02 agosto, 2018

Tag Literária :: Deuses do Olimpo

agosto 02, 2018 1 Comentários

Oi, seres humanos e extraterrestres! Como estão?

Desde quando eu era criança, desenvolvi um certo interesse por mitologia grega, e, quando me rendi aos encantos da minha amada saga Percy Jackson e os Olimpianos, esse interesse virou amor. Por isso quando vi essa TAG “Deuses do Olimpo” no blog Balaio de Babados, que foi criada em uma parceria dos blogs Encontro com Livros e Diálogo Literário, resolvi responder. Então, vamos às minhas respostas?


 1- Zeus: Rei dos Deuses – Qual livro é o rei da sua estante?
Acho que muita gente responderia essa pergunta mencionando edições de luxo, de colecionador... de algum livro que ama, maaaas o rei, ou melhor reis da minha estante são os três livros da distopia Red Rising, vulgo melhor distopia do universo, do autor Pierce Brown, são de brochura mesmo, mas se alguém respirar muito perto deles, corre o risco de deixar de respirar.


 2- Hera: Deusa do Casamento – Um casal que você shippa?
São tantos... Mas, hoje, nesse clima de mitologia, shippo Percy e Annabeth. Lógico que shipparia o Percy comigo, mas como não é possível, a Annabeth é perfeita para o Percy (depois de mim).


 3- Poseidon: Rei dos Mares – Qual livro você jogaria no mar do esquecimento?
Quando Saturno Voltar, da Laura Conrado, se eu pudesse desler, eu o deslia.


 4- Deméter: Deusa da Agricultura – Imaginando que sua bagagem literária é uma árvore, qual foi o livro semente?
A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo (sim, é um clássico).


  5- Hades: Deus dos Mortos – Um personagem que você mataria?
A Mare de A Rainha Vermelha, da Victoria Aveyard, desde o segundo livro não estou indo muito com a cara e nem com nada dela.


  6- Héstia: Deusa Virgem do Lar – Qual personagem você levaria para casa?
O Auggie do livro Extraordinário, da R. J. Palacio, porque sim.


 7- Afrodite: Deusa do Amor e da Sensualidade – Um livro que você se apaixonou?
Por Lugares Incríveis, da Jennifer Niven, não consigo não amar esse livro.


 8- Apolo: Deus do Sol e da Arte – Um personagem artista?
O Noah de Eu Te Darei o S0l, da Jandy Nelson.


 9- Ártemis: Deusa Virgem da Caça – O livro que te levou a grandes aventuras?
Six of Crows – Sangue e Mentiras, da Leigh Bardugo.


 10- Ares: Deus da Guerra – Um livro ou personagem que te deixou com ódio?
A mãe do Leonard de Perdão, Leonard Peacock, do autor Matthew Quick, e o pai da Valerie de A Lista Negra, da Jennifer Brown. Pais e mães deviam se importar com seus filhos e não serem esses seres odiáveis.


 11- Atena: Deusa Virgem da Sabedoria – Um personagem que te inspira?
Anne do livro Anne de Green Gables, da Lucy Maud Montgomery.


 12- Dionísio: Deus do Vinho e das Festas – Qual foi a sua maior ressaca literária?
Não sei se foi a maior, mas quando terminei de ler Mil Beijos de Garoto, da Tillie Cole, fiquei com uma ressaca beeem grande.


 13- Hefesto: Deus do Ferro e do Fogo (Ferreiro dos Deuses) – Um livro que tenha ferro ou fogo na capa?
Ordem de Extermínio, quarto livro de Maze Runner, do James Dashner.


 14- Hermes: Deus do Comércio (Mensageiro dos Deuses) – Um livro que você não compraria ou se arrependeu de ter comprado?
Stânix – O Poder dos Elementos, do autor Eder A. S. Traskini, que comprei só para ganhar desconto em outros livros, mas não tenho nem um pingo de vontade de ler.


Bom, é isso. Espero que tenham gostado das minhas respostas, e, se gostaram da TAG, eu amaria saber o que responderiam. Até!

28 julho, 2018

Resenha :: O Beijo do Vencedor (The Winner's Kiss)

julho 28, 2018 0 Comentários

  Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira as resenhas dos primeiros livros dessa trilogia!


Olá faroleiros! Nossa como senti falta de resenhar para vocês! Estou de volta e a dica de leitura da vez é O Beijo do Vencedor, da Marie Rutkoski. O terceiro e último livro da Trilogia do Vencedor nos traz um desfecho comovente para o nosso casal Arin e Kestrel. Em realidades diferentes agora, o jovem casal contará com o amor que sentem um pelo outro para superar as adversidades, apesar de toda mágoa e insegurança que se impôs entre eles.

