29 maio, 2018

# @Jéssica Burgos # Editora Nova Fronteira

Resenha :: Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice)


Olá, tudo bom?

No começo deste ano estipulei algumas metas literárias, em sua maioria eram bem simples de serem cumpridas e entre elas: estava ler mais clássicos. Quando surgiu a oportunidade de realizar a leitura coletiva de Orgulho e Preconceito com o Clube do Farol, não pensei muito e embarquei. Essa também seria mais uma oportunidade de sair da zona de conforto, afinal, não costumo ler romances.

Jane Austen conquistou sua posição entre os clássicos justamente por ter uma mente à frente de seu tempo, por retratar tão bem a sociedade da época em que viveu e construir personagens marcantes – seja por sua coragem, perspicácia, audácia ou doçura.

Em Orgulho e Preconceito, um de seus livros mais aclamados, temos o pacato condado de Hertfordshire, onde vive a família Bennet – composta dos pais e de suas cinco filhas. A narrativa é feita em terceira pessoa, e uma de nossas protagonistas é Elizabeth Bennet – a segunda filha do casal –, conhecida como Lizzy por seus familiares e amigos mais próximos, ela é dona de uma personalidade bem forte, tendo opiniões um tanto quanto diferentes em relação aos padrões impostos pela sociedade da época – o sonho da grande maioria das mulheres era conseguir um bom casamento.

Logo no início do livro, os moradores de Hertfordshire estão em polvorosa porque o jovem cavalheiro Charles Bingley estará passando uma temporada na mansão de Netherfield, na companhia de suas irmãs e de seu amigo Fitzwilliam Darcy. O acontecimento causa todo esse alvoroço na região por conta das condições financeiras de ambos os cavalheiros, que eram considerados ricos para os padrões da época, e pela existência de várias moças solteiras em busca de um casamento.

"É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de esposa."

Charles Bingley é um homem jovem e sonhador, agradável e muito educado, já Darcy é um homem orgulhoso, reservado e observador – ou seja, o oposto de Bingley. O primeiro contato entre este e Elizabeth não foi dos melhores, o que acabou gerando uma péssima primeira impressão deste para ela.

Neste livro, podemos perceber o quanto as primeiras impressões que temos de alguém podem não corresponder em nada ao que as pessoas realmente são. Ao longo da narrativa, vamos conhecendo as diversas nuances que compõem os personagens, e podemos ter várias sensações acerca de cada uma delas – encantamento, amor, afeição, ódio, raiva, pena, compaixão, entre outros. Os diálogos são inteligentes, com questões pertinentes, além de sempre nos fazerem refletir – e claro, há trechos em que é impossível não rir da situação.

"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmos, a vaidade com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós."

Jane Austen criou uma gama de personagens bem construída, cada qual com sua personalidade e objetivos, e as conexões entre eles foram sendo mostradas pouco a pouco ao longo do livro, os acontecimentos se dão de forma gradual e não abrupta, mantendo um bom ritmo por todo o livro.

Essa foi minha primeira experiência lendo uma obra de Austen e, particularmente, gostei muito! Foi um desafio ler em um gênero que não estou nem um pouco habituada, e me surpreendi muito com a história, a narrativa e os personagens – principalmente com o senhor Darcy, que conquistou um lugarzinho no meu coração.

"Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."

E vocês, já leram algum livro da Jane Austen? Como foi a sua experiência? Contem nos comentários!

Abraços e até a próxima!


Nota ::  4,5 



Informações Técnicas do livro

Orgulho e Preconceito
Ano: 2017
Páginas: 368
Editora: Nova Fronteira
Sinopse (Skoob):
Poucos romancistas conseguiram transmitir as sutilezas e nuances de seu próprio meio social com a inteligência e a perspicácia de Jane Austen. Em Orgulho e Preconceito, ela nos presenteia com personagens memoráveis, como a jovem Elizabeth Bennet, que se julga desprezada pelo rico e orgulhoso, Mr. Darcy, e começa a se interessar pelo militar Wickham. Nesta comédia de costumes, a escritora inglesa mostra os perigos do julgamento à primeira vista e evoca as amizades, fofocas e vaidades da classe média provinciana. Com mais de 20 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, Orgulho e Preconceito tornou-se um dos romances mais populares da literatura.


EXTRA:
11 lições que personagens das obras de Jane Austen nos ensinaram – PODE CONTER SPOILERS: https://www.altoastral.com.br/11-licoes-personagens-jane-austen-ensinaram/

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