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13 outubro, 2018

Resenha :: Força e Ternura

outubro 13, 2018 1 Comentários

Olá faroleiros, tudo certo?? Vamos falar sobre mais um livro maravilhoso publicado pela Pedrazul, e este é muito especial para mim, pois eu tive a oportunidade de lê-lo antes mesmo dele ser publicado, foi minha primeira leitura beta e uma das minhas maiores alegrias como leitora, poder contribuir para construção desta história linda.

A autora é uma daquelas pessoas com quem criamos uma empatia de imediato, sua amizade com minha irmã foi tão forte que conseguiu se estender a mim e a nossa família. Ela é uma pessoa muito querida, além de uma escritora fantástica e por isso ler seus livros é muito fácil, porém é difícil de expressar o quanto suas histórias me emocionam.


Força e Ternura é um romance contemporâneo, escrito de maneira singela, com uma narrativa fluida e rápida, que nos apresenta personagens especiais que nos fazem ficar com aquele gostinho de quero mais.

Mitchell Hugles se tornou um grande empresário no mundo corporativo do aço e em parceria com quatro amigos quer crescer cada vez mais, até que mentiras do passado vêm à tona e ele tem que reavaliar o que realmente importa e principalmente em que ele deve confiar. É neste momento de mudança que ele conhece Rose, uma florista na cidade de Nova York, e se encanta por ela, seu desejo inicial é apenas se livrar de sua ex-noiva, lhe mostrando que já deu a volta por cima, porém ele não poderia imaginar o quanto aquela singela e doce  jovem, tocaria seu coração.

O apelo era grande e o desejo intenso, além da medida do que ele podia suportar, e ele entregou-se ao deleite daquilo que lhe consumia a alma.

Rosamund McNamara era uma jovem com um sonho, plantar e vender flores, e quando surgiu a oportunidade de ter uma sociedade com uma amiga para abrir uma floricultura em na cidade grande, ela não pensou duas vezes, mesmo contra a vontade dos pais, se mudou para Nova York e abriu sua loja, ela só não contava que a sua sócia fosse uma socialite fútil que se entediava fácil de seus projetos e que tudo ficaria nas suas costas. Quando, após dois anos de luta, se vê na iminência de ter que fechar as portas e voltar para casa, o inesperado acontece, um rico empresário aparece em sua loja e resolve lhe propor um acordo de negócios, ela só não imagina o quanto este acordo afetaria seu coração e mudaria todo o seu futuro.

A alegria é tão fugaz quanto uma brisa. Às vezes ela sopra, porém, passa despercebida. Quando o calor sufoca, os problemas ameaçam tragar, sua lembrança vem como nostalgia.

Muitas coisas acontecem entre a história dos dois, principalmente nos apresentando um pouco os amigos de Mitchell e suas vidas, além do que acontece com os personagens secundários. A Chirlei nos coloca para sofrer um pouco durante a história, o que me lembrou bastante a Babi A. Sette, que adora nos deixar com o coração na mão nos perguntando se tudo irá dar certo e aquela vontade de matar o mocinho.

Nunca choverá ternura: se quisermos mais amor teremos que plantar mais afeto.


Teremos então um final maravilhoso e aquele desejo de querer mais histórias dos outros personagens. Por tudo o que este livro representa para mim, pela escrita maravilhosa da Chirlei Wandekoken, seu carinho e confiança, ele tem de mim um lindo coração de favorito. Como uma pessoa apaixonada por romances e leitora desde criança, digo sem sombra de dúvidas que esta história é linda e merece todo meu amor.

Boa leitura,

Carol Finco


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Força e ternura
Ano: 2018
Páginas: 274
Sinopse:
Ela plantava flores, ele produzia aço. Ele estava ferido, ela sabia curar. 

Mitchell Hugles era conhecido como “o homem de aço”. Ambicioso ao extremo, o empresário de origem pobre orgulhava-se de ter crescido por seus próprios méritos: uma inteligência incomum, que o levou à presidência de uma poderosa organização. Mas enquanto ele produzia o aço que ancorava o mundo, suas próprias bases começaram a ruir. Foi quando ele conheceu Rose, uma simples e pobre florista, cuja alma possuía uma candura capaz de curar.


Editora Pedrazul atualmente é a editora que mais se dedica à tradução e à publicação de obras mundialmente consagradas, algumas ainda desconhecidas no mercado editorial brasileiro, como os autores que influenciaram o estilo da mais famosa escritora inglesa de todos os tempos, Jane Austen. Também atua no segmento romance histórico e de época escritos por autores contemporâneos.