Era uma vez uma menina que era muito segura de si. Nem todos a considerariam bonita, mas admitiam haver certa graça que era mais intimidante do que encantadora. Não era o tipo de pessoa, segundo a alta sociedade, a quem você gostaria de se opor. Ela guarda o coração numa caixa de porcelana, as pessoas cochichavam, e tinham razão.

Lembrando que anteriormente Kestrel tomou uma decisão que a desgraçou e pôs sua vida em perigo. Tudo isso para ajudar Arin que, sem saber das verdadeiras intenções de Kestrel, voltou para Herran e conseguiu a aliança com o povo do Oriente.  E, junto com seus novos aliados do Oriente, encontra-se em guerra iminente contra o povo Valoriano em busca da liberdade.

Enquanto nossa heroína, Kestrel vive numa situação extrema: dentro de uma carruagem como prisioneira indo para as terras gélidas do Norte. Kestrel sacrificou-se para defender Arin e o povo Herrani. O pior de tudo é que o jovem nem imagina o que ela fez por ele e por acreditar que o Imperador de Valória não passava de um louco tirano.

Era uma vez um menino que sabia se esconder. Certa noite, os deuses o viram trancado sozinho em seus aposentos, tremendo, quase vomitando de medo. Ele ouvia o que estava acontecendo em outras partes da casa. Gritos. Coisas se quebrando. Ordens ríspidas, as palavras em si estavam abafadas, mas ainda assim foram entendidas pelo garoto, que segurava o vômito em seu canto.

O último livro da trilogia se inicia com muita emoção. Não pensar em Kestrel e tudo que aconteceu entre eles talvez fosse a maior batalha de Arin. A jovem o marcou de tal forma que fica difícil para ele  não questionar-se sobre as situações que os fizeram tomar rumos tão diferentes. O que ele não imagina é que Kestrel estava sofrendo o pior castigo que poderia acontecer.

Não, pensar em Kestrel não era mais doloroso. Ele tinha sido um tolo, mas precisava se perdoar por coisas piores. Irmã, pai, mãe. Quanto a Kestrel… Arin tinha certa clareza sobre quem ele era: o tipo de pessoa que confiava cegamente, que colocava o coração no lugar errado. A essa altura, ela talvez já estivesse casada com o príncipe valoriano.

Fugir era o único pensamento de Kestrel no lugar nebuloso para o qual foi mandada. O que ela não previa eram os métodos usados pelos carcereiros para mantê-la quieta e calma trabalhando ali. Todos seus limites são tentados quando a jovem transita entre momentos de sonhos e lucidez. Sua mente divaga por diversos questionamentos sobre quem ela se tornou e sobre a traição contra seu próprio pai. O único motivo que a salva de morrer no norte é sua vontade de reencontrar Arin e dizer-lhe tudo que fez e o que sente por ele.

Faria de tudo por você. Ela sabia exatamente quem as havia escrito e por quê. Sabia que estava fingindo quando pensava que essas palavras eram falsas ou que algum dos limites que havia imposto entre ela e Arin importava, porque, no fim das contas, ela estava aqui e ele estava livre. Ela tinha sim feito tudo o que podia. E ele sequer sabia.

Mesmo sendo uma figura de liderança e tendo a responsabilidade de comando do povo Herrani na batalha contra Valória, Arin tem dificuldade em se impor e agrupar suas estratégias com o general Xash, que comanda as tropas aliadas. Mesmo tendo o apoio de Roshar, ele teme que a rainha Oriental não veja com bons olhos suas táticas de guerra que vêm se mostrando eficientes até o momento. Ele sofre com terríveis notícias de Kestrel, até que uma valiosa informação literalmente bate a porta de Arin, e ele descobre o infortúnio sofrido por sua amada. Carregado de culpa e sem medir esforços, o jovem parte na sua busca temendo que o pior possa ter acontecido.

– Arin. – Roshar apertou os olhos brevemente, depois olhou para ele com a mesma expressão de repugnância e fascínio reservada a aberrações da natureza, como animais que nascem com duas cabeças. – Isso parece… 
– Estou pouco me lixando para o que parece. 
– Você já pensou esse tipo de coisa antes. 
– Eu deveria ter confiado na minha intuição. Ela mentiu. Eu acreditei nela.  Não deveria ter acreditado.
                                            
Se a Marie Rutkosky nos desespera no final do segundo livro. Iniciamos o terceiro ansiosos e instigados a devorar as páginas para descobrir o que o destino de Kestrel lhe reserva. Apesar da guerra acontecendo, não há nada que impeça Arin de resgatá-la. Então temos muito ação, suspense e drama no reencontro do nosso casal. E quando digo drama, vocês entenderam muito bem: drama. Isso porque quando ela é encontrada está num estado tão debilitado que mal consegue caminhar. Não se lembra de nada, muito menos de Arin.

