“Belas Maldições” já me
chamou a atenção de cara apenas por ter Neil Gaiman como um
dos autores, já havia ouvido falar sobre Terry Pratchett em
outros grupos literários da vida – mas infelizmente nunca tive o prazer de ler
suas obras, espero resolver isso! Quando a querida Elisabete Finco me perguntou
se eu gostaria de ler o livro, aceitei prontamente, portanto, mais uma vez fica
aqui meu agradecimento por ter me emprestado seu exemplar para a leitura
.

“Se você quer imaginar o futuro, imagine um garoto, seu cachorro e seus amigos. E um verão que jamais termina.”
O enredo do livro é bem simples: o fim do mundo
está prestes a ocorrer e temos criaturas que de tão habituadas a viver entre os
humanos querem impedir isto, estamos falando do demônio Crowley – que é
apaixonado por seu Bentley – e do anjo Aziraphale – que possui uma coleção de
exemplares raros de livros, que eu adoraria conhecer. Apesar de ambos
acreditarem que impedir algo já previsto a tantos e tantos anos seja uma tarefa
quase impossível, eles resolvem tentar.
Tudo começou onze anos atrás em um hospital, com
freiras satanistas, alguns bebês e uma grande confusão. Para dar mais tempero a
essa trama, para lá de louca, somos apresentados a alguns personagens bem
excêntricos como: a descendente da bruxa Agnes Nutter que lançou um livro com
suas profecias muitos séculos atrás, caçadores de bruxas, os cavaleiros do
apocalipse (que pilotam motos iradas) e, claro, o próprio
Anticristo.
"Deus não joga dados com o universo. Ele joga um jogo inefável de sua própria criação, que poderia ser comparado, da perspectiva de qualquer um dos outros jogadores, (todos os dois) a estar envolvido numa obscura e complexa versão de pôquer numa sala completamente escura, com cartas em branco, por apostas infinitas, com um crupiê que não lhe diz quais são as regras, e que sorri o tempo todo."
Em “Belas Maldições” temos
o humor presente em cada uma das páginas, os autores capricharam nas notas de
rodapé que são geniais (e é simplesmente impossível não rir da grande
maioria delas), os personagens são divertidos e, por vezes, aparvalhados.
Algo bem interessante de se notar, é que logo no início do livro os personagens
são listados como se fizessem parte de uma peça de teatro, um toque bem bacana
ao meu ver. O livro é dividido de acordo com os dias da semana, porém, a
diagramação do “Sábado” deixou um pouco a desejar a meu ver - como este é um
capítulo muito extenso, por vezes, a leitura ficou mais cansativa, portanto,
creio que uma alteração na diagramação pudesse contribuir de forma positiva na
experiência de leitura do livro.
Na contracapa do livro, há uma frase de Clive
Barker (autor de Hellraiser): “O fim do mundo nunca foi tão
engraçado”. Então, caso resolva ler em público, se prepare para ser julgado
por rir! :P
Este ano, foi anunciado que “Belas
Maldições” irá se tornar uma série e temos Neil Gaiman como
roteirista e showrunner, além disso já foram divulgadas imagens dos
atores David Tennant, que interpretará Crowley, e Michael Sheen, que
interpretará Aziraphale. No elenco teremos nomes como Jack Whitehall, Michael
McKean e Miranda Richardson.
A série será uma parceria entre a BBC e a Amazon
e será transmitida no canal de streaming desta, que também possui Deuses
Americanos (outra adaptação de uma das obras de Gaiman) no catálogo,
infelizmente ainda não há uma data de estreia!
"- Está vendo - disse Crowley. - É como eu sempre disse. Humanos são uns traidores desgraçados. Não se pode confiar nem um pouco neles."
E vocês, já leram a obra? Pretendem ler?
Conhecem o trabalho dos autores?
Até a próxima!
Nota :: 







Informações Técnicas do livro
Belas Maldições
As justas e precisas profecias
de Agner Nutter, Bruxa
Terry Pratchett
Neil Gaiman
Ano:
2017
Páginas:
350
Editora: Bertrand
Brasil
Um
descendente direto de O Guia do Mochileiro das Galáxias escrito por dois dos
maiores autores britânicos de fantasia O mundo vai acabar em um sábado. No
próximo sábado, e ainda por cima antes do jantar. O que é um grande problema
para Crowley, o demônio mais acessível do Inferno, residente na Terra, e sua
contraparte e velho amigo Aziraphale, anjo genuíno e dono de livraria em
Londres. Depois de quatro mil anos vivendo entre os humanos, eles pegaram um
gosto pelo mundo, e o Armagedom lhes parece um evento bastante inconveniente.
Então, para evitar o fim do mundo, precisam encontrar a chave de tudo: o jovem
Anticristo, agora um menino de 11 anos vivendo tranquilamente em uma
cidadezinha inglesa. Em seu caminho, acabarão trombando com uma jovem
ocultista, dona do único livro que prevê precisamente os acontecimentos do fim
do mundo, caçadores de bruxas ainda na ativa e, quem sabe, até os Quatro
Cavaleiros do Apocalipse. Mas eles precisam ser rápidos. Não é só o tempo que
está acabando.

Amei a resenha e o livro tb. Na minha opinião o mais impressionante no livro é que mesmo escrito por 4 mãos o texto é uniforme, você não consegue identificar quem escreveu o que.
ResponderExcluirAlém disso obviamente a história é mto boa, e presta uma linda homenagem ao Douglas Adams.
Parabéns pela resenha :)
Olá Juninho, tudo bom?
ExcluirObrigada pelo carinho, concordo contigo sobre a uniformidade do texto, fiquei tentando desvendar quem escreveu o que, mas é muito difícil! Achei surpreendente!
Ainda não li as obras de Douglas Adams apesar das recomendações, tenho que resolver isso.
Abraços!
Que resenha ótima!!! Parabéns!! Dá muita vontade de ler o livro. Bjs
ResponderExcluirOlá Carol, tudo bem?
ExcluirEspero que goste dessa leitura, é bem diferente do que você costuma ler mas muito divertida!
Abraços 🖤