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10 fevereiro, 2018

Resenha :: O Príncipe Serpente (The Serpent Price)

fevereiro 10, 2018 0 Comentários

O terceiro livro da Trilogia dos Príncipes, O Príncipe Serpente encerra contando a história do último personagem da amizade entre Edward de Raaf, Harry Pye e Simon Iddesleigh. Vale destacar que no segundo e terceiro livro a participação desta amizade é basicamente no final da história, mas neste terceiro temos spoiler do final do primeiro e segundo, então se você tiver interesse de ler os livros anteriores a este, leia na sequência.

Por mais incrível que possa parecer, neste terceiro livro temos o personagem mais “sombrio”, escondido numa fachada de irreverência e irresponsabilidade, mas é a história mais romântica e sensível da trilogia, acaba por ser a menos hot também. Mas assim como as outras é uma história que nos traz grandes lições. Preciso destacar também que o figurino do século XIII não é o melhor. Por favor, os homens usando perucas coloridas e com cachos, fora a maquiagem, é simplesmente ridículo. Ri muito imaginando os figurinos masculinos nesta trilogia.

Lucinda Craddock-Hayes é uma jovem que vive na cidade de Maiden Hill, em Kent, com seu pai. Ela é uma moça com idade já avançada, que vive uma vida na mais absoluta simplicidade. É uma moça caridosa, gentil, porém sincera e muito inteligente. Sem muitas expectativas em relação ao seu futuro, principalmente ao casamento. Mas num dia sua vida muda radicalmente ao encontrar um homem nu jogado em uma vala praticamente morto e como não podia ser diferente, o socorre, levando para a sua casa. E para sua surpresa e alegria, ela além de conseguir salvá-lo, descobre que seu lindo e perturbador paciente, é um nobre.

Simon Matthew Raphael Iddesleigh se tornou visconde, para sua infelicidade, com o falecimento de seu irmão e que desde então busca vingança pela sua morte, mas vamos descobrir que o motivo é muito mais profundo e triste. É por isso que ele acaba sendo atacado, numa tentativa de também assassiná-lo. Simon só não esperava que em sua vivência no inferno um anjo apareceria em seu caminho. Ao despertar em um quarto simples, e vê uma jovem, vestida de maneira singela, com um rosto sério, porém de lábios tentadores, ele passa a considerar Lucy, um anjo em sua vida, principalmente porque ela parece enxergar o que acontece no mais profundo de sua mente.

“Era difícil dizer por que a donzela rural o fascinava tanto. Talvez fosse simplesmente a atração das trevas pela luz, o demônio querendo despojar o anjo, mas ele achava que não. Havia algo nela, alguma coisa significativa, inteligente e perturbadora para sua alma. Ela o tentava com o perfume do paraíso, com a esperança da redenção, por mais impossível que isso fosse”.

Vale destacar como os personagens infantis sempre trás algo maravilhoso para as histórias, num é mesmo? Às vezes, eles são até os melhores personagens. Neste livro temos a sobrinha de Simon, Theodora, uma criança linda e esperta, e muito divertida, que para mim fez com que esta história fosse tão especial.

“- E você pode me chamar de chaveirinho, porque é assim que meu tio Simon me chama. Eu o chamo de tio Sisi porque todas as moças fazem um barulho que parece o som de si-si quando ele passa. Acho que é um suspiro”.

Para mim a trilogia terminou de uma maneira muito boa, onde a autora conseguiu construir personagens diferentes, movidos pelo amor e amizade ao invés de convenções impostas pela sociedade.

A capa é linda e a impressão em papel amarelo como sempre só facilita a leitura. A tradução está ótima, porém neste livro tivemos mais uma tradutora, mas manteve-se a qualidade dos livros anteriores. Creio que a história conseguiu cumprir todos os requisitos para uma ótima leitura e por isso dou nota 5/5 para este livro também.

Para curiosidade, a autora escreveu um conto, baseada em uma personagem secundária desta trilogia, intitulada A Princesa de Gelo.

