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02 junho, 2023

Resenha :: Extraordinárias - Mulheres Brasileiras que revolucionaram o Brasil

junho 02, 2023 0 Comentários


Quanto mais eu penso, mas me dou conta que preciso "redescobri" a história do meu país. Em especial das mulheres que lutaram, sofreram e até tiveram vitórias que me deram os direitos que hoje eu tão facilmente aceito como meus. E muitas vezes desconheço o preço que foi pago por eles. Algumas vezes com sangue e vida.

Sabe, hoje eu posso dizer sobre a obrigatoriedade ou não do voto, mas... a luta para ter direito ao voto foi imensa e penso que desconhecer essa luta é uma falha nossa para com a história. Afinal isso não é ensinado na escola. O que me diz que não querem que seja conhecido. Então, eu vou em busca desse saber e assim honrar a memória daquelas que vieram antes de mim, para contribuir para um mundo melhor para aquelas que ainda virão. Desculpe o textão, mas só assim para explicar como esse livro entrou na minha lista de leituras. Vamos a história.

Extraordinárias é um livro que lança uma semente no resgate de grandes mulheres da história nacional. Trazendo um chamado ao conhecimento, discussão é luz sobre a vida e legado de cada uma das citadas nessas páginas.

"Se várias gerações crescem sem saber quem são as mulheres que fizeram nossa história, que lugar no país e no mundo somos preparadas para ocupar?"

A mulher que não se limita ao papel social que lhe é atribuído já por si, é uma revolucionária. As autoras, escolheram dentre as pesquisadas as cuja história, tem urgência de serem conhecidas, discutidas e por que não, celebradas. Algumas são "familiares" por terem seus nomes citados na literatura e até levadas a seriados nacionais.

É preciso entender que não é sobre feminismo, é luta por direitos como voto, a guarda dos próprios filhos, a ter direito a gerir as próprias finanças e até mesmo a educação em escola. Coisas tão básicas que foram conquistas porque o direito era negado as mulheres por serem mulheres. Pare e pense que uma mulher está sendo morta enquanto você lê, por ser mulher, nenhuma outra questão além dessa.

"Ao final de tantos esforços, o que se sobressai nas trajetórias aqui reunidas é a força dessas mulheres para comunicar e promover mudanças para toda a sociedade."

Além do resgate histórico da biografia e história das grandes mulheres de nossa história, segue com o breve relato do período histórico que viveram deixando a leitura rica e ainda mais marcante porque vai de encontro com o que aprendemos no ensino regular. Vale ressaltar que me emocionei com o relato sobre Maria Ortiz. E desde esse relato, me refiro ao bairro de mesmo nome com mais reverência. Não vou citar as outras, porque espero que você descubra por si, mas preciso dizer que achei muito digno o espaço para as "abrasileiradas" porque diferente do que dita o preconceito, tem sim quem escolha ser Brasil e faz daqui seu lar.


 Eu senti durante toda leitura um intenso pertencimento, herança de luta de garra, orgulho e muito, muito mais forte que tudo gratidão. A todas elas e incluo as autoras e toda equipe que fez esse trabalho virar uma realidade tão linda. Quero dar esse livro a minha filha e dizer a ela que cada trabalho de parto, cada mulher que empunhou armas, amor e astúcia fez e fará de nós (ela e eu) ainda mais fortes, porque temos um longo caminho a frente. Tanto para manter a conquista, quanto aos novos desafios. 

Sobre a edição, possuem imagens ilustrativa das personagens que são biografadas, uma linha do tempo valiosa, um completo glossário, as referências são de um apelo enorme para um estudo mais profundo por estarem separados por personagem e a parte sobre as autoras acrescenta o que as mesmas fazem para deixar sua marca nesse legado de luta; Num brilhante trabalho do conjunto do livro de revisão e diagramação. Li a edição em e-book disponível na Amazon; Divirta-se, ótima leitura.


