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10 fevereiro, 2018

Resenha :: O Príncipe Serpente (The Serpent Price)

fevereiro 10, 2018 0 Comentários

O terceiro livro da Trilogia dos Príncipes, O Príncipe Serpente encerra contando a história do último personagem da amizade entre Edward de Raaf, Harry Pye e Simon Iddesleigh. Vale destacar que no segundo e terceiro livro a participação desta amizade é basicamente no final da história, mas neste terceiro temos spoiler do final do primeiro e segundo, então se você tiver interesse de ler os livros anteriores a este, leia na sequência.

Por mais incrível que possa parecer, neste terceiro livro temos o personagem mais “sombrio”, escondido numa fachada de irreverência e irresponsabilidade, mas é a história mais romântica e sensível da trilogia, acaba por ser a menos hot também. Mas assim como as outras é uma história que nos traz grandes lições. Preciso destacar também que o figurino do século XIII não é o melhor. Por favor, os homens usando perucas coloridas e com cachos, fora a maquiagem, é simplesmente ridículo. Ri muito imaginando os figurinos masculinos nesta trilogia.

Lucinda Craddock-Hayes é uma jovem que vive na cidade de Maiden Hill, em Kent, com seu pai. Ela é uma moça com idade já avançada, que vive uma vida na mais absoluta simplicidade. É uma moça caridosa, gentil, porém sincera e muito inteligente. Sem muitas expectativas em relação ao seu futuro, principalmente ao casamento. Mas num dia sua vida muda radicalmente ao encontrar um homem nu jogado em uma vala praticamente morto e como não podia ser diferente, o socorre, levando para a sua casa. E para sua surpresa e alegria, ela além de conseguir salvá-lo, descobre que seu lindo e perturbador paciente, é um nobre.

Simon Matthew Raphael Iddesleigh se tornou visconde, para sua infelicidade, com o falecimento de seu irmão e que desde então busca vingança pela sua morte, mas vamos descobrir que o motivo é muito mais profundo e triste. É por isso que ele acaba sendo atacado, numa tentativa de também assassiná-lo. Simon só não esperava que em sua vivência no inferno um anjo apareceria em seu caminho. Ao despertar em um quarto simples, e vê uma jovem, vestida de maneira singela, com um rosto sério, porém de lábios tentadores, ele passa a considerar Lucy, um anjo em sua vida, principalmente porque ela parece enxergar o que acontece no mais profundo de sua mente.

“Era difícil dizer por que a donzela rural o fascinava tanto. Talvez fosse simplesmente a atração das trevas pela luz, o demônio querendo despojar o anjo, mas ele achava que não. Havia algo nela, alguma coisa significativa, inteligente e perturbadora para sua alma. Ela o tentava com o perfume do paraíso, com a esperança da redenção, por mais impossível que isso fosse”.

Vale destacar como os personagens infantis sempre trás algo maravilhoso para as histórias, num é mesmo? Às vezes, eles são até os melhores personagens. Neste livro temos a sobrinha de Simon, Theodora, uma criança linda e esperta, e muito divertida, que para mim fez com que esta história fosse tão especial.

“- E você pode me chamar de chaveirinho, porque é assim que meu tio Simon me chama. Eu o chamo de tio Sisi porque todas as moças fazem um barulho que parece o som de si-si quando ele passa. Acho que é um suspiro”.

Para mim a trilogia terminou de uma maneira muito boa, onde a autora conseguiu construir personagens diferentes, movidos pelo amor e amizade ao invés de convenções impostas pela sociedade.

A capa é linda e a impressão em papel amarelo como sempre só facilita a leitura. A tradução está ótima, porém neste livro tivemos mais uma tradutora, mas manteve-se a qualidade dos livros anteriores. Creio que a história conseguiu cumprir todos os requisitos para uma ótima leitura e por isso dou nota 5/5 para este livro também.

Para curiosidade, a autora escreveu um conto, baseada em uma personagem secundária desta trilogia, intitulada A Princesa de Gelo.