Imagine a reação de Kestrel ser resgatada de um lugar sem conhecer, ao menos, seu salvador? Despois ter sido submetida a diversas atrocidades torna-se difícil entender o que está acontecendo ou quem é Arin. Tudo que é dito por ele gera nela uma desconfiança, apesar de seus instintos lhe dizerem que ele é bom.

A cabeça dela girou. Ela se permitiu repousar encostada nele. Não era certo que seu corpo conhecesse essa pessoa que sua mente não conhecia. Tinha a vaga consciência de que ele poderia lhe contar qualquer mentira que quis esse. Sua memória era um a boca com os dentes arrancados. Ela não parava de cutucar, tateando os buracos, recuando. Doía. Sim, qualquer mentira. Ele a havia salvado, mas ela não sabia o que ele queria dela… nem o que poderia dizer para conseguir isso.

Juntos eles vão passar por uma fase de descobertas e reconhecimentos. Kestrel sem memória voltará a Herran em meio à guerra contra o imperador e seu próprio pai. Suas lembranças voltarão aos poucos e ela se juntará aos herranis e orientais, tendo um papel fundamental na formação das estratégias de ataque. Isso porque ela é uma ótima estrategista, superando até o seu próprio pai, o general valoriano.

– Não consegue me dizer o que pensa?
– Não.
– Por quê?
– Estou morrendo de medo – ela sussurrou.
– Da batalha?
– Não.
– Do seu pai?
A voz dela foi categórica:
– É ele quem deve me temer.

O final dessa trilogia é acompanhado de fortes acontecimentos. A batalha final entre Herran e o Oriente contra Valória terá seu desfecho magnífico. Os reinos aliados serão capazes de liquidar, de uma vez por todas, o Imperador de Valória? E Kestrel terá coragem de lutar contra seu próprio pai, mesmo ele tendo lhe virado as costas?

A leitura deste último livro, apesar de ok, não superou minhas expectativas. Confesso que não esperava que o relacionamento entre Arin e Kestrel, a essa altura, fosse tomado por questões fora de contexto. O universo Oriental, também deixou um pouco de curiosidade, porque não foi bem explorado. Apesar de o segundo livro ter narrado a viagem de Arin até aquelas terras, não consegui visualizar características concretas daquela sociedade.

Em contrapartida as narrações das batalhas são envolventes e criativas. As sacadas humorísticas do personagem Roshar também trazem uma leveza ao enredo. Apesar de Marie Rutkoski ter trazido questões emocionais complexas a trama, o casal Arin e Kestrel acabam superando muitas mágoas e conseguem fazer as pazes com seu passado. Os caminhos que antes divergiam para lados opostos, agora convergem para uma estrada de glória, triunfos e superação.

Quando iniciei a leitura das primeiras páginas dessa trilogia fiquei maravilhada com o universo criado pela autora e isso me fez criar determinadas expectativas. Isso acontece bastante com nós leitores. Não quer dizer que o livro não seja bom, mas é que nossas expectativas são baseadas em possibilidades de desenrolar da trama que podem não se desenvolver. Por isso digo que essa frustração que aconteceu comigo pode não acontecer com vocês. 

Portanto, faroleiros, recomendo a leitura desta obra magnífica por toda proposta criada pela autora, pelos personagens fortes e marcantes desenvolvidos por ela e pelo universo singular criado na história. Um super beijo e boa leitura a todos!


Nota ::  3,5 



Informações Técnicas do livro

O Beijo do Vencedor
Trilogia do Vencedor #3
Ano: 2017
Páginas: 448
Editora: Plataforma21
Sinopse (Skoob):
A guerra começou. Arin está à frente dela com novos aliados e o império como inimigo. Embora tenha convencido a si mesmo de que não ama mais Kestrel, Arin ainda não a esqueceu. Mas também não consegue esquecer como ela se tornou o tipo de pessoa que ele despreza. A princesa se importava mais com o império do que com a vida de pessoas inocentes – e, sem dúvida, menos ainda com ele.
Pelo menos é o que Arin pensa.
Enquanto isso, no gélido norte, Kestrel é prisioneira em um campo de trabalhos forçados. Ela deseja desesperadamente escapar. Deseja que Arin saiba o que sacrificou por ele. E deseja fazer com que o império pague pelo que fizeram a ela.
Mas ninguém consegue o que quer apenas desejando.
Conforme a guerra se intensifica, Kestrel e Arin descobrem que o mundo já não é mais o mesmo.
O oriente está contra o ocidente, e os dois se encontram no meio de tudo isso. Com tanto a perder, é possível alguém realmente ser o vencedor?
Numa narrativa tão empolgante quanto sensível, a difícil paixão entre Kestrel e Arin alcança um novo patamar. O beijo do vencedor é o grande final da Trilogia do Vencedor.

