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Quando se lê apenas o nome
desse livro, você pode se perguntar: “Será que é um livro de autoajuda
ensinando como se apaixonar por algum doido (ou doida) por aí? Parecido com
aqueles de como conquistar um cara em três dias?” Bem, como você deve
notar pela sinopse (no final do post),
não é. (Breve pausa para agradecimento à
Cecelia Ahern por isso. “Obrigada
Cecelia!!!” Pronto, agradecemos). E antes que alguém pergunte, sim,
eu amo esse livro. Na verdade 80% de mim o ama, e os outros 20% tem uma bela
paixão platônica por ele.
A vida é uma série de momentos e momentos sempre mudam, assim como pensamentos, negativos ou positivos.
Bom, voltando a história, nada
como salvar um estranho de se matar para ter coragem de se comprometer com o
desafio quase impossível de fazê-lo amar a vida de novo em duas semanas, né?
Hum , talvez tenha, nunca impedi um estranho de se matar para saber como é. Mas
a Christine sabe! Já que ela impediu o Adam de pular da ponte e tudo. “Ponte?
O cara ia pular de uma ponte?” Sim, ele ia, mas a Chris chegou antes de
o mundo perder mais um cara lindo.
Enfim, o cara da ponte (também
conhecido como o cara lindo, ou, simplesmente, Adam) nem é o primeiro
suicida que ela encontra (Azar? Coincidência?). Antes de conseguir
impedir que o Adam pule rumo à morte (ou
à água mesmo), ela tenta impedir que um outro suicídio aconteça, mas
infelizmente não se pode controlar as ações alheias e Simon (o primeiro suicida) atira na própria
cabeça. E isso desperta em Christine a vontade de salvar a própria vida, então
ela decide largar o marido para buscar uma vida mais feliz. “Ela larga
o marido por que viu alguém atirar em si mesmo? Sério isso?” Em parte
sim, mas essa “experiência” meio que abre os olhos dela. Como a própria Cecelia escreveu, às vezes, quando você
presencia algo muito real, fica com vontade de se afastar de tudo o que é
falso e parar de fingir, fica com vontade de querer ser verdadeiro e
honesto com você mesmo... Então a Christine possivelmente pensa: “Por
que continuar casada com alguém que não amo, sendo infeliz e fazendo o outro
infeliz também? Com alguém que eu nem deveria ter me casado para começo de
conversa?”
Infelizmente, as consequências
dessa decisão não são nada fáceis já que todos acham que é apenas por causa do
trauma e não por seu casamento ser infeliz; e o vingativo (frio, maldoso e amargo) do ex-marido, Barry, resolve tirar tudo que
ela tem e infernizar a vida da pobre mulher, quando ela fez quase um favor para
ele.
Era quase como se a minha infelicidade não fosse o suficiente. Se ele não me traiu, não me bateu e não foi cruel comigo, ninguém parecia conseguir entender que eu não amá-lo e estar infeliz eram motivos suficientes.
Mas esses problemas não a
impediram de certa noite, passeando por uma ponte, encontrar (e salvar) Adam que estava determinado a
pular rumo ao desconhecido. Mas como nada na vida é fácil (tirando fazer miojo), o cara da ponte apenas concorda em prolongar
sua vida até o dia de seu aniversário e nesse prazo ele permite que Christine
tente ajudá-lo a voltar a amar a vida e a resolver os problemas que tem (como se ela já não tivesse os próprios),
e se não conseguir, o desejo de morrer dele vai vencer (“uma solução
permanente para um problema temporário”).
É um momento, isso é tudo. E momentos passam. Se você aguentar, esse momento vai passar e você não vai querer acabar com a sua vida. (...) Pode parecer que não há opções, mas há... Você pode superar isso. (...) O que quer que esteja acontecendo, você consegue superar.
Quantas pessoas você conhece
que colocariam os próprios problemas em segundo plano para tentar salvar a vida
de alguém desconhecido até então? Se não conhece, leia esse livro e conheça a
Super-Christine, solucionadora de problemas e salvadora de suicidas por acaso (ou talvez nem tão por acaso assim). Para
a senhorita conserta-tudo se algo não pode ser consertado pode ser mudado,
melhorado, e para isso ela se inspira, e muito,
em livros de autoajuda.
E com base nesses livros ela
tenta ajudar Adam, que é um dos suicidas mais apaixonantes que eu já tive o
prazer de conhecer por meio de um livro. Ele sabe ser gentil e educado, engraçado,
romântico... Ah! Romântico! (Suspiros para esse ser apaixonante!). Adam
faça um chocolate para mim também! Em formato de livro! Porque não estou ganhando
nem a embalagem de um bombom!
Com cenas que variam da comédia
ao drama, em Como se apaixonar conhecemos
melhor Christine e Adam (como alguns
personagens secundários) que nos mostram que é preciso estar ao lado das
pessoas dando apoio sim, mas as deixando viver a própria vida e tomar as
próprias decisões; e que nos dão verdadeiras lições de vida, envolvendo
depressão, suicídio, superação, generosidade, família, amizade, amor e,
principalmente, sobre a arte que é viver e ser apaixonado pela própria vida.
Onde estaríamos sem amanhãs? O que teríamos em vez disso seriam hoje. E, se esse fosse o caso, com você, eu esperaria que hoje fosse o dia mais longo. Eu encheria o hoje de você, fazendo tudo o que sempre amei. Eu riria, falaria, ouviria e aprenderia, eu amaria, amaria, amaria. Faria todos os dias serem hoje e passaria todos com você, e nunca me preocuparia com o amanhã, quando não estaria com você. E, quando aquele temido amanhã chegar para nós, por favor, saiba que eu não quis deixá-lo, ou ser deixada para trás, que cada momento que passei com você foram os melhores momentos da minha vida.
