21 maio, 2020

# @Danii # Editora Coerência

Resenha :: Anne de Green Gables

*recebido em parceria com o Grupo Editorial Coerência

Oi, serzinho! Você tem um livro que cita para tudo na vida? Que mesmo quando não pode ler o livro inteiro, lê pelo menos uma citação para lembrar do que o livro te ensinou, ou simplesmente para se sentir "bem"? Eu tenho. Para quase tudo eu  tenho uma citação de Anne de Green Gables. Já li e reli, tenho citações marcadas em vários lugares, e sempre levo comigo que esse é um livro para a vida. Não é à toa que ele é um dos meus livros favoritos. Então, esteja avisado que, devido ao meu amor por ele, essa resenha será totalmente parcial, pois terá a opinião de alguém completamente apaixonada pela ruivinha tagarela e pelo universo inteiro criado pela Lucy Maud Montgomery.


Sonhos não se tornam realidade com tanta frequência, não é? Não seria interessante se eles se tornassem?

O livro é narrado em terceira pessoa e conta a história de Anne Shirley, que aos 11 anos foi adotada por engano pelos irmãos Cuthbert, Marilla e Matthew. "Como assim, adotada por engano?" Então, por causa da idade que estava ficando avançada, a Marilla e o Matthew queriam adotar um garoto de dez ou onze anos, amigável e esperto, para ajudar o Matthew nas tarefas das terras de Green Gables (em Avonlea), já que ele estava ficando velho e o coração dele dando certo trabalho. Então mandaram um recado para a Sra. Spencer pedindo um garoto de um orfanato da Nova Escócia. A Sra. Spencer realmente trouxe uma criança de onze anos para os irmãos Cuthbert, e a deixou na estação de trem, enquanto ela seguia viagem. Mas por um erro comunicação (quase pior que aquela brincadeira do telefone sem fio, que quem começa fala uma coisa, e o último escuta algo diferente), quando o Matthew chega para buscar a criança, encontra, em vez do garoto que queriam, uma menina ruiva, cheia de sardas, com uma mala velha com todos os seus pertences terrenos, a Anne (com "e" no final, nunca se esqueça!).


Eu sempre fico triste quando coisas prazerosas acabam. Algo ainda mais prazeroso pode vir depois, mas nunca temos certeza a tempo. E é tão recorrente não surgir nada melhor depois... Pelo menos essa tem sido a minha experiência.

Ahhh, Anne! Depois de ficar órfã ainda bebê, viver com duas famílias que não lhe davam nem um pingo de amor e morar em um orfanato, finalmente ela encontra um lar! Parece um sonho! Mas, infelizmente, eles não pretendiam adotar uma menina, principalmente uma tão peculiar, então o "certo" (pelo menos para a Marilla, já que o Matthew logo foi conquistado pela ruivinha) seria devolvê-la. Mas, depois de se renderem aos encantos desse serzinho cheio de imaginação, ocorre uma mudança de planos e, para a alegria da Anne (e a nossa), ela fica em Green Gables. E a sua permanência muda não apenas a sua vida, mas também a dos irmãos Cuthbert, e (por que não?) a de todos à sua volta.


Não é esplêndido que haja tantas coisas neste mundo para se gostar?

Mas isso é apenas o início. E nesse primeiro livro da série, acompanhamos a nossa querida Anne, dos 11 até seus 16 anos, passando por diversas encrencas, aventuras ao lado de sua amiga do peito, Diana, competições com o seu "rival" na escola, Gilbert, questionamentos, e inúmeros aprendizados que a ajudam a amadurecer, mas sem nunca perder a sua essência, o seu jeito "Anne" de ser.

Desde que cheguei a Green Gables, cometi erros, e cada um deles me ajudou a reconhecer e a consertar alguns defeitos.


Esse livro é tão, mas tão esplêndido! A narração é maravilhosamente fluida, tão bela e poética quanto um jardim florido. Presenteando-nos com uma lição de vida a cada capítulo. E o que dizer da descrição? É tão perfeita, que a minha imaginação me fez pensar nos cenários mais lindos, tanto que quase fiz uma mala para me mudar para a Ilha do Príncipe Eduardo (Tchau, mãe! Estou indo para o Canadá!), mas aí lembrei que não podemos viajar agora, e mesmo se pudéssemos, eu não teria dinheiro para isso. Então, é melhor continuar viajando através da imaginação apenas, mas acho que a Anne concordaria comigo que viagens assim também podem ser incríveis, se usarmos todo o alcance da nossa imaginação.

— Que dia maravilhoso! — disse Anne, inspirando fundo. — Não é bom simplesmente estar viva em um dia como este? Eu tenho pena das pessoas que ainda não nasceram por perderem isto. Elas poderão ter bons dias, claro, mas nunca poderão ter este aqui.


Os diálogos em Anne de Green Gables são um caso de amor à parte, principalmente as falas da Anne. Parece que a cada vez que ela falava, eu marcava uma citação. Mas como não amar tudo o que ela fala? Tudo o que ela é? Até porque, com a sua imaginação a máxima potência e com sua visão sonhadora, romântica, dramática e curiosa do mundo, ela pode conquistar o coração de todo leitor, o meu, com certeza, ela conquistou, cada pedacinho.

Há tantas Annes diferentes em mim. Às vezes acho que é por isso que sou uma pessoa tão problemática. Se eu fosse apenas uma Anne, seria muito mais confortável, mas não seria tão interessante assim.


