05 agosto, 2019

Série :: Stranger Things

agosto 05, 2019 0 Comentários

Olá, faroleiros!

Dia 4 de julho desse ano estreou na Netflix a terceira temporada da série Stranger Things. Essa mega produção conquistou os corações dos brasileiros e do mundo. Quem viveu as décadas de 80 e 90 tem uma séria propensão a amar sua ambientação, pois a série se passa nessa época. É incrível como a nostalgia bate com força quando estamos de frente à TV acompanhando cada episódio.


Se você não conhece ou ainda não assistiu Stranger Things, fica a dica de um ótimo entretenimento. Se parou na primeira ou segunda temporadas, sugiro que termine de assistir. Ela só fica melhor a cada episódio. Vamos apresentar o início da série e relembrar como tudo começou?

Como citei, a história se passa nos anos 80, na cidade Americana de Hawkins. Quatro amigos: Mike Wheeler (Finn Wolfhard), Dustin Henderson (Gaten Matarazzo), Lucas Sinclair (Caleb McLaughlin) e Will Byers (Noah Schnapp) são garotos comuns, vítimas de bullying e integrantes de um clube áudio visual, que adoram jogar D&D e andar de bicicleta pela cidade pacata. Até que um dia, na volta para casa, Will é perseguido por uma criatura estranha e desaparece misteriosamente.

O mistério choca os moradores do lugar. Os amigos de Will começam uma busca ao redor da cidade. E é aí que eles encontram na mata uma garota de cabelos raspados e tatuagem do número 11 no braço. Ela é apelidada de "Eleven" (interpretada pela atriz mirim Millie Brown). El, como a chamam também, não sabe quem é e nem de onde veio. Mas, o mais interessante são os seus poderes telecinéticos capazes de mover objetos e rastrear pessoas. Ela passa a ajudar os garotos na busca por Will e torna-se uma aliada importante.

Paralelo a isso, a mãe de Will, Joyce Byers (Winona Rider), não acredita que o filho está morto e também inicia uma investigação paralela sobre o desaparecimento do filho. Pausa para felicitar essa atriz que encena com maestria seu papel.

O xerife Hopper (David Harbour) não aceita a perda da filha. Ele também toma o resgate de Will como algo pessoal e descobre que uma ameaça paira sobre Hawkins.

Todos os grupos, que iniciaram suas buscas separadas, veem suas pistas colidirem e terem que unir forças contra algo inimaginável. O inimigo nessa história é o Dr. Martim Brenner (Matthew Modine). Ele lidera um Instituto de Pesquisas que trabalha para o governo norte-americano. Pasmem isso galera, mas é verdade. A sede do Departamento fica nos arredores de Hawkins e é super protegida por muros altos e câmeras de segurança. Lá dentro, experimentos muito estranhos são realizados que envolvem psiquismo, telecinese, manipulação mental e hipnose.


A série só melhora a cada temporada. Na segunda, muitas dúvidas e incógnitas da primeira temporada são reveladas. Não vou me aprofundar nelas, porque acabaria dando spoilers. Posso dizer que começamos a entender o que é o mundo invertido e o monstro demogorgon, que aparece em uma visão de Will pairando sobre a cidade de Hawkins. A cena é de arrepiar.

Algo que não posso deixar de comentar é que os personagens Nancy (Natalia Dyer), a irmã mais velha de Mike, Jonathan (Charlie Heaton), o irmão mais velho de Will, e Steve (Joe Keery) vivem um triângulo amoroso desde a primeira temporada, e passam a ter papéis mais fortes dentro da história. Concluo que isso acontece para conquistar o público adolescente, já que o núcleo principal é formado por crianças.

A terceira temporada é ainda mais incrível. Os produtores investiram na ambientação da década e nos efeitos especiais. Eles apostam nos elementos surpresa como ponte forte da história e no carisma individual de cada personagem.


Posso dizer que Stranger Things é a série de suspense sensação do momento. Em todas as temporadas podemos ver citações e referências a filmes da época: Goonies, Conta Comigo, Os Garotos Perdidos, ET: O Extraterrestre, It: O Arrepio do Medo, Alien: O Oitavo Passageiro, Gremlins, Os Caça Fantasmas e Colheita Maldita. A música também está presente e a trilha sonora nos leva a nostalgia: Queen, The Clash, The Runaways, Scorpions, The Police, Cindy Lauper e Kenny Rogers. Eu amo demais todos eles!

