"O
destino quis que a gente se achasse,
na
mesma estrofe e na mesma classe,
no
mesmo verso e na mesma frase."
(Paulo Leminski)
Olá, faroleiros! Tudo bem com
vocês? Estive afastada uns dias, mas já coloquei as coisas em ordem. Hoje trago
uma resenha maravilhosa do livro A Última Peça, da Karina Heid.
Adianto que foi aquele tipo de leitura que a gente devora em questão de horas.
E eu amo esse tipo de livro.
Pedro é um rapaz que teve
problemas do passado e tenta seguir a vida. Recém-promovido a editor chefe numa
editora em São Paulo, ele procura alguém para dividir um apartamento. O que o
jovem não esperava era encontrar Bia, o seu amor do passado e centro do seu
problema na época, sentada na recepção da empresa onde ele trabalha, prestes a
fazer uma entrevista de emprego.
Olho para a porta. Isso não pode estar acontecendo. É injusto que esteja, é praticamente impossível. O meu caminho e o de Bia não deveriam mais se cruzar. O que nos separou foi forte o suficiente para ser definitivo, e definitivo, por definição significa para sempre.
Imagina a surpresa dele ao
descobrir que o acidente que Bia sofrera na fatídica noite que separou o casal,
a deixou desmemoriada. Ela não reconhece Pedro e não lembra de que ele passou
em sua vida. Tudo o que Bia sabe foi contado por terceiros, então para ela
Pedro é um vilão. Surge aí a oportunidade dele desfazer todo mal entendido.
Para isso ele contrata Bia e, ainda vai dividir um apartamento com ela.
Existe um teste simples para saber se você é ou não um idiota: se você ficar feliz por ter feito uma idiotice, você é um idiota.
Será que Pedro vai resistir ao
sentimento por Bia que ele tentou guardar por anos? E quando Bia reconhecer
Pedro perdoará tudo que houve no final do relacionamento? E é nesse momento,
pessoal, que você descobre que não conseguirá parar de ler A Última Peça, até saber
o que vai acontecer com Pedro e Bia!
Tento me desconectar dele e me concentrar na arrumação do meu canto. A palavra é exatamente essa, desconectar. Desde que o conheci sinto essa atração em sua direção, quase uma urgência em orbitar ao seu redor. É exaustivo resistir.
A Karina construiu uma trama
envolvente, onde a história passada de Pedro e Bia vai se mostrando ao longo
das páginas. Ao mesmo tempo, acompanhamos seu reencontro, anos depois. O
sentimento que Pedro nutre pela garota o faz tomar decisões que trazem a garota
de volta a sua vida.
A narração é em primeira
pessoa, nas vozes intercaladas de Pedro e Bia. Nos aproximamos do casal e nos
afeiçoamos a eles ao ouvi-los contar, ao seu próprio modo, a história. Cada
personagem tem um ponto de vista próprio, e contraditório, sobre o que
aconteceu. Isso traz uma pitada de mistério e ficamos juntando o quebra-cabeça
que é o passado dos dois.
Eu não devia ter pedido para minha mãe enviar os diários, eu devia ter estado ali na hora da chegada. O que foi que eu fiz? Paro na escadaria. E se Bia os leu e se lembrou de tudo?
Os personagens me ganharam
desde as primeiras páginas. Pedro, chefe de editora, com uma história romântica
trágica que envolveu até a polícia (vocês
vão saber o porquê ao ler a história), e Bia, seu amor do passado,
desmemoriada (sequela de um acidente),
não se lembra quem foi Pedro, com o comportamento totalmente diferente e toda
tatuada.
Não estou enganando-a, isso tudo é parte de um plano para fazê-la lembrar. Não é atração o que sinto, é carinho. A ereção? Pff, aquilo não foi nada, só um descuido.
Os capítulos iniciam com uma
citação que tem tudo a ver com o que vamos ler. Então isso nos dá uma dica do
que vai acontecer. São frases maravilhosas de escritores, músicos, poetas,
entre outros. Curti muito essa sacada da Karina e enriqueceu mais a leitura!
