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28 julho, 2018

Resenha :: O Beijo do Vencedor (The Winner's Kiss)

julho 28, 2018 0 Comentários

  Pode conter spoiler dos livros anteriores.

Confira as resenhas dos primeiros livros dessa trilogia!


Olá faroleiros! Nossa como senti falta de resenhar para vocês! Estou de volta e a dica de leitura da vez é O Beijo do Vencedor, da Marie Rutkoski. O terceiro e último livro da Trilogia do Vencedor nos traz um desfecho comovente para o nosso casal Arin e Kestrel. Em realidades diferentes agora, o jovem casal contará com o amor que sentem um pelo outro para superar as adversidades, apesar de toda mágoa e insegurança que se impôs entre eles.

Era uma vez uma menina que era muito segura de si. Nem todos a considerariam bonita, mas admitiam haver certa graça que era mais intimidante do que encantadora. Não era o tipo de pessoa, segundo a alta sociedade, a quem você gostaria de se opor. Ela guarda o coração numa caixa de porcelana, as pessoas cochichavam, e tinham razão.

Lembrando que anteriormente Kestrel tomou uma decisão que a desgraçou e pôs sua vida em perigo. Tudo isso para ajudar Arin que, sem saber das verdadeiras intenções de Kestrel, voltou para Herran e conseguiu a aliança com o povo do Oriente.  E, junto com seus novos aliados do Oriente, encontra-se em guerra iminente contra o povo Valoriano em busca da liberdade.

Enquanto nossa heroína, Kestrel vive numa situação extrema: dentro de uma carruagem como prisioneira indo para as terras gélidas do Norte. Kestrel sacrificou-se para defender Arin e o povo Herrani. O pior de tudo é que o jovem nem imagina o que ela fez por ele e por acreditar que o Imperador de Valória não passava de um louco tirano.

Era uma vez um menino que sabia se esconder. Certa noite, os deuses o viram trancado sozinho em seus aposentos, tremendo, quase vomitando de medo. Ele ouvia o que estava acontecendo em outras partes da casa. Gritos. Coisas se quebrando. Ordens ríspidas, as palavras em si estavam abafadas, mas ainda assim foram entendidas pelo garoto, que segurava o vômito em seu canto.

O último livro da trilogia se inicia com muita emoção. Não pensar em Kestrel e tudo que aconteceu entre eles talvez fosse a maior batalha de Arin. A jovem o marcou de tal forma que fica difícil para ele  não questionar-se sobre as situações que os fizeram tomar rumos tão diferentes. O que ele não imagina é que Kestrel estava sofrendo o pior castigo que poderia acontecer.

Não, pensar em Kestrel não era mais doloroso. Ele tinha sido um tolo, mas precisava se perdoar por coisas piores. Irmã, pai, mãe. Quanto a Kestrel… Arin tinha certa clareza sobre quem ele era: o tipo de pessoa que confiava cegamente, que colocava o coração no lugar errado. A essa altura, ela talvez já estivesse casada com o príncipe valoriano.

Fugir era o único pensamento de Kestrel no lugar nebuloso para o qual foi mandada. O que ela não previa eram os métodos usados pelos carcereiros para mantê-la quieta e calma trabalhando ali. Todos seus limites são tentados quando a jovem transita entre momentos de sonhos e lucidez. Sua mente divaga por diversos questionamentos sobre quem ela se tornou e sobre a traição contra seu próprio pai. O único motivo que a salva de morrer no norte é sua vontade de reencontrar Arin e dizer-lhe tudo que fez e o que sente por ele.

Faria de tudo por você. Ela sabia exatamente quem as havia escrito e por quê. Sabia que estava fingindo quando pensava que essas palavras eram falsas ou que algum dos limites que havia imposto entre ela e Arin importava, porque, no fim das contas, ela estava aqui e ele estava livre. Ela tinha sim feito tudo o que podia. E ele sequer sabia.

Mesmo sendo uma figura de liderança e tendo a responsabilidade de comando do povo Herrani na batalha contra Valória, Arin tem dificuldade em se impor e agrupar suas estratégias com o general Xash, que comanda as tropas aliadas. Mesmo tendo o apoio de Roshar, ele teme que a rainha Oriental não veja com bons olhos suas táticas de guerra que vêm se mostrando eficientes até o momento. Ele sofre com terríveis notícias de Kestrel, até que uma valiosa informação literalmente bate a porta de Arin, e ele descobre o infortúnio sofrido por sua amada. Carregado de culpa e sem medir esforços, o jovem parte na sua busca temendo que o pior possa ter acontecido.