Stranger Things é um suspense sobrenatural tão bem criado, em um bom estilo Stephen King e Steven Spielberg. Ela conta com a força de seus atores, a beleza da década e o fascínio de nós expectadores pelo sobrenatural. Como uma fanática pela década de 80 e fã de carteirinha da série Arquivo X, sou suspeita em falar de Stranger Things. Contudo não poderia deixar essa indicação de fora, tão pouco não recomendá-las para vocês.

Assistam!



Confiram o trailer da primeira temporada:


Nota ::  


Informações Técnicas da Série

Stranger Things
Ano de lançamento: 2016
N.º de temporadas: 3 temporadas
N.º de episódios: 25
Duração: 55 minutos por episódio (aproximadamente)
Criação: The Duffer Brothers
País de origem: EUA
Gêneros: Séries teen, Suspense para TV, Séries de terror, Séries de ficção científica e fantasia
Estrelando: Winona Ryder, David Harbour, Finn Wolfhard…
Sinopse (Netflix):
Quando um garoto desaparece, a cidade toda participa nas buscas. Mas o que encontram são segredos, forças sobrenaturais e uma menina.

Não recomendado para menores de 16 anos.

03 agosto, 2019

Resenha :: Lady Killers: Assassinas em Série

agosto 03, 2019 0 Comentários

Olá, leitores! Hoje eu venho falar de um livro com uma capa linda. Porém quem vê capa não vê conteúdo; e gostaria de compartilhar sobre a minha experiência de leitura com você.


Esse livro teve uma inspiração diferente da usual, de uma coluna da escritora e tem um viés de dossiê, mas até pelas datas dos crimes, não chegaria a tanto. Para mim, ficou mais para um documentário sobre assassinas em série e seus crimes, comprovados ou não ao longo dos últimos séculos e uma nova visão sobre os fatos, julgamentos sumários ou não, e até mesmo o que foi alardeado sobre durante a época em que ocorreram.

Outro questionamento é sobre como a mídia ou o senso popular e a "justiça" interpretavam os crimes e os assassinatos em séries cometidos por mulheres, principalmente a forma errônea que os atribuía a hormônios ou ao conceito de não reciprocidade afetiva. Além do mais, mostra de forma clara que elas nada tinham de apenas insanas, e sim com graus variados de inteligência, imprudência e egoísmo, por vezes até um senso de vingança, que as levava a fazerem o que fosse necessário para mudar os rumos de suas vidas para o que elas entendiam como de seu direito ou simplesmente ao seu alcance. E, muitas vezes, de forma tão elaborada que não deixava quase nenhum rastro, com crimes quase perfeitos.


De forma nada "corporativa" a autora convida a tirar a aura de sexo frágil, vovó gentil, mãe carinhosa, perfeita esposa, dona do lar acima de qualquer suspeita para mostrar que, assim como os mais perigosos assassinos, as mulheres são eficientes em mostrarem a imagem que querem que as pessoas vejam e acreditem. Até o limiar da mentira e a verdade exposta sem cerimônia. 

A autora manteve uma escrita que facilitou a leitura, tornou a leitura bem compreensiva mediante as coisas que aconteceram e foram relatados no texto; além de que ela não tortura o leitor com detalhes excessivamente descritivos dos crimes, apesar de que os detalhes são macabros o suficiente para entender o grau de horror dos crimes praticados.

Outro convite irresistível é a busca pela resposta de porque a "primeira serial killer" não foi nem de longe ou perto a primeira, e em uma espécie de amnésia seletiva, se esquecia com grande facilidade dos crimes cometidos por essas mulheres, convertendo tudo em lendas urbanas e histórias de fantasmas ou até mesmo de fadas. E a questão que a mim mais chamou atenção: TODAS as mulheres possuem o chamado "amor materno" inato? Seriam todas dotadas de um irrevogável "amor de mãe", mesmo com a mente tão sombria?