A minha conexão com o livro foi
instantânea. Não sei exatamente se foi no reencontro do casal (numa entrevista de emprego, onde Pedro é o
entrevistador e Bia, desmemoriada, a candidata, hahaha) ou na situação
seguinte (não vou ficar dando spoilers)
que A
Última Peça ganhou meu coração!
O que foi que você fez tão certo naquela noite, João? Pode ter sido o beijo? Pode. Pode ter sido o cheiro gostoso de menino bem cuidado? Pode também.
A Última Peça é uma história
incrível e foi devorada por mim em dois dias! Eu lia páginas e mais páginas
querendo saber se Bia iria reconhecer Pedro do seu passado e se ela se
apaixonaria por ele novamente. Com um final surpreendente e revelador garanto
que o leitor não ficará entediado com o livro. Leitura maravilhosa com certeza!
Não existe nem existirá na sua história momento tão aterrorizante quanto saltar no vazio da esperança de que algo etéreo como o amor vá te segurar.
O que acontecerá com você depois do pulo não está exatamente nas suas mãos. Ela está nas mãos das estrelas, do acaso, da inevitável sucessão de eventos desencadeados por um arbítrio não-tão-livre-assim.
Nota ::
Informações Técnicas do livro
A
Última Peça
Ano: 2017
Páginas: 217
Editora: Arte
da Cura
Sinopse:
O
que nos faz saltar sobre o desconhecido? Aceitar riscos e acreditar que podemos
voar?
João
Pedro e Bia conheceram-se aos catorze, namoraram sete anos e há outros sete
tentam se esquecer. Ele ascendeu na carreira, mudou de nome e acredita ter
deixado o passado para trás. Ela teve que aprender a viver sem memórias, inteiramente
apagadas após uma tragédia. Por sorte, acaso ou destino, Pedro e Bia voltam a
se encontrar. Mas como perdoar o que fizeram ao outro, se apenas um lembra dos
fatos? Como lidar com sentimentos que surgem desgovernados, que nos fazem
questionar o quanto de nossa essência vive a despeito da memória?
A
Última Peça é uma história sobre segundas chances e um universo que privilegia
quem ama muito, e sempre. É sobre abraços que colocam a vida no lugar e
devolvem a esperança em dias melhores.
Quem
pode afirmar que tragédias acontecem sem propósito e que por amor não ganhamos
asas?
Se
a vida lhe desse uma segunda chance, você saltaria?
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_____Sobre a Autora_____
Karina Heid
Karina
Heid é escritora e psicóloga. Já trabalhou com marketing, foi professora de
alemão e instrutora de lego. Em 2005 casou-se com um aventureiro de pés no chão
e juntos decidiram expatriar. Enquanto moravam na Romênia escreveu A Jornada
das Bruxas, seu primeiro romance, e em 2016 ganhou o prêmio literário Flic-ES
pela obra A Última Peça. Para ela, escrever é fazer magia, é transformar
palavras em universos. É em um desses universos que ela e sua família andam
vivendo ultimamente.
Que liiiindo!!!!! Amei <3 compartilhando!!!!
ResponderExcluirGente que história, parece bem fofa! Perfeita pra sair de uma ressaca, ou me enganei?? hahaha
ResponderExcluirEu amo romances com ou sem finais clichês, já quero conhecer esses dois!!
osenhordoslivrosblog.wordpress.com
Oiie.
ResponderExcluirEu achei bem bonita a premissa do livro. Apesar de não ser uma história que eu procuraria por mim mesma, achei interessante a construção das personagens e o pano de fundo a história.
Amei sua resenha.
Beijos.
Blog: Fantástica Ficção
Que fofura! Me lembrou aquele filme como se fosse a primeira vez..amo historias recheadaz de romance e recomeços. Tenho certeza que ficaria com um sorriso no rosto quando terminasse a leitura. Dica anotada com sucesso!beeijos
ResponderExcluirOláá,
ResponderExcluirEu leio essas premissas e o começo da resenha e fico com tanta, mas TANTA, vontade de embarcar nessa viagem junto e conhecer a história do casal, mas fico com tanto medo de passar raiva por brigas bestas, kkkkk. Mas tomara que tenha dado tudo certo no final da história!