Boa leitura,

Carol Finco


Nota :: 



Não deixe de conferir as resenhas dos livros anteriores:



Informações Técnicas do livro

O Príncipe Serpente
Trilogia dos Príncipes #3
Ano: 2017
Páginas: 364
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
O terceiro livro da aguardada série de romances de época com uma forte pitada de erotismo.
Quando o diabo encontra um anjo... Lucy Craddock-Hayes está satisfeita com a vida tranquila no interior. Até o dia em que tropeça num homem inconsciente — um homem inconsciente e nu — e perde para sempre sua inocência. Ele pode levar ao paraíso... O visconde Simon Iddesleigh apanhou de seus inimigos até quase morrer. Agora ele está determinado a se vingar. Mas quando Lucy cuida dele para restaurar sua saúde, a sinceridade da jovem surpreende sua sensibilidade calejada — e desperta um desejo que ameaça consumir os dois. Ou ao inferno. Encantada com a inteligência perspicaz de Simon, com seus modos urbanos e até com seus sapatos de solado vermelho, Lucy rapidamente se apaixona por ele. Embora sua honra o mantenha longe dela, a vingança envia os agressores de Simon à sua porta. Enquanto o visconde entra em guerra contra seus inimigos, Lucy luta pela própria alma, usando a única arma que tem — seu amor...

22 dezembro, 2017

Resenha :: O Príncipe Corvo (The Raven Prince)

dezembro 22, 2017 0 Comentários

Olá pessoal, vocês irão ler resenhas minhas com mais frequência agora no Clube do Farol, já que me tornei uma colunista aqui e espero passar para vocês todo o amor que tenho por romances e lhes dar várias dicas legais.

Hoje venho escrever sobre o romance de época O Príncipe Corvo. Um dos lançamentos da Editora Record este ano e o primeiro livro de uma trilogia. Esta história eu já havia lido a muitos atrás e quando vi que seria lançado e com estas capas fantásticas eu não podia ficar sem adquiri-las, afinal, eu amei as três histórias e pra minha alegria pude ler em livro físico e com uma ótima tradução.

Alguns podem até dizer que esta história é uma releitura da Bela e a Fera, porém a autora fez algumas modificações que faz com que a história ficasse bem mais que uma releitura, para mim ela é original, e quem pode nos dizer que o autor da Bela e Fera não se inspirou em um conto mais antigo??

Anna Wren é uma dama filha do falecido vigário da vila, também é uma jovem viúva que só não ficou sozinha no mundo porque mora com a sogra que lhe trata com muito amor e há também uma jovem órfã que as duas acolheram quando criança e que ajuda nas tarefas domésticas. O marido da Anna por ter morrido muito jovem não conseguiu deixar uma boa condição financeira como herança e depois dos vários anos transcorridos da viuvez a Anna não está conseguindo mantê-las fora das dificuldades, com isso ele decide que precisa trabalhar, pois o que adianta ser uma dama, mas morrer de fome?

Aqui entra a primeira coisa que faz esta história poder ser diferente, ela não é nenhuma jovem inocente e tola, já é uma mulher e que enfrentou e enfrenta algumas dificuldades em sua vida, a outra é que ela não é uma mulher extremamente linda, apesar de não ser feia.

“Era uma mulher sem atrativos. Tinha um nariz comprido e fino, olhos castanhos e cabelo castanho – pelo menos os fios que ele conseguia ver. Nada nela era extraordinário. Exceto a boca”.

Então que ela decide procurar emprego na maior casa da região, a do misterioso Conde de Swartingham, que depois de muitos anos longe da propriedade resolveu retornar e morar nela novamente. Pra sua sorte ela descobre que seu administrador, o Sr. Felix Hopple está procurando um novo secretário para o Conde e de tão desesperado em cumprir esta obrigação, aceita a proposta da Anna e se aproveita do fato que poderá comprovar se ela dará conta do recado antes de apresenta-la ao Conde, já que o mesmo irá fazer uma viagem.

Tenho que dar um destaque para o Felix, este personagem secundário tem um papel bem legal na história e não ficou esquecido pela autora ao longo dela, ele também é quem nos proporciona a maior parte das cenas cômicas no livro.