Enfim, eu gostei da parte principal do livro, mas preciso explicar sobre minha nota ao livro e — surpresa — é que a nota é mais relativa à edição, que tanto chama atenção por sua beleza e pelo designer gráfico muito bonito da capa e da edição em si. Aconteceu o seguinte: eu tive muito problema com o cheiro ao retirar o livro da embalagem e afetou a minha experiência de leitura porque esse cheiro foi muito forte, me fazendo adiar a leitura em quase duas semanas para conseguir lidar com o cheiro da tinta. Não sei ao certo se o fato de várias imagens (incluindo fotos) não terem legenda e outras partes terem palavras e frases totalmente em inglês, que deixam a curiosidade, mas também me deixaram chateada porque, desculpa, mas eu estou lendo uma edição traduzida em português, então eu gostaria de poder ler em minha língua aquilo que está escrito no livro.


Mais um detalhe foi o fato de as citações em destaque, no livro, serem reproduções de parte do texto e tornar a leitura cansativa, porque eu ficava lendo duas vezes a mesma coisa em tão pouco tempo. Veja bem, eu não tinha esquecido o que eu tinha acabado de ler e me pareceu ser o que vou chamar de reforço desnecessário daquele trecho. Outra coisa que me incomodou foi a marcação, que apesar de muito bonita, de um "falso marca-texto" fluorescente rosa, me tirou o prazer de eu fazer as minhas marcações com post-it. De eu perceber o que era importante para mim na leitura. Ficou parecendo quase que uma repreensão do tipo: "Leia isso aqui e preste atenção que é importante". Eu sinceramente não gostei, prefiro ser eu quem decide o que é importante ou não para ressaltar em um texto, seja ficção ou não.

Assim um livro já tem uma cor berrante, um contraste muito forte, tem disposições de imagens que, da maneira que foram dispostas, geraram um final da leitura cansativo, por ter um apelo visual muito grande. Por esses motivos, não vou ou posso dizer que foi uma leitura que a edição tornou prazerosa não, porque para mim não foi. Mas calma!!!!!! Nem tudo são coisas negativas, não.


A tradução foi o ponto forte da edição. Pequenos trocadilhos da autora ficaram incríveis, porque eu sei que eles se perderiam se não fossem as notas de rodapé durante a leitura, fatos históricos que me fizeram aprender coisas que eu achei muito relevantes para o contexto de entendimento, fatos que aconteceram e me deram uma perspectiva nova, apesar de partir de coisas que eu li nos textos.

E para concluir, eu quero dizer que não foi uma leitura ruim de modo nenhum; foi uma leitura muito boa, mas que não chegou a ser ótima por causa dos fatores que me fizeram ter problemas na minha experiência literária. E outra coisa que eu quero dizer é que, quem estiver curioso a respeito do livro, leia e tire suas próprias conclusões.


Sugestão da Editora: Lady Killers: Assassinas em Série faz parte da coleção Crime Scene®: histórias reais, de assassinos reais, indicadas para quem tem o espírito investigador. Entre os títulos da coleção estão Casos de Família e Arquivos Serial Killers, de Ilana Casoy, e o best-seller Serial Killers: Anatomia do Mal, de Harold Schechter. O livro de Tori Telfer, ilustrado pela artista salvadorenha Jennifer Dahbura e complementado com uma rica pesquisa de imagens, se junta a estas grandes fontes de estudo para alimentar a mente dos darksiders mais curiosos.

Ah! No fim do livro existem alguns anexos, que para os fãs do tema são uma fonte rica de referências sobre esse universo.