Nota ::
Informações Técnicas do livro
Como Se
Apaixonar
Ano: 2015
Páginas: 352
Editora: Novo
Conceito
Sinopse:
“Momentos
são preciosos; às vezes eles se demoram e, em outras ocasiões, são passageiros,
mas, ainda assim, muito pode ser feito durante eles; você pode mudar de ideia,
pode salvar uma vida e pode até se apaixonar.”
Depois
de não conseguir evitar que um homem acabasse com a própria vida, Christine
passa a refletir sobre o quanto é importante ser feliz. Por isso, ela desiste
de seu casamento sem amor e aplica as técnicas aprendidas em livros de
autoajuda para viver melhor.
Adam
não está em um momento muito bom, e a única saída que ele encontra para a
solução de seus problemas é acabar com sua vida. Mas, para a sorte de Adam,
Christine aparece para transformar sua existência, ou pelo menos tentar
ajudá-lo.
Ela
tem duas semanas para fazer com que Adam reveja seus conceitos de felicidade.
Será que ele vai voltar a se apaixonar pela própria vida?
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Como é que um cara tão incrível assim não quer viver?! Tô chocada!! vou ter que ler danii!!!
ResponderExcluirE que super protagonista hein, corajosa e com um enorme coração, ela com certeza merece ser feliz
Ai meu Deus, tô torcendo por um final feliz!!
osenhordoslivrosblog.wordpress.com
Oiee. Eu tentei ler um livro da Cecília há muito tempo e não gostei muito, mas gostei da premissa dessa obra. Acho válido leituras que abordem temas mais pesados, mesmo se elas se tratarem de um simples romance. Gostei bastante da proposta do livro e da sua resenha. Beijos.
ResponderExcluirFantástica Ficção
Oi, Danii! Nossa, temos que chamá-la de Super-Christine mesmo, porque é muita responsabilidade fazer um suicida mudar de ideia em tão pouco tempo. Ainda bem que ele é todo bonito e carinhoso, né? Hahaha. Eu acho que jamais conseguiria ler esse livro sem algum tipo de spoiler, porque já tô aqui toda ansiosa para saber desse desfecho, não sei se teria sangue frio para ler as páginas calmamente, eu no mínimo iria devorá-las. Imagino que dosar a história entre humor e drama tenha sido uma tacada certa, porque esse tipo de trama pede por um pouco de leveza. Enfim, essa premissa mexeu bastante comigo, então precisaria me preparar bastante para encarar essa leitura. Mas eu adorei a recomendação e a sua resenha (muito engraçada, aliás haha). Bjs.
ResponderExcluirhttp://abducaoliteraria.com.br
Oii!
ResponderExcluirAinda não li nenhum livro dessa autora, mas gostei muito da sua resenha e da premissa deste. Parece uma ótima leitura, fiquei realmente muito curiosa para ler e já vai pra minha lista de "comprar e ler urgentemente" kk.
Parabéns pelo post!
Beijos!
Oiii
ResponderExcluirÉ a segunda resenha que leio dessa autora hoje, e agora é apenas 8:52 da manhã hahahah é o destino, preciso ler algo dessa autora. Adorei demais a premissa do livro e sua resenha com seus comentários entre parênteses ficou ótima!!! Eu super concordo com a autora, acho que quando vemos um situação muito ruim acontecer acabamos por refletir sobre a vida, a nossa vida, e avaliar se estamos mesmo vivendo bem? vivendo feliz? ou só mantendo as aparências? Acho que isso acontece muito, na verdade já aconteceu comigo algo semelhante (não, não salvei um suicida), mas eu vivia uma situação e não enxergava o quanto ela era ruim para mim, porque tinha uma pessoa manipuladora ao meu lado que me atrapalhava a enxergar as coisas claramente. Mas, sim o véu que tampa no rosto uma hora se rasga e quando isso acontece você percebe que precisa tomar uma decisão e mudar.
Sobre sua pergunta: "Quantas pessoas você conhece que colocariam os próprios problemas em segundo plano para tentar salvar a vida de alguém desconhecido até então?"
Eu acho que dos meus conhecidos "muitos", mas tem uma situação que acontece na minha cidade que me deixa muito chocada. Toda vez que uma pessoa tenta pular a ponte e os bombeiros tentam resgatar, as pessoas que passam próximo ao local e estão atrasadas para o trabalho acabam gritando incentivos para a pessoa fazer o ato, ou seja, elas incentivam a pessoa a se matar. Chocante, triste e desprezível. Hoje em dia os bombeiros fecham essa ponte quando acontece tentativa de suicídio (o que acontece umas duas ou três ou mais vezes por mês). Acho que infelizmente não há muitas pessoas como Christine. :/
Meu comentário ficou enorme sorry XDXD preciso ler algo dessa autora.
Amei a resenha!
Bjux!
http://cronicasdeeloise.blogspot.com/
Olá, eu adoro livros que abordam questões como depressão, suicídio,acho tão importante discutir isso e ao mesmo tempo tentar entender mesmo que seja através de personagens fictícios o porquê ou os fatores que os levam a isso.
ResponderExcluirAmei a indicação e já vou anotar aqui, bjocas pra ti.
Poderia ter continuação desse livro, seria querer de mais?
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