– Arin. – Roshar apertou os olhos brevemente, depois olhou para ele com a mesma expressão de repugnância e fascínio reservada a aberrações da natureza, como animais que nascem com duas cabeças. – Isso parece… 
– Estou pouco me lixando para o que parece. 
– Você já pensou esse tipo de coisa antes. 
– Eu deveria ter confiado na minha intuição. Ela mentiu. Eu acreditei nela.  Não deveria ter acreditado.
                                            
Se a Marie Rutkosky nos desespera no final do segundo livro. Iniciamos o terceiro ansiosos e instigados a devorar as páginas para descobrir o que o destino de Kestrel lhe reserva. Apesar da guerra acontecendo, não há nada que impeça Arin de resgatá-la. Então temos muito ação, suspense e drama no reencontro do nosso casal. E quando digo drama, vocês entenderam muito bem: drama. Isso porque quando ela é encontrada está num estado tão debilitado que mal consegue caminhar. Não se lembra de nada, muito menos de Arin.

Imagine a reação de Kestrel ser resgatada de um lugar sem conhecer, ao menos, seu salvador? Despois ter sido submetida a diversas atrocidades torna-se difícil entender o que está acontecendo ou quem é Arin. Tudo que é dito por ele gera nela uma desconfiança, apesar de seus instintos lhe dizerem que ele é bom.

A cabeça dela girou. Ela se permitiu repousar encostada nele. Não era certo que seu corpo conhecesse essa pessoa que sua mente não conhecia. Tinha a vaga consciência de que ele poderia lhe contar qualquer mentira que quis esse. Sua memória era um a boca com os dentes arrancados. Ela não parava de cutucar, tateando os buracos, recuando. Doía. Sim, qualquer mentira. Ele a havia salvado, mas ela não sabia o que ele queria dela… nem o que poderia dizer para conseguir isso.

Juntos eles vão passar por uma fase de descobertas e reconhecimentos. Kestrel sem memória voltará a Herran em meio à guerra contra o imperador e seu próprio pai. Suas lembranças voltarão aos poucos e ela se juntará aos herranis e orientais, tendo um papel fundamental na formação das estratégias de ataque. Isso porque ela é uma ótima estrategista, superando até o seu próprio pai, o general valoriano.

– Não consegue me dizer o que pensa?
– Não.
– Por quê?
– Estou morrendo de medo – ela sussurrou.
– Da batalha?
– Não.
– Do seu pai?
A voz dela foi categórica:
– É ele quem deve me temer.

O final dessa trilogia é acompanhado de fortes acontecimentos. A batalha final entre Herran e o Oriente contra Valória terá seu desfecho magnífico. Os reinos aliados serão capazes de liquidar, de uma vez por todas, o Imperador de Valória? E Kestrel terá coragem de lutar contra seu próprio pai, mesmo ele tendo lhe virado as costas?

A leitura deste último livro, apesar de ok, não superou minhas expectativas. Confesso que não esperava que o relacionamento entre Arin e Kestrel, a essa altura, fosse tomado por questões fora de contexto. O universo Oriental, também deixou um pouco de curiosidade, porque não foi bem explorado. Apesar de o segundo livro ter narrado a viagem de Arin até aquelas terras, não consegui visualizar características concretas daquela sociedade.

Em contrapartida as narrações das batalhas são envolventes e criativas. As sacadas humorísticas do personagem Roshar também trazem uma leveza ao enredo. Apesar de Marie Rutkoski ter trazido questões emocionais complexas a trama, o casal Arin e Kestrel acabam superando muitas mágoas e conseguem fazer as pazes com seu passado. Os caminhos que antes divergiam para lados opostos, agora convergem para uma estrada de glória, triunfos e superação.

Quando iniciei a leitura das primeiras páginas dessa trilogia fiquei maravilhada com o universo criado pela autora e isso me fez criar determinadas expectativas. Isso acontece bastante com nós leitores. Não quer dizer que o livro não seja bom, mas é que nossas expectativas são baseadas em possibilidades de desenrolar da trama que podem não se desenvolver. Por isso digo que essa frustração que aconteceu comigo pode não acontecer com vocês. 

Portanto, faroleiros, recomendo a leitura desta obra magnífica por toda proposta criada pela autora, pelos personagens fortes e marcantes desenvolvidos por ela e pelo universo singular criado na história. Um super beijo e boa leitura a todos!


