17 outubro, 2017

Especial :: Criaturas do Terror

outubro 17, 2017 23 Comentários


No dia 31 de Outubro é comemorado o Dia das Bruxas, também conhecido como Halloween! Nos Estados Unidos e no Reino Unido a data é muito aguardada... As crianças se fantasiam e saem pedindo doces de porta em porta, as casas recebem decorações temáticas, assim como os bares e pubs das cidades, alguns estabelecimentos fazem programações especiais, existem diversas festas para balançar o esqueleto, entre outras atrações.

No Brasil, as comemorações ainda são bastante isoladas, mas o Clube do Farol não poderia deixar essa icônica data passar em branco, não é mesmo

Portanto, neste especial selecionei alguns ícones do universo terror/horror que com toda certeza serão uma maravilhosa companhia para o mês de Outubro, ou quem sabe para toda sua vida!


1 – Lobisomem:

O Lobisomem (ou Licantropo) é um ser lendário e metamórfico, ou seja, um homem que se transforma em lobo em noites de lua cheia. A origem da lenda remonta a tempos antigos e à cultura europeia, segundo a crença popular este ser é sensível a prata.
        
Um dos filmes que reforçou o mito do Lobisomem foi “The Wolf Man” uma produção estadunidense de 1941, escrita por Curt Siodmak e dirigida por George Waggner. Em 2010, o filme ganhou um remake que contou com a direção de Joe Johnston, roteiro escrito por Andrew Kevin Walker e David Self, além de nomes como Benicio Del Toro e Anthony Hopkins no elenco, para coroar, a produção recebeu um Oscar em 2011 por melhor maquiagem.

Recentemente foi publicado no Brasil o livro de Clecius Alexandre Duran, “Crônicas de Lua Cheia – A Maldição do Lobisomem” que reforça o mito, e mostra todos os conflitos internos da disputa entre o homem e a fera. Você tem coragem de se aventurar por este universo?


2 – Frankenstein:

Em 1818, a jovem Mary Shelley publicou seu romance de terror gótico intitulado “Frankenstein ou o Moderno Prometeu”, que é considerado como a primeira obra de ficção científica da história. O enredo consiste na ambição de um estudante em dar vida à matéria morta, e após concluir o feito, ele foge ao ver sua criação e a deixa à mercê, restando à criatura ir atrás de seu criador.  O livro sagrou-se como um clássico, e assim permanece até os dias atuais, a criatura já foi inspiração para diversas adaptações cinematográficas, entre elas “Frankenstein de Mary Shelley” de 1994, o longa contou com a direção de Kenneth Branagh, roteiro de Steph Lady e Frank Darabont, e nomes de peso no elenco como Robert de Niro e Helena Bonham Carter.


3 – Bonecos Amaldiçoados:

Quem nunca sentiu um calafrio percorrer a espinha ao notar o olhar vazio de um boneco te observando na calada da noite que atire a primeira pedra! Um dos grandes causadores deste pavor com toda certeza foi o boneco Chucky, ícone da franquia de filmes “Brinquedo Assassino”, que teve seu início ao final dos anos 1980. O enredo da trama se inicia com a fuga de um serial killer obcecado por vodu, abandonado por seu parceiro de crimes, o criminoso se refugia em uma loja de brinquedos, mas é baleado pelo detetive que estava em seu encalço, portanto o serial killer faz o uso de seu conhecimento em magia negra e transfere sua alma para um dos bonecos da loja, a partir daí seu reinado de horror tem início.

Outra famosa boneca amaldiçoada é Annabelle, que hoje habita o museu do oculto do casal Warren. Como se não bastasse, ela serviu de inspiração os filmes “Annabelle” de 2014 e “Annabelle: A Criação do Mal” de 2017. Em 2016, a editora Darkside publicou um livro intitulado Ed & Lorraine Warren: Demonologistas – Arquivos Sobrenaturais” que reúne diversos casos ligados ao sobrenatural, inclusive o da boneca, caso tenha interesse, a resenha do livro já foi publicada no Clube e você pode conferir AQUI.


4 – Casas mal assombradas:

Todos já ouvimos histórias de arrepiar sobre casas e castelos mal assombrados. Existem rumores de pessoas que ouviram vozes, rangidos, gritos, passos, sussurros, quando ninguém mais ouvia. Muitas dessas crenças foram passadas geração após geração, e algumas pessoas acreditavam que um espírito ficava preso no plano terreno, caso enfrentasse uma morte violenta e por tanto, passava a assombrar aquele local.