Boa leitura,

Carol Finco


Nota :: 



Não deixe de conferir as resenhas dos livros anteriores:



Informações Técnicas do livro

O Príncipe Serpente
Trilogia dos Príncipes #3
Ano: 2017
Páginas: 364
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
O terceiro livro da aguardada série de romances de época com uma forte pitada de erotismo.
Quando o diabo encontra um anjo... Lucy Craddock-Hayes está satisfeita com a vida tranquila no interior. Até o dia em que tropeça num homem inconsciente — um homem inconsciente e nu — e perde para sempre sua inocência. Ele pode levar ao paraíso... O visconde Simon Iddesleigh apanhou de seus inimigos até quase morrer. Agora ele está determinado a se vingar. Mas quando Lucy cuida dele para restaurar sua saúde, a sinceridade da jovem surpreende sua sensibilidade calejada — e desperta um desejo que ameaça consumir os dois. Ou ao inferno. Encantada com a inteligência perspicaz de Simon, com seus modos urbanos e até com seus sapatos de solado vermelho, Lucy rapidamente se apaixona por ele. Embora sua honra o mantenha longe dela, a vingança envia os agressores de Simon à sua porta. Enquanto o visconde entra em guerra contra seus inimigos, Lucy luta pela própria alma, usando a única arma que tem — seu amor...

20 janeiro, 2018

Resenha :: O Príncipe Leopardo (The Leopard Prince)

janeiro 20, 2018 1 Comentários


Olá pessoal, chegamos ao segundo livro da Trilogia dos PríncipesO Príncipe Leopardo. O legal desta trilogia é que você não precisa necessariamente ler os livros em ordem e caso você leia apenas um dos três livros também não haverá nenhum problema. A única ligação entre os livros é o fato que os personagens principais de cada livro serem amigos, a segunda é o conto de fadas que a autora conta no livro que intercala com a história dos personagens.

Uma das coisas que já gostei de cara na história é que a autora continua com a mesma pegada do livro anterior. Temos dois personagens diferentes entre si, mas com uma coisa em comum. Quando querem algo eles vão atrás. Só que agora a dama é quem tem posses enquanto o senhor não chega a ser nem um cavalheiro, é um homem simples que conseguiu com muito esforço se tornar um administrador de terras. A linguagem em alguns momentos continua também bem “escandalosa” podemos assim dizer em alguns momentos e também manteve sua pegada hot na dose certa.

Lady Georgina Maitland já é considerada pela sociedade uma solteirona devido a sua idade e para piorar, contrariando o bom senso, devido a uma herança deixada por sua tia, é dona e também quem comanda a sua propriedade. Ela é uma jovem que perante a sociedade de faz de “sonsa”, mas ao contrário do que muitos pensam, é inteligente, teimosa e independente. Ela não deseja se casar, então resolveu ir a sua propriedade com o administrador que havia contratado, só não esperava que ela fosse acha-lo tão interessante e desafiador conversar com ele, seria um desafio, mas faria o possível para tentar entende-lo e descobrir seus mistérios.

“- Ela dizia bobagens, era verdade, mas Harry percebera de imediato que fazia isso apenas para se divertir. Ela era mais inteligente do que a maioria das damas da sociedade. Ele tinha a sensação de que havia um bom motivo para a viagem de Lady Georgina a Yorkshire”.

Harry Pye é um homem que venceu na vida por méritos próprios, mas que nunca esqueceu sua origem e tem amor pela terra e compaixão por aqueles que trabalham nela e tudo que deseja além de justiça é ver a região onde nasceu prosperar, por isso quis ser administrador de Lady Georgina. Ele só não contava ter se enganado com sua patroa e muito menos passar a deseja-la e principalmente que ela o desejasse. Há muito tempo ele aprendeu a não questionar sua posição.

“Havia muito tempo, ele lutara contra a ordem das coisas, que o considerava inferior a homens que não tinham cérebro nem moral. Não fizera diferença. Ele não lutava mais contra o destino”.