Informações Técnicas do livro

Extraordinárias
Mulheres Brasileiras que revolucionaram o Brasil

Duda Porto de Souza, Aryane Cararo

Ano: 2017

Páginas: 208 

Editora Seguinte

Sinopse: Dandara foi uma guerreira negra fundamental para o Quilombo dos Palmares. Bertha Lutz foi a maior representante do movimento sufragista no Brasil. Maria da Penha ficou paraplégica e por pouco não perdeu a vida, mas sua luta resultou na principal lei contra a violência doméstica do país. Essas e muitas outras brasileiras impactaram a nossa história e, indiretamente, a nossa vida, mas raramente aparecem nos livros. Este volume, resultado de uma extensa pesquisa, chega para trazer o reconhecimento que elas merecem. Aqui, você vai encontrar perfis de revolucionárias de etnias e regiões variadas, que viveram desde o século XVI até a atualidade, e conhecer os retratos de cada uma delas, feitos por artistas brasileiras. O que todas essas mulheres têm em comum? A força extraordinária para lutar por seus ideais e transformar o Brasil.

20 fevereiro, 2021

Resenha :: O Timbre

fevereiro 20, 2021 0 Comentários

  Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira a resenha dos primeiros livros da trilogia!

Chegamos ao último livro da Trilogia Scythe de Neal Shusterman. Depois daquele final espetacular de A Nuvem, iniciei a leitura da conclusão da saga com altas expectativas, nem todas foram atendidas aqui, mas não posso dizer que foi uma experiência de leitura ruim.

24 novembro, 2020

Resenha :: A Nuvem

novembro 24, 2020 0 Comentários

  Pode conter spoiler do livro anterior.
Confira a resenha de O Ceifadorclicando aqui.


O treinamento chegou ao fim. Nessa sequência da Trilogia Scythe, Rowan e Citra não são mais aprendizes. Enquanto ela venceu a disputa entre os dois e se tornou uma Ceifadora plena com o nome de Anastácia, Rowan teve que fugir para não ser coletado. Querendo justiça contra todos os Ceifadores corruptos, ele se torna o Ceifador Lúcifer com manto preto — tabu entre a ceifa — ele julga e mata os corruptos com fogo (uma das únicas formas de morte natural nesse mundo, por não restar nada para ser revivido).

27 outubro, 2020

28 maio, 2020

Resenha :: A Prometida

maio 28, 2020 1 Comentários

Olá, pessoa! Quem leu A Seleção, assim como eu, devia estar à espera de um novo lançamento da Kiera Cass. E, finalmente, esse momento chegou!! Eu acabei de ler essa história e vim aqui contar em primeira mão.

Antes, quero avisar que, mesmo a história tendo como cenário reinos e se passar em um castelo, não é uma distopia como em A Seleção. E, mesmo você achando que parece muito porque mais uma vez a heroína ficará dividida entre dois amores, as coisas acontecem realmente de uma maneira bem diferente nessa história. Vamos à ela.


O livro começa nos apresentando o reino e um pouco das histórias dos personagens, sendo narrado pela Lady Hollis. Ela cresceu no castelo de Keresken — Reino de Coroa —, competindo com as outras damas da nobreza pela atenção do rei, e agora finalmente poderá provar seu valor. Quando o jovem rei Jameson se declara para a Lady Hollis Brite, ela fica radiante, porém, à medida que o tempo vai passando, vamos vendo que ela não é apenas um rosto bonito. Ela é cheia de ideias e opiniões e, por mais que os sentimentos de Jameson sejam verdadeiros, estar ao seu lado a transformaria em um simples enfeite. Porque quanto mais o conhecemos mais vamos vendo que, assim como Hollis, nos deixamos levar pelas aparências.

— Se não sabe o que está acontecendo na fronteira do seu próprio país, o que está acontecendo com seu próprio povo, só posso concluir, senhorita, que é exatamente a mesma coisa: decoração para seu rei.

Mas claro que tudo que é ruim ainda pode piorar. E a situação fica ainda mais confusa quando ela conhece Silas, um estrangeiro que parece enxergá-la — e aceitá-la — como realmente é. E nada é tão simples, afinal seguir seu coração significaria decepcionar todos à sua volta. Hollis está diante de uma encruzilhada. E durante essa jornada para fazer uma escolha, eu consegui ver como a autora amadureceu em sua escrita e conseguiu deixar a história ainda mais profunda. E, claro, que nessa altura da história já começava a desenvolver um rancinho básico pela Delia Grace — melhor amiga de Hollis.