Muitos locais são tidos como mal assombrados ou amaldiçoados, contudo um deles em especial é lembrado com grande frequência, estamos falando da casa que foi palco para diversos assassinatos sangrentos, se você pensou em Amityville, acertou. O caso tomou proporções gigantescas após ser divulgado amplamente na mídia americana, posteriormente as aflições do casal foram transformadas em um livro escrito por Jay Anson nos anos 1970 (a resenha do mesmo pode ser conferida AQUI) , além de terem existido diversas adaptações cinematográficas, sendo a mais recente “Amityville: O Despertar” de 2017.

Caso queira ver e ler outras histórias sobre locais mal assombrados, CLIQUE AQUI.


5 – Vampiros:


Por fim, escolhi para integrar essa seleção de ícones do terror/horror, as criaturas pelas quais tenho um enorme apreço, estamos falando dos vampiros! As origens das lendas relacionadas a vampirismo são incertas, entretanto o termo Vampiro só se tornou popular nos primórdios do século XIX, sobretudo no continente Europeu. Em 1819, com a publicação do romance de John Polidori intitulado como “The Vampyre: A Tale” começamos a ver vampiros de uma maneira mais sofisticada, e não apenas retratados da forma sanguinolenta como anteriormente, este trabalho influenciou a criação de diversos outros, incluindo aquele que hoje é o responsável pela base moderna de ficção, ou seja, Drácula do autor irlandês Bram Stoker.

Drácula é um romance de ficção gótica publicado em 1897 por Bram Stoker, tem como protagonista o Conde Drácula, e é narrado através de cartas, diários de bordo e jornais. Embora o autor não seja o “pai” dos Vampiros, ele é responsável pela forma como os vemos atualmente, uma vez que seu romance foi responsável pela popularização das criaturas da noite e rendeu diversas adaptações cinematográficas e teatrais. Uma das mais icônicas adaptações é o filme homônimo de 1931 dirigido por Tod Browning e que teve como estrela principal Bela Lugosi, e não podemos esquecer do, já consagrado, “Drácula de Bram Stoker” de 1992 dirigido por Francis Ford Coppola e que contou com excelentes atores como Gary Oldman, Wynona Ryder, Keanu Reeves e Anthony Hopkins.


Espero que tenham gostado do post e das indicações!
                                                                                
Com carinho,
Jéssica Burgos


Fontes utilizadas na produção e/ou como inspiração deste artigo:

13 outubro, 2017

Resenha :: Um dia (One Day)

outubro 13, 2017 2 Comentários

Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988 quando ainda eram universitários. Ambos sabem que após a formatura deverão seguir caminhos completamente diferentes, mas eles precisaram de apenas um dia juntos para descobrir que não podem viver distantes um do outro. Mesmo com tamanho sentimento eles tomam caminhos diferentes e vidas isoladas. Porém o dia 15 de julho nunca saiu de suas cabeças e bastam breves encontros para eles perceberam que pertencem um ao outro.

"De repente me peguei pensando em você, e pensando que pena que não está aqui para ver isso, para vivenciar isso, aí eu tive a seguinte revelação. Você deveria estar aqui comigo."

Você pegando o livro pela primeira vez e lendo essa sinopse já começa pensar que é um livro bobinho de amor que é mais do mesmo e não tem nada para acrescentar. O pior que quando você começa a leitura isso se confirma.

“Você pode passar a vida inteira sem perceber que aquilo que procura está bem na sua frente.”

Estou na minha leitura agradável, a leitura é muito agradável, quando sou pego de surpresa por Emma Morley e o livro toma um rumo completamente diferente daquele que imaginei ao ler a sinopse.

"Ao abraçá-la, a Tottenham Court Road iluminou-se gloriosa e transformou-se numa rua de sonhos."