Nota ::  3,5 


Informações Técnicas do livro

Lady Killers: Assassinas em Série
As mulheres mais letais da história em uma edição igualmente matadora.
Ano: 2019
Páginas: 384
Editora: DarkSide Books
Sinopse:
Quando pensamos em assassinos em série, pensamos em homens. Mais precisamente, em homens matando mulheres inocentes, vítimas de um apetite atroz por sangue e uma vontade irrefreável de carnificina. As mulheres podem ser tão letais quanto os homens e deixar um rastro de corpos por onde passam — então o que acontece quando as pessoas são confrontadas com uma assassina em série? Quando as ideias de “sexo frágil” se quebram e fitamos os desconcertantes olhos de uma mulher com sangue seco sob as unhas?
Prepare-se para realizar mais uma investigação criminal ao lado da DarkSide® Books e sua divisão Crime Scene®. Esqueça tudo aquilo que você achava que sabia sobre assassinos letais — perto de Mary Ann Cotton e Elizabeth Báthory, para citar apenas algumas, Jack, o Estripador ainda era um aprendiz. 
Inspirado na coluna homônima da escritora Tori Telfer no site Jezebel.com, Lady Killers: Assassinas em Série é um dossiê de histórias sobre assassinas em série e seus crimes ao longo dos últimos séculos, e o material perfeito para você mergulhar fundo em suas mentes. Com um texto informativo e espirituoso, a autora recapitula a vida de catorze mulheres com apetite para destruição, suas atrocidades e o legado de dor deixado por cada uma delas. 
As histórias são narradas através de um necessário viés feminista. Telfer dispensa explicações preguiçosas e sexistas e disseca a complexidade da violência feminina e suas camadas. A autora também contesta os arquétipos — vovó gentil, mãe carinhosa, dama sensual, feiticeira traiçoeira, entre outros — e busca entender por que as mulheres foram reduzidas a definições tão superficiais. 
Além disso, questiona a “amnésia coletiva” a respeito dos assassinatos cometidos por mulheres. Por que falamos de Ed Kemper e não de Nannie Doss, a Vovó Sorriso, que dominou as páginas dos jornais norte-americanos em 1950 por seu carisma e piadas mórbidas (ela matou quatro maridos)? Por que continuamos lembrando apenas de H.H. Holmes quando Kate Bender recebia viajantes em sua hospedaria (e assassinava todos que ousavam flertar com ela)? A linha que divide o bem e o mal atravessa o coração de todo ser humano.
Lady Killers: Assassinas em Série faz parte da coleção Crime Scene®: histórias reais, de assassinos reais, indicadas para quem tem o espírito investigador. Entre os títulos da coleção estão Casos de Família e Arquivos Serial Killers, de Ilana Casoy, e o best-seller Serial Killers: Anatomia do Mal, de Harold Schechter. O livro de Tori Telfer, ilustrado pela artista salvadorenha Jennifer Dahbura e complementado com uma rica pesquisa de imagens, se junta a estas grandes fontes de estudo para alimentar a mente dos darksiders mais curiosos.
Através das páginas de Lady Killers: Assassinas em Série os leitores vão perceber que estas damas assassinas eram inteligentes, coniventes, imprudentes, egoístas e estavam dispostas a fazer o que fosse necessário para ingressar no que elas viam como uma vida melhor. Foram implacáveis e inflexíveis. Eram psicopatas e estavam prontas para dizimar suas próprias famílias. Mas elas não eram lobos. Não eram vampiros. Não eram homens. Mais uma vez, a ficha mostra: elas eram horrivelmente, essencialmente, inescapavelmente humanas.

01 agosto, 2019

Resenha :: Dois Corações (Recomeço #2)

agosto 01, 2019 0 Comentários

Amigos Faroleiros, conheci a J. Marquesi ao ler Duas Vidas (resenha aqui), o primeiro livro da trilogia Recomeço. Entre Duas Vidas e Dois Corações, li vários outros livros, inclusive Theo: Os Karamanlis #1 (resenha aqui) da própria autora. Só agora voltei para a trilogia, mas isso não tem problema porque a trilogia é temática. Cada livro conta uma história independente sobre ter uma segunda chance.

Cadu perdeu a mulher que amava em um acidente de carro e se afundou nas drogas e no álcool. Por isso, foi afastado de sua filha que mora com os avós. Os sogros não deixam ele se aproximar muito de Amanda. Ele só pode visita-la nos dias estipulados pela justiça e sob supervisão. Decidido a reaver a guarda da filha, ele vai lutar contra o vício e contará com a ajuda de amigos, familiares e do AA.


Regeneração não acontece de uma hora para outra, mas sim gradativamente, um dia de cada vez. É doído, é necessário se quebrar inteiro para ser reconstruído, mas, durante esse processo, eu tenho aprendido a valorizar cada história que ouço aqui, nas reuniões, e vibrar a cada mínima conquista.

