Oi, queridos faroleiros. Hoje,
vou resenhar um livro bem diferente dos que costumo trazer aqui para o
Clube. Pablo Rangel, Sem Subtítulo é um infanto-juvenil
nacional.
Lia muito quando criança.
Adorava a série Vaga-Lume, mas, à medida que fui me tornando um
adolescente, eram poucos títulos que chamavam a minha atenção. Foi quando os
filmes em VHS que meus pais alugavam foram me conquistando. Minha adolescência
foi de poucos livros, mas de muito cinema e filmes alugados. Spielberg e John
Hughes foram meus heróis. Sim, estou falando dos anos 80!
Estou contando isso porque o
autor Gustavo Majory fez uma pesquisa on-line em 2011 para
descobrir porque o público masculino, durante a adolescência, tem dificuldade
de desenvolver o hábito de leitura. Ele descobriu que há pouca oferta de
literatura nacional voltada para o público adolescente masculino. A maioria dos
livros são voltados para o público feminino e os meninos não têm como se
identificar com personagens melodramáticos que buscam sempre o “felizes para
sempre”. Foi exatamente o que aconteceu comigo. Me identifiquei mais com os
nerds das histórias de John Hughes e com as aventuras
fantásticas de Spielberg do que os romances.
Cinco anos depois, o autor
publicou a história de Pablo Rangel, um garoto de 15 anos que está no primeiro
ano do ensino médio de uma escola pública. A narrativa de Majory é
em primeira pessoa como se o próprio autor fosse o Pablo Rangel mais velho.
Acredito que algumas passagens tenham acontecido com Gustavo ou
com algum de seus amigos. Pablo é um adolescente comum que comete erros como
qualquer adolescente da vida real. Ele critica os professores, cola nas provas
e tem seus preconceitos. Quem nunca? Por isso a identificação é imediata, mesmo
para aqueles que já passaram pela adolescência há algum tempo.
Boa parte de nossas lembranças, que temos quando adultos, são as pequenas aventuras em casa, os passeios que realizamos, mas sempre o que marca é o longo tempo que passamos dentro da escola.
O livro descreve a vida de
Pablo durante o último bimestre do primeiro ano. É praticamente um diário, sem
ter uma história central. Ele vai contando à medida que as coisas vão
acontecendo ou ele vai lembrando. Isso faz com que a história perca o foco.
Acabam sendo acontecimentos ao acaso. Quando a história ganha mais força por
causa de uma descoberta, tudo soa falso e superficial.
Os pontos altos do livro foram
a narrativa apropriada para o público alvo e a forte identificação com o
personagem principal. Os capítulos são curtos e rápidos de se ler.
Gustavo Majory é
mineiro, natural de Divinópolis e já tem 7 livros publicados pela editora Meus
Ritmos. Já escreveu poesia, infantil, jovem adulto, mas gosta mesmo
desse universo infanto-juvenil. Seu livro mais famoso é O
Musical. Você pode saber mais sobre ele por meio da sua
conta no Instagram, @gusttavomajoryoficial.
A história me fez lembrar da
época de escola. Que nostalgia!
Beijos, André.
Pablo Rangel,
sem subtítulo
Ano: 2016
Páginas: 130
Editora: Meus
Ritmos
Sinopse:
Este livro é terminantemente
proibido para:
Meninas
CDF's
Professores
Pessoas Caretas
Escolas
Bibliotecas
Depois não diga que não avisei!
Uma
desventura que é narrada pelo próprio personagem, a história passe-se quando o personagem tinha 15 anos, um período
importantíssimo no que se diz respeito aos hormônios e a descoberta do próprio
corpo. Um livro destinado para os garotos já que raramente aparece uma
literatura que dialogue com esse público.
Saiba mais sobre o livro
conferindo a sua página no Facebook, clicando aqui!
Boa resenha obrigado.
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