Resenha :: O Véu Entre Mundos
André Gama
junho 20, 2019
8 Comentários
Queridos faroleiros, já
li Graham: O Continente Lumúria
(resenha aqui) e Lazaro: A Maldição dos Mortos (resenha aqui) do autor paulista Vinicius Fernandes,
mais conhecido pelo pseudônimo A. Wood. Só faltava O Véu Entre Mundos dele para
ler.
Stephen King disse,
em A Torre Negra, que há
outros mundos além deste. E se o véu que divide esses mundos começasse a se
rasgar? A partir dessa premissa, o autor desenvolve a história de Alice
Limberger.
Alice está cansada de sua vida
estressante. Ela estuda letras à noite e durante o dia trabalha em uma escola
onde ensina inglês para crianças. Alice ainda tem que dividir sua atenção com o
namorado Marco e a mãe que trabalha na lanchonete da família.
Alice e Marco se conheceram no
colegial e já namoram há uns 3 anos. Os dois estavam fazendo piquenique no
parque do Ibirapuera quando viram surgir um portal em pleno ar.
O frio aumentou de supetão e, por um momento, a moça não soube distinguir se o que via era real ou se ela estava tonta e prestes a desmaiar. A área que a separava do namorado parecia estar borrada [...]. Mas, na fração de segundos após isso, o barrão sumiu e houve um barulho de implosão, como se o próprio ar tivesse se consumido.
Esses portais sobrenaturais
começam a aparecer aleatoriamente em diversos lugares do planeta, provocando o
desaparecimento de várias pessoas e o aparecimento de fadas, seres que até
então só existiam em livros de fantasia.
Gosto muito da forma como o
autor conduz suas histórias. Ele começa devagar e aos poucos você vai se
envolvendo com a narrativa e se afeiçoando aos personagens. Em Graham e Lázaro há personagens gays, mas
o foco da história não é a sexualidade deles. É apenas uma de suas
características. Acho isso bem inovador. Não temos um personagem gay em O Véu Entre Mundos, mas Alice
precisa conhecer a sua história, saber quem realmente é, para poder se
aventurar entre os mundos. (Não é
exatamente isso que os gays precisam fazer?)
Comprei a obra direto com o
autor. A edição tem boa diagramação, páginas amarelas e um mapa do Reino de
Fäerie. No início de cada capítulo há uma ilustração de dois belos unicórnios.
O livro que recebi, devidamente autografado <3 , não tem orelhas, mas sei
que a editora Selo Jovem lançou alguns títulos nas duas
versões: com e sem orelhas.
Mais uma vez o autor A.
Wood entrega uma fantasia bem construída que se passa em plena São
Paulo, com personagens imperfeitos e uma boa dose de ação.
Fiquei sabendo que o autor vai
relançar Graham: O Continente
Lumúria em uma edição ilustrada e com final alternativo pela
editora Pandragon. Além disso, temos uma nova história saindo do
forno para a Bienal do Rio deste ano.
Com
amor, André
Nota ::




Informações Técnicas do livro
Ano: 2016
Páginas: 208
Editora: Selo Jovem
Sinopse:
"O
andarilho sorriu satisfeito mais uma vez. Aquele não era o seu mundo. Tudo ali
era muito diferente do que aquilo com que estava acostumado. Mas isso não
significava que já não tivesse visto aquelas coisas antes. Ele estudara por
muito, muito tempo.
E
agora finalmente conseguira.
Havia
cruzado a barreira entre dois mundos."
Nós
não estamos sozinhos no Universo.
Quando
Alice Limberger e seu namorado, Marco, têm um estranho encontro com uma fada no
parque do Ibirapuera, suas vidas e a de todos os moradores da cidade de São
Paulo começam a mudar da noite para o dia. Portais sobrenaturais se abrem
misteriosa e aleatoriamente em diversas regiões, ocasionando no sumiço de
pessoas e no aparecimento de seres que até então só existiam em livros
infantis. Como e por que esses portais estão aparecendo, Alice não consegue
explicar, mas descobrirá que é apenas o começo de uma reação em cadeia na qual
ela está envolvida no centro de tudo.
A editora Selo Jovem é
uma empresa independente, que atua no mercado do livro desde 2013. É uma
editora com base sólida e confiável, pois o objetivo da Selo jovem é
publicar obras com 100% de qualidade literária, sem pressa e trabalhando duro
na revisão dos textos; sem jamais desistir, para ganhar experiência e
amadurecer a cada dia.