Nota ::  3,5 



Informações Técnicas do livro

O Beijo do Vencedor
Trilogia do Vencedor #3
Ano: 2017
Páginas: 448
Editora: Plataforma21
Sinopse (Skoob):
A guerra começou. Arin está à frente dela com novos aliados e o império como inimigo. Embora tenha convencido a si mesmo de que não ama mais Kestrel, Arin ainda não a esqueceu. Mas também não consegue esquecer como ela se tornou o tipo de pessoa que ele despreza. A princesa se importava mais com o império do que com a vida de pessoas inocentes – e, sem dúvida, menos ainda com ele.
Pelo menos é o que Arin pensa.
Enquanto isso, no gélido norte, Kestrel é prisioneira em um campo de trabalhos forçados. Ela deseja desesperadamente escapar. Deseja que Arin saiba o que sacrificou por ele. E deseja fazer com que o império pague pelo que fizeram a ela.
Mas ninguém consegue o que quer apenas desejando.
Conforme a guerra se intensifica, Kestrel e Arin descobrem que o mundo já não é mais o mesmo.
O oriente está contra o ocidente, e os dois se encontram no meio de tudo isso. Com tanto a perder, é possível alguém realmente ser o vencedor?
Numa narrativa tão empolgante quanto sensível, a difícil paixão entre Kestrel e Arin alcança um novo patamar. O beijo do vencedor é o grande final da Trilogia do Vencedor.

12 maio, 2018

Resenha :: O Crime do Vencedor (The Winner's Crime)

maio 12, 2018 0 Comentários

  Pode conter spoiler do livro anterior.

Confira a resenha de A Maldição do Vencedor, clicando aqui.


Olá, faroleiros! Vocês ficaram curiosos para saber o que aconteceu com Kestrel e Arin depois de A Maldição do Vencedor? Lembram-se que no final a garota tomou uma difícil decisão para salvar Arin e o povo Herrani? O Crime do Vencedor é a sequência dessa história eletrizante escrita pela Marie Rutkosky.


Na continuação Kestrel já está em Valória tendo que lidar com as consequências de suas escolhas irremediáveis. Essas escolhas foram cruciais, mas a distanciaram de Arin e da possibilidade de viverem o seu amor.

Esta era a sua vida agora: tecidos finos e bainhas de seda ondulada. Um jantar com o imperador… e o príncipe. Sim, essa era a sua vida. Ela tinha que se acostumar.

Sem outra opção Kestrel torna-se aliada do Imperador que se encanta com a sua coragem. Para selar o acordo ela ainda aceita noivar com Verex, seu único filho. Isso não passa de uma estratégia para colocar a filha do general no poder, já que o Imperador acha o filho incapaz de governar Valória.

Aos poucos Verex mostra-se um rapaz gentil, amigo e bom, diferente do seu pai, mas que pouco pode fazer para mudar alguma coisa no governo truculento daquele líder. Nessa situação, Kestrel necessita, mais do que nunca, de sua perspicácia e inteligência para sobreviver no ambiente sombrio da corte. Cautela é a palavra-chave nesse momento, pois o imperador é um homem hostil, cruel e ganancioso e se ele suspeitar da verdade é capaz de matá-la. 

— Acredito em você. Mas e se não acreditasse? Importaria se o escravo tivesse dormido em sua cama? Ah, Kestrel. Não me olhe com tanto espanto. Você acha que sou um puritano? Ouvi os boatos. Todos ouviram.

Arin descobre em Herran que a liberdade conquistada não era tão bela quanto ofereceram e que o preço pago por ela fora muito alto. Apesar de amar muito Kestrel, ele não entende a sua escolha, tão pouco consegue enxergar o perigo que ela correu ao ajudá-lo. Quando Arin percebe que precisará lutar pelo seu povo ele parte para o Oriente, Dacra, na tentativa de selar um acordo com a rainha de lá. Sua intenção é juntar forças para derrotar o exército de Valória de uma vez por todas.

Ele a viu antes que ela o visse. Viu que estava infeliz. Lembrou que era isso o que tinha chamado a atenção dele à beira do canal quando pensara que ela era uma     criada anônima: a sensação de que aquela estranha havia perdido algo tão valioso quanto o que ele havia perdido.