27 julho, 2018

Resenha :: Além da Superfície

julho 27, 2018 0 Comentários


Além da Superfície conta a história de Alice, uma jovem recém-formada que além de sofrer com TAG, transtorno de ansiedade generalizada, sofre uma pressão enorme por estar desempregada. Ela acaba de terminar um relacionamento de anos, e isso só piora sua situação.
                                                                             
Fazendo tratamentos para combater esses demônios, Alice reencontra um antigo companheiro de escola e tudo parece começar a conspirar a seu favor.

A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. 

Com um enredo que te deixa, além de tocado, muito empático, você acaba se identificando com Alice. E conforme a leitura vai fluindo, você percebe que é uma história que é mais comum do que parece.

Quem nunca sofreu essas pressões ou sofre, nem que seja um pouquinho, de ansiedade? E isso que me fez gostar ainda mais do livro. Ele toca em assuntos recorrentes, importantes, de uma forma leve, mas nunca perdendo o senso crítico. 

Porque agora sei que não precisamos acertar sempre nem controlar tudo. Sei que a vida é feita de altos e baixos, principalmente de falhas, rupturas e buracos. Eu não preciso ser a Mulher-Maravilha para alguém gostar de mim ou das minhas sardas, celulites e estrias a mais que estou aprendendo a aceitar – gostar, no entanto, ainda é demais para mim! Finalmente entendo que, se não encontrei o amor ainda, é porque preciso ir além da superfície, preciso me deixar levar e aprender a conviver com a ansiedade à espreita, com certos momentos de pânico. Ninguém é perfeito, afinal.

Uma leitura que não queria mesmo terminar. Agora é torcer por uma continuação, pois esse livro merece. Duda virou uma das autoras que pego o livro só por ser dela. 


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Além da Superfície
Ano: 2018
Páginas: 260
Editora: Digital Pen
Sinopse (Skoob):
As pessoas costumam dizer que a primeira vez a gente nunca esquece. Alice só não sabia que a primeira crise de ansiedade também estava nessa categoria. Ela nunca pensou terminar sua graduação com sete quilos a mais do que gostaria, chutada pelo seu namorado, desempregada e (ainda) morando com os pais. E nunca pensou, principalmente, que o Transtorno de Ansiedade Generalizada faria parte do seu cotidiano.
Alice está com 23 anos, e não tem ideia do que fazer ao ver seus planos desabarem. As pessoas esperam que ela siga o modelo de seu irmão, que parece ter a vida perfeita. Seus pais exigem que ela tome um rumo e esqueça o ex-namorado, que agora está com a garota com quem a traiu. Aos trancos e barrancos, Alice precisa se ajustar à vida adulta e a uma nova condição psicológica enquanto tenta encontrar a felicidade.

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_____Sobre a Autora_____

Duda Razzera


Duda Razzera é membro da Academia São José de Letras e já apareceu em dúzias de entrevistas, programas de TV, rádio, blogs e podcasts, incluindo a Rádio CBN e Record. Ela é CEO da Digital Pen, uma empresa especializada em auxiliar autores com os desafios do Marketing Literário e Authorpreneurship. Já foi organizadora de antologias e concursos literários e adora fazer leituras críticas. Sua verdadeira paixão é a escrita, onde explora o comportamento humano através das palavras e emoções.

19 julho, 2018

Resenha :: Sorrisos Quebrados

julho 19, 2018 1 Comentários

A primeira vez que li essa história, foi em e-book na Amazon

O amor foi tão grande que continuei acompanhado a Sofia e, claro, fiz muita campanha para essa história vir para minhas mãos na forma de um livro físico. E o sonho se realizou ainda mais maior e mais bonito do que eu tinha sonhado. A Editora Valentina abraçou Sorrisos Quebrados e nos presentou com uma edição linda, perfeita e que eu amo ter na minha estante. Agora vou contar para vocês sobre minha releitura dessa história!

Eu acredito que sou um quadro abandonado por alguém que nunca desejou ser pintor. Alguém me pegou quando era uma tela branca e em vez de me pintar com a suavidade dos pincéis, me rasgou com o lado pontiagudo.