“Félix Hopple fez uma pausa diante da porta da biblioteca do conde de Swartingham para avaliar sua aparência. A peruca, com dois cachos grandes bem enrolados de cada lado, fora empoada recentemente num tom vistoso de lavanda. Sua estrutura física – bastante esbelta para um homem de sua idade – era destacada por um colete cor de ameixa com um padrão de folhas de videira amarelas na barra. E suas calças, com listras alternadas em verde e laranja, era bela sem ostentação. Sua toalete era perfeita”.

Edward de Raaf, o Conde de Swartingham, foi o único sobrevivente em sua família da epidemia de varíola, ele é literalmente um ogro devido às cicatrizes da doença e também por causa de seu temperamento. Ele sofreu muito com a perda de sua família e por isso se fechou emocionalmente. Sua paixão é a terra e assim como seu pai trabalha com ela diretamente e com todos os seus arrendatários e isto lhe torna um aristocrata diferente dos outros. Ele também não tem papas na língua, mas tudo o que realmente deseja é formar uma família e ter herdeiros para perpetuar a sua herança e sua descendência. 

Mas qual foi a sua surpresa ao chegar a casa e descobrir que seu novo secretário na realidade é uma mulher e para piorar uma que não se assustava com seu modo de falar e muito menos perdia a compostura e discutia com ele. Ele iria testar até onde ela aguentaria, afinal os seus manuscritos estavam impecáveis.

“Ele para e examinou uma folha que estava sobre a mesa. Anna abriu a boca para tentar se explicar novamente, mas se distraiu ao notar que o conde acariciava a pena enquanto lia. Suas mãos eram grandes e bronzeadas, mais que as mãos de um cavaleiro deveriam ser. Pelos negros cresciam no dorso. E a ideia de que provavelmente ele tinha pelos no peito também surgiu em sua mente. Ela se esticou e pigarreou”.

O que fazer em relação à atração imediata que um estava sentindo pelo outro? Eles eram muito diferentes e tinham propósitos diferentes para suas vidas, mesmo tendo considerado um ao outro feio e sem atrativos no primeiro momento.

Esta história é diferente dos romances de época que estamos acostumados por vários motivos e é um dos fatos que me fez gostar bastante dela. A primeira é que temos um conto do Príncipe Corvo sendo narrado no início de cada capítulo, isto faz parte de um livro que a Anna está lendo e tem um significado bem especial da história, a segunda é os próprios personagens como descritos acima. A outra é que devido ao fato da Anna ser viúva, a autora pode tratar dos desejos femininos e não apenas do aspecto masculino que sempre permeiam as histórias. A Anna acaba por gostar do Conde e vai atrás dele de uma maneira secreta para realizar os seus desejos. Isto dá o tom hot da história. Outra diferença é que como o conde não se preocupa com a maneira de falar ele é bem escrachado em expressar sua opinião e sentimentos, principalmente no que diz respeito aos seus desejos, o que torna a história bem descritiva nos momentos hot.

Amei o fato dos personagens principais não serem mimizentos, pelo contrário, sabem o que querem e vão atrás, do fato da narração não ser do ponto de vista de um único personagem e da maneira com que a autora trabalhou toda a história. Gosto mais ainda do final da história. Me coração vibrou de alegria quando terminei a leitura. Gostei desta história desde a primeira vez que li e mais ainda com nesta tradução e edição da Record que realmente ficou maravilhosa. Vale destacar que os livros desta trilogia são histórias independentes, este livro só nos apresenta os personagens masculinos principais das histórias seguintes.

Realmente me apaixonei por esta capa linda e a impressão em papel amarelo só deixou a leitura melhor. Dou nota 5/5 para esta história com alegria e se você que diz gostar de romance ler este livro e não gostar, aff, digo que não podemos ser amigas... kkkkkk... Brincadeirinha, mas realmente espero que gostem.

Boa leitura,

Carol Finco

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Príncipe Corvo
Trilogia dos Príncipes #1
Ano: 2017
Páginas: 350
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante.

Chega uma hora na vida de uma dama...
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil.
Em que ela deve fazer o inimaginável...
O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude.
E encontrar um emprego.
Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante.