08 outubro, 2022

# @efinco # Editora Parceira

Resenha :: A Herança de Orquídea Divina



Algumas pessoas eram destinadas a feitos grandiosos e duradouros. Outras, a pequenos, minúsculos, momentos de bondade, mas que repercutiam e cresciam em ondas grandes e largas. 

  

Olá, pessoas, sabem não é só vocês que recebem indicações de leituras maravilhosas aqui no Clube, nós que somos colunistas recebemos também e algumas vezes uma colunista diz: “esse livro é a sua cara”. Ou André diz: “lê, você vai amar”. E assim nós aumentamos a lista de leituras de vocês e a nossa. Felicidade imensa isso, não é mesmo? Mas confesso que quando uma indicação vira favorito, o coração fica ainda mais quentinho.



Essa história é narrada em terceira pessoa, porém em vários momentos você sente como se um dos personagens estivesse narrando essa ou aquela cena, porém alguns comentários dessa narrativa oculta são fundamentais para dar profundidade a história e torná-la ainda mais especial. 

 

Era bom saber que todas as famílias eram iguais em certos aspectos. Havia aqueles que sentiam de mais, aqueles que sentiam de menos e outros que sabiam como lidar com esses sentimentos. 

 

Acho que o mais maravilhoso dessa história é que ela pode gerar tanto a identificação com quem teve uma figura familiar forte, como a avó Orquídea, que não viveu, aprendeu a sobreviver e venceu, tendo na família sua maior realização, ou o quanto é importante entender que somos feitos de quem vem antes de nós e, ainda assim, somos pessoas que são independentes daquilo que veio em nosso DNA, porque no fim somos todos frutos de nossas escolhas.



A história começa em Guayaquil, uma cidade portuária no Equador, mesmo sua trama se passando na maior parte em Quatro Rios, uma cidadezinha nos Estados Unidos. Mostra bem a dinâmica de uma família que herda uma cultua diferente de onde mora e que vai se diluindo à medida que as gerações passam, mas ainda assim todos se lembram de algo dela. Eu fiquei pensando sobre isso, de pessoas que vão morar em lugares tão diferentes do de sua origem e do que continua com elas.  

  

Malditas estrelas e maldita sorte. Malditos fossem todos e qualquer coisa que a considerassem insignificante. Orquídea Montoya iria reescrever seu destino. 

 

Outro fator que me fez amar muito essa história é que ela é como um iceberg, se você a vê de maneira superficial nem imagina o quanto existe abaixo dela, sob a superfície. Eu me emocionei com a trama por uma avó que apesar de tudo não conseguia demonstrar todo amor que sentia ou colocar em palavras, que sua história era tão dolorosa que a fazia preferir viver no presente e, claro, ser resiliente com o que não estava em suas mãos fazer.



O sobrenatural sempre fez parte da vida da família Montoya, porém quando Orquídea Divina envia um misterioso convite para o seu funeral a fim de que os seus descendentes recebam a sua herança, parece que os Montoya finalmente descobrirão os segredos escondidos com tanto afinco por Orquídea. Mas, em vez disso, ela se transforma em uma árvore, deixando todos com muito mais perguntas do que respostas. E sim, eu sei que falando assim pode parecer bizarro a história de “se transformar em árvore”, mas pense comigo, tem uma simbologia com a “árvore genealógica” e como ela é o esteio da família, lendo, além de fazer muito sentido, ainda se torna mais significativo. 

  

Orquídea achava que homens bonitos eram ainda mais perigosos. Os homens já nasciam com poder. Por que precisavam de mais? 

 

O livro ganha ritmo e corpo após a morte de Orquídea, eventos sobrenaturais e inexplicáveis começam a acontecer na vida dos herdeiros Montoya. E se prepare aqui para fortes emoções, porque um vulto misterioso passa a seguir a família, eles precisam descobrir a verdade por trás da herança de Orquídea e de suas últimas palavras. E também faz pensar em como uma família continua após a morte de um parente tão central em suas vidas.



Aqui começa a parte do livro onde não foi mais possível parar de ler, voltei aos capítulos de expectativa porque, sete anos depois, o presente da matriarca se manifestou de maneiras diferentes em Marimar, Rey e Rhiannon, deixando-os com bênçãos e poderes inesperados. E à medida que a figura sombria passa a espreitar a todos, atacando os membros da família um a um, na tentativa de destruir a linhagem da Orquídea Divina junto aos três, eu sentia a necessidade de respostas e de entender como seria possível salvar o restante da família e descobrir a verdade por trás da herança. 

  

No final das contas, família não tinha a ver com sangue. É claro que os irmãos e irmãs de Pena e Parcha eram todos meio-irmãos, mas não importava quem eram seus pais. Importava que eles compartilhassem uma mãe, uma família. 

