01 março, 2017

# @Danii # Fantasia

Resenha :: Corte de Névoa e Fúria (A court of mist and fury)


“Palavras demais; eu tinha palavras demais em mim.”

Oiiiiii serzinho lindo, como vai?  Corte de Névoa e Fúria é a sequência de Corte de Rosas e Espinhos, então essa resenha tem alguns spoilers do livro anterior, ok? Se você ainda não leu o primeiro livro dessa saga, leia essa resenha por sua conta e risco, porque eu avisei . E você pode conferir a Resenha do primeiro livro, clicando aqui.

“Amor; amor era um bálsamo, tanto quanto um veneno.”

No livro anterior, a Feyre conseguiu quebrar a maldição lançada pela Amarantha sobre Prythian e libertar todos de Sob a Montanha, mas isso teve um preço caro. Após tudo o que aconteceu ela deveria estar feliz por estar perto de se casar com o Tamlin e tudo, deveria se sentir em paz. Mas ela não é mais a mesma Feyre que se sentia bem e protegida ao lado do Grão-Senhor da Corte Primaveril. Ela mudou. Ela se desfez. A garota que precisava de proteção, estabilidade e conforto morreu. A proteção de antes deixou de ser abrigo e parece uma prisão.

“Há dias bons e ruins para mim... mesmo agora. Não deixe que os dias ruins vençam.”

A Feyre não é a mais a mesma fisicamente por ter sido refeita e ser agora uma Grã-Feérica com poderes de todas as cortes (o que pode fazer dela uma arma). E também não é mais a mesma mentalmente e psicologicamente após tudo o que teve que fazer e sofrer em Sob a Montanha. Ela agora tem pesadelos terríveis por causa de todos os horrores que passou e está definhando por isso. E além disso, o Tamlin está cada vez mais possessivo, controlador, virou um cara doente que quer “proteger” a Feyre de tudo, nem percebendo que isso está acabando com ela.

Além disso, ela ainda tem medo do pacto firmado com o Rhysand, Grão-Senhor da Corte Noturna, em um momento que ela precisava dele para sobreviver ante os horrores da corte de Amarantha. Pacto esse em que ela terá de passar uma semana por mês na Corte Noturna. O que ela não sabe é que esse acordo é o que a impede de continuar definhando. Já que enquanto o Tamlin a sufoca e a prende, o Rhys a apoia, acredita que ela pode ser melhor, a ensina, a guia, a faz abrir os olhos para todo o seu poder, o seu potencial e a sua importância perante a guerra contra uma ameaça, pior que a Amarantha, que se aproxima e que colocará tanto feéricos quanto humanos em perigo.

“Há a escuridão que assusta, a escuridão que acalma, a escuridão do descanso. Há a escuridão dos amantes, a escuridão dos assassinos. Ela se torna o que o portador deseja que seja, precisa que seja. Não é completamente ruim ou boa.”

         

Então, caro ser, preciso dizer: Meu bom Ares, que livro é esse? Porque, cara, é maravilhosamente maravilhoso. Você surta, você torce, você quer jogar o livro na parede, você quer entrar nele e matar alguns personagens ou quer entrar no livro e agarrar outros personagens, é uma loucura. O universo criado pela Sarah está ainda mais rico, fascinante, com cenários deslumbrantes. (Por misericórdia, alguém pode, por favor, dar um jeito de me levar para a Corte Noturna e me deixar em Velaris? Esqueça o guarda-roupa, eu vou para lá nem que tenha que caber em uma gaveta, eu só preciso chegar lá de algum jeito e conhecer a Corte dos Sonhos ).

“Amo meu povo e minha família. Não pense que eu não me tornaria um monstro para protegê-los.”

