Olá, faroleiros, hoje eu vou falar sobre um romance que eu tive indicação há muito tempo e que, quando encontrei disponível no Kindle Unlimited, eu não perdi a oportunidade de baixar e ler. Acredito que esta plataforma é maravilhosa para conhecermos vários livros, autores e caso nos apaixonemos por uma história, é garantia certa de querer o livro físico na estante sem arrependimento.
Confesso que este
foi um desses casos para mim. Eu amei o livro e, se encontrar o físico, compro,
sem sombra de dúvida.
Vou começar esta resenha colocando aqui a nota que
a própria autora nos dá sobre este livro: “Esta não é uma história
sobre autismo. Esta é uma história sobre vida. E na vida existem crianças com
autismo e pais percorrendo um território desconhecido, sem mapa, para dar a
essas crianças uma voz e um futuro. Toda criança é única. Toda jornada requer
um mapa diferente. Esta é uma história. Uma jornada. Harisson foi inspirado nas
crianças que tive o prazer de conhecer pessoalmente e amar.”
Como eu amei esta nota dela e como fiquei feliz em ver este assunto sendo retratado de maneira tão correta e especial. Para quem tem na sua vida uma criança autista, sabe como é triste ler qualquer coisa relacionado a este assunto que não seja verdadeiro e este para mim foi um dos pontos mais positivos desta história. Agora o garotinho não é assunto principal, ele é a liga entre as duas pessoas nesta história que estão vivendo uma nova jornada e se perguntando como ter um novo recomeço e, principalmente, se vale a pena ter este recomeço juntos.
Flint Hopkins perdeu muita coisa em pouco tempo, a
carreira, a esposa. Mas precisou se reencontrar e se reinventar para poder
ficar com seu filho de dois anos e cria-lo. Passou então a viver em prol dele e
de suas necessidades. Afinal, seu filho não tinha uma mãe por sua culpa. Ele
então se tornou advogado, e muito bem-sucedido por sinal. Porém ele não contava
com a nova inquilina da sala em seu prédio comercial e no quanto ela iria
perturbar sua vida pragmática e estruturada, bem com o fato do seu filho se
apaixonar por ela, se é que ele pode definir assim os sentimentos do seu filho
para com a musicoterapeuta Ellen Rodgers.
Devemos lembrar das pessoas em seus momentos mais bonitos, mas não é o que fazemos. É o sofrimento que deixa uma impressão mais duradoura.
Ellen Rodgers finalmente conseguiu alugar um espaço
maravilhoso para sua clínica, ela só não contava que seu senhorio fosse um “gostoso de terno” mal humorado e,
principalmente, ela não contava que o seu trabalho fosse incomodá-lo tanto, a
ponto de querer lhe expulsar antes mesmo do contrato acabar. Mas ela não vai
facilitar as coisas para ele, principalmente porque o Harisson, seu filho, ama
tocar violão com ela. Que garoto especial. Depois de um bom tempo, ela está
tendo um recomeço, infelizmente longe de sua família, mas isso foi necessário.
Ela só não contava com o seu coração voltando a bater, principalmente por
alguém que aparentemente a odeia.
Somos pessoas, não máquinas. Tudo que fazemos é pessoal para alguém.
O desenrolar desta história é maravilhoso, momentos
de drama com momentos cômicos, todos os elementos para tornar este romance em um
livro especial. Os dois personagens são maravilhosos, o garotinho é peça
central entre os dois e no livro e os personagens secundários também são
especiais. A maneira como a autora foi desenvolvendo os problemas passados com
o presente do Flint e da Ellen foi realmente especial para mim, pois trouxe a
história para a realidade de nossa vida, onde as coisas não acontecem sempre
como a gente quer, é preciso trabalhar, se envolver, sentir, para que algo que
desejamos se torne realidade.
No nível mais básico, humanos precisam de contato físico para seguir florescendo. (...) Quando as pessoas se tocam, não se sentem mais como desconhecidas. Quando humanos compartilham sentimentos, eles se conectam em um nível íntimo.
Em face ao triste momento que estamos vivendo que
esta doença pelo mundo, ao ler este livro percebi mais uma vez o quanto
realmente o toque é importante e como ficar sem abraçar os nossos familiares e
amigos é muito triste. Devemos valorizar todos os momentos com as pessoas que
amamos, pois não sabemos quando estar junto delas não será mais possível. A
tecnologia não substitui de forma alguma o contato humano.
Quero destacar ainda que, em face aos vários
romances hots que surgiram no mercado, alguns bons, outros nem tanto, este
livro não tem seu foco neste aspecto. Não que ele não tenha suas cenas calientes, mas não é o foco da história.
Gostei da tradução e da formatação do texto para o e-book, não tive problema algum com a
leitura no Kindle e por isso e muitos
outros aspectos este foi um livro nota 5/5 para mim e super recomendo a
leitura.
Boa leitura,
Carolina Finco
Nota ::
Informações Técnicas do livro
Perfeito para o Papel
Ano:
2020
Páginas:
324
Editora: AllBook
Editora
Sinopse:
Flint Hopkins
encontra a inquilina perfeita para alugar o espaço sobre seu escritório de
advocacia em Minneapolis.
Todos os
requisitos foram preenchidos na proposta de Ellen. As referências dela são
boas. E ela é bonita.
Até...
Flint descobrir
que Ellen Rodgers, musicoterapeuta certificada, toca instrumentos musicais.
Bongô, violão, canto – nada de Beethoven que se pudesse controlar com fones de
ouvido com cancelamento de ruído.
O advogado
implacável envia um aviso de despejo para a efervescente ruiva que cantarola
eternamente, que é sexy demais para o próprio bem. Mas a sorte está do lado de
Ellen, e Harrison, o filho autista de Flint, gosta dela à primeira vista. Um
pai solteiro não pode competir com violões – e ratos. Sim, ela tem ratos de
estimação.
Essa mulher...
Ela é
irritantemente feliz e tem uma necessidade constante de tocá-lo – ajeitar sua
gravata, abotoar sua camisa, invadir seu espaço e bagunçar sua cabeça.
Mesmo assim...
Ela precisa ir embora.
O relacionamento de desejo e ódio progride para
algo bonito e trágico. Essa sexy comédia romântica explora as coisas que
queremos, as coisas de que precisamos e as decisões impossíveis que pais e
filhos tomam para sobreviver.
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