Em e Dex, Dex e Em são aqueles casais de personagens você gosta de acompanhar até a última página e quando termina você fica triste por não poder saber mais deles. Isso complementando com a história de vida que os dois compartilham conosco. O livro foi muito bem escrito e transmitiu muito bem suas mensagens. A vida é feita de momentos fáceis e está tudo bem e de momentos difíceis onde nada parece dar certo. A vida é assim e não tem como evitar. Contudo, com um pouco de perseverança, foco e ambição você consegue dar a volta por cima, mesmo quando isso não parece ser possível. Aposto que foi nesse ponto que passei amar muito mais a Emma. E o caminho que o Dex fez o oposto e acho que mais doloroso. Você tem tudo e do nada não tem mais nada. Mas nem tudo está perdido. Um pouco de perseverança e você pode mudar sua vida completamente.

"Era hora de dar um sentido à vida. Hora de começar de novo."

David Nicholls nos deu uma aula de boa escrita. Ele conseguiu se redimir comigo, pois eu tinha lido “Nós” e odiado. Digo que darei mais uma chance a ele. “Um dia” é um livro simples e cativante desde o início.

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Um dia
Ano: 2012
Páginas: 420
Editora: Intrínseca
 
Sinopse (Skoob):
Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro.
Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois.
Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.

11 outubro, 2017

Resenha :: Irmãos de Sangue (Blood Brothers)

outubro 11, 2017 0 Comentários

Preciso comentar que depois da Trilogia da Magia e dos Primos O'Dwyer eu pensei que seria mais um livro da mesma temática. Esses primeiros capítulos foram meio arrastados para ler... porém a Nora nunca decepciona e essa não foi a primeira vez.

"As nuvens se agitaram, encobrindo a enorme lua e ofuscando o brilho das estrelas. O sangue deles, misturado, pingou e caiu no chão. O vento uivou furioso. As chamas da pequena fogueira se ergueram como uma torre e os três foram arremessados para longe. Houve uma explosão de luz como se as estrelas tivessem se despedaçado."

A história começa com Giles Dent em uma narrativa contando fatos, que teriam "ecos" no futuro. A caça às bruxas, intolerância e incontáveis são um modo fácil do mal agir através de quem está impregnado desses sentimentos.

"Seu legado para elas era de sangue, coração e visão. Em sua última hora, faria de tudo para lhes prover o necessário, para que carregassem o fardo e permanecessem verdadeiros."

Depois de um salto no tempo a história recomeça a narrativa no ano de 1987. 

Três amigos, com vidas e realidades tão distintas quanto si podem imaginar tem uma amizade improvável, Caleb - o garoto de classe média, Fox - filho de hippies e Gage - o filho do bêbedo. Em comum o mesmo dia, mês e ano de nascimento.

Para comemorar o 10º aniversário eles decidem desfiar ao seus pais e a deus. É nesse contexto que Cal vê a fantasma. E um pequeno acidente, um pacto de sangue, traz de volta o que estava adormecido. É liberto o que estava oculto dentro de casa um deles até aquele momento. Num juramento que se destinava a selar a sua amizade, e eleva-la ao patamar de os tornarem irmãos, porém acabam por libertar algo desconhecido e horrível que regressa a cada sete anos para transformar a pacata vida na pequena cidade de Hawkins Hollow num autêntico pesadelo - Sete dias de inferno, de sete em sete anos.

“– Sangue do meu sangue. Aqui esperarei até virem a mim, até liberarem o que deve ser libertado novamente no mundo. Que os deuses os protejam. ”

Um novo salto no tempo traz a história ao presente.

Por mais que pareça uma história de bruxas não é. É sobre o sagrado e o profano. Espíritos que não vão embora por estarem presos as suas ações em vida ou por quererem ficar e provoca em morte ainda mais mal do que fizeram em vida. É também uma visão da mortalidade. Tanto em vida quando após ela. Da permanência do que somos por nossa linhagem através dos anos e de contabilidade através dos filhos e dos filhos desses filhos.

A chegada a cidade da repórter Quinn Black com objetivo de pesquisar sobre o estranho fenômeno. Mas logo ficamos cientes que ela tem uma aguçada sensibilidade e que esse dom vai deixar claro para ela o mal que vive ali. No decorrer que a história acontece, os fatos vão esclarecendo a história, porém de certa maneira também fazem ela ficar ainda mais confusas e interessantes. 

Porque os mistérios mais óbvios são expostos enquanto tantos outros nada óbvios te prendem a leitura numa busca por essas soluções e repostas. Novos personagens deixam tudo ainda mais complexo e instigante. Como que por acaso temos a chegada de Layla que se viu compelida a ir para aquela cidade, desencadeia situações que fazem com que Quinn recrute Cybil para ajuda-los a encontrar resposta, te prendendo ainda mais nesse mistério por que não tem como não tentar entender o papel de cada um na história. Visto que Gage e Cybil chegam "juntos" a cidade.