Eu confesso que simplesmente não conseguia parar de ler, e que, à medida que os acontecimentos iam se sucedendo, minha ansiedade foi aumentando exponencialmente e era impossível, para mim, não continuar lendo para saber os acontecimentos a seguir. A escolha de Hollis me surpreendeu muito, afinal eu ainda comparava com A Seleção. E o fim da história, não teria como eu aceitar que fosse daquele jeito. Sério, chorei.

As lágrimas vieram de novo. Não por tristeza ou medo, mas porque alguém tinha me visto. Ele me via e me aceitava como eu era.

Mas ainda bem, para minha alegria, que essa história é uma duologia e mal posso esperar pelo próximo livro, para que finalmente eu tenha meu final desejado. Ah, para quem conhece as histórias da Bíblia, esse primeiro livro me lembrou muito a de Rute. E dentre outras coisas, escreveu seu nome na Bíblia como único livro da história de uma mulher. Espero que você leia sim e depois me chame pra conversar, porque, se você for como eu, vai precisar... rs.

Sobre a edição, eu li em formato digital cedido pela editora. Ah! Uma curiosidade sobre a edição nacional: 
— A produção da capa é 100% brasileira! Assim que os editores terminaram de ler a história, acharam que seria incrível ter uma modelo brasileira na capa, já que o reino onde a história se passa se chama Coroa (assim mesmo, igualzinho em português!). Eu também fiquei muito orgulhosa do resultado, que mostra que a editora brasileira não deixa nada a desejar quando se trata da criação de capas maravilhosas, produção fotográfica complexa e acabamentos detalhados, que remetem totalmente a história!


Nota :: 



Informações Técnicas do livro

A Prometida
Ano: 2020
Páginas: 344
Editora: Seguinte
Sinopse:
Quando o rei Jameson se declara para a Lady Hollis Brite, ela fica radiante. Afinal, a jovem cresceu no castelo de Keresken, competindo com as outras damas da nobreza pela atenção do rei, e agora finalmente poderá provar seu valor.
Cheia de ideias e opiniões, logo Hollis percebe que, por mais que os sentimentos de Jameson sejam verdadeiros, estar ao seu lado a transformaria num simples enfeite. Tudo fica ainda mais confuso quando ela conhece Silas, um estrangeiro que parece enxergá-la e aceitá-la como realmente é. Só que seguir seu coração significaria decepcionar todos à sua volta...
Hollis está diante de uma encruzilhada qual caminho levará ao seu final feliz?

28 dezembro, 2017

Resenha :: Uma Canção de Ninar (This Lullaby)

dezembro 28, 2017 3 Comentários


“Esta canção de ninar
Tem poucas palavras
Apenas alguns acordes
Neste quarto vazio
Mas você pode ouvir e ouvir
Aonde quer que vá
Vou te decepcionar
Mas esta canção vai continuar a tocar...”

Decepcionou mesmo. Acho que o nome desse livro é Uma Canção de Ninar porque é feito para a gente dormir. Sabe aquele tipo de livro que é tão bom que você não consegue parar de ler até acabar? Aquele tipo que te faz deixar de dormir e ficar como um zumbi depois? Então, pelo menos para mim, esse livro não é desse tipo. Não que ele seja ruim, apenas não é tão bom quanto imaginei que seria. Ah! As malditas expectativas! Difícil se livrar delas, né? 

Uma Canção de Ninar é o segundo livro da Sarah Dessen publicado pela Editora Seguinte aqui no Brasil (outros livros dessa autora foram publicados aqui na nossa terra tupiniquim por outras editoras, como a Editora iD e a Farol Literário, cujo nome combina com o blog), e é o quinto livro dela que leio, então posso afirmar que de todos os que li, esse é o que menos gostei até hoje. Talvez isso se deva ao fato de que estou ficando velha (cada vez mais próxima da aposentadoria) e que nem todo Jovem Adulto me conquiste nessa altura da vida; então se você amou essa obra da Sra. Dessen me perdoe por não conseguir concordar contigo. 


“Qual seria a sensação, me perguntei, de amar alguém tanto assim? A ponto de não conseguir se controlar quando a pessoa chegava perto, como se pudesse simplesmente se livrar de qualquer coisa que a estivesse segurando e se jogar sobre o outro com força suficiente para tomar conta dos dois?”

