“Começa sempre à noite. À noite eu alimento meus planos com escuridão. Se existe algo que eu possua em abundância é a escuridão. Ela é o chão onde florescerá o que quero cultivar.”
Para aqueles que já jogaram algum tipo de
jogo no estilo RPG, sabe que pode ser viciante, não é? Você cria um personagem,
se perde entre missões e recompensas virtuais que vibramos como se fossem
reais. Mas e se também fosse real? E se o jogo soubesse de todos os seus
maiores desejos e te desse a oportunidade de realiza-los? E ainda mostrasse uma
virtualidade tão real que você faria qualquer coisa para se manter nele,
cumprisse qualquer missão fora ou dentro do jogo, onde a linha do que é certo
ou errado não importasse.
Conseguiu imaginar? Seja qual for sua
resposta, você não vai entender completamente até ler o livro, o jogo consegue
ser tão viciante para os personagens do livro, e descrito de uma maneira tão
incrível, que lendo Nick o protagonista da história entrar para o mundo virtual
de Erebos, você consegue viciar com ele, torcendo para Nick passar de nível,
cumprir suas missões, e até passar por cima de algumas coisas para continuar no
jogo.
Com uma mistura de ficção e realidade, em O
Jogo da Morte acompanhamos a propagação de um jogo que vai passando em
mãos e mãos em uma escola, sem que os jogadores possam falar dele na vida real,
não divulgarem qual seu personagem no jogo, em nem que missões realizadas, e
você só tem uma chance no jogo, se morrer nele, você está fora, se não cumprir
as missões no mundo real você está fora, é um jogo quase onipresente, como se
soubesse o passo de cada jogador fora do jogo, é um thriller tão louco que faz
que o leitor não largue o livro enquanto a história não chega ao fim.
“Um jogo que não se pode comprar. Um jogo que fala com você. Um jogo que te observa, te recompensa, te ameaça e te impõe tarefas.”
Quanto aos personagens eu achei a maioria
razoáveis, poucos eram desenvolvidos de forma completa, Nick eu achei um bom
principal, e seu “eu” virtual em uma certa medida até meio do livro aparecia
mais, depois que Nick se destacou mais, apesar de serem descritos os
pensamentos dele (o livro é em terceira
pessoa). O começo do livro que quase me fez desistir dele, não que a
leitura fosse monótona, mas por ser rápida demais, os dias não eram bem
desenvolvidos, por exemplo estávamos lendo o Nick na escola em uma cena e de
repente ele já estava em outra cena na casa dele e quando percebia já era um
fim de semana, eu não sabia se me frustrava ou ficava com inveja pela semana
dele passar tão rápido . Mas tirando isso no começo, o resto do livro se desenvolveu
super bem, até conseguiu alguns “UAUs” meus . No geral adorei o livro, super indicado! Boa
leitura.
“- E como é estar morto?” (...). - É solitário. Ou cheio de fantasmas. Quem é que vai poder dizer? (...) Se eu lhe perguntasse ‘Como é estar vivo?’, o que você responderia? ‘Cada um vive de sua maneira’. Da mesma forma, cada um tem sua própria morte. (...) Sem dúvida você vai saber um dia como é.”
Nota ::
Informações Técnicas do livro
Erebos
- O Jogo da Morte
Úrsula Poznanski
Ano:
2013
Páginas:
404
Editora:
Record
Sinopse
(Skoob):
Um misterioso jogo de computador se torna
sensação entre os alunos de uma escola londrina. Mas as regras são extremamente
rígidas. Cada pessoa tem apenas uma oportunidade e deve jogar sempre sozinha,
não comentando com ninguém. Quem viola essas instruções ou deixa de cumprir
suas missões é eliminado e não pode iniciar outro jogo. O mais estranho, no
entanto, é que as missões são realizadas não no mundo virtual, e sim no real.
Ficção e realidade se confundem de maneira intrigante neste thriller, best
seller na Alemanha.
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