A sequência dos acontecimentos na rebelião herrani do primeiro livro estremeceu a amizade entre Kestrel e os irmãos Jess e Ronan. Cada vez mais afastados o fato de que nada será como antes entre eles se torna nítido. Kestrel aprenderá que toda escolha tem uma consequência e que somos afetados por ela, queira a pessoa ou não. A vida não pode seguir como antes, pois as pessoas mudam e lados tem que ser defendidos.

Guiada por suas escolhas e o desejo de ajudar Arin, Kestrel inicia um verdadeiro jogo de espiã. O Imperador é um ótimo estrategista e um adversário digno de lances magníficos. Nesse jogo um segredo será descoberta e Kestrel ficará a um passo de ser derrotada. Será que ela conseguirá jogar todas as suas peças quando a vida de milhares de herranis está em risco? Arin estará presente para salvá-la de cometer um erro fatal? O final dessa história promete deixar o coração do leitor bem apertado!

Ela conhecia aquele som. Era a voz de alguém para quem uma nuvem de confusão havia sido limpada. Era a clareza, e a força que vem com ela.

Nem preciso dizer que eu emendei a sequência destes livros, né? Estava louca para ver mais do romance entre Kestrel e Arin. Mas esses desencontros do casal, os mal-entendidos e o desenrolar da trama me deixaram louca e mais curiosa ainda. As sequências de chove-não-molha deste casal acabam com o meu coração. Contudo, me deparei com uma história voltada a nos ensinar as consequências das nossas escolhas e a sustentação daquilo que acreditamos.

Adorei o enfoque da Marie Rutkosky. Quando somos apresentados a outro núcleo do enredo, os dacranos, a história ganha um enriquecimento e abre novas possibilidades na continuidade. O desenrolar da trama é muito emocionante e as situações vividas por Arin e Kestrel são verossímeis. Como uma romântica incurável que sou, confesso que senti falta de um romance nesse livro e torço para que o terceiro traga um final digno para estes dois. 




Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Crime do Vencedor
Trilogia do Vencedor #2
Ano: 2016
Páginas: 360
Editora: Plataforma21
Sinopse (Skoob):
Existe a tentação e existe a coisa certa a se fazer. E está cada vez mais difícil para Kestrel fazer a melhor escolha.
Um noivado imperial significa uma celebração após a outra: cafés da manhã com cortesãos e dignatários influentes, bailes, fogos de artifício e festas até o amanhecer. Para Kestrel, porém, significa viver numa gaiola forjada por ela mesma. Com a aproximação do casamento, ela deseja confessar a Arin, seu ex-escravo e atual governador de Harren: só aceitou se casar com o príncipe herdeiro do império em troca da liberdade dele, Arin. Mas será que Kestrel pode confiar nele? Ou, pior: será que pode confiar em si mesma?
No jogo do poder, Kestrel está se tornando perita em blefes. Age como uma espiã na corte. Se for pega, será desmascarada como traidora de seu próprio império. Ainda assim, ela não consegue deixar de buscar uma forma de mudar seu terrível mundo... e está muito perto de descobrir um segredo tenebroso.
Nesta sequência fascinante e devastadora de A maldição do vencedor, Marie Rutkoski desvela o alto custo de mentiras perigosas e alianças pouco confiáveis. A revelação da verdade é iminente e, quando finalmente vier à tona, Kestrel e Arin vão descobrir o preço exato de seus crimes.

14 abril, 2018

Resenha :: A Maldição do Vencedor (The Winner's Curse)

abril 14, 2018 13 Comentários

Olá pessoal,

Hoje trago para vocês A Maldição do Vencedor, que é o primeiro livro de uma trilogia (todos os livros traduzidos e já lançados no Brasil), onde a autora Marie Rutkoski nos apresenta o mundo conflituoso, vivido pelos olhos de Kestrel, e trágico, vivido pelos olhos de Arin, os protagonistas da história. Herran é um território recentemente ocupado pelos valorianos e seu povo, os herranis foram escravizados no processo. Arin é um desses escravos e Kestrel, uma valoriana, filha do general, arremata esse escravo num leilão emocionante onde o jovem chama a sua atenção, porque foi apresentado como cantor.

“O escravo estava olhando fixamente para ela agora, o que não era nenhuma surpresa, visto que ela tinha iniciado aquela loucura. Kestrel sentiu algo dentro de si se equilibrando na linha entre o destino e a escolha.”

