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11 setembro, 2020

Resenha :: Lady Romance (Damas de Aço #3)

setembro 11, 2020 0 Comentários

Olá, pessoa, para minha alegria a Amazon liberou o livro antes da data prevista e, sim, baixei e comecei a leitura. Posso dizer que se em Lady Audácia e Lady Malícia a Karina Heid colocou seu coração, nesse ela também sua alma. Claro que por minha vivência com ela em eventos e nos outros livros que li, ficou mais fácil essa percepção. Mas creio que qualquer pessoa ao ler será capaz de notar o mesmo.


Nos livros anteriores, vimos a caçula, e a mais romântica das Thiessen, apaixonar-se e começar seu sonho de casar com seu concunhado. Mas, três anos depois, as esperanças de Arabella minguaram. Quando ela é prometida em casamento a um primo do Norte, condiciona sua ida à presença de Hans na viagem. Se ao final de três dias ele não se apaixonar por ela, Arabella aceitará o seu destino.

A maioria não dá a menor importância às histórias. — A maioria delas nos releva verdades. Há quem não as suporte.

O problema? Hans não é um príncipe encantado, e a viagem, pela rota mais romântica da Alemanha, logo se transforma em desastre. Solteirão convicto, gasta seus dias lutando em ringues ilegais e as noites perdendo dinheiro ao redor de mesas de jogos. Para piorar, não respondeu a nenhuma das cartas que recebeu de Arabella antes de evitá-la como o diabo evita a cruz, mas não conseguira evitar essa viagem, rumo ao destino de ambos.

Preciso dizer que, a partir desse momento, não queria mais resenhar esse livro por um desejo egoísta de não dividir o que senti com essa história e guardar só para mim tudo que ela me trouxe, mas, claro, que não trairia quem já leu as resenhas anteriores dessa maneira e não poderia reter, por muito tempo, tudo que senti ao ler as páginas que contam essa história.

Essa é a realidade que precisamos engolir, Lorde Hans. O felizes para sempre não se aplica à vida.

Sei que uma história que promete contos de fadas, pode trazer ceticismo a muitas pessoas, mas esses dois me fizeram perceber que, mesmo depois de adulta e com a vida toda sem os filtros da infância, eu me perco nas histórias sejam elas de fadas ou romances, fantasias ou terror para continuar acreditando, continuar me mantendo com fé... De que, sim, viver é difícil, mas a opção é ainda pior e, de certa forma, não acreditar é deixar de viver.

Hans deixou de acreditar e se perdeu em meio aos traumas em um eterno reviver da guerra, por remorso e um loop de imaginar como seria se… ele não conseguia ver uma tábua de salvação, mas o amor não desiste até que não haja mais vida, e assim vemos nossa rosa feita de aço continuar lutando, porque ela não desistiria até não ser possível lutar.

(...) você é, de longe, a mais adorável das três. Você está sempre sorrindo. Você se entusiasma com tudo. O que para os outros é apenas um cisne no lago ou um sapo sobre uma pedra, para você é uma história inteira.

Mais uma vez a história nos leva a uma nova Alemanha, uma nova aventura que, de certo modo, fecha de forma avassaladora o ciclo das duas anteriores, quando antes estivemos em castelos, agora o convite é para se perder entre as florestas, vilarejos e castelos que deram origem aos contos mais  conhecidos da nossa era. E, com a graça e leveza que só a Karina é capaz, nos mostra quanta dor e coragem é preciso para se perder e abrir caminho dentro de si até se reencontrar. E que uma alma cheia de amor, mesmo não correspondido, é a luz que guia por entre as dores e a escuridão, até a ponte que abre as portas de um novo começo.

Palavras nos fazem companhia. Tanto as que saem quando as que chegam, e nós dois, desconfio, somos criaturas solitárias…

Diferente de suas irmãs, Arabella entregou ao seu amor aquilo que nos é mais caro, tanto a ponto de precificarmos no dia a dia, o tempo. Ela soube quando esperar e quando avançar e mesmo quando recuar, para que ela alcançasse o coração do homem a quem sempre amou. Ele não seria seu príncipe encantado, porque ambos resgatariam a si mesmos durante essa jornada, em uma confirmação que sem amor nada seria possível, porque só ele nos faz abrir mão do que nos é mais precioso, como a autopreservação e o medo, em prol de outro.