 _____Sobre a Autora_____


Chirlei Wandekoken



Jornalista e pedagoga capixaba, filha de cafeicultores, mudou-se para Vitória aos 15 anos de idade, e desde então começou a construir sua vida. Casada, tem dois filhos (21 e de 18 anos de idade). Isto é o que se percebe em seu primeiro livro, "O Vento de Piedade", publicado pela Editora Saraiva, que conta a história de uma família de um vilarejo no interior de São Paulo. Uma história que começa em 1956 e se estende até 2000, citando vários fatos reais, especialmente os relacionados ao período da ditadura militar brasileira.
O talento profissional nas três áreas (jornalismo, pedagogia e literatura) e sua clara demonstração de que sabe aproveitá-lo muito bem comprovam que Chirley Wandekoken é uma mulher que, mais do que "a diferença", faz a soma.
Estudou na Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente mora em Vitória, Espirito Santo.

29 janeiro, 2018

Resenha :: A Estrangeira

janeiro 29, 2018 9 Comentários

Olá, faroleiros! Vou começar a compartilhar com vocês os livros da autora que me conquistou ano passado e que, definitivamente, me fez querer ler tudo e qualquer coisa que ela escreve. Estou falando da Chirlei Wandekoken, que é autora da editora Pedrazul.

Então, hoje trago a vocês o primeiro livro da série O Quarteto do NorteA Estrangeira. Caso você nunca tenha lido nenhum livro nesse estilo, romance histórico, já aconselho a ler com calma e com um local para pequenas e interessantes anotações. Você será levado a um universo vasto e maravilhoso, te prometo que não será trabalhoso, ao contrário, será maravilhoso e encantador e pode te preparar para ler em breve aquele clássico que você vive com vontade de ler.

A história de A Estrangeira é original e emocionante por se tratar de uma história de ficção que mistura ingredientes reais da história da própria autora, para homenagear e ambientar esse romance. Contudo, requer um pouco de cuidado e atenção ao tempo da história que intercala passado e presente em alguns momentos, para esclarecer fatos e acontecimentos. São duas histórias contadas ao mesmo tempo até elas se entrelaçarem e seguirem juntas. Uma se passa no século XIX, dias presentes dos personagens, e outra há mais de 400 anos, ainda mudando a vida dos atuais personagens. Porém, tudo é feito de uma forma tão leve e linda que antes do capítulo 5 você já estará irreversivelmente dentro da história.

No começo somos apresentados a duas grandes famílias que, devido a seu poderio e divergências, são inimigas por boa parte de suas histórias. Pequenos momentos de paz entre a guerra provam que, por várias vezes, elas terão seus destinos entrelaçados, em uma sociedade onde o poder e o sangue eram mantidos através de alianças de casamentos arranjados até mesmo entre parentes, e assim vamos vendo os destinos de várias pessoas sendo traçados e alterados.

“Nada podia ser como antes, algo mudara repentinamente, mas de maneira indelével; e seus planos tomaram outro rumo. Como podia se casar com o conde de Douglas se o cavalheiro do rio não lhe saía da mente?” (p. 57)

O narrador em terceira pessoa ajuda muito a narrativa que, sendo ele observador dos fatos, nos mostra vários fatos que seriam impossíveis à um narrador em primeira pessoa. Contudo é um único ponto de vista, tornando a leitura rápida e fluída, mesmo com a estranheza que os títulos e algumas alcunhas possam causar. De cara você se encanta por alguns personagens e já detesta outros, mas é preciso a leitura de um pouco mais da história para realmente tomar partido.

Desde o início você se encanta com as personagens femininas que tem muito mais que beleza; são fortes e a frente do seu tempo em suas ideias e personalidades. Cada personagem é único e marcante durante a trama que te mantém preso a ela como uma novela, que a cada fim de capítulo te deixa ansioso pela continuação no próximo. 

Eliza Schumacher, a mocinha dessa história, vive em 1830. Uma jovem fugitiva, cercada de mistérios e tem em seu passado muitos segredos que não lhe foram revelados. Ao se ver órfã e a mercê da própria sorte, ela segue o último conselho em vida de sua mãe e foge para a Inglaterra, com apenas algumas moedas e muita coragem. Porém para uma mulher jovem e sozinha nenhum lugar é seguro o bastante, e logo ela se verá tendo que aceitar a proteção de um certo conde, conhecido por ser hábil com as mulheres e com a espada.

“Foi quando lorde Hotspur a viu atravessando a rua. Ela e o cão. Os cabelos mal trançados, desgrenhados, caíam sobre os ombros e eram jogados no rosto pelo vento. Ela sacudia para tirá-los de sua visão. Trazia uma cesta na mão, uma simplicidade desconcertante, coloridamente intrigante, diferente de tudo que ele já vira.” 