Paola, uma mulher em recuperação. Ela está em recuperação de um ataque violento que a deixou com profundas e irreparáveis marcas e cicatrizes emocionais e físicas. Deixando sua dor e a violência sofrida visível em praça pública. Permitindo a quem a olha espreitar uma dor que não pertence ao observador, somente a quem a sente.

E apesar de tudo isso, ainda não era o pior. Toda cicatriz é apenas um eco fraco do que está por dentro dela onde nenhum olho pode ver, mas também Paola se mostra uma lutadora, guerreira e determinada a continuar viva, mesmo que nem ela mesma acredite em si e no quanto é corajosa, apenas por continuar.

Quando ela tem a chance de reencontrar o amor, ela se entrega ao sentimento que tira da tela as cores e descolore o mundo que havia sido destruído. Afinal o amor mostra ao André que a beleza está no olhar e que as marcas físicas da Paola são a prova que ela sobreviveu para continuar. Paola se destaca por ter conseguido reencontrar sentido na vida e novos sonhos.

Eu não me apaixonei pela sua força, encantei com a sua beleza, atraí pelas suas curvas. Não. Essas eu também amo. Mas eu amei-a pelo seu sorriso fraco, Desproporcionado, Quebrado. Ele é meu favorito e o mais lindo de todos.

André, um homem de proporções físicas generosas. Alto, musculoso, atraente. E, no entanto, a maior característica dele é ser um pai extremamente devoto de um pequeno raio de Sol. Apagado por nuvens escuras de dor e sofrimento. Ao contrário de Paola, André e sua filha trazem marcas onde aos olhos alheios e mesmo aos mais atenciosos e generosos, a dor é difícil de ver e entender, porque as feridas cicatrizadas ou não, ainda sagram, mas as que ficam longe dos olhos são as mais difíceis de serem vistas e entendidas.

Com a Paola, o André consegue perceber que as cicatrizes emocionais podem ser ainda mais profundas e horrendas que as físicas e que podem nos impedir, além de viver, de encontrar a verdadeira felicidade na vida. E assim, ambos vão reaprender a viver, a lutar pela felicidade simples de estar vivo e, claro, ver o raio de "Sol" encher a vida de ambos de luz e calor.

Quando tiver a oportunidade leia essa história, e veja que mesmo a dor da violência não consegue vencer a força do que é verdadeiro.

Eu amei a história porque mostra que é difícil, mas possível, juntar as partes quebradas de um todo e voltar a ser um inteiro. E que as cicatrizes, visíveis ou não, servem para lembrar que você sobreviveu, aprendeu a ser mais forte e pode continuar. Que é possível enxergar através das mentiras que outras pessoas contam sobre você. E aceitar que existem pessoas que amam tanto a si mesmas que as torna impossível de ter amor para dar.


Nota ::  

Informações Técnicas do livro

Sorrisos Quebrados
É na escuridão que brilha o amor verdadeiro
Série Quebrados #1
Ano: 2017
Páginas: 232
Editora: Valentina
Sinopse (Skoob):
Sorrisos Quebrados gira em torno de três personagens: a jovem Paola, a pequena Sol e seu pai, André. Os três são vítimas de violências distintas, que deixaram marcas profundas em cada um. Trata-se de uma história de superação de dores, magia, estrelas e de como importantes laços humanos podem se formar a partir da autoaceitação, da arte e da tolerância no cotidiano.

Para a Editora Valentina, leitura é, acima de tudo, entretenimento.
Olho vivo e faro fino.
Esse é, na verdade, o lema de todo grande editor. E a pinscher dessa editora encarna esse lema como ninguém.
 _____Sobre a Autora_____

Sofia Silva


Sofia Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal. É licenciada em Ensino Básico (1º Ciclo) pela Universidade de Aveiro.
Amante da literatura, em especial da poesia e, nela, de Pablo Neruda. Sempre gostou dos sentimentos contidos nas palavras e do poder que exercem sobre os leitores. Ávida devoradora de romances, com predileção pelos dramáticos de final feliz, desde jovem participa ativamente do meio literário.
Em dezembro de 2014, iniciou-se na ficção através da plataforma online Wattpad com a Série Quebrados, cujo foco são histórias sobre violência doméstica, deficiência física e abuso sexual.
Com mais de 1 milhão de leituras e o apoio fervoroso das leitoras brasileiras, publicou, dois anos depois, o seu primeiro livro na Amazon, Sorrisos Quebrados, atingindo o top 10 de vendas em ebook no Brasil.
Para o futuro, deseja continuar a dar voz aos problemas da sociedade através de personagens que ultrapassam inúmeros obstáculos e merecem ser felizes.