Então não resta nada a Kestrel, senão levar sua aquisição para casa e conviver com ele todos os dias. Mas o jovem a perturba de um modo que ela não compreende. Arin se recusa a cantar, o que a deixa frustrada, pois a garota toca piano e adoraria ouvi-lo. Conforme os dias se passam, as interações entre eles são inevitáveis. Kestrel ainda não sabe o verdadeiro nome de Arin. Desde o leilão fora apresentado como Smith e assim é chamado por todos.  Também não imagina quais são suas verdadeiras pretensões.

Por outro lado, Arin descobre que Kestrel é mais do que a filha mimada do general: é uma exímia jogadora de “morder e picar” e esvazia os bolsos dos homens num piscar de olhos. E que a garota encontra-se num dilema de vida, pois o seu pai espera que ela tome lugar ao seu lado no exército valoriano, enquanto ela só quer tocar seu piano e deixar decisões sobre o futuro para mais tarde.

“Então, ele a encarou, e ela ficou tão surpresa que deixou uma mão cair sobre as teclas com um som nada musical. Arin sorriu. Era um sorriso sincero, que mostrou a ela que todos os outros tinham sido falsos. – Obrigado – ele disse.”

Assim, quando Arin fica em apuros, a garota corajosamente entra em cena para ajuda-lo, mesmo que sua própria vida esteja em risco. O escravo se desespera ao vê-la se sujeitar ao risco, mas nada do que ele faça ou diga a faz voltar atrás. Este ato expõe a relação dos dois perante a sociedade valoriana que habita Herran e preocupam seus amigos Jess e Ronan, que é apaixonado por Kestrel.

“Ele não tinha direito, Kestrel pensou. Não tinha direito de confundi-la. Não agora, quando ela precisava de clareza. Tudo tinha parecido ser tão simples na noite anterior, na escuridão da carruagem.”

O sentimento e a confiança dos dois são colocados à prova quando uma rebelião acontece e a guerra entre herranis e valorianos é iminente. A realidade de ambos muda drasticamente e Kestrel se vê sozinha em meio ao caos que o mundo deles se transformou. Diante da nova realidade ela tem a oportunidade de conhecer o verdadeiro Arin, seu passado quando não era escravo e todos os motivos que o levaram a tomar as decisões que culminaram na situação presente deles.

“Fale, eles diziam.
Fale, o beijo respondia.
O amor estava na ponta da língua de Kestrel. Entretanto, ela não conseguia pronunciá-lo.”

E quando Kestrel toma a decisão que pode mudar tudo entre ela e Arin, deixará para trás tudo pelo que passaram? Ou sua esperteza nos jogos poderá salvá-los da punição de seus atos? A maldição do vencedor cobrará o seu preço e o destino do casal é uma caixinha de surpresas.

A minha leitura foi no formato digital. Confesso que prefiro os livros físicos, mas acho que minhas impressões não foram prejudicadas por causa disso. A Maldição do Vencedor é um livro original, onde os personagens não se apaixonam instantaneamente. Temos a oportunidade de acompanhar o crescimento de ambos e o desabrochar do sentimento entre eles gradativamente. Isso não quer dizer que eu fiquei cansada da leitura de início. Não, pelo contrário. A autora conseguiu me prender desde as primeiras páginas, pois o universo apresentado é rico e diferente de muitos já vistos. Então, mesmo que não haja imprint desde o começo da interação do casal Arin e Kestrel eu fiquei empolgada para saber o que ia acontecer com eles e torcendo por um final feliz.

Nota pessoal 4/5 pela fluidez da história e porque realmente adorei a leitura. Quando terminei já estava ansiosa para engatar a continuação. Super indico para quem curte um bom livro de fantasia e ficção com uma pitada de romance.

Boa leitura a todos.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Maldição do Vencedor
Trilogia do Vencedor #1
Ano: 2016
Páginas: 328
Editora: Plataforma21
 
Sinopse (Skoob):
Kestrel quer ser dona do próprio destino. Alistar-se no Exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades do pai - o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e conquistar outros povos -, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão. O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas. O mistério em torno do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que, aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de tocá-los. Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida... As origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem juntos, mas por razões opostas. A Maldição do Vencedor é um verdadeiro triunfo lírico no universo das narrativas fantásticas. Com sua escrita poderosa, Marie Rutkoski constrói um épico de beleza indômita. Em um mundo dividido entre o desejo e a escolha, o dominador e o dominado, a razão e a emoção, de que lado você permanecerá?