Quase todos os personagens continuam maravilhosos e ainda mais marcantes, alguns mais que outros e, além disso, ainda ganhamos novos que enriquecem ainda mais o livro. No desenvolvimento dos personagens, a autora mostra novos lados que desconhecemos no livro anterior, nos faz mudar de opinião sobre algum deles, mas sem deixar forçado, que era o que eu achei que poderia acontecer quando li algumas resenhas antes de ler o livro, e, misericordiamente, eu estava errada (ainda bem ).

“- Não sei bem onde me encaixo. 
- Estou vivo há quase cinco séculos e meio, e não tenho muita certeza disso também.”

A Feyre inicia o livro submissa à proteção do Tamlin, ela está fraca, frágil e definhando, mas ao longo da trama ela cresce, ela se fortalece, ela se torna uma guerreira, ela deixa de ser mandada e começa a tomar as próprias decisões. Ela passa a ser uma protagonista admirável .

“Eu não era um bicho de estimação, não era uma boneca, não era um animal. Era uma sobrevivente e era forte. Não seria frágil ou indefesa de novo. Não seria, não poderia ser destruída. Domada.”

O Tamlin era o meu amor no livro anterior, não vou negar, mas não continua sendo. Uma das “coisinhas” que me incomodaram no livro anterior foram algumas atitudes do Tamlin, algumas coisas que ele fez e algumas que ele deixou de fazer, porém eu tentei ignorar para gostar dele, o amar e tal. E agora, depois de ler Corte de Névoa e Fúria, não dá para ignorar. Eu percebi que não devia ter ignorado, devia é ter ficado com raiva dele logo, porque todo o amor que eu sentia por ele se foi, e agora só me resta uma raiva absurda. Sabe o cara gentil e justo que eu descrevi na resenha anterior? Esqueça. Agora ele é um ser mandão, controlador e idiota; e eu quero que ele morra lentamente de um jeito agonizante .

O Lucien não tem mais o meu carinho como antes, talvez ainda tenha salvação, mas agora ele parece um cachorrinho do Tamlin, que o segue e obedece ordens quase sem questionar. (Lucien, por favor, melhore ou eu também vou desejar a sua morte ).

“Quando se passa tanto tempo presa na escuridão... se percebe que a escuridão passa a olhar de volta.”

Esses foram os personagens que eu mencionei na resenha passada, só que tinha mais um que eu queria ter mencionado, mas não o fiz por motivos conhecidos como “spoiler”. Esse personagem é o Rhysand, Grão-Senhor da Corte Noturna. Em Corte de Espinhos e Rosas ele era meio misterioso e não era a mais bondosa das criaturas, e ainda assim tinha algo que nos atraía, sabe? Mas eu não cheguei a amá-lo e tal, porque eu era #TeamTamlin e não queria um triângulo amoroso. Já em Corte de Névoa e Fúria, tudo mudou. Quanto mais conhecemos o Rhys mais é impossível não o admirar e o amar imensamente  (a Feyre que o diga). Ele é um personagem complexo, com traumas e com um passado tenebroso marcado por sacrifícios e escolhas que o fizeram esconder o seu “eu” verdadeiro para a maioria. Mas tirando a “máscara” que ele mostra para o mundo e o papel que interpreta, na realidade ele tem um coração enorme, ele é intenso, é uma mistura de emoções que nos arrebata e nos conquista. E depois de certa cena bem depois da metade do livro eu me derreti completamente por ele, mais que manteiga em frigideira quente. Só de pensar nele meu coração já entra em frenesi . (Alguém, por favor, chama um cardiologista. Ou melhor... Alguém chama o SAMU! ).

“Quero que saiba que estou quebrada, e me curando, mas cada pedaço de meu coração pertence a você.”

E além desses personagens, outros aparecem e nos conquistam. Eles são os quatro membros do Círculo Íntimo do Rhys: a Morrigan, a Amren, o Cassian e o Azriel. Não vou falar muito deles para não me alongar mais, mas eles não só servem ao Rhys e à sua corte, eles são sua família . E a Feyre fica próxima de cada um deles também. Com eles e com o Rhys, na Corte Noturna, ela encontra um lar, se sente em casa.

