Olá, pessoas!! Que aí gosta de fantasmas? Ao menos em histórias, eles rendem ótimo assunto e com uma capa que achei linda e contendo um gato nela, a única reação foi: “Já quero ler!!!”. Então, vamos ao que eu achei da leitura.
Esse livro vai nos apresentar Cassidy Blake e sua vida simples e tranquila com seus pais no subúrbio. Sua vida é perfeitamente normal — “só que não!” —, afinal ela consegue se mover, através do Véu, entre o mundo dos vivos e o dos mortos e tem como melhor amigo Jacob, um fantasma.
Alguma coisa aconteceu no dia que Jacob me tirou da água. Acho que o tirei de um lugar também, e ficamos interligados. Então, agora, não sou inteiramente viva e ele não está inteiramente morto.
A narrativa é em primeira pessoa, e vamos acompanhando os pensamentos e a visão de Cass dos fatos e, claro, da história à medida que ela acontece. Eu realmente gostei da ideia do livro e achei uma visão bem nova de um tema conhecido: “— Eu vejo gente morta, com que frequência? — Todo o tempo”. Mas outra pegada legal é que o foco do livro, apesar de uma personagem adolescente, não é um triangulo amoroso ou a disputa por alguma popularidade. Porém, essa vida, até tranquila, está prestes a mudar, quando seus pais, escritores famosos de uma série sobre fantasmas, são convidados por uma emissora de televisão para apresentar um programa sobre os lugares mais assustadores do mundo. Seu cotidiano vira de cabeça para baixo.
A primeira parada é em Edimburgo, na Escócia, e situações que já eram fora do comum, começam a acontecer em um grau hiperlativo. Com certeza, esse livro sendo o primeiro da série deixa um gosto de quero mais, afinal essa é apenas a primeira parada!! Não é apenas o final que faz essa vontade ser grande, é toda a trama. Porque, além de se apaixonar por Cass e já torcer pelo Jacob, você se encanta com os pais de Cassidy e também com seu gato Ceifador.
Na Escócia, ela se vê cercada, para onde quer que olhe, por fantasmas de todos os tipos, e, é claro, nem todos são gentis e amigáveis, mas amei o fato de a autora ter ido em busca de espíritos antigos e não criando novos para essa história. Como a lendária Rapina Rubra, um espírito maligno e que não se sabe bem como era sua verdadeira história, porém todos sabem que ela surge a cada inverno para assombrar a população local, em especial as crianças.
Havia uma mulher, bela com a sua pele branca e os cabelos pretos, e um menininho que adorava sair por aí. E certa vez, houve um inverno cruel, com uma tempestade de neve que deixou a cidade inteiramente branca, e o menino saiu para brincar e não voltou mais. A mulher colocou sua capa vermelha para que o menino pudesse vê-la e foi às ruas. Ela chamou a criança e cantou para ele, e pediu por ele, mas o menino nunca voltou para casa (...) — Rapina Rubra, lenda local.
A narrativa dessa autora me conquistou de uma forma incrível, caminha a passos largos para ser uma das minhas favoritas da vida. O texto flui? Pessoa, eu levei 3 horas para começar e terminar o livro de forma ininterrupta. Foi começar e só parar quando terminou. Eu gostei muito da forma como ela estruturou a história, envolvendo sempre fatos e locais reais, descrições na medida e o toque de fantasia sempre beirando a crença e a descrença. O porém ficou pelas referências, que além de maravilhosas, acabaram por ficando um tanto pesadas e forçadas em alguns momentos. Os personagens são, sem dúvida, o ponto-chave, porque te faz ter apego imediato por eles. Achei todos carismáticos, mesmo os de relance, mas falando isso dos mortais, alguns dos fantasmas cumprem bem seu papel nos dizendo porque eles devem seguir seu caminho e partir para onde quer que eles vão depois. Os pais da Cassid são maravilhosos e confesso que Jacob é muito fofo.
Algumas pessoas chamam isso de intuição, outras de clarividência. Aquele formigar no limite dos seus sentidos avisando a você que existe algo além.