O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista Remy, que é uma garota com mania de controle, meio sarcástica e que não acredita no amor por causa de todos os casamentos frustrados da mãe, que é uma autora de livros e vai se casar pela quinta vez; e por nunca ter conhecido o pai, um músico que deixou para ela uma canção que compôs após o nascimento da filha, “Canção de ninar” (o nome do livro vem dessa canção, obviamente, e cujo trecho abriu alas para essa resenha), que se tornou um grande sucesso... Ela tem muitos namorados (um por vez, ela não namora vários ao mesmo tempo, ok?), mas não deixa ninguém se aproximar, e quando parecem que vão atravessar essa barreira, ela termina com eles, simples assim, sem remorso nenhum. 


“Sim, era um saco ser dispensado. Mas não era melhor quando alguém era sincero? Quando admitia que seus sentimentos pela outra pessoa nunca seriam fortes o bastante para justificar o tempo dos dois? Era um favor a ele, na verdade. Eu ia deixá-lo disponível para algo melhor. Eu era praticamente uma santa, pensando bem.”

Não consegui gostar muito dessa guria, eu tentei, mas eu achei ela meio seca por causa do seu ceticismo. A Remy melhorou no decorrer do livro, mas na maior parte dele ela não passou empatia, entende? Imagine um livro sendo narrado por uma personagem que você não gosta muito. Imaginou? Então, isso acaba tornando a narrativa mais arrastada, melhorando um pouco quando o Dexter estava em cena. E quem é o Dexter? É o cara que faz a Remy repensar as suas convicções sobre o amor.

O Dexter é um fofo, o oposto da Remy, ele é desorganizado e não é descrente com relação ao amor, e é bastante persistente também, do tipo “de água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, sabe? Ah! Ele também é músico, faz parte de uma banda que ama escrever músicas sobre batatas. Você leu certo, é sobre batatas mesmo, na verdade a banda tem uma “ópera da batata”, sem brincadeira. 

“Eu a vi na seção de vegetais, sábado passado, no fim da tarde. Não fazia nem sete dias que ela tinha ido embora sem alarde... Antes ela amava minha picanha, minhas tendências carnívoras tinham admiração, mas agora era uma princesa vegana, que subsistia de feijão. Ela abriu mão do queijo e do bacon, abandonou a comilança, e quando eu não quis fazer o mesmo devolveu a aliança. Eu estava perto da alface romana, sentindo a angústia no peito... Ter de volta a bela vegana seria uma vitória, um grande feito. Ela se virou e foi para o caixa, quinze itens e pronto. Eu sabia que era minha última chance, então disse meio tonto… Não me venha com abóbora barata, pois eu sempre quis sua doce batata... Amassada, cremosa, em pedaços, em cubos ou frita com sal, do jeito que você fizer, amor, com certeza vai ficar legal.”

Preciso falar o quanto ri toda vez que algum trecho de uma música sobre batatas aparecia? O que são essas letras, cara? Estou rindo agora enquanto escrevo essa resenha só de pensar nelas. Na verdade, não só as músicas, mas os guris da banda trazem certa leveza para o livro. O Dexter traz não apenas leveza, mas traz vida para o livro. Deu para notar que ele me conquistou, né? E por mais que tenha me conquistado, senti que ele podia ser melhor abordado, porque muitas vezes parecia que ele era só doidinho, mas ele não é apenas isso, ele tem potencial e é um amorzinho . 

“Sabe, quando dá certo, o amor é realmente incrível. Não é superestimado. Há um motivo para existirem tantas músicas sobre ele.”

Por mais que eu ame o Dexter, no livro o romance não é tãoooo presente, o que é não surpreende já que a Sarah Dessen é conhecida por abordar temas familiares em suas obras, e nesse livro não foi diferente, abordando a relação da Remy com a mãe e com o irmão, por exemplo. Mas acho que faltou um aprofundamento em algumas coisas, certos temas foram tratados de um modo raso, superficialmente (opinião minha, se você discordar parabéns, porque você não se decepcionou como eu). E terminei o livro querendo saber mais sobre diversos personagens, o que talvez ocorreu, porque como a narração é feita pela Remy, que é uma guria cética e prática, não cabia tanto aprofundamento na “voz narrativa” dela . 

“Afastar as pessoas e negar o amor não te torna mais forte. Na verdade, te deixa mais fraca. Porque você está agindo por medo.”