“Aquele era meu lar. Aquele era meu povo. Se eu morresse defendendo-os, defendendo aquele pequeno lugar no mundo onde a arte florescia... Então, que assim fosse. E me tornei escuridão, e sombra, e vento.”

Ahhh! Antes que eu me esqueça. Na resenha de Corte de Espinhos e Rosas, eu disse que tinha me incomodado com algumas "coisinhas" que acontecem no livro, mas que estava ignorando para conseguir amar o livro totalmente, tinha até um mantra, e prometi que diria se funcionou ou não nessa resenha. Pois então, lamento dizer que não funcionou totalmente, porque em Corte de Névoa e Fúria também me incomodei com algumas coisas. Veja bem, não sei exatamente o motivo, talvez eu tenha uma alma velha e recatada, mas não consigo gostar de quando os personagens ficam assanhadinhos e pervertidos, não só nessa saga, mas nos livros em geral, não consigo achar isso necessário, ou pelo menos a "descrição" disso necessária, não estou julgando quem gosta de ler isso, nem nada, não estou dizendo que os livros são ruins por ter algo "pervertido", longe disso. É coisa minha. Não gosto disso. Nunca. Mas nem por isso por isso deixei de amar Corte de Névoa e Fúria, vou continuar ignorando, porque, tirando isso, é tudo tão incrível que é impossível desgostar desse livro. A Sarah J. Maas continua arrasando em enredo, escrita, narração, cenário... TUDO! E eu só consigo pensar em bater palmas para ela .

“Contanto que as pessoas que interessam saibam a verdade, não me importo com o resto.”

Corte de Névoa e Fúria conseguiu ser ainda mais surpreendente que o livro anterior. E nos mostrou que temos máscaras que protegem o que guardamos dentro de nós, seja o que amamos ou os nossos receios e medos. Que a verdadeira face das pessoas pode não ser a que elas mostram para o mundo. Mostrou que cada um tem sua própria força e que não devemos deixar que ninguém nos faça aprisiona-la. E nos mostrou que somos donos das nossas ações, das nossas responsabilidades e dos nossos erros, e que temos o direito de escolher o que queremos, que devemos lutar por isso e que também temos o direito de lutar pelo que acreditamos. Enfim, agora o que me resta é olhar para as estrelas , todos os dias, e desejar, desejar muito, que o terceiro livro seja lançado aqui na nossa terrinha logo, porque estou sofrendo com a espera .

“Uma força especial é necessária para suportar tais provações sombrias e dificuldades... E permanecer benevolente e gentil. Ainda disposta a confiar... e a se aproximar dos outros.”


Nota :: 




Informações Técnicas do livro

Corte de Névoa e Fúria
Corte de Espinhos e Rosas #2
Ano: 2016
Páginas: 658
Editora: Galera Record
 
Sinopse (Skoob): 
O aguardado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.

2 comentários:

  1. Concordo com vc. Tbm não gosto quando os personagens ficam "assanhadinhos" e acho desnecessário a descrição de todo o ato com detalhes. Penso q dá pra insinuar sem precisar ser tão explícito, ainda mais em um livro q o foco não é esse e q tem uma narrativa tão rica que não precisaria recorrer a isso.
    Terminei de ler hoje e mal posso esperar pela continuação (apesar de suspeitar que não irei gostar tanto quanto dele quanto gostei desse)
    Parabéns pela resenha

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    Respostas
    1. Alguém que concorda comigo! rs. Também acho que não precisaria recorrer a isso, porque ele é maravilhoso sem precisar apelar.
      E a espera pela continuação está quase me deixando louca, não sei se vou gostar mais ou menos do que desse, mas estou meio desesperada para ler, rs.
      Obrigada, Liesle!
      Bem-vinda ao Clube!

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