14 junho, 2021

# @efinco # Aventura

Resenha :: Saga do Corazón: Problemas Familiares


Olá, pessoa!! Que tal sair da zona de conforto com uma aventura cheia de mistério e ação? Assim, me vi envolvida com a trama desse livro. Que é uma ideia criativa para uma situação não exatamente inédita, uma caçada humana, mas os contornos que essa história ganha são originais e empolgantes.



Com um narrador em primeira pessoa, porém com o narrador mudando conforme os personagens aparecem na história, mas o condutor principal é Jon Chaplin. A linguagem ganha contornos interessantes por mudar de acordo com o personagem que assume a narrativa, afinal muda também o ponto de vista das observações.  Com uma linguagem coloquial, tende ao padrão dos livros policiais, sendo condizente assim com a trama, sem que assuma tons caricatos.



Os diálogos são um capítulo à parte, porque o próprio Jon assume que existem muitos deles em sua cabeça, então temos momentos de conversas internas, apenas nos pensamentos do personagem e outros diálogos que realmente ocorrem durante a fuga e os confrontos da caçada. Eu curti a apresentação dos personagens que, para mim, fica muito próxima a feita nos jogos de RPG. Se você entendeu o que eu disse sem precisar da tradução da sigla já tem uma visão clara do que quis dizer, se não vamos lá: Role-playing game, também conhecido como RPG (em português: "jogo de interpretação de papéis"), então temos a descrição física que caracteriza cada integrante dos "Hijos del Corazón", assim como suas habilidades intrigantes e únicas, conhecidas como Momentuns.

 

Imagine a Corazón como uma mansão, (...), uma história de terror para impor medo nos corações daqueles que tentarem invadir o território, (...), só esperando a próxima presa.

  

Falando neles, cada personagem é interessante, por se diferenciar dos outros, tanto em personalidade quanto em habilidade, outra coisa que gostei e quero destacar é a variação de idade entre eles, deixando ainda mais ressaltada os que os une e também os distancia. Como o inimigo é interno e desconhecido, a trama fica entre "bandidos", onde não se pode confiar a vida mesmo que sejam irmãos da mesma organização. Cabendo então a Jon Chaplin descobrir quem é o verdadeiro inimigo por detrás das cortinas, entre confrontos inusitados, batalhas sangrentas e revelações intrigantes. O que mantém a pegada do livro ágil e bastante movimentada, porque cada minuto pode ser o último antes do próximo ataque. E a dualidade de sentimentos e atitudes os torna ainda mais humanos, afinal eles sabem que não são os heróis. 

  

A narrativa começa com muita descrição e um pouco mais lenta, porém a crescente em agilidade, conforme o prazo para o primeiro confronto se aproxima, também acompanha o texto. Uma impressão forte que tive foi que, à medida que o autor se sentiu confortável com a trama, todo o livro cresceu em seus pontos fortes, deixando a cada novo movimento de Jon a vontade irresistível de continuar lendo para descobrir o que acontece a seguir. Eu gostei bastante do acréscimo de personagens secundários e mesmo figurantes que, além de "corpo" a trama, mostram a capacidade do autor de manter a linha da história com um volume de texto necessário a esse gênero narrativo. 

  

Existe uma quebra de ritmo entre a primeira e segunda parte, que mesmo a chegada de novos personagens não ajuda na volta do ritmo. Porque tudo volta a ficar extremamente descritivo e as conversas durante o sono de Doutor com Chaplin arrastam um pouco mais o ritmo. Contudo, já ficou claro que elas serão importantes para a trama. O personagem Jon cresce muito durante a trama e já é outro no segundo arco. Esse vai pavimentar o caminho para o próximo livro, visto que, além do inimigo interno, os externos agora também fazem parte da história. 

 

 Na Corazón, nós prezamos uma coisa acima de tudo, e por prezamos por isso, que neste cenário, o objetivo de quem for que encontrar o time inimigo, é comunicar ao resto do time, e apenas atrasa-los enquanto espera por reforços, e caso veja que é impossível...

 

A volta da ação com a viagem coloca novamente a trama em movimento até o desfecho. Inusitado, mas não propriamente inesperado. Gostei bastante do epílogo ter trazido o gancho para a próxima história. Deixando menor a sensação de algo em aberto e sim de uma história em continuação. Como trata-se de um primeiro livro eu diria ao autor: parabéns é um ponto de partida realmente muito bom. 

  

Apesar os apontamentos que farei sobre a edição, foi um livro que gostei de ler, infelizmente o livro em si foi a parte negativa da leitura. Com um boa encadernação e impressão em um papel confortável para a leitura, a diagramação ficou o que posso chamar de “Ok”, com algumas falhas, em especial de espaçamento e quebra de linhas em algumas partes, e a ausência de espaço entre os subtítulos que marcam de quem é a voz narrativa. Carece também de um serviço de revisão tanto de texto quanto de ortografia. Cito isso porque foram os pontos que deixaram a leitura truncada e creio que com uma edição corrigida o prazer de ler essa história ganharia muito.




Informações Técnicas do livro

Saga do Corazón: Problemas Familiares

Gustavo Marconcini Ferri

Ano: 2020

Páginas: 322

Editora: Chiado Books

Sinopse: 

"Atuando na grande Itália, o grupo criminoso conhecido como "Hijos del Corazón", usuários de habilidades intrigantes e únicas, conhecidas como Momentuns, terão de se defender da maior ameaça possível, um traidor, alguém pronto para destruir toda a organização de dentro para fora, cabendo então a Jon Chaplin, descobrir quem é o verdadeiro inimigo por detrás das cortinas, entre confrontos inusitados, batalhas sangrentas e revelações intrigantes, Jon terá de contar apenas consigo e com sua habilidade Momentum para poder superar as adversidades, afinal, Em quem se pode confiar hoje em dia? 


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