Lara lutou contra uma grave doença cardíaca quando criança. Crescida e melhor de saúde, ela se muda para São Paulo para estudar música na ECA e acabou tornando-se babá de Amanda para ajudar nas despesas. Ela não sabia que o pai de Amanda é o famoso vocalista da banda Off-Road, Cadu Fontanelles.


Lara está disposta a ajudar pai e filha a ficarem juntos, mas ela vai acabar se apaixonando por Cadu, mesmo que ele nunca tenha deixado de amar a falecida mãe de Amanda.

O amor surge não só quando é correspondido ou mesmo chamado e desejado. Ele apenas surge, e nós temos que lidar com as consequências.

Adoro personagens quebrados, com marcas e traumas do passado, e a autora Ju Marquesi escreve muito bem esses personagens. Ela consegue escrever histórias apaixonantes e envolventes sem pesar muito no drama. Cadu sofreu muito com a morte de Mônica e, depois, com a separação de Amanda. Lara teve uma infância complicada por causa da sua doença que também deixou cicatrizes, além das físicas. Amanda é uma garota muito fofa que sente a falta da mãe e a ausência do pai. Não tem como não torcer para que eles fiquem todos juntos.

A felicidade não está no fim do caminho. Ela não é um pote de ouro ao fim do arco-íris, mas sim o deslumbramento das cores na caminhada.

Os personagens secundários também são muito bem construídos. Deixando a gente com vontade de saber mais sobre alguns deles. Adoraria ler sobre Milena, irmã de Cadu, e Luti, amigo e músico da Off-Road.

Outro ponto que chamou a minha atenção foi que antes da Lara ser babá da Amanda, ela trabalhava em um pub na Vila Madalena. Como já tinha lido Theo: Os Karamanlis #1, sabia que se tratava do Hill Wings Pub, da Duda, e fiquei... OMG! OMG! Adorei rever Duda Hill que terá seu romance contado no primeiro livro da série Os Karamanlis. Adoro quando as histórias se interligam dessa forma.

Sonhos são como os deuses. Se você para de acreditar neles, deixam de existir.

Não sei porque demorei tanto para voltar à trilogia RecomeçoDois Corações é uma linda história de amor e de superação. Algumas partes do final deixaram meus olhos marejados. Com certeza lerei Dois Destinos, o terceiro e último livro da série.


Com Amor, André


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Dois Corações
Recomeço #2
Ano: 2018
Páginas: 688
Editora: Independente
Sinopse:
Cadu Fontenelles tem fama, dinheiro e mulheres, mas trocaria isso tudo por apenas uma coisa: a oportunidade de criar sua filha.
Depois de perder a mulher que amava, ele se vê totalmente perdido, afundando em drogas e álcool, sendo impedido de ficar com Amanda, que está sendo criada por seus ex-sogros. Decidido a mudar de vida para ter a menina, ele enfrentará uma enorme batalha contra o vício. Contudo, irá descobrir que o destino ainda guarda muitas surpresas para o seu coração.
Lara Martins mudou-se para São Paulo para estudar e acabou se tornando babá de Amanda Kaufmann, uma menina solitária e infeliz que perdeu a mãe ainda bebê e cujo pai é limitado a vê-la sob supervisão. Lara entende o que é uma infância triste, pois nasceu com um problema cardíaco que a restringiu de ser como as outras meninas e cresceu sob a superproteção de seus pais. Disposta a tudo para fazer sua pupila feliz, ela bola um plano para aproximar pai e filha e, no percurso, acaba se apaixonando por Cadu.
Ele, um homem quebrado, cheio de marcas do passado, que insiste em viver um eterno luto sentimental. Ela, querendo viver intensamente, aberta a sentir o amor pela primeira vez. A paixão entre os dois é intensa, mas Lara sabe que Cadu não pode amá-la, uma vez que continua ligado à falecida mãe de Amanda.
Há chance de dois corações tão sofridos serem finalmente felizes?