O prólogo é de uma delicadeza e beleza ímpar. Cada carta, cada mensagem nos mostra que não existe um “viveram felizes para sempre” e que cada dia é um dia para se lutar pelo “felizes porque ainda vivem”. Termino aqui minhas considerações sobre essa história que, de tão linda, me faz querer ficar com ela mais tempo, antes de partir para uma nova aventura em outras páginas ou que a vida real me cobre por viver no mundo das histórias, onde “era uma vez”... 

A edição que li foi em e-book, mas, sem dúvida, o mais bonito e bem trabalhado dos quais vi até esse momento. Com ilustrações belíssimas, diagramação e revisão perfeitas, notas de rodapé e uma dose extra de história para satisfazer a pessoa mais exigente. 

Boa leitura, Elis

Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Lady Romance
Damas de Aço #3
Ano: 2020
Páginas: 356
Editora: Independente
Sinopse:
Todo Conto de Fadas começa com um desejo, e, para a mais romântica das Thiessen, casar-se com o concunhado é o seu. Ela se apaixonou por ele no segundo em que o viu, e um beijo roubado só reforçou a crença de que seriam felizes para sempre.
Mas, três anos depois, as esperanças de Arabella minguaram. Solteirão convicto, Hans gasta seus dias lutando em ringues ilegais e as noites perdendo dinheiro ao redor de mesas de jogos. Para piorar, recusa-se a responder suas cartas e costuma evitá-la como o diabo evita a cruz.
Quando Arabella é prometida em casamento a um primo do Norte, ela condiciona a ida à presença de Hans na viagem. Se ao final de três dias ele não se apaixonar por ela, Arabella aceitará o seu destino.
O problema? Hans não é um príncipe encantado, e a viagem pela rota mais romântica da Alemanha logo se transforma em desastre.
Perdidos entre as florestas, vilarejos e castelos que deram origem aos contos mais conhecidos da nossa era, uma moça com alma de princesa e um ogro com coração de ouro descobrirão o poder das palavras mágicas, do amor que supera o trauma e das histórias que achamos tão simples, mas que, na verdade, libertam a nossa alma...


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25 julho, 2020

Resenha :: Lady Malícia (Damas de Aço #2)

julho 25, 2020 1 Comentários

Olá, quero falar da leitura de Lady Malícia, segundo livro da Trilogia Damas de Aço, que você já conferiu aqui no Clube a primeira história Lady Audácia (confira a resenha, clicando aqui). E, desde agora, digo: LEIA o quanto antes o primeiro livro e logo após esse, se você ama histórias bem escritas, excelentes romances, cenário maravilhoso e um pano de fundo com a nuance das melhores histórias.

Então, você já entendeu que o feito se repetiu, Karina Heid nos presenteia com mais uma história simplesmente fascinante e com o mesmo toque de maestria do anterior, porém totalmente novo e original, sendo absolutamente surpreendente.

Na história anterior, tudo que sabemos é que Charlotte simplesmente não pode estar com sua irmã no momento de seu primeiro parto. Tudo que sabíamos é que ela havia sido forçada a casar-se e partir. Porém, o mistério ficava ainda maior, porque, desde o começo do primeiro livro, o leitor sabia que Charlotte Thiessen mantém uma vida dupla: para a sociedade, ela é a herdeira de um império e para o submundo, é Lady Malícia, escritora de romances proibidos.

Contudo, a pergunta que ficou era clara. O que estava acontecendo e quando o Conde surgiu na vida de Charlotte? Os mistérios trazidos pela sinopse, mesmo sendo por si interessantíssimos, nem de longe nos preparam para a história incrível que a autora nos presenteia. Mais uma vez estamos em um cenário que a mim deixou ávida pelas diferenças culturais com a conhecida Inglaterra. Ah, como eu amo esse aprendizado enquanto me divirto durante a leitura. Cada detalhe — como a diferença no luto, nas distribuições dos títulos e na própria corte — me prendeu de forma ainda mais intensa à história.

Os romances estavam lá, mas os mocinhos não eram mais salvadores de donzelas em apuros: elas salvavam-se sozinhas.

