Olá, pessoa! Aqui no Clube, você já acompanhou a escrita da Nahra Mestre com a série Damas Perfeitas. Agora as damas não estão mais na era vitoriana, são mulheres dos anos 20, onde os sonhos não eram apenas de liberdade, conquistadas nas roupas e no modo de encarar a vida. Os anseios de Milly, como Emilly era chamada, não tinham nome. E assim te convido a conhecer como foi minha leitura desse romance que promete e entrega uma viagem pelo tempo repleta de sensações.
Nada é permanente. E a roda da vida está em constante movimento. Existem momentos bons e ruins. Todas as nossas escolhas têm consequências e quase nunca paramos para pensar nelas.
Essa história é a primeira de um dueto, onde vamos
conhecer Emilly Johnson, a filha do barão de Sweet Village, um pequeno vilarejo
situado em um país chamado Gaia. E com isso temos um momento da história livre
de amarras, mas hiper situado na realidade do que foram aqueles anos onde a
luta feminina por igualdade ganhava forma e força, aqui dentro de uma trama
rica de emoções.
Aviso que, em alguns momentos, você vai se sentir em uma verdadeira montanha-russa, da qual você não quer descer, quer saber como termina, mas, ao mesmo tempo, não quer que a viagem acabe. Deu para entender? Porque se você já leu (eu espero que sim) uma história que te faça sentir tanto, vai parar de ler essa resenha e começar a ler o livro agora. Mas se não, continua comigo aqui e leia depois da resenha.
Vamos acompanhando a história pelo ponto de vista
de Emilly, com uma narrativa que vai te fazer queimar a panela no fogão e
segurar o xixi para não parar de ler. Afinal, o casal principal já se conhece.
Clarence Beaufort fora trazido a Sweet Village ainda jovem, para assumir a
falida herdade de um primo distante. Encantou-se perdidamente por Emilly, no
instante em que a viu. Contudo, Milly sempre deixou claro que não iria se
casar. Ela se recusa a sucumbir aos padrões impostos pela sociedade, não
se curva aos valores provincianos e indigna-se com o fato de, simplesmente por
ser uma mulher, não poder ser uma herdeira. Mas isso não a impede de lutar
pelas terras onde nasceu.
Condenou-se por ter permitido que ele a fitasse tão profundamente. Teve a sensação, naquele breve instante, de que Clarence era capaz de enxergar dentro da alma dela.
Então, diferente dos casais que ainda irão se
conhecer, eles já se conhecem e vão ao longo dessa história descobrir que isso
tanto pode ser o ponto de união, quanto o ponto de discórdia. Afinal, quando
conhecemos alguém sabemos exatamente como dar carinho e como ferir de forma
profunda. Sem contar que ainda precisam lidar com as surpresas reservadas pela
vida. Ao receber uma carta, que muda para sempre o seu destino, Clarence
percebe que a salvação de Sweet Village depende de uma importante decisão, e
ele precisa se render aos mais insanos planos do barão, que fará de tudo para
casar a filha.
E, durante esses planos, eu simplesmente não
conseguia respirar, o coração batia rápido tentando antever o que iria
acontecer e, quando enfim acontecia, eu descobria que não estava nem de longe
preparada. A história, ao mesmo tempo em que me lembrava vários lugares, criava
um local único em meus pensamentos. As descrições serviram para tornar Sweet
Village real para mim de um modo único, especial. Afinal, fica marcante o rico
trabalho de pesquisa, tanto cultural quanto sociológico da época, em uma trama
repleta de empoderamento feminino, perdão, amizade e amor.
A questão era que a modernidade era seletiva. Enquanto máquinas dominavam as plantações e automóveis substituíam os cavalos, a situação das mulheres, sobretudo as solteiras, permanecia sem grandes avanços.
Os personagens, tanto principais quanto secundários, são um show à parte na história, porque eles são terrivelmente reais, e mesmo Milly me despertou tanto momentos de amor, quanto de profunda raiva por suas atitudes. Me levando com ela a um apego profundo por personagens como o Barão, Hannah, Morgana, Vincent e outros. E é toda essa gama de emoções que fazem dessa mais que uma história de amor. É a história de mulheres que, como Emilly, sentiam um anseio desesperado pela vida, por ter e sentir tudo que foi negado às mulheres que vieram antes dela e ainda é motivo de luta até os dias de hoje. Que Clarence é o tipo de homem que, se soubesse o valor das palavras, das declarações, poderia ter um caminho menos tortuoso a frente de si. Porque palavras, aquelas que realmente importam, precisam ser ditas e mudam não apenas sentimentos, mas também destinos.
Os diálogos são incríveis e montam a cena em que
ocorrem tal qual estar vendo acontecer, deixando o leitor parte integrante do
momento, porém com a impotência de quem lê o que já aconteceu e que pode
assistir, viver, mas não mudar os rumos. Eu me apaixonei, tive raiva e voltei a
amar Emilly várias vezes, confesso que fiquei parcial ao que acontecia a
Clarence durante toda a trama, mas ainda sim torcia para que as conquistas de
ambos os unissem ou os tornassem felizes em separado. E com aquela sensação de
não conseguir deixar a história de lado depois do fim, me rendi à amostra de Hannah
completamente desesperada para continuar em Gaia e não me despedir desses
personagens que me conquistaram de forma irrevogável.
Termino assim minhas palavras sobre essa leitura, que espero de coração que você faça e venha me contar como foi, para você, conhecer esse lugar incrível criado pela autora. A edição que li foi em e-book, com uma capa estonteante e revisão de texto impecável.
Nota :: 4,5
Informações Técnicas do livro
Emilly Johnson
Melindrosas de Gaia #1
Ano:
2020
Páginas:
296
Editora:
Independente
Sinopse:
Emilly Johnson é
filha do barão de Sweet Village, um pequeno vilarejo situado em um país chamado
Gaia. Ela se recusa a sucumbir aos padrões impostos pela sociedade, não se
curva aos valores provincianos e indigna-se com o fato de, simplesmente por ser
uma mulher, não poder ser uma herdeira. Mas isso não a impede de lutar pelas
terras onde nasceu.
Clarence Beaufort
fora trazido a Sweet Village ainda jovem, para assumir a falida herdade de um
primo distante. Encantou-se perdidamente por Emilly, no instante em que a viu.
Contudo, Milly sempre deixou claro que não iria se casar.
Ao receber uma
carta, que muda para sempre o seu destino, Clarence percebe que a salvação de
Sweet Village depende de uma importante decisão, e ele precisa se render aos
mais insanos planos do barão, que fará de tudo para casar a filha.
Venha se
apaixonar por essa divertida e intensa viagem aos loucos anos 20.
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