Enfim, por mais que eu não morra de amores por Uma Canção de Ninar, ele não é um livro ruim, só que para ser bom precisava de algo a mais e isso ele não teve. É um livro sobre incertezas e sobre se arriscar, então se quiser tentar a sorte e lê-lo, o risco pode valer a pena ou não, como no meu caso. Até! 

 “Tudo, no final, tinha a ver com o momento certo. Um segundo, um minuto, uma hora podem fazer toda a diferença. Tanta coisa dependendo só daquilo, pequenos instantes que juntos construíam uma vida. Assim como palavras construíam uma história... Uma palavra podia mudar o mundo.” 


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Uma Canção de Ninar
Ano: 2016
Páginas: 352
Editora: Seguinte
 
Sinopse (Skoob):
Remy não acredita no amor. Sempre que um cara com quem está saindo se aproxima demais, ela se afasta, antes que fique sério ou ela se machuque. Tanta desilusão não é para menos: ela cresceu assistindo os fracassos dos relacionamentos de sua mãe, que já vai para o quinto casamento. Então como Dexter consegue fazer a garota quebrar esse padrão, se envolvendo pra valer? Ele é tudo que ela odeia: impulsivo, desajeitado e, o pior de tudo, membro de uma banda, como o pai de Remy — que abandonou a família antes do nascimento da filha, deixando para trás apenas uma música de sucesso sobre ela. Remy queria apenas viver um último namoro de verão antes de partir para a faculdade, mas parece estar começando a entender aquele sentimento irracional de que falam as canções de amor.

08 agosto, 2017

Resenha :: O Ceifador (Scythe)

agosto 08, 2017 1 Comentários

“O Ceifador” foi um livro que me chamou a atenção pela sinopse desde quando o vi pela primeira vez, achei bem interessante a ideia e fiquei curiosa em ver como seria trabalhada, quando o Samuel propôs a leitura coletiva, me joguei hahaha.

A história do livro se passa em um mundo “utópico” onde não há velhice, corrupção, desemprego, fome, doenças e outras mazelas, e também não há a morte, na verdade esta existe mas não dá forma que conhecemos! A primeira pergunta que nos vem a cabeça ao ler isto é: “Mas se não há morte e a população cresce exponencialmente, como eles irão fazer para manter a qualidade de vida de todos com recursos escassos?”, e é por este motivo que existem os Ceifadores, eles funcionam como uma espécie de órgão regulador, recebem a quantidade de coletas que devem fazer e devem seguir alguns parâmetros para isso ou podem sofrer punições (as coletas são um eufemismo para matar, elas são a morte como conhecemos).

Os Ceifadores fazem parte da “Ceifa” que é comandada pelo Alto Punhal, o cargo mais alto entre eles. Como é de se esperar, onde não há a jurisdição da Nimbo-Cúmulo (Sim, a nuvem que temos hoje em nossos computadores evoluiu e regula a humanidade no futuro, pegaram a referência aqui?) teremos intrigas, corrupção, conspirações, jogos de poder e etc.

“Não há outro lugar para ir, os desastres nas colônias da Lua e de Marte são prova disso. Temos um mundo muito limitado e, embora a morte tenha sido derrotada tão completamente quanto a poliomielite, as pessoas ainda precisam morrer. Antes, o fim da vida humana ficava nas mãos da natureza. Mas nós a roubamos. Agora temos o monopólio da morte. Somos seu único fornecedor.” – Diário de coleta da Ceifadora Curie

Um dos ceifadores, o honorável Ceifador Faraday, em um determinado momento de sua vida decidiu ter dois aprendizes e, para tal cargo, escolheu os jovens Citra Terranova e Rowan Damisch. Entretanto, essa ação não passará despercebida pela Ceifa (o costume era de que cada Ceifador tivesse um aprendiz por vez) e terá algumas consequências...

O livro é narrado em terceira pessoa, mesclando capítulos com a visão de Rowan e Citra, aos poucos o vínculo entre os personagens vai sendo criado e é bem explorado, outros personagens são integrados a trama e isso aumenta sua densidade e complexidade, algo que me agradou (e muito). Ao final de cada capítulo há o trecho do diário de um dos Ceifadores, o que nos permite conhecer ainda mais os personagens, suas indagações, medos, reflexões e crenças.