Visto que Charlotte já nos prometia uma mocinha tão diferente de sua irmã Emma, a surpresa vem em especial no mocinho: Theodor, o Conde de Urach. Ele estabeleceu cedo na vida sua reputação. Distante, esnobe e arrogante, seu interesse pela mascarada é real, mas envolver-se com a jovem escritora de livros proibidos, não. Nem mesmo quando ela é chantageada por um empresário que afirma ter em seu poder provas de quem ela é. E assim acompanhamos e descobrimos como ela traçou seu futuro.

Ao se decidir conhecer um clube secreto para entender como funciona a sedução, encontra em um homem encantador a chance única de conhecer a arte do amor sem amarras. Enquanto descobre a verdade por trás das palavras que escreve, se vê chantageada por um empresário que afirma ter em seu poder provas de quem ela é, com a negativa de ajuda por parte de Theodor, se vê forçada a casar-se e partir.

Jamais esquecia uma ofensa ou uma injúria. Uma rejeição? Ela a embalava como um filho. Chocava como um ovo.

E aqui fica meu maior elogio a autora e a toda a história. Mesmo com esse revés em sua vida, a Charlotte manteve-se fiel tanto quanto possível a ela mesma. A quem ela era sem assim se perder e deixar de ser a personagem que já me cativou no livro anterior e que agora, à medida que essa história acontece, tornou-se uma amiga. Com suas lições, suas reflexões e, em especial, com sua visão de mundo tão pertinente a sua época e a minha.

Tudo que acontece, três anos depois, ela está de volta ao reino. Adorei o rumo que a história tomou de longe de ter sido um calvário, a permanência em Berlim a transformou em um fenômeno de vendas, graças ao seu genial — e falecido — marido. Agora viúva, seus desafios são outros: assentar-se em um castelo medieval, escrever sobre paixões e montar sua tão sonhada sociedade literária, além, é claro, de manter secreto o que precisa continuar secreto. E os tão amados personagens secundários seguirem conquistando um espaço mais do que especial na história e no coração de quem lê.

Como era traiçoeira a dor da culpa… Não avisava quando vinha, não mostrava quando partia.

Claro que nada é tão complicado, que não possa ficar ainda mais. Resistir a Theodor, no entanto, será um problema à parte. O Conde de Urach mudou e nem de longe parece ser o mesmo homem rude e distante que a dispensou. Para o coração remendado, ele representa perigo. E rumos que mantêm a leitura deliciosa do início ao fim. Que antes de terminar já deixa o gosto da saudade desses personagens e que encontra na surpresa ao fim do livro um alento mais do que bem-vindo a esse sentimento, de não querer que acabe.

Termino assim mais uma história encantada e inebriada pelo talento da autora de tocar o  meu coração de uma forma tão especial com essa história, com essa personagem que, para mim, se tornou querida. Espero que você aproveite para ler e também se encantar com mais essa história e, claro, aguardar comigo ansiosamente pela próxima.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Lady Malícia
Damas de Aço #2
Karina Heid
Ano: 2020
Páginas: 371
Editora: Independente
Sinopse:
Reino de Württemberg, 1868

Charlotte Thiessen mantém uma vida dupla: para a sociedade, ela é a herdeira de um império. Para o submundo, é Lady Malícia, escritora de romances proibidos. Quando decide conhecer um clube secreto para entender como funciona a sedução, encontra em um homem encantador a chance única de conhecer a arte do amor sem amarras.
Theodor, o conde de Urach, estabeleceu cedo na vida sua reputação. Distante, esnobe e arrogante, seu interesse pela mascarada é real, mas envolver-se com a jovem escritora de livros proibidos, não. Nem mesmo quando ela é chantageada por um empresário que afirma ter em seu poder provas de quem ela é.
Forçada a casar-se e partir, Charlotte jura nunca mais olhar para o conde outra vez.
Três anos depois, ela está de volta ao reino. Longe de ter sido um calvário, a permanência em Berlim a transformou em um fenômeno de vendas, graças ao seu genial - e falecido - marido. Agora, seus desafios são outros: assentar-se em um castelo medieval, escrever sobre paixões e montar sua tão sonhada sociedade literária - além, claro, de manter secreto o que precisa continuar secreto.
Resistir a Theodor, no entanto, é um problema à parte. O conde de Urach mudou, e nem de longe parece o mesmo homem rude e distante que a dispensou. Para o coração remendado, ele representa perigo. Especialmente por entender tão bem de castelos, paixões avassaladoras e segredos tão grandes quanto os dela...


