Sua cabeça estava cheia de bobagens, uma professora alertou seu pai. Você a deixa ler livros demais.
Antes de tudo preciso dizer que
decidi ler esse livro pela capa que é linda (fui superficial, me julgue! 👅),
e não sei se me arrependo disso ou não, porque meus sentimentos por esse livro
estão indefinidos. Não sei se o considero bom ou ruim, se o amo ou gosto pouco
dele. Talvez eu consiga decidir a minha opinião em uma futura releitura. Mas, por enquanto, ele é o que é e pronto, acabou.
Por que essas histórias infantis têm sempre de ser tão assustadoras, eu não entendo. Acho que, se um dia eu a contar para meus netos, vou mudar o fim e fazer com que todos vivam felizes para sempre. Podemos fazer isso, não, Mabel? Inventar nossos finais e optar pela felicidade em vez da dor?
O livro é baseado em um conto
de fadas russo, onde um casal sem filhos faz um boneco de neve, uma menininha
de neve na verdade, e ela ganha vida. Esse conto possui várias versões, mas
esse livro não é apenas mais uma delas; a autora se inspirou no conto, porém
escreveu um livro meio singular e único, que tem um ritmo meio lento, sem
momentos eletrizantes e nem nada; sendo mais focado nos sentimentos, por vezes
até melancólicos, que o fazem ter um certo drama, mas não do tipo que nos faz gastar várias caixinhas de lenços (pelo menos eu não gastei nenhuma 😂😂).
A história é narrada em
terceira pessoa e se passa na década de 1920, no Alasca. Uma época e um lugar
sem fogão a gás, sem energia elétrica, sem água encanada, sem aquecedor
elétrico e, o que é mais surpreendente, sem micro-ondas 😱. Chocante, né?
Podemos escolher nossos destinos, a alegria em vez da dor? Ou o mundo cruel só dá e tira, dá e tira, enquanto vagamos pela natureza inóspita?
Uma
coisa que eu tenho certeza que gostei (sem indecisão em relação a isso)
foi como a autora mostrou o modo de vida no Alasca naquela época, com
personagens imperfeitos e simples, mas que não são irreais, tirando uma exceção
ou outra, é claro. Mostrou como aquelas pessoas tinham que cultivar, plantar,
colher, criar e caçar para sobreviver, não tinham espaço para frescuras; como
que por muitas vezes se sacrificavam para suportarem mais um inverno.
E
falando em inverno, que bela descrição dele! A descrição do ambiente é
apaixonante, desde as cabanas simples, dos campos para plantio, das árvores,
florestas, bosques... até cada floquinho de neve. É como se o Alasca fosse um
personagem vivo e a neve tivesse personalidade própria, meio louco eu sei, mas
foi o que eu senti. Sério, sou do tipo de pessoa que passa frio quando a
temperatura está por volta dos 20°C, e eu quis estar no Alasca ao lado dos
personagens para poder sentir o vento frio no meu rosto e ver tudo, cada
detalhezinho, com meus próprios olhos que os seres de debaixo da terra hão de
comer.
Na minha idade, vejo que a vida geralmente é mais incrível e terrível do que as histórias nas quais acreditávamos na infância e que talvez não haja nada de mau em encontrar um pouco de mágica entre as árvores.
Os personagens desse livro são
um caso a parte. Em A Menina da Neve temos: Jack e
Mabel, que são um casal sofrido, dignos de compaixão, que acabam se afastando
por causa dos problemas; a menina de neve, Faina, que traz um certo mistério ao
livro; os “vizinhos” George e Esther (que é um belo exemplo de mulher que
não se deixa abater), com seus três filhos, com atenção especial para o
mais novo deles, o Garret, que evolui muito durante a narrativa e meio que me
conquistou 💙.
Não era necessário entender os milagres para acreditar neles (...). Para acreditar talvez você tenha de parar de procurar explicações e segurar a coisinha em sua mão o máximo possível antes que ela escorresse feito água entre seus dedos.
Jack e Mabel se mantêm
afastados, com ele trabalhando sozinho nos campos de plantio, sofrendo para
garantir o seu sustento e o de sua esposa, e ela passando seus dias sozinha na
cabana, pensando até em se matar.
Até que um dia, eles fazem uma
menininha de neve detalhando rosto, cabelo... e com luvas e cachecol vermelhos.
E na manhã seguinte percebem que a menininha sumiu e avistam uma garotinha que
se parece muito com a menininha de neve que esculpiram, com cabelos loiros,
pele muito branca, boca vermelha, olhos azuis e usando as luvas e o cachecol
vermelhos; que parece ter uma ligação com a neve e com uma certa raposa
vermelha, com quem caça lado a lado.
Será que essa garotinha é a
menininha de neve que esculpiram e ganhou vida? Ou será apenas coincidência?
Será que ela é apenas uma garotinha perdida? Ou é a filha que o casal tanto
desejou? Será que uma menininha feita de neve pode magicamente criar vida? Ou
será que existe outra explicação? Será essa menina da neve apenas sonho e
fantasia? Ou ela é real? Leia esse livro e tente descobrir! 👋😚
Nunca sabemos o que vai acontecer, não é mesmo? A vida sempre nos joga para um lado e para o outro. É uma aventura não saber onde você acabará e como pagará sua passagem. É tudo um mistério e, se dissermos o contrário, estamos mentindo para nós mesmos.
Nota :: 







Informações Técnicas do livro
A
Menina da Neve
Ela é a
resposta das suas orações ou um pequeno e mágico sonho?
Ano: 2015
Páginas: 352
Editora: Novo
Conceito
Sinopse:
Alasca,
1920: Um lugar especialmente difícil para os recém-chegados Jack e Mabel. Sem
filhos, eles estão se afastando um do outro cada vez mais ele, no duro trabalho
da fazenda, ela, se perdendo na solidão e no desespero. Em um dos raros
momentos juntos durante a primeira nevasca da temporada, eles fazem uma criança
de neve. Na manhã seguinte, ela simplesmente desaparece.
Jack
e Mabel avistam uma menina loira correndo por entre as árvores, mas a criança
não é comum. Ela caça com uma raposa-vermelha ao lado e, de alguma forma,
consegue sobreviver sozinha no rigoroso inverno do Alasca.
Enquanto
o casal se esforça para entendê-la uma criança que poderia ter saído das
páginas de um conto de fadas , eles começam a amá-la como se ela fosse filha
deles. No entanto, nesse lugar bonito e sombrio, as coisas raramente são como
aparentam ser, e o que aprendem sobre essa misteriosa menina vai transformar a
vida de todos eles.
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Curti sua sinceridade... Kkk... Creio que realmente temos momentos pra gostar ou não de nossas leituras, mas definitivamente não faz meu gosto este tipo de livro.
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