O que pode levar uma pessoa saudável desenvolver
uma doença como anorexia? Não posso te dar todas as respostas, mas uma bem
simples todos nós já conhecemos: pressão.
No caso da nossa Ellen em “O mínimo
para viver”, a pressão familiar depois da separação de seus pais, da
sua mãe ter virado gay, faculdade e a mais trágica de todas, a morte de uma
seguidora sua do Tumblr, faz com que a personagem interpretada pela brilhante
Lily Collins, queria deixar aqui que ela merece mais reconhecimento pelo
pessoal de sua, desenvolva a doença bem agressivamente. Sem perspectiva de
mudança, ela se perpetua a abdominais e conta calóricas para não sair do
padrão. Que padrão seria esse? Sem perspectiva, ela aceita buscar ajuda uma
última vez em uma clínica muito bem avaliada, Ellen encontra um médico um pouco
convencional que a desafia a enfrentar sua condição e abraçar a vida, tudo pode
mudar.
Quero deixar bem explicado que estou longe de
entender do assunto e ser um doutor. Também não falarei muito especificamente
do filme porque, pelo meu ponto de vista, ele precisa ser assistido. Tudo pode
virar um spoiler e acabaria estragando o filme completamente.
Meu primeiro ponto é a família dela. TODA
CAGADA! Sério. Ao mesmo tempo em que um ou outro quer ajudar, sabe que a menina
precisa urgentemente ser ajudada, ninguém parece mover um único dedo para isso
ser realizado. A coitada vai pulando da casa da mãe para a do pai e de clínica
em clínica e o que os atores conseguem passar é que tudo isso é normal. Um
ponto para os diretores. O que eu entendi é que sempre a família vai achar que
é simplesmente uma fase da adolescência e que já vai passar. Isso ficou claro.
Até que chega ao ponto de que a personagem da Lily é uma morta-viva e eles
percebem que algo precisa ser feito. Não apenas mandar a menina para uma
clínica. Realmente entender o problema.
Meu segundo ponto é especificamente o pai da
Ellen. ELE SIMPLESMENTE NÃO APARECE! Não existe ator para o pai da Eli porque
ele simplesmente não aparece durante o filme inteiro. Ele praticamente deixou a
filha se matar e não fez nada para impedir. “Mas ele paga as clínicas
de tratamento”. Que não está ajudando em absolutamente em nada. Como eu
disse antes: sempre vão achar que é uma fase da adolescência.
Meu terceiro e último ponto vai para as
atuações. Todos simplesmente quebraram a banca. A Carrie Preston (madrasta
da Ellen) ela conseguiu passar, do meu ponto de vista, de lixo humano
para uma mulher espetacular. A Lili Taylor (mãe da Ellen)
está magnífica. Todas a meninas que fizeram os papéis das doentes também estão
fantásticas, cada uma com seu jeito de lidar com a anorexia. O Keanu
Reeves (o médico e eterno Neo de Matrix) está muito bem também.
Fazia tempo que não o vejo tão bem. E a Lily. Como eu disse lá em cima, ela
merece muito ser mais valorizada. Ela emagreceu de verdade para o papel. É
assustador o que ela fez.
Para se ter uma ideia de como o assunto precisa
ser muito mais bem disposto no meio de todos, ela emagreceu horrores para fazer
o papel, transformou seu corpo no de uma anoréxica, e acabou recebendo um
elogio de uma vizinha sua. Ela disse ter ficado chocada e triste.
O filme é muito bom, precisa ser assistido pelo
que envolve o assunto, mas não recomendo para todo mundo. Tem esse próprio
aviso antes de começar o filme. Se você for bem grande e queira imergir no
filme, espero que goste e volte aqui para batermos um papo.
Confira o Trailer:
Informações Técnicas do Filme
O Mínimo para Viver
Original NETFLIX
Ano: 2017
Duração: 1h 47min
Gêneros: Drama, Dramas independentes, Filmes independentes
Nacionalidade: EUA
Direção: Marti Noxon
Estrelando: Lily Collins, Keanu Reeves, Carrie Preston...
Uma jovem de 20 anos sofrendo de anorexia embarca em uma emocionante jornada de auto-descoberta em um grupo liderado por um médico pouco convencional.
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