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 E-book

13 junho, 2020

Resenha :: Fronteira da Paz e Os Condes de Alnwick Castle

junho 13, 2020 0 Comentários

Olá, quero deixar aqui minhas impressões sobre o livro que marca o fim da série O quarteto do norte. Espero que assim como eu, você esteja já sentindo saudades desses personagens marcantes e encantadores.


 Primeira História: Fronteira da Paz (O Quarteto do Norte #4)

Em Fronteira da Paz vamos conhecer a história de Lady Leanah, que sempre fora uma boa moça. Dessas que fazem tudo o que se espera de uma dama inglesa, mantivera-se pura, à espera de seu príncipe, o cavalheiro que ela sempre amou, o lorde Robert Percy, irmão mais moço do conde de Northumberland. 

Porém quando acreditava que finalmente, já com 23 anos (quase solteirona), iria realizar seu sonho e se casar por amor, ele se casa às pressas com sua antiga prometida, uma prima por parte de mãe, e a abandona. Decidida a se vingar, lady Leanah se aproxima de Elizabeth Douglas, uma cortesã regenerada, e implora que a ensine a deixar todos os homens aos seus pés.


Enquanto vamos conhecendo as desilusões de Lady Leanah, também vamos entender o que aconteceu para que lorde Percy a abandone-se e acabasse por se casar com Charlotte Mortimer, que ao se ver obrigada a esse casamento, foge logo após o casamento.

Acompanhamos assim sua saga de fuga e todos os perigos que a acompanham até seu embarque em um navio com destino à América do Sul, com um nome falso. Mas seus infortúnios ainda não tinham acabado, ela sofre um naufrágio e é resgatada por um desconhecido. Após perder a memória, e sem se recordar de quem era, ela se apaixona pelo capitão do navio, um homem enigmático, com aparência celta, que a toma como mulher.

Já entendeu que temos duas histórias entrelaçadas acontecendo em paralelo? Isso deixa o livro com um ritmo intenso e delicioso de leitura. Afinal, Robert Percy ficou para trás sem esposa e sem o grande amor de sua vida. Lady Leanah, consumida pelo desejo de vingança, não dá tempo ou atenção às explicações e se prepara para ter todos aos seus pés. Enquanto isso, acompanhamos o velho (só na alcunha) Lontra do Mar, apaixonado por sua tripulante misteriosa e com um sério dilema moral. Afinal serão o amor e desejo maiores que a honra?


Eu particularmente amo esse livro e a forma com as histórias acontecem, a presença do quarteto deixa tudo ainda melhor e as surpresas com novos cenários trazem, ao mesmo tempo, um frescor para a série, como também aumentam o desejo de que ela não termine.


 Segunda história: Os Condes de Alnwick Castle

As histórias de amor de lorde Howard e Mhairi da Escócia e de Henry Percy e Izabele Douglas, mencionadas em A Estrangeira (clique aqui, para ler a resenha) são contadas com detalhes aqui para você. As histórias precedem o primeiro livro e nessa edição contam com contos extras e algumas surpresas.


Vamos conhecer como Lorde Howard se apaixonou por Mhairi da Escócia, desde o dia em que a vira amarrada em cima de um cavalo e sendo puxada pelo aristocrata Evans. Ao se deparar com tal situação, imediatamente ordenou que fosse solta e levada para Alnwick Castle, dando-lhe a chance de retornar à sua família. Contudo, ele não imaginava que Mhairi era filha de uma prostituta e também já se encontrava apaixonada pelo seu herói.

As histórias de amor, ódio e luta pelo poder, lindamente narradas nessa história, vão te levar a entender um pouco mais das lendas e maldições, que regem as famílias Northumberland e Douglas, e conhecer uma história de amor que nem mesmo a morte é capaz de apagar.

A segunda história tem um salto de 442 anos no tempo. 

A história se repete. Vamos ler a história de duas irmãs lutando com suas armas pelo amor de um mesmo homem, o oitavo conde de Northumberland, lorde Henry Percy, que se vê em um triângulo amoroso com as irmãs Douglas, Izabele e Elizabeth. 