Mas o desejo e a persistência de Lady Georgina são maiores do que as crenças dos dois, porém, eles não contavam com os crimes que estavam ocorrendo no condado e muito menos que o Harry fosse o principal suspeito. Conseguirá Georgina o ajudar a provar sua inocência e livrá-lo da forca??

Vale destacar que ao contrário do livro anterior, nesta história é Lady Georgina que narra o conto de fadas, e o interessante é que você fica na dúvida se ela realmente ouviu o conto como diz e agora o estar contando ou se o está inventado a sua conveniência, ou pelo menos mudando alguns fatos.

Eu amei o livro, tem um enredo fluído e interessante, uma história bem amarrada, como aquelas boas doses de humor e cenas hot como tanto gostamos. Você começa ler e não quer parar. Teremos então várias reviravoltas e um final maravilhoso.

A capa segue o padrão da anterior e é linda e a impressão em papel amarelo como sempre só facilita a leitura. A tradução está ótima e gostei muito de ver que é a mesma tradutora do livro anterior, creio fielmente que isto contribuiu para o livro ter continuado no bom andamento do anterior. Creio que a história conseguiu cumprir todos os requisitos para uma ótima leitura e por isso dou nota 5/5 para este livro também.

Espero que gostem e leem toda a trilogia, pois ela tem se provado excelente.

Boa leitura,

Carol Finco


Nota :: 


Informações Técnicas do livro


O Príncipe Leopardo
Trilogia dos Príncipes #2
Ano: 2017
Páginas: 350
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
O segundo livro da aguardada série de romances de época com uma forte pitada de erotismo!

A única coisa que uma dama jamais deve fazer...
Lady Georgina Maitland não quer um marido, embora ela pudesse ter um bom administrador para cuidar de suas propriedades. Ao pôr os olhos em Harry Pye, Georgina percebeu que não estava lidando apenas com um criado, mas com um homem.

É se apaixonar...
Harry conheceu muitos aristocratas — incluindo um nobre que é seu inimigo mortal. Mas nunca conheceu uma dama tão independente, desinibida e ansiosa para estar em seus braços.

Por um criado.
Ainda assim, é impossível ter um relacionamento discreto quando ovelhas envenenadas, aldeões assassinados e um magistrado furioso tumultuam o condado. Os habitantes culpam Harry por tudo. Enquanto tenta sobreviver em meio à desconfiança e manter o pescoço de Harry longe da forca Georgina não quer perder outra noite de amor.

22 dezembro, 2017

Resenha :: O Príncipe Corvo (The Raven Prince)

dezembro 22, 2017 0 Comentários

Olá pessoal, vocês irão ler resenhas minhas com mais frequência agora no Clube do Farol, já que me tornei uma colunista aqui e espero passar para vocês todo o amor que tenho por romances e lhes dar várias dicas legais.

Hoje venho escrever sobre o romance de época O Príncipe Corvo. Um dos lançamentos da Editora Record este ano e o primeiro livro de uma trilogia. Esta história eu já havia lido a muitos atrás e quando vi que seria lançado e com estas capas fantásticas eu não podia ficar sem adquiri-las, afinal, eu amei as três histórias e pra minha alegria pude ler em livro físico e com uma ótima tradução.

Alguns podem até dizer que esta história é uma releitura da Bela e a Fera, porém a autora fez algumas modificações que faz com que a história ficasse bem mais que uma releitura, para mim ela é original, e quem pode nos dizer que o autor da Bela e Fera não se inspirou em um conto mais antigo??

Anna Wren é uma dama filha do falecido vigário da vila, também é uma jovem viúva que só não ficou sozinha no mundo porque mora com a sogra que lhe trata com muito amor e há também uma jovem órfã que as duas acolheram quando criança e que ajuda nas tarefas domésticas. O marido da Anna por ter morrido muito jovem não conseguiu deixar uma boa condição financeira como herança e depois dos vários anos transcorridos da viuvez a Anna não está conseguindo mantê-las fora das dificuldades, com isso ele decide que precisa trabalhar, pois o que adianta ser uma dama, mas morrer de fome?

