Resenha :: Na Ilha

Olá, faroleiros. Nada melhor que encontrar um livro por acaso e a leitura ser uma surpresa super gostosa né?! Pois foi exatamente isso que aconteceu comigo. Lendo uma resenha de um livro polêmico (dark), foi citado este romance, Na Ilha, pela blogueira, fazendo uma comparação de assunto tabu, mas não de história. Fiquei curiosa e fui procurar. Li o ebook e fiquei apaixonada.

 

Este livro foi publicado pela Editora Intrínseca com uma capa linda, mas não se iluda por essa capa, a história é bem mais profunda que a leveza da imagem retratada. Confesso que foi o enredo da história que me fez ter vontade de lê-lo, mesmo vindo a mente uma certa comparação com o filme Lagoa Azul, com um tema diferente, ao invés de duas crianças perdidas que crescem juntas na ilha isolada e se apaixonam, aqui temos um jovem e sua professora (13 anos mais velha), mas não vou nem entrar no mérito desta discussão, pois não é o propósito desta resenha.

Anna é uma mulher presa há oito anos em um relacionamento que não vai para frente, querendo um tempo para pensar e ainda aproveitar para conhecer um lugar paradisíaco, ela aceita trabalhar nas férias de verão como tutora para um jovem recém curado de um câncer, nas Maldivas, onde a família toda irá de férias. Porém não podendo viajar junto com eles, ela vai depois e o jovem T.J. Calham fica para participar de uma festa e viaja com ela. Eles só não contavam com o acidente justamente já no final da viagem. 

 

Tudo o que T.J. queria neste verão era poder curtir com os amigos depois de tanto tempo passado no hospital, mas sua mãe quer que ele coloque as matérias atrasadas da escola em dia. Pelo menos ele conseguiu ficar um pouco em Chicago e viajar com a professora. Anna é tão linda e ele não imaginava que pudesse se dar tão bem com ela e, principalmente, conversar sobre tudo. Mas pela força do destino ela é tudo que ele tem neste momento. Será que eles irão sobreviver e serem resgatados? Para ele o melhor é viver um dia de cada vez. 

 

— O que acha que vai acontecer com a gente, Anna?  

— Não sei. Acho que temos que continuar fazendo o que estamos fazendo e tentar aguentar até que alguém nos encontre. 

 

Você pode achar de início que a história é um simples clichê, mas a autora conseguiu criar um enredo tão envolvente e desesperador na ilha que de clichê não tem nada. Ela foi excelente nas atitudes dos personagens, no que a ilha possui, nas surpresas que surgem, que eu não conseguia parar de ler para saber o que iria acontecer. Me senti presa na ilha juntamente com Anna e T.J., e sofrendo com eles. A autora passou uma verdadeira realidade do que pode acontecer com alguém preso em uma ilha com os recursos naturais que esta oferecia e o desenrolar da história foi maravilhoso. 

 

Se ela tivesse ficado doente, a única coisa que eu poderia ter feito era vê-la sofrer (...) Eu não sabia se eu conseguiria seguir em frente sem ela. O som da sua voz, seu sorriso, ela — essas eram as coisas que tornavam a vida na ilha suportável. Eu a abracei um pouco mais apertado e pensei que, se ela acordasse, eu diria tudo isso.

 

Pois bem, só digo para vocês lerem este romance e irem até o fim, pois é surpreendente e maravilhoso. Eu fiquei apaixonada. É um romance curto, tem 288 páginas, e a autora soube dosar muito bem o tempo das coisas e não enrolou com a história. Ela também nos mostra que o importante é o amor na nossa vida e que devemos viver a nossa felicidade e não o que os outros pensam ser o melhor para nós. 

 

Boa leitura, 

 

Carol Finco

Informações Técnicas do livro

Na Ilha 

Tracey Garvis Graves 

Tradução: Maria Carmelita Dias 

Ano: 2013 

Páginas: 288 

Editora: Intrínseca 

Sinopse: 

Cansada do inverno rigoroso de Chicago e de seu relacionamento que não evolui, a professora Anna Emerson agarra a oportunidade de passar o verão em uma ilha tropical dando aulas particulares. T.J. Callahan tem 16 anos, um câncer em remissão e só quer levar uma vida normal. No entanto, os pais insistem que o garoto coloque em dia as aulas que perdeu na escola na casa de veraneio nas Maldivas. 

Quando o avião cai em águas infestadas por tubarões, Anna e T.J. se veem em uma situação inimaginável. Professora e aluno conseguem chegar a uma praia, mas logo descobrem que estão presos em uma ilha desabitada. De início, tudo o que importa é sobreviver. Mas à medida que os dias dão lugar a semanas e então meses, Anna percebe que seu maior desafio pode ser conviver com um garoto que aos poucos torna-se homem. 

 

“Tracey Garvis Graves tem uma dessas histórias em que um sonho se torna realidade, que deixa outros escritores ao mesmo tempo felizes e um pouco invejosos com seu sucesso.” USA Today