Neste livro temos o perfeito equilíbrio entre os elementos que compõem essa história: suspense, mistério, tensão, romance, intriga, fantasia, paranormal… E se a maneira com que a Nora Roberts trabalha os seus enredos é comum entre os seus livros, também temos, a elegância que ela aplica à sua escrita e a riqueza de detalhes que confere às suas descrições tem colocando no ambiente onde ocorre a cena.

Nessa história em especial a Nora "explica" através da personagem porque ela ama contar histórias de terror, e mais uma vez deixa explicito que é fã do Stephen King. E de certo modo essa história tem um toque do "king" na história. Porque? Direi de uma maneira que não dê spoiler ou estrague sua história, mas você deve ter reparado que não são bruxas, magos os personagens dessa história, eram meninos que vieram a ser homens, que fizeram um ritual de irmandade em solo sagrado, despertando espíritos daquele local. (waw tão King não é!).

À medida que os papéis principais são definidos os mistérios só aumentam deixando tudo ainda mais intrigante. Afinal onde tínhamos três personagens principais agora temos 6 figuras centrais e interligadas a trama. E as descobertas ao decorrer do livro, trazem novas perguntas e algumas repostas a antigos questionamentos. No entanto diferente da maioria dos outros livros da Nora essa não é uma história que pode ser lida independente das outras. É mais como a primeira parte de três onde nos vemos presos à expectativa do próximo livro. Slainte!!!!

Essa resenha foi feita em parceria com o Blog Pretenses , então você encontra ela por lá e também a resenha do próximo livro!  A maldição de Hollow #02.

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Irmãos de Sangue
A Sina dos Sete # 1
Título Original: Blood Brothers
Ano: 2017
Páginas: 288
Tradução: Maria Clara de Biase
Editora: Arqueiro
 
Sinopse (Skoob):
A misteriosa Pedra Pagã sempre foi um local proibido na floresta Hawkins. Por isso mesmo, é o lugar ideal para três garotos de 10 anos acamparem escondidos e firmarem um pacto de irmandade. O que Caleb, Fox e Gage não imaginavam é que ganhariam poderes sobrenaturais e libertariam uma força demoníaca. Desde então, a cada sete anos, a partir do sétimo dia do sétimo mês, acontecimentos estranhos ocorrem em Hawkins Hollow. No período de uma semana, famílias são destruídas e amigos se voltam uns contra os outros em meio a um inferno na Terra.
Vinte e um anos depois do pacto, a repórter Quinn Black chega à cidade para pesquisar sobre o estranho fenômeno e, com sua aguçada sensibilidade, logo sente o mal que vive ali. À medida que o tempo passa, Caleb e ela veem seus destinos se unirem por um desejo incontrolável enquanto percebem a agitação das trevas crescer com o potencial de destruir a cidade.
Em Irmãos de sangue, Nora Roberts mostra uma nova faceta como escritora, dando início a uma trilogia arrebatadora em que o amor é a força necessária para vencer os sombrios obstáculos de um lugar dominado pelo mal.

07 outubro, 2017

Filme :: Annabelle 2 - A criação do mal

outubro 07, 2017 2 Comentários

NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 14 ANOS E PESSOAS COM PROBLEMAS PSICOLÓGICOS OU QUE TENHA MUITO MEDO DE DEMÔNIO!


Annabelle. Após a morte de sua filha, Annabelle, seus pais decidem acolher um grupo de meninas desalojadas de um orfanato e uma freira em sua casa. Atormentados pela trágica morte da filha, eles resolvem fazer um pacto para pode, pelo menos, sentir a presença da filha em sua casa. É aí que tudo começa.

O filme tem aquela pegada famosa de que o segundo filme é o primeiro e vice-versa. Isso explicou uma enormidade de coisa no mundo do filme. Isso foi muito bom e ainda deixou alguns pontos para um futuro terceiro filme.

Meus amigos... Eu vou logo falando que achei o primeiro bem pesado e achei o segundo ainda mais pesado. Na grande maioria dos filmes de terror, nós somos introduzidos no suspense primeiro e na metade para o final vem o terror propriamente dito. Aqui logo no inicio já tomamos aquele sustinho básico e na cena seguinte a menina, Annabelle, é atropelada com uma violência... Rapaz. Isso não é spoiler.