Os personagens são muito bem desenvolvidos, para não dizer apaixonantes, cada um do seu jeito: o Matthew, com a sua timidez, a Marilla, com a sua postura mais rígida, e a minha amada Anne, com a sua imaginação, tagarelice, personalidade forte, inteligência e falta de sorte (porque, oh, menininha, que parece ser perseguida por problemas, viu?). Não sei se aconteceu apenas comigo ou não, mas, apesar das diferenças entre eles, eu me vi muito em cada um. Se eles existissem na vida real, eu gostaria muito que eles fossem três dos meus espíritos irmãos. Os personagens secundários também são maravilhosos, só não vou falar de cada um, para não me estender mais ainda e acabar soltando um spoiler sem querer. Eu até queria poder expressar o meu amor por certo personagem (leia-se Gilbert), mas você ainda não está pronto para essa conversa.

É melhor guardar pensamentos queridos e bonitos e mantê-los no coração, como tesouros.


Antes que eu me esqueça, preciso falar de quão linda é essa edição do Grupo Editorial Coerência. Eu poderia emoldurar essa capa e escrever um poema de amor para ela toda semana (se eu tivesse talento para isso, obviamente). A diagramação está impecável, com borboletas lindas em todo início de capítulo e bom espaçamento. As folhas são amareladas, com fonte em tamanho confortável para a leitura, até para alguém meio ceguinha como eu. Para vocês entenderem melhor a beleza desse livro, vou usar uma fala da própria Anne:

— Bonito? Oh, “bonito” não parece a palavra certa a se usar. Nem “lindo”, também. Elas não vão longe o suficiente. Oh, era maravilhoso... maravilhoso! É a primeira coisa que já vi que não pode ser melhorada pela imaginação.

Eu sou muito ansiosa, e principalmente em tempos como esse fica difícil controlar, não é? Mas ler esse livro me ajudou, me trouxe certa paz, sabe? Anne de Green Gables é um raio que luz que brilha na escuridão ao nosso redor, brilha mais que uma estrela iluminando as partes escuras da nossa vida, nos tirando das profundezas do desespero, trazendo esperança de que o amanhã pode ser melhor.

Pagamos um preço por tudo o que obtemos ou recebemos neste mundo, e, embora valha a pena ter ambições, elas não são conquistadas a um preço baixo; em verdade, exigem trabalho duro e abnegação, e muitas vezes causam ansiedade e desânimo.


Eu já li mais de mil livros na minha vida, e dentre todos eles, preciso dizer que Anne de Green Gables é um dos melhores livros já escritos no mundo. Há quem discorde? Provavelmente. Eu ligo? Nem um pouco. Porque a cada vez que leio esse livro, eu me sinto alguém melhor, e queria que todas as pessoas se sentissem assim também, lendo esse livro esplêndido pelo menos uma vez. Então, serzinho, não deixe de ler esse livro e deixar a Anne conquistar cada pedacinho de você, como conquistou cada pedacinho de mim.

Não é interessante pensar em todas as coisas que existem para serem descobertas? Isso faz eu me sentir feliz por estar viva, é um mundo tão interessante… Não seria nem metade tão interessante se soubéssemos de tudo, seria? Não haveria alcance para a imaginação, haveria?


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Anne de Green Gables
Anne #1
L. M. Montgomery
Ano: 2020
Páginas: 320
Editora: Coerência
Sinopse:
Anne Shirley é uma órfã muito peculiar. Com a notícia de sua adoção, segue animadamente para Green Gables, na Ilha do Príncipe Eduardo, mas rapidamente descobre que os irmãos Marilla e Matthew Cuthbert na verdade queriam adotar um garoto que pudesse ajudar nos afazeres da fazenda. Apesar do engano, a menininha ruiva de onze anos conquista sua nova família com suas manias imaginativas e sua dramática — ou romântica — forma de encarar a vida. Seus desafios, contudo, estão apenas começando. Guiada por pensamentos à frente de seu tempo e por uma vontade irresistível de questionar tudo ao seu redor, ela terá de encontrar seu lugar em Avonlea ao mesmo tempo em que luta para se manter longe das encrencas que parecem persegui-la. Além disso, caberá à jovem otimista conquistar também o restante da comunidade, que, composta em maioria por pessoas conservadoras, não está acostumada ao seu espírito expansivo e revolucionário.


Para comprar:

 Livro Físico
 E-book


Dinâmica, inovadora, eclética e arrojada, a Editora Coerência já chega ao mercado revelando seu diferencial: a divulgação dos autores nacionais, que têm tanta dificuldade em se fazerem notar.
Criada não apenas para viabilizar a publicação de autores (ainda) não renomados, a Coerência conta com toda uma equipe de revisores, diagramadores, ilustradores, capistas e assessores, que preparam a obra para que esta chegue com qualidade à casa de milhares de leitores em todo o Brasil.
Foi pensando em fazer com que sonhos tivessem vida que a editora-chefe, Lilian Vaccaro, formulou a Coerência, para que se tornasse não mais do mesmo, e sim um lugar onde o autor pode, acima de tudo, se realizar e ganhar experiência no mercado editorial.


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2 comentários:

  1. Que resenha linda!!! Também vc sou apaixonada pela Anne, vc sabe... E amei está edição da coerência... Agora terei que reler né... Pra comparar as edições. Bjs

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  2. é uma leitura EXPLÊNDIDA! MARAVILHOSA!hahah logo lembro da Anne falando!
    Ela é muito peculiar e apesar de falar muito... me cativou tb!
    Me emocionei em vários momentos! Mal posso esperar pra continuar essa série!!

    osenhordoslivrosblog.wordpress.com

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