⚠ Antes de qualquer coisa,
preciso dar um conselho a você ser que está lendo isso: PARE DE PERDER TEMPO
LENDO ESSA RESENHA E VÁ LER O LIVRO LOGO! AGORA!!!
— Agora?
— Não dizem que não existe hora melhor do que agora? Você melhor do que ninguém deveria saber que só o agora é garantido.
Ignorou o meu conselho,
né? 😒 Isso é uma pena, porque Por Lugares Incríveis é
um livro incrível... Nooooossa! Que criatividade! #SQN. Eu
sei, criatividade zero, mas tenha um pouco de piedade da pessoa aqui, é difícil
achar as palavras certas para um livro tão bom, tão belo, tão amável, tão
especial, tão adorável, tão digno de ser lido e aplaudido... Sinceramente, ele
é tão bom que estou quase torcendo para ser abduzida para poder indica-lo para
os ETs 👽.
Mas o que faz Por
Lugares Incríveis ser tão bom? Pensando bem, acho que
tudo, a mistura de lições que ele “deixa”
para levarmos para o resto da vida, a mistura de tudo de bom que esse livro tem
o torna maravilhoso, começando pelos protagonistas, Violet Markey (Ultravioleta Markante) e Theodore Finch,
que são incríveis.
Violet tinha, praticamente, uma
vida (de adolescente) dos sonhos: era
inteligente, divertida, popular; tinha uma família exemplar, uma irmã mais
velha que também era sua melhor amiga, um namorado “perfeito” (há controvérsias)
e um futuro (incrível) como estudante
de escrita criativa na NYU. Ou seja, era tudo como manda o roteiro de vida dos
sonhos e ela era... feliz 😕.
Mas tudo muda com um acidente
de carro, um acidente que termina com ela viva e sua irmã/melhor amiga morta. E
como sobrevivente, ela se sente triste, solitária e culpada. Culpada por estar
viva; culpada até por rir, como se cada risada fosse uma traição à perda da sua
irmã. E assim, ela não é mais a mesma Violet feliz, se torna uma Violet que tem
medo da vida, que se afasta das pessoas, que se deixa consumir pela dor e que
conta os dias para, finalmente, se formar e sair da cidade.
Agora tudo o que vejo é uma garota morrendo de medo de viver. Vejo as pessoas darem um empurrãozinho de vez em quando, mas nunca forte o suficiente porque não querem contrariar a pobre Violet. Você precisa de um baita tranco, não de um empurrãozinho. Você precisa retomar as rédeas. Ou vai ficar em cima do parapeito que construiu pra si mesma pra sempre.
Theodore Finch, ou apenas
Finch, é um garoto bem singular, único, diferente, imprevisível, maravilhoso,
adorável, apaixonante, amor da minha vida 💙... Ele é uma
bagunça, porque, bom, a vida dele é uma bagunça. Sua família é composta por uma
mãe apática que se sente perdida e nem sabe onde os filhos estão, por irmãs
perdidas (não tanto quanto a mãe) e
com os próprios problemas, e por um pai egoísta que o espancava e que, em vez
de consertar a família que tinha e ser um bom pai, preferiu, simplesmente,
trocar de família.
Finch é um adolescente que vive
pesquisando sobre a melhor forma de cometer suicídio (meio mórbido, né? 😕),
que não tem uma boa reputação no colégio onde o chamam de “aberração” (alerta
de bullying!) e que sofre com períodos de depressão, com períodos onde ele “apaga” e some do mapa (e que a família nem liga). Ele faz o que
dá na telha e incorpora personagens diferentes (todos apaixonantes 💙): Finch anos 80 (que é vegetariano), Finch “fodão”
(e Inglês), Finch largado (quase um mendigo)...
Escuta, eu sou a aberração. Eu sou o aloprado. Eu sou o problemático. Eu me meto em brigas. Eu decepciono as pessoas. O que quer que faça, não deixe Finch bravo. Ah, lá vai ele de novo, em uma daquelas fases. Finch mal-humorado. Finch irritado. Finch imprevisível. Finch louco. Mas não sou um conjunto de sintomas. Não sou uma vítima de pais horríveis e de uma composição química mais horrível ainda. Não sou um problema. Não sou um diagnóstico. Não sou uma doença. Não sou uma coisa que precisa ser salva. Sou uma pessoa.
Esses dois seres, que já
sofreram muito na vida, se conhecem de um jeito nada previsível: no parapeito
da torre do colégio, onde um salva o outro. Mas passam a conviver mais entre si
(e a se apaixonar) por causa de um
trabalho de Geografia, que os faz conhecer o estado deles, Indiana, e assim
visitam juntos diversos lugares não muito comuns, assim começam as “andanças”.
A narrativa é intercalada entre
os dois protagonistas, abordando temas como bullying,
luto, depressão, transtornos bipolares, suicídio, esperança e amor, com uma
escrita emocionante, encantadora e cheia de verdades da autora Jennifer Niven. Essa mulher dá muitos
tapas na cara dessa sociedade que vivemos, cheia de pessoas como o Finch, que
precisam de ajuda, mas são ignoradas até pela própria família. Depressão e
transtornos bipolares não são “frescuras”, não são tentativas de chamar a
atenção, SÃO DOENÇAS que precisam de tratamento antes que seja
tarde demais.
E se a vida pudesse ser assim? Só as partes felizes, nada das horríveis, nem mesmo as minimamente desagradáveis. E se a gente pudesse simplesmente cortar o ruim e ficar só com o bom?
Agora que já perdeu minutos
preciosos lendo essa resenha, por favor, não perca mais tempo nenhum e vá
ler Por Lugares Incríveis logo. Obrigada. 👋😘
Nota ::
Informações Técnicas do livro
Por
Lugares Incríveis
Ano: 2015
Páginas: 336
Editora: Seguinte
Sinopse:
Violet
Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer
sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet
sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, a garota se afasta de todos
e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da
escola, perseguido pelos valentões e chamado de "aberração" por onde
passa. Para piorar, é obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai
violento e a apatia do resto da família.
Enquanto
Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da
cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina
se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai
parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também
prestes a pular.
Um
ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um
trabalho de geografia: conhecer lugares incríveis do estado onde moram. Ao lado
de Finch, Violet para de contar os dias e finalmente passa a vivê-los. O
garoto, por sua vez, encontra alguém com quem pode ser ele mesmo, e torce para
que consiga se manter desperto.