Edward, o nono conde de Northumberland, tem uma fama que o precede, mas ao se deparar com a sobrinha do protegido de seu pai, o sempre fiel escudeiro, sente-se obrigado a protegê-la e também a resistir à tentação que aquela mulher lhe representa. Ele é um personagem que desperta vários sentimentos durante a leitura, conquistando não só a Eliza.

Eu, sinceramente, não vejo um modo de não se apaixonar pelo conde Hotspur, e não torcer pelo final de Eliza. A história dos ancestrais do conde e a verdade por trás da história de Eliza são brilhantemente contadas. Além de todos os outros 03 integrantes do Quarteto do Norte, terem de certo modo seus caminhos desenhados para os próximos livros da série. Te deixando claro, com aquela vontade de ler o próximo livro ao final da leitura deste.

"Eliza voltou para a cama, mas o sentimento de angústia causado pelo pesadelo estava presente. Sentiu um arrepio só de recordá-lo. Como poderia contar ao Conde de Northumberland o seu passado?" p.129

As descrições de lugar, história e personagens trazem à vida a sensação dos acontecimentos e te afeiçoam de modo de torcer por - ou contra - elas. Depois de um tempo os fios da trama estão tão conectados que os mistérios te deixam a beira do desespero para saber como tudo será resolvido, para que aconteça o tão desejado final feliz, apesar de que permanece a dúvida se isso será possível. 

A linguagem do texto remete ao período histórico e ao ambiente em que se passa a história, porém a forma como é colocada te leva a entendê-la e manter um ritmo de leitura maravilhoso durante todo o tempo. Afinal, os diálogos soam absolutamente verdadeiros para a época e não são, em momento nenhum, enfadonhos, ao contrário, te deixam preso à leitura.

Sobre o livro em si, a encadernação e o papel e a diagramação são perfeitos para a leitura. Letra num ótimo tamanho, inícios de capítulos com bordas e citações impecáveis, notas de rodapé informativas e que adicionam conteúdo a leitura, além de facilitar o entendimento da história. Uma revisão muito bem-feita e sem erros de ortografia.

Não perca a oportunidade de perder-se na Inglaterra com essa história, mais apaixonante que os romances de época e, também, ainda mais emocionantes!

Leia os capítulos extras de A Estrangeiraclicando aqui. 


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Estrangeira
O Quarteto do Norte #1
Chirlei Wandekoken
Ano: 2017
Páginas: 340
Editora: Pedrazul
Sinopse (Skoob):
O primeiro livro da série O Quarteto do Norte

Na primeira metade do século XIX, Eliza se viu sozinha em uma terora tomada por facções rivais. Sem meios, à mercê de abusos, ela aceita se casar sem amor com um aristocrata e capitão do exército da Prússia, Joseph Dahmann. Porém, no dia do casamento, Joseph foi tirado do altar por soldados da facção austríaca, liderada pelo seu próprio irmão, o coronel Heinz Dahmann. Forçada pelo cunhado a viver em um cativeiro, assediada dia e noite, ela foge para a Inglaterra à procura de seus parentes. Mas, quando chega à Inglaterra, nada era como ela esperava. Não havia tia, nem tio e nem primos à sua espera. Somente uma velha cabana vazia na qual ela tiritava de frio. Em Londres, o nono conde de Northumberland, ou conde Hotspur como era conhecido, é chamado de volta a Alnwick Castle, no extremo norte da Inglaterra, pois o escudeiro de seu falecido pai havia morrido, e na cabana do velho rendeiro, uma estrangeira havia chegado.
                              
Links para compra:


Editora Pedrazul atualmente é a editora que mais se dedica à tradução e à publicação de obras mundialmente consagradas, algumas ainda desconhecidas no mercado editorial brasileiro, como os autores que influenciaram o estilo da mais famosa escritora inglesa de todos os tempos, Jane Austen. Também atua no segmento romance histórico e de época escritos por autores contemporâneos. 


_____Sobre a Autora_____

Chirlei Wandekoken


Jornalista e pedagoga capixaba, filha de cafeicultores, mudou-se para Vitória aos 15 anos de idade, e desde então começou a construir sua vida. Casada, tem dois filhos (21 e de 18 anos de idade). Isto é o que se percebe em seu primeiro livro, "O Vento de Piedade", publicado pela Editora Saraiva, que conta a história de uma família de um vilarejo no interior de São Paulo. Uma história que começa em 1956 e se estende até 2000, citando vários fatos reais, especialmente os relacionados ao período da ditadura militar brasileira.
O talento profissional nas três áreas (jornalismo, pedagogia e literatura) e sua clara demonstração de que sabe aproveitá-lo muito bem comprovam que Chirley Wandekoken é uma mulher que, mais do que "a diferença", faz a soma.
Estudou na Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente mora em Vitória, Espirito Santo.