E filme de terror bom é aquele que envolve criança e boneco. Nós temos a famosa boneca e uma porrada de garotinha. São umas seis. Tudo indefesa gente. Isso dá uma agonia porque quando o espírito começa mesmo a atormentar todos, elas só ficam pra morrer e é uma correria. É agoniante.

Eu disse no começo que era pesado. Alguns podem achar que o filme é fraco. Só de aparecer o próprio demônio, em minha opinião, é pesado, bom, porque é um filme de terror, e nem tinha que existir. Eu tenho medo mesmo. E temos também algumas deixas para outro filme de terror que não é o da Annabelle. É história que não acaba mais. Isso significa que vamos sofrer mais um pouquinho.

O ambiente em que o filme se passa, o cenário, as fotografias, a trilha sonora, tudo está muito bom. Fiquei imaginando se o filme fosse em 3D, mas depois conclui que isso é impossível. Muitas, muitas pessoas mesmo passariam muito mal.

Comparando os dois filmes, o segundo só leva a melhor porque explica bem os fatos de como tudo começou. Mas os dois são bons. Indico muito e bom filme.

Confira o Trailer:


Informações Técnicas do Filme

Annabelle 2: A Criação do Mal
Gênero: Terror
Duração: 109 min.
Distribuidora: Warner Bros.
Elenco: Stephanie Sigman, Anthony LaPaglia, Miranda Otto, Alicia Vela-Bailey, Talitha Bateman, Lulu Wilson, Philippa Coulthard
Roteiro: Gary Dauberman
Produção Executiva: Walter Hamada, Dave Neustadter, Hans Ritter
Produção: Peter Safran, James Wan
Direção: David F. Sandberg
Sinopse:
Anos após a trágica morte de sua filha, um habilidoso artesão de bonecas e sua esposa decidem, por caridade, acolher em sua casa uma freira e dezenas de meninas desalojadas de um orfanato. Atormentado pelas lembranças traumáticas, o casal ainda precisa lidar com um amendrontador demônio do passado: Annabelle, criação do artesão.

05 outubro, 2017

Resenha :: Fiquei com o Seu Número (I ve got your number)

outubro 05, 2017 2 Comentários

“Mas às vezes precisamos ter coragem. Às vezes, precisamos mostrar às pessoas o que é importante na vida.”

É verdade universalmente reconhecida (ou deveria ser ) que a autora Sophie Kinsella é a rainha suprema quando o assunto é chick-lit. Meg Cabot e Marian Keyes que me perdoem, mas essa é verdade nua e crua. E é uma verdade unicamente reconhecida por mim que Fiquei com o Seu Número é um dos meus chick-lits favoritos... Não, espera ... Isso não parece certo...  E é uma verdade unicamente reconhecida por mim que Fiquei com o Seu Número é o meu chick-lit favorito do universo (agora sim está certo ). E isso é algo notável considerando a quantidade de chick-lits que já li em todos esses anos dessa indústria vital de leitura, que é a minha vida .

E ele é um dos livros que mais fizeram rir na vida (amo rir, você não? ). Não estou falando de risadas que duram dois segundos. Faça-me o favor . Estou falando de rir até sair lágrimas dos olhos, em praticamente o livro inteiro. Estou falando de rir tanto que se você estiver perto de alguém, esse alguém vai achar que você pirou na batatinha. 

“Independentemente do que já aconteceu, a vida é curta demais para não se perdoar. A vida é curta demais para se guardar ressentimentos”.

Mas, enfim, antes de falar sobre a história do livro, preciso te perguntar uma coisa: Quão importante é o seu celular na sua vida? Você teria coragem de "dividir" ele com alguém? Surtaria ou não ao saber que alguém está lendo seus e-mails, mensagens... Tudo que está no seu celular? Chega a dar um certo medo, né? Te entendo . E muitas pessoas do mundo também entendem, porque para grande parte dos seres humanos o celular é quase um membro do corpo, um melhor amigo, um item necessário para viver... Por que estou falando isso? Logo você vai entender. 

“Meu celular é minha vida. Não existo sem ele. É um órgão vital”.