“Longe de mim querer o retorno da criminalidade, mas me aborrece o fato de nós, Ceifadores, sermos os únicos provedores do medo. Seria bom ter concorrentes.” – Diário de coleta da Ceifadora Curie

“O Ceifador” não me cativou logo de cara, confesso que achei a primeira parte do livro um tanto chata, algumas pessoas compartilharam deste sentimento durante a leitura coletiva, mas seguimos em frente... E a partir da segunda parte, o ritmo do livro muda e a leitura se torna mais leve e fluida. Fiquei cativada pelos personagens, sobretudo Rowan e o Ceifador Faraday, gostei da forma que a história foi sendo conduzida ao longo do livro, suas reviravoltas, os questionamentos levantados e, claro, as críticas que o autor fez à sociedade atual. Como li o livro em e-Book, desta vez não terei como orientar em relação a diagramação, folha utilizada, tamanho de letra, entre outros aspectos.

Esta foi a primeira leitura coletiva que participei este ano, e gostei MUITO da experiência, quero deixar aqui meu agradecimento ao Samuel pelo convite e a Elisabete Finco pelo incentivo e apoio de sempre! ♥ 

E vocês, já participaram de alguma leitura coletiva? O que acharam? Contem um pouquinho das suas experiências!

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

O Ceifador
Scythe # 1
Ano: 2017
Páginas: 448
Editora: Seguinte
 
Sinopse (Skoob):
Primeiro mandamento: matarás.
A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria... Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade. Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador - papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais, podem colocar a própria vida em risco.

09 março, 2017

Resenha :: A Rainha Vermelha (Red Queen)

março 09, 2017 2 Comentários

"Este mundo é tão perigoso quanto belo. Quem não é útil, quem comete erros, pode ser descartado."

Torci o nariz pra este livro, não sei exatamente o porquê, talvez porque foi a minha amiga que já me recomendou livros que não curti muito, mas decidi dar uma chance, já que se tratava de uma distopia e um povo com poderes.

"Todo mundo pode trair todo mundo."

A sociedade do livro é dividida em duas classes: prateados e vermelhos. Os vermelhos são as pessoas comuns, geralmente operários ou buchas de canhão em guerras. Os prateados governam o país e respondem a um rei igualmente prateado, são super humanos e geralmente seus poderes são passados de geração em geração, seguindo o DNA do pai.

A História é narrada pela personagem principal Mare Barrow, uma vermelha que vive de bater carteira. A história começa com Mare sendo obrigada a ir com outros vermelhos para uma espécie de coliseu, no caminho ela encontra com seu amigo Kilorn Warren, outro vermelho, aprendiz de pescador (uma das maneiras de se salvar da guerra é arrumar um emprego). O coliseu é usado apenas por lutadores prateados e ele serve para mostrar sua superioridade aos vermelhos, onde eles podem se exibir enquanto destroem seu adversário e são glorificados por isso.

Após o coliseu, Mare volta para casa, onde mora com seu pai Daniel, sua mãe Ruth e sua irmã Gisa (que é aprendiz de costureira). Na mesma noite Kilorn pede ajuda a Mare para fugirem, eles acham uma pessoa que está disposta a ajudar por um preço um tanto alto. Mare acaba sendo pega roubando por uma pessoa que está disposta a ajudar dando-lhe um emprego e assim acaba descobrindo que tem um poder mesmo sendo uma vermelha.

Eu comecei gostando muito do livro, ele consegue passar bem a repressão dos prateados em cima dos vermelhos e até senti uma revolta pela impotência dos vermelhos, mas depois ele vai decaindo, a Mare vai se tornando hipócrita e acabei achando a história bem previsível.

Para quem gosta de distopia é uma boa escolha, para quem gosta de seres super poderosos é uma excelente escolha, mas para quem gosta de uma boa história, com reviravoltas e conflitos políticos, é uma escolha bem fraca.

"Você é a mudança controlada, do tipo em que as pessoas podem confiar. Você é a chama lenta que pode dissipar uma revolução com um punhado de discursos e sorrisos."


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

A Rainha Vermelha
A Rainha Vermelha #1
Ano: 2015
Páginas: 422
Editora: Seguinte
 
Sinopse (Skoob):
O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?
Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.