03 outubro, 2020

# @Carol Finco # AllBooks Editora

Resenha :: Perfeito Para o Papel


Olá, faroleiros, hoje eu vou falar sobre um romance que eu tive indicação há muito tempo e que, quando encontrei disponível no Kindle Unlimited, eu não perdi a oportunidade de baixar e ler. Acredito que esta plataforma é maravilhosa para conhecermos vários livros, autores e caso nos apaixonemos por uma história, é garantia certa de querer o livro físico na estante sem arrependimento. 

Confesso que este foi um desses casos para mim. Eu amei o livro e, se encontrar o físico, compro, sem sombra de dúvida.


Vou começar esta resenha colocando aqui a nota que a própria autora nos dá sobre este livro: “Esta não é uma história sobre autismo. Esta é uma história sobre vida. E na vida existem crianças com autismo e pais percorrendo um território desconhecido, sem mapa, para dar a essas crianças uma voz e um futuro. Toda criança é única. Toda jornada requer um mapa diferente. Esta é uma história. Uma jornada. Harisson foi inspirado nas crianças que tive o prazer de conhecer pessoalmente e amar.”


Como eu amei esta nota dela e como fiquei feliz em ver este assunto sendo retratado de maneira tão correta e especial. Para quem tem na sua vida uma criança autista, sabe como é triste ler qualquer coisa relacionado a este assunto que não seja verdadeiro e este para mim foi um dos pontos mais positivos desta história. Agora o garotinho não é assunto principal, ele é a liga entre as duas pessoas nesta história que estão vivendo uma nova jornada e se perguntando como ter um novo recomeço e, principalmente, se vale a pena ter este recomeço juntos.



Flint Hopkins perdeu muita coisa em pouco tempo, a carreira, a esposa. Mas precisou se reencontrar e se reinventar para poder ficar com seu filho de dois anos e cria-lo. Passou então a viver em prol dele e de suas necessidades. Afinal, seu filho não tinha uma mãe por sua culpa. Ele então se tornou advogado, e muito bem-sucedido por sinal. Porém ele não contava com a nova inquilina da sala em seu prédio comercial e no quanto ela iria perturbar sua vida pragmática e estruturada, bem com o fato do seu filho se apaixonar por ela, se é que ele pode definir assim os sentimentos do seu filho para com a musicoterapeuta Ellen Rodgers.

 

Devemos lembrar das pessoas em seus momentos mais bonitos, mas não é o que fazemos. É o sofrimento que deixa uma impressão mais duradoura.


Ellen Rodgers finalmente conseguiu alugar um espaço maravilhoso para sua clínica, ela só não contava que seu senhorio fosse um “gostoso de terno” mal humorado e, principalmente, ela não contava que o seu trabalho fosse incomodá-lo tanto, a ponto de querer lhe expulsar antes mesmo do contrato acabar. Mas ela não vai facilitar as coisas para ele, principalmente porque o Harisson, seu filho, ama tocar violão com ela. Que garoto especial. Depois de um bom tempo, ela está tendo um recomeço, infelizmente longe de sua família, mas isso foi necessário. Ela só não contava com o seu coração voltando a bater, principalmente por alguém que aparentemente a odeia.


Somos pessoas, não máquinas. Tudo que fazemos é pessoal para alguém.


O desenrolar desta história é maravilhoso, momentos de drama com momentos cômicos, todos os elementos para tornar este romance em um livro especial. Os dois personagens são maravilhosos, o garotinho é peça central entre os dois e no livro e os personagens secundários também são especiais. A maneira como a autora foi desenvolvendo os problemas passados com o presente do Flint e da Ellen foi realmente especial para mim, pois trouxe a história para a realidade de nossa vida, onde as coisas não acontecem sempre como a gente quer, é preciso trabalhar, se envolver, sentir, para que algo que desejamos se torne realidade.


No nível mais básico, humanos precisam de contato físico para seguir florescendo. (...) Quando as pessoas se tocam, não se sentem mais como desconhecidas. Quando humanos compartilham sentimentos, eles se conectam em um nível íntimo.


Em face ao triste momento que estamos vivendo que esta doença pelo mundo, ao ler este livro percebi mais uma vez o quanto realmente o toque é importante e como ficar sem abraçar os nossos familiares e amigos é muito triste. Devemos valorizar todos os momentos com as pessoas que amamos, pois não sabemos quando estar junto delas não será mais possível. A tecnologia não substitui de forma alguma o contato humano.

 

Quero destacar ainda que, em face aos vários romances hots que surgiram no mercado, alguns bons, outros nem tanto, este livro não tem seu foco neste aspecto. Não que ele não tenha suas cenas calientes, mas não é o foco da história.

 

Gostei da tradução e da formatação do texto para o e-book, não tive problema algum com a leitura no Kindle e por isso e muitos outros aspectos este foi um livro nota 5/5 para mim e super recomendo a leitura.

 

Boa leitura,

 

Carolina Finco



Nota :: 



Informações Técnicas do livro

Perfeito para o Papel

Jewel E. Ann

Ano: 2020

Páginas: 324

Editora: AllBook Editora

Sinopse:

Flint Hopkins encontra a inquilina perfeita para alugar o espaço sobre seu escritório de advocacia em Minneapolis.

Todos os requisitos foram preenchidos na proposta de Ellen. As referências dela são boas. E ela é bonita.

Até...

Flint descobrir que Ellen Rodgers, musicoterapeuta certificada, toca instrumentos musicais. Bongô, violão, canto – nada de Beethoven que se pudesse controlar com fones de ouvido com cancelamento de ruído.

O advogado implacável envia um aviso de despejo para a efervescente ruiva que cantarola eternamente, que é sexy demais para o próprio bem. Mas a sorte está do lado de Ellen, e Harrison, o filho autista de Flint, gosta dela à primeira vista. Um pai solteiro não pode competir com violões – e ratos. Sim, ela tem ratos de estimação.

Essa mulher...

Ela é irritantemente feliz e tem uma necessidade constante de tocá-lo – ajeitar sua gravata, abotoar sua camisa, invadir seu espaço e bagunçar sua cabeça.

Mesmo assim...

Ela precisa ir embora.

 

O relacionamento de desejo e ódio progride para algo bonito e trágico. Essa sexy comédia romântica explora as coisas que queremos, as coisas de que precisamos e as decisões impossíveis que pais e filhos tomam para sobreviver.


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