Não sei como começar, queria não ter que usar as mesmas palavras que usei na resenha do primeiro livro da trilogia Fúria Vermelha: “Bom, poderia dizer que esse livro me deixou sem palavras, mas como estou escrevendo algumas, então não faria sentido, mas que livro INCRÍVEL!!!”, não queria ter que usar as mesmas palavras que usei na resenha de do segundo livro Filho Dourado: “Minha Nossa, que livro!!!”, mas sinceramente, Pierce Brown não colabora, como posso dizer palavras diferentes, quando ele simplesmente destrói (positivamente) com o melhor mundo distópico da literatura que já tive o prazer de ler? Gente essa é a primeira distopia com mais de um livro que leio que não caiu de qualidade em nenhum momento, nem no final que estou tão acostumada com decepções, que antes de começar Fúria Vermelha já tava desistindo desse gênero. Pierce meu amor, você é um Ouro com o coração e a coragem de um Vermelho e criatividade de um Violeta, na minha vida. (Lindo como um Rosa).
“Eles me chamam de Estrela da Manhã. Aquela estrela pela qual os montadores de grifos e os viajantes navegam a vastidão nos meses escuros de inverno. A última estrela que desaparece quando a luz do dia retorna.”
Depois de todo esse derretimento, vamos a história, e para aqueles que não leram Filho Dourado, aconselho a pararem de ler aqui essa resenha (EU AVISEI), para os que leram, sabem a situação desesperadora que termina o segundo livro, pessoas morrem (ainda não superei algumas mortes) e não sabemos o que vai acontecer com Darrow, Estrela da Manhã se passa um ano depois de tudo aquilo, sim pessoas, um ano de sofrimento para Darrow e todos que o amam, o que não é spoiler porque sem isso não teria continuação: nosso protagonista e resgatado, mas está bem diferente do que era nos dois primeiros (como se ele já não tivesse mudado tanto), ele continua um super estrategista de guerra, mas em certo ponto ele fica mais sábio, o que é uma boa coisa de estar no meio de um guerra civil interplanetária que ele causou.
O livro é bastante surpreendente, ainda mais que dificilmente alguém sabia o que esperar depois do dois primeiros livros, eu pelo menos não fazia ideia, estamos falando de planetas e mais planetas onde bilhões de baixas cores são escravizadas, onde se tem uma grande soberania e muitos Ouros que são considerados deuses tamanho suas forças, impossível imaginar.
"Precisamos daqueles que nos amam. Precisamos daqueles que nos odeiam. Precisamos que os outros nos liguem à vida, que nos deem uma razão para viver, para sentir.”
Pessoas, Pierce conseguiu! Com aliados inesperados e conseguidos de forma inesperada, esse último livro me fez sofrer, chorar, ter raiva e despertou meu espírito assassino para com alguns personagens... Chacal... ódio, muito ódio, como essa criaturinha sozinha consegue ser tão odiosa? Ainda estou tentando entender.
“E eu não sinto coisa alguma a não ser pavor, porque o Chacal começou a rir.”
Mas como nem tudo são pessoas para odiar, esse livro me fez rir bastante também, e um personagem que reinou nesse livro foi o maior culpado disso: Sevro! Gente! O que é Sevro nesse livro? Darrow que me desculpe, ele ainda é meu personagem favorito, mas esse livro foi de Sevro principalmente, e não estou falando apenas de parte cômica, quando resenhei Fúria Vermelha, acabei sem querer definindo Sevro como um alivio cômico, mas garanto, ele é mais que isso, e ele mostrou de forma espetacular nesse livro, no começo fiquei até assustada com as atitudes dele, mas assim como Darrow ele passou por coisas difíceis e teve que assumir muitas responsabilidades. Sevro foi simplesmente brilhante, além de mais psicótico que o normal.
“- Você e eu continuamos procurando a luz na escuridão, esperando que ela apareça. Mas ela já apareceu. (...). – A gente é essa luz, garotão. Por mais destroçados e arrebentados e idiotas que a gente seja, a gente é essa luz, e a gente está se espalhando.”
Mustang não teve seu brilho diminuído, no começo fiquei meio desconfiada com que estava acontecendo, mas Mustang é Mustang, e foi incrível (sim sei que to usando muito essa palavra, se acostume ). Ragnar é outro! Um personagem que não tem como não amar, não tem mesmo. HYRG LA, RAGNAR! Holiday e Victra não tem como definir, eu adoro elas. (Queria tanto dar spoiler ). Eu fiquei boquiaberta com as cenas descritas nesse livro, além de diálogos espetaculares, algumas cenas de ação eu já imaginava no filme! (Que estou ansiosa demais e para minha infelicidade nunca começam a gravação, ou ao menos a escolha de atores), mas não pode ficar ruim, ainda mais com o próprio Pierce como roteirista, eu relia varias vezes alguns parágrafos de tão bons, e ficava “isso ficaria ótimo no filme.” Confesso que a minha expectativa está altíssima.
“- Não somos Vermelhos, nem Azuis ou Ouros ou Cinzas ou Obsidianos. Somos a humanidade. Somos a maré. E hoje reivindicamos as vidas que nos foram roubadas. Nós construímos o futuro que nos foi prometido. Guardem seu corações. Guardem seus amigos. Siga-me através dessa noite maligna, e prometo a vocês que a manhã está à nossa espera do outro lado. Até isso acontecer, rompam as correntes.”
Estrela da manhã finalizou essa trilogia com chave de Ouro, eu não acreditava que ia caber tudo em apenas 632 paginas (parece muitas, mas você mal percebe de tão bom), tipo já estava acabando o livro e eu pensava “mas ainda tem tanta coisa pra acontecer”, mas não fiquei decepcionada, fui tudo mais do que eu esperava, valeu a pena o tempo que fiquei esperando pela continuação, o dinheiro que gastei com os livros, valeu meu tempo de leitura, a Trilogia Red Rising mudou minha concepção do que é um bom livro ou até perfeito. O que posso dizer?
ROMPAM AS CORRENTES!!! AUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU.
“Meu filho, meu filho
Lembre-se das algemas
Quando o Ouro governavam com rédeas de ferro
Nós rosnamos e rosnamos
E nos contorcemos e berramos
Pelo nosso vale
Um vale de sonhos melhores.”
PER ASPERA AD ASTRA
Nota ::
Informações Técnicas do livro
The Red Rising # 3
Pierce Brown
Ano: 2016
Páginas: 632
Editora: Globo Alt
Darrow teria vivido em paz , mas seus inimigos trouxe-lhe guerra. Os senhores de ouro exigiram sua obediência, enforcaram sua esposa, e escravizou seu povo. Mas Darrow está determinado a revidar. Arriscando tudo para transformar a si mesmo e violar a sociedade dos Ouros, Darrow tem lutado para sobreviver as rivalidades acirradas ás quais reproduzem os mais poderosos guerreiros da Sociedade, ascendeu as fileiras, e esperou pacientemente para desencadear a revolução que vai rasgar a hierarquia por dentro.
Finalmente, chegou a hora. Mas a devoção à honra e a sede de vingança são profundas em ambos os lados . Darrow e seus companheiros de armas enfrentam inimigos poderosos sem escrúpulos ou piedade. Entre eles estão alguns que Darrow uma vez considerou amigos. Para vencer, Darrow terá de inspirar aqueles acorrentados na escuridão para quebrar suas correntes, desfazer o mundo que seus mestres cruéis construíram, e reivindicar um destino há muito tempo negado - e glorioso demais para abandonar.
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