O Navio dos Mortos já se inicia com uma participação pequena, mas muito nostálgica e feliz de Percy Jackson e Annabeth Chase, enquanto Magnus se prepara para viajar por mar e enfrentar Loki, para impedir o Ragnarok. Ele recebe algumas dicas e treinamento do filho de Poseidon sobre viagem e aventura marítima. Devo deixar registrado aqui que uma das melhores coisas do Riordanverso são esses clossovers dos personagens, assim, mesmo que a história de Percy tenha chegado ao fim, é muito incrível ter uns vislumbres de como está sua vida através de outras histórias que estão sendo contadas. Eu sou muito fã de Rick Riordan por isso.
— Palavras podem ser mais letais que lâminas, Magnus.
Conforme o livro vai se desenvolvendo, conseguimos perceber como Magnus é diferente de alguns protagonistas anteriores de Tio Rick, apesar de uma boa base de luta e ter sua espada mágica (Jacques), ele não é um super espadachim como os outros, e sim o curandeiro do seu grupo, é bem legal isso de o protagonista não ser exatamente o mais forte, o que tem muito a ver com ser filho de Frey, que é considerado um deus pacifista. Falando em espada, não tem como não falar da espada mágica falante de Magnus, ela dá o maior ritmo de humor a história e a forma que ele se apaixona por toda e qualquer outra espada é bem engraçado, acabei shippando Jacques com Contracorrente — a espada de Percy — (risos).
Para além de Jacques, em Navio dos Mortos conseguimos nos apegar mais aos personagens secundários da história. Se no primeiro livro senti saudade de desenvolvimento, esse livro veio para reparar esse pequeno erro. Os inseparáveis elfo Hearth e o anão Blitz continuam junto com Magnus e agora sentimos uma amizade cada vez mais fortalecida e a história deles mais desenvolvida, assim como a de Samirah, que o autor retrata de forma poderosa e com delicadeza com relação a sua religião, crenças paralelas ao mundo nórdico. Outra surpresa boa nesse livro foi o desenvolvimento da vida dos amigos de corredor de Magnus, a Mallory, Mestiço e T.J., o que eu havia sentido falta nos livros anteriores e, finalmente, tiveram a atenção merecida.
Alex. Quanto mais eu descubro sobre você, mais eu te admiro.
Mas de todos os personagens que amei conhecer mais ainda, nada se compara com Alex Fierro. Eu me vi completamente apaixonada e amando a relação dela/dele com Magnus, um dos casais que mais shippei no Riordanverso, e é desenvolvido de forma tão natural e sem tabu que tenho que bater palmas para Rick nisso, não teve como não se encantar, mesmo com alguns erros, acho que a criação de uma personagem feito Alex foi um bom ponto positivo do Riordanverso.
O mundo, os mundos, eram bem mais interessantes por causa da mistura constante.
Por fim a trilogia teve um desfecho muito bom, mas fiquei com muito gostinho de quero mais de Magnus e Alex, então o que me resta é ter esperança de que Rick Riordan decida dar mais um pouco deles em algum Riordanverso possível. Então eu indico muito essa trilogia nórdica para vocês e espero que leiam antes do Ragnarök.
— Eu me dei conta de uma coisa: não dá pra sentir ódio para sempre. Não vai afetar nem um pouco a pessoa que você odeia, mas vai te envenenar, com certeza.
Informações Técnicas do livro
O Navio dos MortosMagnus Chase e os Deuses de Asgard #3
Rick Riordan
Tradução: Regiane Winarski
Ano: 2017
Páginas: 368
Editora: Intrínseca
Sinopse:
O destino dos mundos está de novo nas mãos de Magnus Chase. Será que ele vai conseguir derrotar Loki de uma vez por todas?
Nos dois primeiros livros da série, Magnus Chase, o herói boa-pinta que é a cara do astro de rock Kurt Cobain, ex-morador de rua e atual guerreiro imortal de Odin, precisou sair em algumas jornadas árduas e desafiar monstros, gigantes e deuses nórdicos para impedir que os nove mundos fossem destruídos no Ragnarök, o fim do mundo viking. Em O navio dos mortos, Loki está livre da sua prisão e preparando Naglfar, o navio dos mortos, para invadir Asgard e lutar ao lado de um exército de gigantes e zumbis na batalha final contra os deuses.
Desta vez, Magnus, Sam, Alex, Blitzen, Hearthstone e seus amigos do Hotel Valhala vão precisar cruzar os oceanos de Midgard, Jötunheim e Niflheim em uma corrida desesperada para alcançar Naglfar antes de o navio zarpar no solstício de verão, enfrentando no caminho deuses do mar raivosos e hipsters, gigantes irritados e dragões malignos cuspidores de fogo. Para derrotar Loki, o grupo precisa recuperar o hidromel de Kvásir, uma bebida mágica que dá a quem bebe o dom da poesia, e vencer o deus em uma competição de insultos. Mas o maior desafio de Magnus será enfrentar as próprias inseguranças: será que ele vai conseguir derrotar o deus da trapaça em seu próprio jogo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário!! Bem-vindo(a) ao Clube do Farol!