Porém, seu tio o trai para que ele se casa conforme os interesses da família e arma o obrigando a se casar com Margaret Naville. Mas não é um casamento que destrói um amor, e seu coração continua sendo de Izabele Douglas, porém a maldição paira sobre eles, porque ela é uma Douglas e pertencente a ancestral família escocesa inimiga dos ingleses Northumberland.

Eu gosto muito desses contos, porque eles resolvem algumas questões do início de A Estrangeira, tornando o primeiro livro ainda melhor! Eles entraram nessa edição porque foram escritos após a publicação do primeiro livro a pedido dos fãs, que a autora atendeu.


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

Fronteira da Paz
Um Livro, dois Romances: Fronteira da Paz e Os Condes de Alnwick Castle (+ Extras)
O Quarteto do Norte #4
Ano: 2018
Páginas: 266
Editora: Pedrazul
Sinopse:
Lady Leanah sempre fora uma boa moça. Fazia tudo o que se esperava de uma dama, mantivera-se pura, à espera de seu príncipe, o cavalheiro que ela sempre amara: lorde Robert Percy, o irmão mais moço do conde de Northumberland. Quando, finalmente, já com 23 anos, iria realizar seu sonho e se casar por amor, ele se casa às pressas com sua antiga prometida, uma prima por parte de mãe, e a abandona. Decidida a se vingar, lady Leanah se aproxima de Elizabeth Douglas, uma cortesã regenerada, e implora que a ensine a deixar todos os homens aos seus pés.
Obrigada a se casar com um primo, Charlotte Mortimer foge logo após o casamento. Seu próprio pai, por causa de dinheiro, conspirara para que o casamento acontecesse. Embarcada em um navio com destino à América do Sul, com um nome falso, ela sofre um naufrágio fraudulento e é resgatada por um desconhecido. Sem se recordar quem era, ela se apaixona pelo capitão do navio, um homem enigmático, com aparência celta, que a toma como mulher.
Um histórico romance sobre a vida das cortesãs inglesas e o império britânico e seus laços pelo mundo.

UM LIVRO COM DOIS ROMANCES. ANEXO:
Os Condes de Alnwick Castle
Capítulos extras de A Estrangeira.


Para comprar:

Livro Físico
E-book


Pedrazul Editora atualmente é a editora que mais se dedica à tradução e à publicação de obras mundialmente consagradas, algumas ainda desconhecidas no mercado editorial brasileiro, como os autores que influenciaram o estilo da mais famosa escritora inglesa de todos os tempos, Jane Austen. Também atua no segmento romance histórico e de época escritos por autores contemporâneos.


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16 abril, 2020

Resenha :: O Flagelo de Dernessus (Maretenebrae #2)

abril 16, 2020 1 Comentários

Olá, pessoa do Clube! Eu venho compartilhar a leitura do livro O Flagelo de Dernessus, a continuação de Maretenebrae, que você pode conferir a resenha feita pela Milly, clicando aqui. Sei que não estou à altura dela, mas farei meu melhor.

A história começa do exato ponto onde o anterior havia parado, sendo fundamental ler o livro anterior antes desse. O começo se dá no Pico das Tormentas, onde nosso pequeno grupo luta pela sobrevivência em meio a uma terra assolada pela guerra e pela doença. Com o trono vazio e a queda de Sieghard, as esperanças recaem sobre o único homem capaz de conseguir a resposta para a redenção do Reino, Petrus de Bogdana.


Porém a indiferença é covardia, inépcia e parasitismo. O indiferente é o peso morto da história.

Vale ressaltar que a narrativa continua em terceira pessoa e a história vai se desenrolando de uma maneira um pouco diferente do livro anterior, porém muito interessante e trazendo algo novo. Já na primeira parte do livro tem um compasso de espera e coloca a história em um ritmo mais lento em um primeiro momento em contraste com o anterior. Porém águas paradas escondem os maiores perigos, e nesse caso a verdade dessas palavras é comprovada a cada momento da história.

Por isso, a vida é uma busca constante por algo que nos identifique, algo que os homens vulgares costumam chamar de vocação. E é exatamente essa busca que nos leva às virtudes que me refiro.