Aqui entra a primeira coisa que faz esta história poder ser diferente, ela não é nenhuma jovem inocente e tola, já é uma mulher e que enfrentou e enfrenta algumas dificuldades em sua vida, a outra é que ela não é uma mulher extremamente linda, apesar de não ser feia.

“Era uma mulher sem atrativos. Tinha um nariz comprido e fino, olhos castanhos e cabelo castanho – pelo menos os fios que ele conseguia ver. Nada nela era extraordinário. Exceto a boca”.

Então que ela decide procurar emprego na maior casa da região, a do misterioso Conde de Swartingham, que depois de muitos anos longe da propriedade resolveu retornar e morar nela novamente. Pra sua sorte ela descobre que seu administrador, o Sr. Felix Hopple está procurando um novo secretário para o Conde e de tão desesperado em cumprir esta obrigação, aceita a proposta da Anna e se aproveita do fato que poderá comprovar se ela dará conta do recado antes de apresenta-la ao Conde, já que o mesmo irá fazer uma viagem.

Tenho que dar um destaque para o Felix, este personagem secundário tem um papel bem legal na história e não ficou esquecido pela autora ao longo dela, ele também é quem nos proporciona a maior parte das cenas cômicas no livro.

“Félix Hopple fez uma pausa diante da porta da biblioteca do conde de Swartingham para avaliar sua aparência. A peruca, com dois cachos grandes bem enrolados de cada lado, fora empoada recentemente num tom vistoso de lavanda. Sua estrutura física – bastante esbelta para um homem de sua idade – era destacada por um colete cor de ameixa com um padrão de folhas de videira amarelas na barra. E suas calças, com listras alternadas em verde e laranja, era bela sem ostentação. Sua toalete era perfeita”.

Edward de Raaf, o Conde de Swartingham, foi o único sobrevivente em sua família da epidemia de varíola, ele é literalmente um ogro devido às cicatrizes da doença e também por causa de seu temperamento. Ele sofreu muito com a perda de sua família e por isso se fechou emocionalmente. Sua paixão é a terra e assim como seu pai trabalha com ela diretamente e com todos os seus arrendatários e isto lhe torna um aristocrata diferente dos outros. Ele também não tem papas na língua, mas tudo o que realmente deseja é formar uma família e ter herdeiros para perpetuar a sua herança e sua descendência. 

Mas qual foi a sua surpresa ao chegar a casa e descobrir que seu novo secretário na realidade é uma mulher e para piorar uma que não se assustava com seu modo de falar e muito menos perdia a compostura e discutia com ele. Ele iria testar até onde ela aguentaria, afinal os seus manuscritos estavam impecáveis.

“Ele para e examinou uma folha que estava sobre a mesa. Anna abriu a boca para tentar se explicar novamente, mas se distraiu ao notar que o conde acariciava a pena enquanto lia. Suas mãos eram grandes e bronzeadas, mais que as mãos de um cavaleiro deveriam ser. Pelos negros cresciam no dorso. E a ideia de que provavelmente ele tinha pelos no peito também surgiu em sua mente. Ela se esticou e pigarreou”.

O que fazer em relação à atração imediata que um estava sentindo pelo outro? Eles eram muito diferentes e tinham propósitos diferentes para suas vidas, mesmo tendo considerado um ao outro feio e sem atrativos no primeiro momento.

Esta história é diferente dos romances de época que estamos acostumados por vários motivos e é um dos fatos que me fez gostar bastante dela. A primeira é que temos um conto do Príncipe Corvo sendo narrado no início de cada capítulo, isto faz parte de um livro que a Anna está lendo e tem um significado bem especial da história, a segunda é os próprios personagens como descritos acima. A outra é que devido ao fato da Anna ser viúva, a autora pode tratar dos desejos femininos e não apenas do aspecto masculino que sempre permeiam as histórias. A Anna acaba por gostar do Conde e vai atrás dele de uma maneira secreta para realizar os seus desejos. Isto dá o tom hot da história. Outra diferença é que como o conde não se preocupa com a maneira de falar ele é bem escrachado em expressar sua opinião e sentimentos, principalmente no que diz respeito aos seus desejos, o que torna a história bem descritiva nos momentos hot.

