Hoje eu vim falar pela segunda vez de Diáspora. Antes do lançamento tive o privilégio de ler o início e pude falar para vocês sobre a minha primeira impressão (confira aqui), agora, depois de um bom longo tempo, confesso (estava em uma ressaca literária forte), peguei para ler e finalmente posso conversar com vocês da minha opinião completa do livro inteiro.
Um dos principais protagonistas é Trizno, um aprendiz que é procurado pelo assassinato dos seus mestres, que seriam os magos mais poderosos desse universo (só por aí já dá pra imaginar o quão poderoso nosso aprendiz pode ser), além do roubo de armas lendárias.
Logo no início da jornada acompanhamos ele com um grupo que se opõem ao reino e com quem divide essas armas, uma das coisas mais interessantes é a forma agitada que o livro começa, conhecemos o núcleo de Trizno logo dentro de uma batalha, em que ele se mostra extremamente poderoso, e digamos também engraçado, eu gosto como ele consegue ser o protagonista e o alívio cômico ao mesmo tempo (risos).
Neste começo também é nos apresentado Moraiata, que se torna também muito importante dentro de uma jornada separada por boa parte da leitura, mas tem sua importância em si. Confesso aqui que, apesar disso, poder acompanhar Trizno sempre foi a parte mais legal para mim.
Desejo expressar o prazer imenso em conhecê-lo, herdeiro da Diáspora.
Existem tantas reviravoltas no decorrer que infelizmente não vou poder dar muitos detalhes na resenha, mas gostei bastante e me surpreendi com uma mistura incrível de fantasia e algumas respostas que tinham fatores de ficção científica. Uma das coisas mais comuns que encontramos na literatura é a volta para uma realidade passada através de dimensões, eu senti durante a leitura que a diáspora de Trizno os levou não para o passado nem para um futuro distante, mas um presente diferenciado de acordo com o universo, é algo difícil de explicar para quem não leu, mas foi uma sensação fascinante.
Pontuando outra coisa que gostei foi o bom humor adicionado mesmo em momentos tensos, mas em outros momentos preferia que ações que foram descritas como engraçadas fossem desenvolvidas, não apenas pontuadas.
Yolanda e Trizno foram dois personagens que se destacaram para mim, Reno teve momentos por sua personalidade diferenciada, o que senti que atrapalhou meu apego em alguns personagens secundários e/ou importante foi a quantidade deles, em muitos momentos senti um excesso de informações que me deixou muito confusa conforme o livro foi se desenvolvendo, não que isso me atrapalhasse de entender o núcleo principal, mas outros me deixaram tendo que parar para conseguir acompanhar as várias coisas que aconteciam.
Em si achei que Diáspora foi tanto um livro que o universo criado foi tão protagonista quanto Trizno, ele se destacou bem mais que alguns secundários, pois, apesar de não me apegar a esses, eu me apegava as suas missões, torcendo para que o melhor acontecesse, o que nem sempre acontecia (risos).
Ainda estou em choque com o final dessa história, entre alguns sentimentos ou outros que senti, foi muito bom essa complexidade do bem e do mal entre os personagens, a humanidade não diz apenas sobre bondade, nem sempre existe o bom e o mau, foi uma boa experiência de leitura. Até mais.
Trizno significa fim.
Informações Técnicas do livro
DiásporaAno: 2021
Páginas: 336
Editora: Coerência
Sinopse:
O aprendiz Trizno é procurado pelo assassinato de seus mestres: três dentre os mais poderosos magos existentes no mundo. Como se não bastasse, roubou armas lendárias e reuniu um grupo para se opor ao reino e impedi-lo de recuperar suas relíquias. O rei, frustrado por anos falhando em capturar esses criminosos, ordena uma investida impiedosa para subjugar o assassino e ladrão. Contudo, mesmo encurralado por centenas de soldados e magos, ninguém imaginava que Trizno poderia escapar usando uma magia quase esquecida e a mais antiga do seu mundo, a Diáspora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário!! Bem-vindo(a) ao Clube do Farol!