Fiquei com o Seu Número é narrado em primeira pessoa pela jovem fisioterapeuta Poppy Wyatt que está de casamento marcado com um conhecido (e rico) acadêmico, o Magnus Tavish, que de acordo com a própria Poppy (e de acordo com as suas amigas também, principalmente uma super invejosa) é um cara perfeito e ela não pode perde-lo, mesmo que os seus sogros, Wanda e Anthony Tavish (que também são acadêmicos, super intelectuais, ao ponto de fazer a Poppy se sentir inferior com tanta “intelectualidade” nessa família) não concordem com o casamento. Apesar disso, tudo vai relativamente bem, até que certo dia, quando está comemorando a sua despedida de solteira em um hotel (com suas amigas e sua cerimonialista), a Poppy se envolve em uma tragédia. Não, ela não morre, ou vai parar no hospital. No meio de um incidente, a nossa protagonista acaba perdendo o seu anel de noivado. E não é qualquer anel, é um anel de esmeralda e diamantes que está na família Tavish há três gerações! Três! Tragédia! Pobre Poppy . E para piorar, nesse mesmo dia, ela ainda tem o celular roubado. Tragédia em dobro! 

“Meu instinto é mandar uma mensagem de texto para alguém dizendo ‘Ai, meu Deus, perdi meu celular!’ Mas como posso fazer isso sem o maldito celular? Ele é meu companheiro. É meu amigo. Minha família. Meu trabalho. Meu mundo. É tudo. Sinto como se alguém tivesse arrancado de mim os equipamentos que me mantêm viva”.

Mas, quando ela está quase se entregando as profundezas do desespero, uma solução vem de um lugar inesperado, de uma lata de lixo. Nessa lata de lixo, abandonado e se sentindo sozinho está um celular pronto para ser usado! Uma luz no fim do túnel! Obviamente a Poppy toma posse do celular e passa o número dele para os funcionários do hotel onde o anel foi perdido, para que quando encontrarem o seu precioso anel, puderem ligar para ela para devolver. Perfeito! O mundo é quase belo de novo! 

“Se está numa lata de lixo, é propriedade pública.”

Ou quase... Porque o celular, no fim das contas, tem dono. A luz no fim do túnel da Poppy foi abandonada na lata de lixo pela (ex)assistente do executivo Sam Roxton, que não fica nada feliz por uma desconhecida ter em mãos o celular da empresa. Imagine, uma estranha com acesso a sua vida pessoal e profissional! Oh, confusão!  Mas a Poppy acaba convencendo o Sam a emprestar o celular para ela, pelo menos até que o anel seja encontrado, prometendo encaminhar todas as mensagens e e-mails que forem para ele. E isso ela realmente faz. Começando assim, uma interação (bem divertida para quem lê) entre os dois por meio de mensagens, com um ajudando o outro, com a Poppy com seus problemas a resolver para o casamento e o Sam com questões a serem resolvidas na empresa. Depois de algumas conversas por mensagens, eles até que ficam próximos, mesmo não estando "próximos" fisicamente. Porém, ter acesso a tanta coisa da vida de outra pessoa pode despertar uma coisa chamada curiosidade, e a Poppy acaba lendo tudo o que enviam para o Sam, se envolvendo com a vida dele por meio de um celular (e o deixando entrar na sua vida por meio de um celular também). E querendo ajudar, a Poppy acaba se metendo em algumas coisas que, provavelmente, não são da conta dela, causando confusões para ela e para o Sam, principalmente para o Sam . Mas talvez essa confusão toda seja algo bom para os dois, e dividir o celular pode ser algo que ambos vão acabar agradecendo no final das contas .

“Sei que as coisas ainda são incertas; sei que a realidade não desapareceu. Sempre vai haver explicações e recriminações e confusão”.

Fiquei com o Seu Número é um livro que me lembra os motivos de eu amar tanto ler chick-lits. A Sophie Kinsella me conquistou nesse livro de uma forma muito louca. Ela tem uma escrita super hiper mega viciante, e em, praticamente, todas as vezes que li esse livro (já li várias vezes e lerei muito mais ) eu simplesmente não consegui dormir antes de terminar, mesmo sabendo o que aconteceria quando reli, é quase uma missão impossível largar, é tão viciante que acho que parece crack . A Sophie consegue misturar clichês, romance, um certo mistério e comédia de um jeito tão dela, tão maravilhoso, tão incrível, tão divoso, tão... (insira um milhão de adjetivos positivos aqui). Se a escrita da Sophie Kinsella fosse comida, seria daquelas de dar uma de Ana Maria Braga e se enfiar debaixo de uma mesa de tão boa . O enredo é maravilhoso, o humor que a Sophie coloca no livro é tão natural e hilário, a história é muitoooo envolvente e os personagens são incríveis .

