15 abril, 2019

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Resenha :: O Museu das Coisas Intangíveis

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Olá, leitores! Como a capa do livro mostra, somos apresentados a duas amigas: Zoe e Hannah. Mas também conhecemos o pequeno Noah, de apenas oito anos, que tem a síndrome de Asperger (hoje, ele não seria mais classificado com essa síndrome e sim como portador do Transtorno do Espectro Autista com alto desempenho), o que o torno alguém com incríveis capacidades intelectuais, mas sem a condição de entender sentimentos e sensações intangíveis, porque esses fogem a um contexto lógico.


Zoe construiu um museu das coisas intangíveis para seu irmão, onde ela o ajuda a tentar entender o que são cada um dos sentimentos e sensações que ela adiciona ao museu. E que vão nortear essa história até o final. Afinal, vamos conhecendo um pouco mais de Zoe que além de talentosa, tem aquela vontade de viver intensamente sem pensar muito nas consequências e nos resultados, isso poderia ser bom se ela não tivesse uma doença que a levasse da extrema euforia a uma tristeza que a deixa quase inalcançável por sua amiga Hannah quando essa se instala. 

Diferente de sua amiga, Hannah tem uma vida complexa e complicada, que começou com o divórcio dos pais e uma mãe vivendo um processo depressivo cada vez mais agudo e seu pai um alcoólatra tentando a recuperação. E assim, vamos entendendo porque Hannah aprendeu a se cuidar sozinha e se sentir tão responsável por cuidar dos pais e de sua amiga Zoe.


Assim, vamos vendo a autora focar na amizade das amigas, na maneira com ambas aprenderam a uma completar a outra, em suas dificuldades, e como nem sempre apenas a amizade é o suficiente para salvar uma amiga, quando essa após um acontecimento tem o gatilho de sua doença disparado. Por mais que Hannah tente, parece que nada vai funcionar dessa vez para ajudar sua amiga Zoe. Quando tudo parece perdido, Zoe propõem a Hannah uma viagem, uma fuga para longe dos problemas, para viver cada dia como se fosse o último da vida de ambas.

Nesse momento, Hannah vai nos mostrando que Zoe nos leva a viver o museu das coisas intangíveis enquanto ela ensina a sua amiga a ser mais, querer mais e a viver sem tantos medos ou responsabilidades. O que de certo modo atemoriza e encanta Hannah ao longo da viagem que ela faz por sua amiga, por ela e pela busca de uma cura para Zoe, que não envolva uma internação.


Me vi viajando com elas lidando com as emoções desgovernadas de Zoe, com suas alucinações e com a tentativa de Hannah ajuda-la com seu medo de falhar, e a dúvida se devia ou não abandonar aquele projeto e deixar a família de Zoe fazer como achava que devia. Mas em momento nenhum eu poderia imaginar aquele final. Que, em meio a crise da doença, Zoe teria planejado tudo daquela forma e com aquele desfecho todo o tempo. E me vi pensando como subestimamos as pessoas com algum transtorno mental ou psicológico. Mesmo Zoe tendo nos mostrado sua imensa inteligência durante a história.

Hannah também me surpreendeu não por ter acreditado e amado sua amiga desde sempre, mas por não ter feito o que deveria desde o início, por te levado para o lado errado sua lealdade para com a amiga e por ter sido tão adolescente. Ela que se achava tão adulta, percebeu que ela tinha muito a aprender e que Zoe sabia disso e por isso quis ensina-la.

Vou parar por aqui, para não correr o risco de um spoiler indesejado ou algo que estrague sua experiência com esse livro. A narrativa foi feita de forma gostosa para leitura, com o grau certo de informação sobre as doenças em questão, mas focando nos pontos positivos das amigas, deixando a leitura leve.


A edição está linda em folhas amarelas, diagramação e fonte ótimas para leitura e sem erros de digitação ou ortografia. As divisões feitas para cada coisa intangível deixou a leitura ainda mais prazerosa e, de certo modo, aumentou a expectativa para o capítulo a seguir.


Nota :: 

Informações Técnicas do livro

O Museu das Coisas Intangíveis
Ano: 2018
Páginas: 256
Editora: Novo Conceito
Sinopse:
Noah, o irmãozinho de oito anos de Zoe, tem uma síndrome rara. Ele aprendeu a ler quando tinha dois anos.
Entende a teoria da relatividade de Einstein e já leu todos os livros do Stephen Hawking. É obcecado pelo cosmo e fala constantemente sobre isso, sem nem mesmo perceber se você está escutando ou não.
Apesar disso tudo, não consegue processar qualquer coisa irracional ou intangível. Emoções são um mistério para ele. Sonhar ou imaginar é algo totalmente estranho.
Zoe, para ajudá-lo, criou para ele, o Museu das Coisas Intangíveis, com instalações conceituais artísticas complexas, improvisadas no porão de sua casa.
Medo, inveja, coragem, despreocupação, verdade, perdão, vergonha: e tantos sentimentos que ela tenta ilustrar e definir para ele todos os dias.
Zoe acredita que Hannah,  sua melhor amiga, não tem controle sobre as coisas intangíveis da vida.
Um dia, Zoe convence Hannah pegar a estrada juntas, e assim como fez com seu irmão, ela começa a expor sua amiga a situações que procuram mostrar o significado e o valor de todas essas coisas, fazendo com que ambas percebam o que realmente querem da vida.


O Grupo Editorial Novo Conceito oferece sempre os best-sellers mais aguardados e comentados do meio literário. Em anos de sucesso editorial, foram vários os autores e títulos reconhecidos na principais listas do PublishNews e Veja. O selo Novo Conceito foi desenvolvido para reunir essas grandes publicações, além das novidades e lançamentos internacionais que ainda virão.

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