Amei o fato dos personagens principais não serem mimizentos, pelo contrário, sabem o que querem e vão atrás, do fato da narração não ser do ponto de vista de um único personagem e da maneira com que a autora trabalhou toda a história. Gosto mais ainda do final da história. Me coração vibrou de alegria quando terminei a leitura. Gostei desta história desde a primeira vez que li e mais ainda com nesta tradução e edição da Record que realmente ficou maravilhosa. Vale destacar que os livros desta trilogia são histórias independentes, este livro só nos apresenta os personagens masculinos principais das histórias seguintes.

Realmente me apaixonei por esta capa linda e a impressão em papel amarelo só deixou a leitura melhor. Dou nota 5/5 para esta história com alegria e se você que diz gostar de romance ler este livro e não gostar, aff, digo que não podemos ser amigas... kkkkkk... Brincadeirinha, mas realmente espero que gostem.

Boa leitura,

Carol Finco

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Príncipe Corvo
Trilogia dos Príncipes #1
Ano: 2017
Páginas: 350
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante.

Chega uma hora na vida de uma dama...
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil.
Em que ela deve fazer o inimaginável...
O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude.
E encontrar um emprego.
Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante.

27 outubro, 2017

Filme :: Lion – Uma Jornada para Casa

outubro 27, 2017 2 Comentários

Saroo é um jovem indiano de cinco anos, membro de uma família muito pobre. Mostrando-se forte desde o início, ele ajuda seu irmão mais velho em diversos trabalhos para levar alimento para casa. Em um desses trabalhos, eles vão parar na cidade de Calcutá. Como o trabalho era noturno, seu irmão pede para que ele fique esperando na estação e não saia de lá até que ele volte de sua busca por serviço. Saroo acaba ficando com sono e adormecendo dentro de um trem nessa mesma estação, e o que ele não imagina é que logo cedo esse trem dará partida.

Depois de enfrentar grandes desafios para sobreviver sozinho na rua, Saroo é descoberto por um rapaz em frente uma lanchonete e é levado à polícia local para tentar ajudá-lo a encontrar sua família. A polícia não tendo sucesso nessa busca, acaba deixando o menino em um abrigo e lá uma família de australianos acaba por adotá-lo.

Mesmo 25 anos depois de seu desaparecimento, 25 anos longe de sua família biológica, e sem saber ao certo onde morou, em qual estação se perdeu, Saroo nunca perdeu a esperança de que um dia tornaria a encontrar sua família.

Eu particularmente já gosto de filmes com essa temática. Posso nunca ter assistido ao filme, mas já vou achando excelente.

Lion foi indicado ao Oscar em seis categorias diferentes. Incluindo na de melhor filme. Quando você tem essas informações acaba que esperando muito do filme. Agora imagina no meu caso: o enredo do filme já me conquista logo de cara e esse mesmo filme é indicado ao Oscar como melhor filme... Pensa na expectativa que foi criada sobre o filme. Quebrei a cara? Não sei. Não consigo afirmar se gostei ou não.

O início do filme é bem promissor com o jovem Sunny Pawar (Saroo quando criança) dando um show de atuação. Se você é uma pessoa sensível já começa chorar com 5 minutos de filme. E o meu problema com o filme é bem aqui. A história é construída em duas partes: Saroo na fase de criança e na fase adulta. Eu amei o filme na parte que o Sarro é uma criança. Na primeira parte do filme. Depois que acontece a virada de tempo, as únicas coisas boas, na minha humildíssima opinião, são as atuações de: Dev Patel e Nicole Kidman, que estão sensacionais. E inclusive foram indicados como melhor ator coadjuvante e melhor atriz coadjuvante, respectivamente.