“Mas a gente não percebe, não é? O momento surge, a gente comete o erro terrível e ele acaba, e a chance de fazer qualquer coisa já era.”

A Poppy é do tipo de pessoa naturalmente boa, ela quer o melhor para todo mundo e sempre tenta ajudar, por mais que essa “ajuda” não dê muito certo, ela sempre faz tudo com as melhores intenções. Na última vez que reli esse livro (depois que comecei a fazer terapia), eu me identifiquei muito com ela, porque a Poppy é tão “boazinha” que evita conflitos, abaixa a cabeça e assume o que jogarem para cima dela, assumindo a culpa que nem lhe pertence, achando que os outros são melhores do que ela, e que ser ela mesma não é o suficiente, tentando se “encaixar” em coisas que não tem nada a ver com ela. A Poppy se diminui e nem percebe que é assim. Quando na verdade ela é um serzinho incrível, cativante, engraçada, inteligente, um pouquinho atrapalhada, mas mesmo assim maravilhosa . Fora que ela é uma das melhores “narradoras” de todos os livros que já li. As notas de rodapé dela são as melhores e mais engraçadas do universo. E as “conversas” que ela tem com ela mesma são impagáveis. Se ela existisse eu iria querer que ela fosse a minha amiga (desde que não se metesse com o meu celular ).

“Acho que somos as notas de rodapé um do outro”.

O Sam (), de cara, parece alguém bem sério, um profissional ultra competente e bem-sucedido, fiel aos seus princípios e que sempre busca a justiça, mas por trás da fachada séria, ele também tem um certo senso de humor e tem seus momentos, principalmente nas conversas com a Poppy. Vou parar de falar dele, antes que eu fique me derretendo aqui mais que sorvete no calor.

"Ninguém quer ouvir histórias sobre coisas ruins. Essa é a verdade."

Antes que eu me esqueça, preciso dizer que uma das coisas que mais admiro na Sophie Kinsella, se tratando desse livro, é que ela não apela para cenas pervertidas como muitas autoras fazem em chick-lits e em outros romances em geral. Eu me irrito tanto quando apelam assim, descrevendo cenas completamente desnecessárias, porque quando o livro é bom, ele não precisa disso. Um romance não é só feito de contato físico, apelidos melosos e juras de amor eterno . Ele é muito mais que isso. E por isso eu amo o romance nesse livro, ele não é apelativo, é gradativo, acontece aos poucos, da amizade para algo a mais, não te força a engolir um romance que caiu de paraquedas na história em um piscar de olhos, tipo uma bala perdida que você nem percebe de onde veio.

“Quero dizer… o que é amor? Ninguém sabe exatamente o que é amor. Ninguém consegue defini-lo. Ninguém consegue provar que existe.”

Se algum dia, você estiver se sentindo para baixo e precisar rir, leia Fiquei com o Seu Número. Se precisar esquecer dos seus problemas e se jogar em uma leitura leve e envolvente, leia Fiquei com o Seu Número. Se quiser ler algo que te surpreenda e te faça ficar sem ar e chorar de tanto rir, leia Fiquei com o Seu Número. Se quiser ler um livro com humor, romance, conspiração e mistérios, leia Fiquei com o Seu Número. Se quiser se apaixonar por um livro e ler um dos melhores chick-lits que vai ler na vida, leia Fiquei com o Seu Número. E se você já leu e não gostou, leia de novo e do jeito certo. E se já leu e gostou, leia de novo, porque sim. Até! 

“E não importa (...). Seja lá quem fosse, quer eu conhecesse ou não, se eu pudesse ajudar de alguma forma, eu ajudaria. O que quero dizer é, se você pode ajudar, tem que ajudar. Não acha?”

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Fiquei com o Seu Número
Ano: 2012
Páginas: 464
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz... Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone abandonado no hotel em que está hospedada. Perfeito! Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. 
 
Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de haver alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir.