Téo é um jovem estudante de medicina que mora com sua mãe paraplégica. Solitário, Téo se conformou em ter como amiga uma cadáver chamada Gertrudes. Quando ele vai a uma festa com sua mãe, acaba conhecendo Clarice, uma menina livre, exploradora do mundo. Logo ele acaba se apaixonando por Clarice. Dias depois Téo acaba encontrando Clarice bêbada em uma esquina na Lapa e resolve levá-la para casa. Clarice que mora com sua mãe, acaba contando a ela que Téo é seu novo namorado, assim sua mãe pararia com as perguntas. O que Clarice não poderia imaginar era que Téo levaria isso a sério e acabaria tendo um final de ano inesquecível com seu suposto novo namorado.
“O risco de uma decisão errada é preferível ao terror da indecisão.” Maimônides.
Não sei por qual motivo as pessoas classificam Dias Perfeitos como suspense. Raphael Montes joga as informações na sua cara e você fica tipo “nossa, vamos com calma” e é informação atrás de informação e isso trás um dinamismo para o livro que é sensacional. E não vá pensando que o livro é leve e você vai conseguir lê-lo em uma sentada... É cada cena que você fica com vontade de vomitar que você acaba parando a leitura pra absolver tudo o que leu. Tem uma parte especial que em minha opinião faz o livro ser o que ele é. Mas não pensem que o livro é ruim. É muito o oposto. É sensacional.
“Onde acaba o amor têm início o poder, a violência e o terror.” Carl Jung.
A trama conta também com personagens inesquecíveis. Tanto Téo quanto Clarice são especiais em todo o decorrer da história. Téo é aquele típico personagem singular. Fácil encontrá-lo em meio a tantos outros personagens singulares. Ele acaba sendo inesquecível. O livro é brasileiro, óbvio, entretanto escrito aqui na cidade do Rio de Janeiro. Foi maravilhoso ler essa história tão ambientado com os lugares. Com certeza uma das melhores leituras do ano. Super recomendado.
“Filmes de terror não assustam. Tenho medo dos romances. Neles, as pessoas se casam.” Ricardo Barbosa.
Ficha Técnica do Livro
Ano: 2014
Sinopse (Skoob)
Téo é um solitário estudante de medicina que divide seu tempo entre cuidar da mãe paraplégica e examinar cadáveres nas aulas de anatomia. Durante uma festa, ele conhece Clarice, uma jovem de espírito livre que sonha tornar-se roteirista de cinema. Ela está escrevendo um road movie sobre três amigas que viajam em busca de novas experiências. Obcecado por Clarice, Téo quer dissecar a rebeldia daquela menina. Começa, então, uma aproximação doentia que o leva a tomar uma atitude extrema. Passando por cenários oníricos, que incluem um chalé em Teresópolis e uma praia deserta em Ilha Grande, o casal estabelece uma rotina insólita, repleta de tortura psicológica e sordidez. O efeito é perturbador. Téo fala com calma, planeja os atos com frieza e justifica suas atitudes com uma lógica impecável. A capacidade do autor de explorar uma psique doentia é impressionante – e o mergulho psicológico não impede que o livro siga um ritmo eletrizante, repleto de surpresas, digno dos melhores thrillers da atualidade. Dias perfeitos é uma história de amor, sequestro e obsessão. Capaz de manter os personagens em tensão permanente e pródigo em diálogos afiados, Raphael Montes reafirma sua vocação para o suspense e se consolida como um grande talento da nova literatura nacional.
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