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13 outubro, 2017

Resenha :: Um dia (One Day)

outubro 13, 2017 2 Comentários

Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988 quando ainda eram universitários. Ambos sabem que após a formatura deverão seguir caminhos completamente diferentes, mas eles precisaram de apenas um dia juntos para descobrir que não podem viver distantes um do outro. Mesmo com tamanho sentimento eles tomam caminhos diferentes e vidas isoladas. Porém o dia 15 de julho nunca saiu de suas cabeças e bastam breves encontros para eles perceberam que pertencem um ao outro.

"De repente me peguei pensando em você, e pensando que pena que não está aqui para ver isso, para vivenciar isso, aí eu tive a seguinte revelação. Você deveria estar aqui comigo."

Você pegando o livro pela primeira vez e lendo essa sinopse já começa pensar que é um livro bobinho de amor que é mais do mesmo e não tem nada para acrescentar. O pior que quando você começa a leitura isso se confirma.

“Você pode passar a vida inteira sem perceber que aquilo que procura está bem na sua frente.”

Estou na minha leitura agradável, a leitura é muito agradável, quando sou pego de surpresa por Emma Morley e o livro toma um rumo completamente diferente daquele que imaginei ao ler a sinopse.

"Ao abraçá-la, a Tottenham Court Road iluminou-se gloriosa e transformou-se numa rua de sonhos."

Em e Dex, Dex e Em são aqueles casais de personagens você gosta de acompanhar até a última página e quando termina você fica triste por não poder saber mais deles. Isso complementando com a história de vida que os dois compartilham conosco. O livro foi muito bem escrito e transmitiu muito bem suas mensagens. A vida é feita de momentos fáceis e está tudo bem e de momentos difíceis onde nada parece dar certo. A vida é assim e não tem como evitar. Contudo, com um pouco de perseverança, foco e ambição você consegue dar a volta por cima, mesmo quando isso não parece ser possível. Aposto que foi nesse ponto que passei amar muito mais a Emma. E o caminho que o Dex fez o oposto e acho que mais doloroso. Você tem tudo e do nada não tem mais nada. Mas nem tudo está perdido. Um pouco de perseverança e você pode mudar sua vida completamente.

"Era hora de dar um sentido à vida. Hora de começar de novo."

David Nicholls nos deu uma aula de boa escrita. Ele conseguiu se redimir comigo, pois eu tinha lido “Nós” e odiado. Digo que darei mais uma chance a ele. “Um dia” é um livro simples e cativante desde o início.

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Um dia
Ano: 2012
Páginas: 420
Editora: Intrínseca
 
Sinopse (Skoob):
Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro.
Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois.
Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.

18 abril, 2017

Resenha :: Nós (Us)

abril 18, 2017 0 Comentários

Ganhei este livro em um sorteio promovido pela Livraria e Sebo Simonetti no final do ano passado e até então não havia o lido. Um título tão curto e a capa vermelha me chamaram a atenção, resolvi arriscar e dar uma chance, até porque nunca tinha lido nada deste autor.

Douglas Petersen é um bioquímico de 54 anos, é metódico, organizado, objetivo e, talvez, um pouco antiquado. Casado a 25 anos com Coonie Moore, uma artista de espírito livre, eles viviam uma vida feliz com seu filho adolescente Albie, um jovem rebelde e também artista.

Até que uma noite, Douglas é surpreendido por sua esposa, que diz querer se separar. E ele se vê sem chão, não entende, e aquilo martela na sua cabeça... Mas, como? Eles não eram tão felizes, não estavam bem?

"A conversa continuou por algum tempo, Connie, exultante com toda aquela sinceridade, eu, inseguro, incoerente, esforçando-me para assimilar o que ouvia. Há quanto tempo ela se sentia assim? Será que estava realmente tão infeliz, tão cansada? Eu entendia sua necessidade de ‘redescobrir a si mesma’, mas por que ela não poderia se redescobrir comigo por perto? Porque, como ela dissera, nosso trabalho estava concluído."

A separação não seria iminente, uma vez que eles já haviam programado as férias familiares “O Grand Tour dos Petersen!”, uma viagem pela Europa e seus principais pontos turísticos, seria essa a chance de Douglas reconquistar sua esposa ou deixar tudo ir por água a baixo?

Douglas, como todo bom metódico, havia planejado cuidadosamente e organizado o roteiro da viagem, mas Connie e Albie queriam que ele vivesse o momento, que se deixasse levar... A viagem continua seguindo relativamente bem, até que em um café da manhã, Albie se mete em uma confusão e tem uma discussão com Douglas, e foi a gota d’água. O caos estava instaurado.

Em meio a memórias do passado e o presente, David Nicholls constrói uma história que se mostra envolvente, complexa e sensível como todas as relações familiares são. Eu, particularmente, gostei muito do personagem Douglas e suas manias, seu jeito “certinho”, mas não posso dizer o mesmo de Connie e Albie. Será que vocês adivinham o motivo?

Gostei deste livro porque ele é REAL, mostra como as relações familiares são e traz reflexões e diversos aprendizados ao longo da narrativa. O autor soube descrever cada lugar por onde a família Petersen passou ao longo do Grand Tour, nos transportando para dentro do livro e fazendo com que pudéssemos nos sentir na Europa, além disso, no final do livro há um “esquema” dos locais visitados e as obras citadas, para ajudar os leitores.




O livro é dividido em partes, sendo cada uma delas uma parada da família Petersen ao longo do Grand Tour e marcada por uma frase, as páginas são amareladas e os capítulos são bem curtinhos (cerca de três páginas cada um). 

Nota :: 

Informações Técnicas do livro

Nós
Ano: 2015
Páginas: 384
Editora: Intrínseca
 
Sinopse (Skoob):
Certa noite, Douglas Petersen, um bioquímico de 54 anos apaixonado pela profissão, por organização e limpeza, é acordado por Connie, sua esposa há 25 anos, e ela lhe diz que quer o divórcio.
O momento não poderia ser pior. Com o objetivo de estimular os talentos artísticos do filho, Albie, que acabou de entrar para a faculdade de fotografia, Connie planejou uma viagem de um mês pela Europa, uma chance de conhecerem em família as grandes obras de arte do continente. Ela imagina se não seria o caso de desistirem da viagem. Douglas, porém, está secretamente convencido de que as férias vão reacender o romance no casamento e, quem sabe, também fortalecer os laços entre ele e o filho.
Com uma narrativa que intercala a odisseia da família pela Europa — das ruas de Amsterdã aos famosos museus de Paris, dos cafés de Veneza às praias da Barcelona — com flashbacks que revelam como Douglas e Connie se conheceram, se apaixonaram, superaram as dificuldades e, enfim, iniciaram a queda rumo ao fim do casamento, Nós é, acima de tudo, uma irresistível reflexão sobre a meia-idade, a criação dos filhos e sobre como sanar os danos que o tempo provoca nos relacionamentos. Sensível e divertido, com a sagacidade e a inteligência dos outros livros do autor, o romance analisa a intrincada relação entre razão e emoção.