 

Sem deixar a história ficar parada com a viagem dos descendentes para Guayaquil, o quebra-cabeça da vida de Orquídea começa a se completar e, mesmo sabendo de mais detalhes que os membros da família Montoya, contados nos capítulos que vão intercalando passado e presente, somos levados a ânsia de entender o todo, afinal foi em sua terra natal que Orquídea enterrou seus segredos e suas promessas, e de onde saiu sem olhar para trás.



Sei que pode, em um primeiro momento, parecer que a história tem muitos personagens, mas eu achei uma ótima representação de uma família latina, afinal se parar para pensar quantos filhos nossas avós tiveram? Vamos ver que não foram apenas um ou dois e a própria história de Divina explica porque ela teve bem mais que os um ou dois dos dias atuais. As falas, para mim, marcam bem quem é quem, e a diversidade e representatividade estão presentes, o que é muito natural em uma família numerosa. 

  

— Por quê? — quis saber Rey. — Somos millennials. Somos insensíveis e não temos vergonha de nada. Marimar teve vontade de discutir, mas decidiu que seu primo estava certo. 

 

Nós somos frutos de escolhas, mas essas escolhas advêm dos desejos que acalentamos em nossos corações, quem lê fantasias sabe o quanto devemos ter cuidado com o que desejamos, afinal o que pode acontecer caso nosso desejo se torne realidade? E mais, qual será o preço a se pagar por isso? Assim terminei a leitura com tanto dessa história que, mesmo agora, ainda é difícil eu querer me despedir desses personagens. Mesmo sabendo que sempre os levarei comigo de uma maneira ou de outra. Boa leitura e seja feliz!



Eu amei a edição, com uma capa linda com detalhes em dourado e ilustração que simboliza demais a história, já no começo a árvore genealógica da família formada por Orquídea que fica ainda mais interessante após a leitura. Ótima encadernação, impressão com papel amarelo e diagramação super confortáveis para leitura. Achei a tradução muito gostosa e a revisão impecável, sem encontrar erros de digitação ou ortografia.




Informações Técnicas do livro

A Herança de Orquídea Divina 

Zoraida Córdova 

Tradução: Mel Lopes 

Ano: 2022 

Páginas: 350 

Editora: Galera Record 

Sinopse: 

Após a morte de sua avó, eventos sobrenaturais e inexplicáveis começam a acontecer na vida dos herdeiros Montoya. Quando um vulto misterioso passa a seguir a família, eles precisam descobrir a verdade por trás da herança de Orquídea. 

 

O sobrenatural sempre fez parte da vida da família Montoya. Eles sabem que é melhor não fazer perguntas sobre o motivo de a despensa nunca ficar vazia, ou o porquê de sua matriarca jamais deixar a sua casa em Quatro Rios – nem para formaturas, casamentos ou batizados. Mas quando Orquídea Divina envia um misterioso convite para o seu funeral a fim de que os seus descendentes recebam a sua herança, parece que os Montoya finalmente descobrirão os segredos escondidos com tanto afinco por Orquídea. Mas, em vez disso, ela se transforma em uma árvore, deixando todos com muito mais perguntas do que respostas.  

Sete anos depois, o presente da matriarca se manifestou de maneiras diferentes em Marimar, Rey e Rhiannon, deixando-os com bênçãos e poderes inesperados. Porém uma figura sombria passa a espreitar a todos, atacando os membros da família um a um, na tentativa de destruir a linhagem da Orquídea Divina. Desesperados para salvar o restante da família e descobrir a verdade por trás da herança, seus descendentes viajam para o Equador, local em que Orquídea enterrou seus segredos e suas promessas, e de onde saiu sem olhar para trás. 

 

“Uma história de poder familiar, repleta de mistério e magia” – V. E. Schwab, autora best-seller do New York Times. Perfeito para os fãs de Alice Hoffman, Isabel Allende e Sarah Addison Allen. 

  

“Uma história fascinante, atemporal e revigorante, que permanecerá com você muito depois de você virar a última página. Prepare-se para se apaixonar.” – Kim Liggett, autora best-seller do New York Times 

  

“Um romance rico e intergeracional impregnado de realismo mágico.” – Buzzfeed Books 

  

“Confie em nós: você vai se apaixonar por A Herança de Orquídea Divina de Zoraida Córdova. Este livro lindo e mágico conta a história de ancestrais e descendentes, e os fios que os mantêm juntos ao longo do tempo.” – Popsugar 

  

“A magia é vívida e ainda familiar, e aumenta a urgência da trama. . . [Uma] mistura inspirada e divertida de realismo mágico e fantasia.” – Publishers Weekly




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