Oi, serzinho! Quando li É Assim Que Acaba eu já sabia que teria uma sequência, e terminei a leitura empolgada para ler É Assim Que Começa, ao mesmo tempo que estava bem apreensiva sobre o que podia acontecer. Mas, apesar de qualquer receio, resolvi ler assim que pude e li sem saber o que esperar, porque não li nem a sinopse, já que queria me surpreender e não levar nenhum spoiler. Estava com medo de sofrer, obviamente, mas, quando li a nota da autora no início do livro, fiquei mais tranquila e mergulhei de cabeça na história, e posso dizer que não me arrependo nem um pouco.
Minha escolha me fez perceber que, às vezes, as decisões mais difíceis que a pessoa toma costumam levar aos melhores resultados.
É Assim Que Começa se inicia pouco depois do epílogo do livro anterior, então é ótimo para não sentirmos que fica uma lacuna entre um livro e outro. Diferente de É Assim Que Acaba, esse livro não é narrado apenas pela Lily, mas pelo meu amado Atlas também. Acho que isso foi uma das coisas que mais gostei no livro, porque eu amo ler mais de um ponto de vista, e ler o ponto de vista do Atlas então, foi maravilhoso.
Sempre prefiro sinceridade a lealdade, pois a sinceridade traz consigo a lealdade.
Sobre a história vou tentar falar pouco para não estragar a leitura de ninguém. Nesse livro reencontramos a Lily, que agora está divorciada do Ryle, mas ainda tem contato com ele por causa da guarda da filha dos dois, Emerson Dory. No livro anterior, vimos que ela reencontra o Atlas e parece que finalmente vão poder recomeçar o relacionamento da adolescência. Mas agora, depois do reencontro, ela começa a se questionar se ter um relacionamento com Atlas é uma boa ideia, porque apesar dos seus sentimentos por ele, qual seria a reação de Ryle ao saber que ela estaria namorando alguém? E quão pior seria ele saber que esse alguém é o Atlas? Infelizmente, nossa protagonista ainda tem que lidar com o ciúme do seu ex-marido, enquanto tenta trilhar sua nova chance no amor, com alguém que a trata com o respeito e amor que merece.
Toda pessoa que já deixou um cônjuge manipulador e abusivo e conseguiu se manter longe dele merece uma medalha. Uma estátua. Um filme de super-herói, cacete.
Que a Colleen Hoover tem uma das escritas que mais me viciam não é segredo para ninguém, mas o quanto eu não queria parar de ler É Assim Que Começa não tem nem como comparar. Se as responsabilidades da vida me deixassem ler o quanto eu queria, poderia ter terminado em poucas horas (vontade não faltou). Esse livro foi realmente um presente dela para nós, depois de tudo que aconteceu em É Assim Que Acaba. É um livro consideravelmente mais leve, que deixa o coração quentinho em boa parte da história.
Sou leal às pessoas que me trazem coisas boas. Sou leal às pessoas que querem me apoiar e me ver feliz. E é em função delas que vou tomar as minhas decisões.
Eu me apaixonei por praticamente tudo, os diálogos, os conflitos, as revelações, reencontrar os personagens secundários que aparecem no primeiro livro, conhecer os personagens secundários que são apresentados nessa sequência, principalmente os mais jovens (queria poder falar de alguns mais especificamente, mas não vou dar spoiler).
Nada do que você fez e nada do que você poderia fazer justificaria um homem pôr as mãos em você por raiva.
Eu não sabia que precisava tanto ler esse livro, até ler esse livro, sério mesmo. É quase como encontrar uma sombra depois de passar horas debaixo de um sol forte (e, acredite, eu sei do que estou falando). Eu me preparei para chorar, eu me preparei para passar raiva. E posso dizer que chorei sim, mas a maioria das lágrimas foram por coisas boas. E passei raiva também, afinal o Ryle ainda existe e, se ele existe, a raiva e o ranço aparecem de brinde junto com ele.
Talvez eu não tenha tomado todas as decisões certas nos momentos certos, mas vou continuar me concentrando no fato de que ao menos tive coragem para tomá-las.