A saída do pico das tormentas marca bem a mudança de ritmo da narrativa, e quando Petrus de Bogdana, agora portador dos mistérios do Oráculo do Norte, ao estar de posse da revelação do primeiro segredo, se junta aos outros, uma nova jornada começa. Mais que passos e disposição, uma incrível necessidade de lógica e dedução se fazem necessárias nessa nova etapa da jornada, com uma tarefa ainda mais perigosa na existência de um traidor entre seus compartes, trazendo uma dualidade até então não tão delimitada na história.

Quem há de trair ainda sim parece fazer parte dos planos de Destino, que ora revela caminhos e direções, ora parece esperar as decisões de cada um para que aconteça o que está destinado a acontecer.  Guiados por um insólito artefato, os peregrinos iniciam uma nova jornada rumo ao desconhecido: as Terras-de-Além-Escarpas. O que acrescenta, além de novos personagens, um vigor a mais a trama, em especial por terem um destaque importante.

– A mais triste das mortes... – Victor olhava para o céu e falava ao mesmo tempo – é aquela do homem que viveu sem coragem de morrer pelo que é certo.

À medida em que avançam mais de cada um dos peregrinos é revelado, mais de suas histórias e motivações e também mais da história da própria Sieghard, que, além do passado conhecido, parece esconder muito ainda a ser revelado àqueles que seguem o rumo que acreditam ser o da vitória.


Com capítulos curtos e as novas revelações, a trama ganha uma dinâmica interessante e alinha muito bem a continuação no próximo livro, afinal várias novas perguntas merecem respostas, algumas questões novas são colocadas e a curiosidade de quem ler fica elevada a máxima potência, com mortes que acontecem e profecias que se cumprem. Outro ponto interessante foi notar os contrapontos com o livro anterior, as referências presentes no primeiro livro e também neste segundo, e, claro, a mudança de clima e cenários que tão bem fizeram a trama e a leitura, por exemplo, enquanto no livro anterior sentimos o calor do sol nas costas durante a jornada, frio intenso e grandes “desertos brancos” marcam a passagem desse segundo tomo.

Mas lembrem-se: os amigos nós valorizamos. Os adversários, nós respeitamos – terminou seu sermão e os soltou.

Por se tratar de uma continuação, as partes descritivas ficaram focadas nos cenários e nas lutas e também a presença da magia mais forte, as consultas aos mapas presentes no livro ficaram ainda mais interessantes. Tem vários aspectos que gostaria de narrar, mas me privo de fazer em prol da leitura de quem ainda não o fez. Caso tenha feito, sinta-se à vontade para conversar comigo sobre.


Li a edição impressa, com ótima encadernação, ilustrações e mapas, uma excelente qualidade de impressão e papel amarelo. Gostei da diagramação e da revisão. Uma capa na linha do anterior, mas que igualmente “fala” a história narrada e que após a última linha ganha ainda mais importância. Conta ainda com um conto extra, linhagem dos reis e anexo com partitura e letras das músicas. Um trabalho realmente lindo.

Avante, rumo ao próximo livro.
E que a Ordem os guie.


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

O Flagelo de Dernessus
Maretenebrae #2
Ano: 2017
Páginas: 292
Editora: Estronho
Sinopse:
Província de Sumayya, Sieghard, ano 476 após unificação.

No Pico das Tormentas, um pequeno grupo luta pela sobrevivência em meio a uma terra assolada pela guerra e pela doença. As forças da Ordem perecem frente ao exército do Caos, dado como indestrutível. Sir Nikoláos de Askalor e o Rei Marcus II, o Ousado, já não figuram entre os sobreviventes. Com o trono vazio e a queda de Sieghard, as esperanças recaem sobre o único homem capaz de conseguir a resposta para a redenção do Reino, Petrus de Bogdana, agora portador dos mistérios do Oráculo do Norte. No entanto, proteger o fadário da pátria torna-se uma tarefa ainda mais perigosa na existência de um traidor entre seus compartes. Guiados por um insólito artefato, os peregrinos iniciam uma nova jornada rumo ao desconhecido: as Terras-de-Além-Escarpas. Às suas preocupações, soma-se a responsabilidade direta pela realização de um plano de Destino - que poderá levá-los a grandes recompensas ou a terríveis perdas. Seriam eles capazes de cumpri-lo?