A linguagem é contemporânea e penso que ficou muito bem aos personagens, em especial os destaques para as diferenças entre idiomas como inglês americano, britânico e a cadência das pessoas. Os diálogos são um caso à parte, afinal como conversar com um fantasma sem dar pinta de ser louca por ver aquilo que ninguém mais vê? Cruzando a cidade e passando pelos pontos turísticos mais célebres da região — do cemitério Greyfriars ao bar The White Hart Inn, do Beco de Mary King ao castelo de Edimburgo —, nós vamos, juntos a Cassidy e Jacob, conhecer algumas fábulas, mitos e segredos da cidade, e confrontar a história sangrenta e sobrenatural da capital escocesa.
Quando salvei você daquele rio, você me salvou de uma coisa também.
Para mim, é uma série muito bem-vinda a quem ficou órfão de A Mediadora (também publicado pela Galera Record) e, claro, para quem ama Harry Potter, afinal você se lembra de que falei sobre referências. Enfim, pegue seu espelho e se jogue nessa aventura!!!
O que falar sobre essa edição maravilhosa??? Uma capa linda com detalhes em prata que brilha, no verso da capa contém um mapa dos pontos turísticos de Edimburgo, com destaque para os da história. A encadernação e a impressão estão ótimas, o papel amarelo e a diagramação confortável para leitura. Uma excelente tradução e revisão, sem eu ter notado erros de digitação ou ortografia.
Informações Técnicas do livro
A Cidade dos Fantasmas
Cassidy Blake #1
Victoria Schwab
Tradução: Marcela Filizola
Ano: 2021
Páginas: 225
Editora: Galera Record
Sinopse:
Em A cidade dos fantasmas, uma fantasia young adult de Victoria Schwab, conheça a história de Cassidy Blake. Seus pais são os conhecidos Espectores, uma famosa dupla de caça-fantasmas. No entanto, em segredo, quem realmente consegue ver – e se comunicar – com os espíritos é a própria Cass.
Cassidy Blake vive uma rotina simples e tranquila com seus pais no subúrbio. Sua vida é perfeitamente normal – exceto pelo fato de ela conseguir se mover, através do Véu, entre o mundo dos vivos e o dos mortos e por ter como melhor amigo Jacob, um fantasma.
Quando seus pais são convidados por uma emissora de televisão para apresentar um programa sobre os lugares mais assustadores do mundo, seu cotidiano vira de cabeça para baixo. Em pouco tempo, estão todos – Cassidy, seus pais, seu melhor amigo fantasma e Ceifador, seu gato – em direção à superassombrada Edimburgo, na Escócia, a primeira parada do roteiro do programa… e situações fora do comum começam a acontecer.
Na Escócia, Cass se vê cercada, para onde quer que olhe, por fantasmas de todos os tipos, e, é claro, nem todos são gentis e amigáveis. Em meio às incertezas sobre como deve usar seu dom, Cassidy e Jacob se deparam com a Rapina Rubra, um espírito maligno e lendário que surge a cada inverno para assombrar a população local – principalmente as crianças.
Cruzando a cidade e passando pelos pontos turísticos mais célebres da região – do cemitério Greyfriars ao bar The White Hart Inn, do Beco de Mary King ao castelo de Edimburgo -, Cassidy e Jacob conhecem a fundo as fábulas, mitos e segredos da cidade, e precisam confrontar a história sangrenta e sobrenatural da capital escocesa.
Ainda que em meio a uma empreitada de muitas reviravoltas, os poderes de Cassidy – além de sua bravura e coragem – a levarão a uma batalha épica e, para salvar a si mesma e aos que ama, ela precisará de um impulso e determinação finais, que se estendam tanto pelo enérgico mundo dos vivos quanto pelo sombrio mundo dos mortos.
“Essa atmosférica histórica de fantasmas de Schwab arrepia e encanta enquanto desafia os leitores a enfrentar seus medos.” – Publishers Weekly
Sou apaixonada em histórias de fantasmas, quero muito ler A Cidade Dos Fantasmas, a capa também me chamou muita atenção.
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