ATENÇÃO:
1) Esse livro não tem continuação, pode ser lido como volume único.
2) A Série Recomeço é temática e seus livros são independentes.
3) Caso queira conhecer, o livro 1 da série chama-se Duas Vidas.
 _____Sobre a Autora_____

Ju Marquesi


J. Marquesi é uma faz-tudo de 34 anos que começou a escrever na adolescência, em cadernos pautados. Acha-se uma metamorfose ambulante, pois já quis ser cantora, atriz, artesã, locutora de rádio, musicista, escritora e chef de cozinha. Atualmente é advogada, mãe e esposa, mas nunca deixou para trás seu sonho de um dia poder mostrar suas histórias a alguém.


30 julho, 2019

Resenha :: O Rei Fugitivo (Trilogia do Reino # 2)

julho 30, 2019

  Pode conter spoiler do livro anterior.

Confira a resenha do primeiro livro da trilogia!


Diferente do primeiro livro, O Falso Príncipe, que é um pouco mais lento, o livro O Rei Fugitivo não para em momento nenhum. Se estava achando que como "Sage" o protagonista tinha problemas, como "Jaron" a vida dele está de mal a pior, com poucos amigos e os inimigos multiplicados e com o reino em perigo, ele é obrigado a tomar uma decisão ainda mais perigosa para ele. 

Não seria muito difícil desatar os nós nos meus pulsos, mas, naquele instante, a fuga não estava nos meus planos. Esperava apenas que me dessem a chance de falar antes de me matarem. Contudo, pensando melhor, normalmente só depois que eu começava a falar que a maioria das pessoas ficava com vontade de acabar com a minha vida.

Eu não esperava muito da sequência, apesar da empolgação que o primeiro livro me passou. Ele teve um final muito bom, mas um pouco fechado, sem passar nenhuma noção do que aconteceria em sua sequência. Então não posso deixar de dizer que foi uma surpresa ótima, muito mais ação e aventura e com um Jaron muito mais esperto e afiado. Achei que ele evoluiu de forma extraordinária, apesar de alguns erros cometidos, o que me irritou em alguns momentos.

— Acho que posso odiá-lo antes disso tudo terminar.
— Mas ainda não odeia, e devo ter batido algum tipo de recorde com isso.

Eu gostei muito dos novos personagens e achei que os antigos ganharam muito mais personalidade nesse livro, além do incremento dos piratas e seus códigos, a trilogia cresceu muito nesse segundo livro. E apesar de Jaron xingar os demônios a toda, por sua má sorte, tem que se admitir que a sobrevivência dele foi a base da sorte, além da inteligência e de bons amigos, nem sempre a língua ajudava, mas com certeza é o que mais me agrada nesse personagem.

— Mas isso me negaria o prazer de terminar a maior missão inacabada que os piratas já tiveram em sua história — disse Devlin. — Alguns de nós nunca superaram a decepção de não ter conseguido matar você, Jaron.
— Há várias pessoas que compartilham os mesmos sentimentos em relação a mim — respondi. — Francamente, não acho justo que me mate quando há outros que queriam fazê-lo primeiro.

Com um final muito bom, que te faz querer ler rapidamente o último livro da saga, Jennifer A. Nielsen está entre as melhores autoras de sagas juvenis, na minha opinião, e é exatamente por esse final que dessa vez vou me jogar na leitura do livro O Trono das Sombras com bastante expectativa, espero que ela seja atendida. Leiam! Até mais.

Qual é o ponto de ganhar a paz, se nos custa a nossa liberdade?


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

O Rei Fugitivo
Trilogia do Reino #2
Ano: 2013
Páginas: 280
Editora: Verus
Sinopse:
Algumas semanas após Jaron assumir o trono de Carthya, uma tentativa de assassinato o leva a uma situação mortal. Rumores de uma guerra iminente atravessam as muralhas do castelo, e Jaron sente a pressão aumentar. Logo fica claro que abandonar o reino pode ser sua única esperança de salvá-lo.
Conforme suas aventuras o levam a territórios desconhecidos e perigosos, Jaron precisa aprender a distinguir os amigos dos inimigos e decidir em quem ele pode confiar — se é que pode confiar em alguém. Mas, quanto mais Jaron é forçado a fugir de sua verdadeira identidade, mais ele se pergunta se está indo longe demais. Será que algum dia ele poderá voltar para casa? Ou terá que sacrificar a própria vida para salvar o reino?