Sobre os protagonistas... Podemos não concordar com todas as decisões da Lily, mas não dá para negar a força e o grande coração que ela tem, o quão pode ser admirável, ver ela se abrindo para o amor novamente foi incrível. O Atlas é o mocinho mais perfeito de todos os livros da CoHo que li, o único defeito dele é não existir na vida real, porque apesar de todo o sofrimento dele no passado, ele não usa isso como motivo para ser um babaca, na verdade, o seu sofrimento o fez ter um coração ainda maior.
Somos pessoas. Somos humanos. E às vezes as pessoas nos decepcionam.
Eu apreciei muito as interações da Lily e do Atlas, tanto as do presente, quanto pelas recordações, que foram uma coisa que amei muito também, porque foi maravilhoso poder ler o ponto de vista do Atlas sobre o que aconteceu no passado e sobre a importância da Lily para ele naquela época. Para simplificar, posso dizer que amei esse livro inteiro.
Às vezes, uma pessoa acha que, se amar alguém destruído, se amá-lo o bastante, ela pode afinal conseguir consertá-lo. Mas o problema disso é que ela acaba se destruindo também.
Uma coisa que eu amo nessa duologia é que a Colleen nos mostra que não se deve aceitar uma agressão e justificá-la só porque alguém não é sempre agressivo e violento, "só é às vezes", e que na maior parte do tempo é alguém "bom". Ninguém deve viver com medo de "um humor ruim" da pessoa com quem vive. E o contraste entre o relacionamento da Lily e do Ryle com o relacionamento da Lily e do Atlas nos faz perceber isso ainda mais, as diferenças entre um relacionamento tóxico e outro que te faz bem.
Posso não ser perfeita, mas não mereço temer pela minha própria vida sempre que cometo um erro.
É Assim Que Começa foi como a calmaria depois da tempestade do livro anterior, o chegar à costa depois de nadar contra fortes ondas. Foi uma leitura que amei cada segundo, e se alguém me perguntar se indico esse livro, a resposta vai ser um enorme: SIM! Com certeza, um dos livros que mais me conquistaram esse ano. Até!
Obrigado por sempre ser o farol de que eu preciso toda vez que me sinto perdido, quer você queira me iluminar ou não.
P. S. Procura-se alguém que me dê um buquê de cookies.
Informações Técnicas do livro
É Assim Que Acaba #2
Colleen Hoover
Tradução: Priscila Catão
Ano: 2022
Páginas: 336
Editora: Galera Record
Sinopse:
Preparem os corações. Lily e Atlas estão de volta na aguardada sequência de É assim que acaba, da autora mais vendida do Brasil, Colleen Hoover (ou CoHo para os íntimos), fenômeno editorial com mais de dois milhões de livros vendidos no país.
Lily Bloom continua administrado uma floricultura. Seu ex-marido abusivo, Ryle Kincaid, ainda é um cirurgião. Mas agora os dois estão oficialmente divorciados e dividem a guarda da filha, Emerson.
Quando Lily esbarra em Atlas – com quem não fala há quase dois anos -, parece que finalmente chegou o momento para poderem retomar o relacionamento da adolescência, já que ele também está solteiro e parece retribuir os sentimentos de Lily. Mas apesar de divorciada, Lily não está exatamente livre de Ryle. Culpando Atlas pelo fim de seu casamento, Ryle não está nada disposto a aceitar o novo relacionamento de Lily, ainda mais com Atlas, o último homem que aceitaria ver perto de sua filha e da ex-esposa.
Alternando entre os pontos de vista de Atlas e Lily, É assim que começa retoma logo após o epílogo de É assim que acaba. Revelando mais sobre o passado de Atlas e acompanhando a jornada de Lily para abraçar a sua segunda chance, no amor enquanto lida com um ex-marido ciumento, É assim que começa prova que ninguém entrega uma leitura mais emocionante do que Colleen Hoover.
“Em uma história permeada de tensão com lampejos de esperança, Hoover captura perfeitamente as dores de um coração partido e a felicidade de começar de novo.” – Kirkus Review
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