombras e acredito que você entenderá o motivo.”

Logo no início do livro, estamos no castelo de Dankar no reino de Vescra, local onde um dos talismãs de Ifíanor está sendo guardado. O castelo é invadido, o talismã é roubado, e sua guardiã – a feiticeira Selene - é vítima de uma poderosa magia negra. Selene parte em busca de uma cura para o mal que a aflige, além de recuperar o talismã, sabendo o que poderia ocorrer caso o responsável pela invasão ao castelo conseguisse concluir seu plano maligno.

O livro é narrado em terceira pessoa, sendo que em cada capítulo acompanhamos a trajetória de um grupo de personagens, dessa forma vamos os conhecendo aos poucos, assim como os locais em que eles estão, seus dilemas e conflitos. Um detalhe, que eu acho sensacional, é o mapa no início da edição, que serve para ajudar o leitor a se imaginar neste mundo fantástico. De forma gradual os acontecimentos e suas repercussões vão sendo delineados ao leitor, os personagens e seus reinos vão se conectando e a partir daí, a narrativa ganha um novo fôlego, pois ficamos ávidos em saber cada vez mais.

Allan foi extremamente criativo, pois cada um dos reinos de Ifíanor é distinto do outro, além da descrição de suas paisagens, vamos descobrindo sobre os costumes, a religião, a economia, a tecnologia e o povoado de cada região que vai sendo explorada.

Uma das coisas que mais me cativou durante a leitura dessa obra, certamente foi a criação dos personagens, a riqueza de nuances apresentadas aqui é simplesmente encantadora. Cada um deles tem seus motivos de estar na trama, agregam a história e trazem diversos questionamentos, nos fazendo pensar e muitas vezes com que nos identifiquemos com eles. Um dos personagens que mais me chamou a atenção neste primeiro livro foi o inventor Gael, que por ser um homem a frente de seu tempo sofre a rejeição por parte de alguns, mas mesmo assim não desiste de perseguir seus objetivos.

“Nenhuma decisão sábia é tomada em momentos de exaltação e raiva, palavras são mal ditas e direcionadas nestas ocasiões.”

Em suma, “Corações nas Sombras” é um verdadeiro deleite aos leitores, seja os já familiarizados ao gênero ou não. Um livro com a escrita envolvente, um mundo bem construído e repleto de personagens marcantes, cada qual com sua voz e essência que agregam a trama. O carinho de Allan por sua criação é visível em cada uma de suas linhas, tudo foi planejado e feito com muito carinho. Espero que diversos leitores se encantem com essa saga fantástica, e que venham os próximos livros!

Sobre a edição: O livro tem páginas amareladas, um índice e um mapa, pelo seu volume o achei leve e fácil de manusear. Infelizmente, senti falta de uma revisão melhor de texto, acho que a Chiado vacilou neste aspecto, contudo nem isso foi capaz de tirar o brilho da obra.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Presságios de Guerra
Corações nas Sombras
Coleção Mundo Fantástico #1
Ano: 2016
Páginas: 736
Editora: Chiado
Sinopse (Skoob):
Quando eu olhei através do passado eu finalmente compreendi o que você entenderá aos poucos. 
Ver a queda e extinção dos centauros por sua sede de poder foi apenas o estopim de algo maior, pois o mal que despertaram no mundo inferior (Agonia) embora selado por Círdan o elfo, desencadeou uma série de acontecimentos que narro para ti. 
Aquilo bastou para que Goldax o imortal que liderou os orcs por duzentos anos encontrasse um mestre que lhe prometeu libertar os orcs de seu exílio. 
Depois de sua derrocada, o dragão negro ressurgiu havido por poder e adoração, a ponto do rei dos dragões lhe temer. 
A Casa de Prata com intenções desconhecidas começou a roubar um a um os talismãs de Ifíanor.
O mundo aos poucos começou a odiar os magos seus antigos benfeitores e uma mente brilhante surgiu com a finalidade de equilibrar as coisas, mas ele não sabia que seus atos acarretariam uma guerra sem fim.
Então meu amor, meu confidente e meu amante, se lhe conto sobre o passado é para que você entenda o meu papel no presente e o porquê de termos nos separados. Escolhi nomear este relato de Corações nas Sombras e acredito que você entenderá o motivo.

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_____Sobre o Autor_____

Allan Francis


Allan Francis é mineiro de Conselheiro Lafaiete, sempre adorou escrever e com 12 anos ganhou um concurso de redação em sua cidade. Desde então sempre escreveu poemas e contos.
Além de escrever, ele ama o Direito é Doutor em Direito Penal, além de ser palestrante. Sua tese intitulada Direito Penal Eficiente já foi objeto de várias palestras e debates.
Apaixonado por livros, inspirou-se em autores como Tolkien, Stephen King, J.K. Rowling para criar o mundo de Ifíanor, cenário dos eventos do livro.