Temas como exploração infantil, tráfico de crianças e fome são mostrados na primeira parte do filme e são mostrados com maestria. Eu duvido você passar por essas cenas sem ficar tocado. Estou lamentando até agora de não terem mais espaço no filme a partir da segunda parte.

Uma única cena que gostei na segunda parte do filme é quando o Saroo está discutindo com a mãe adotiva e ela diz: “Eu poderia ter um filho com o seu pai. Foi uma escolha nossa não tê-lo. Para que colocar mais uma pessoa no mundo se tem milhares precisando de uma oportunidade e ninguém faz nada. Foi por isso que adotei você e seu irmão.” O que é uma pena uma obra como essa ter em sua segunda parte uma única cena que me agradasse.

Não vale a pena mencionar como ele conseguiu encontrar o povoado onde morava porque isso é uma opinião que você precisa formar vendo o filme. Eu me senti profundamente frustrado, pois tinha todo um método, toda uma criação que acabou ficando em vão.

Desculpe-me se não posso dizer se o filme é realmente bom. Mas peço que deem uma chance. E vale mencionar que é uma história real. Um bom filme à todos.

Confira o Trailer:


Informações Técnicas do Filme

Lion – Uma Jornada para Casa
Gêneros: Biografia, Drama, Aventura
Duração: 1h 58min
Distribuidor: Diamond Films
Elenco: Dev Patel, Rooney Mara, David Wenham, Nicole Kidman, Sunny Pawar...
Roteiro: Luke Davies
Baseado no livro autobiográfico do autor Saroo Brierley: Uma Longa Jornada Para Casa
Direção: Garth Davis

Sinopse (Adorocinema):
Quando tinha apenas cinco anos, o indiano Saroo (Dev Patel) se perdeu do irmão numa estação de trem de Calcutá e enfretou grandes desafios para sobreviver sozinho até de ser adotado por uma família australiana. Incapaz de superar o que aconteceu, aos 25 anos ele decide buscar uma forma de reencontrar sua família biológica.

Não recomendado para menores de 12 anos

05 outubro, 2017

Resenha :: Fiquei com o Seu Número (I ve got your number)

outubro 05, 2017 2 Comentários

“Mas às vezes precisamos ter coragem. Às vezes, precisamos mostrar às pessoas o que é importante na vida.”

É verdade universalmente reconhecida (ou deveria ser ) que a autora Sophie Kinsella é a rainha suprema quando o assunto é chick-lit. Meg Cabot e Marian Keyes que me perdoem, mas essa é verdade nua e crua. E é uma verdade unicamente reconhecida por mim que Fiquei com o Seu Número é um dos meus chick-lits favoritos... Não, espera ... Isso não parece certo...  E é uma verdade unicamente reconhecida por mim que Fiquei com o Seu Número é o meu chick-lit favorito do universo (agora sim está certo ). E isso é algo notável considerando a quantidade de chick-lits que já li em todos esses anos dessa indústria vital de leitura, que é a minha vida .

E ele é um dos livros que mais fizeram rir na vida (amo rir, você não? ). Não estou falando de risadas que duram dois segundos. Faça-me o favor . Estou falando de rir até sair lágrimas dos olhos, em praticamente o livro inteiro. Estou falando de rir tanto que se você estiver perto de alguém, esse alguém vai achar que você pirou na batatinha. 

“Independentemente do que já aconteceu, a vida é curta demais para não se perdoar. A vida é curta demais para se guardar ressentimentos”.

Mas, enfim, antes de falar sobre a história do livro, preciso te perguntar uma coisa: Quão importante é o seu celular na sua vida? Você teria coragem de "dividir" ele com alguém? Surtaria ou não ao saber que alguém está lendo seus e-mails, mensagens... Tudo que está no seu celular? Chega a dar um certo medo, né? Te entendo . E muitas pessoas do mundo também entendem, porque para grande parte dos seres humanos o celular é quase um membro do corpo, um melhor amigo, um item necessário para viver... Por que estou falando isso? Logo você vai entender. 

“Meu celular é minha vida. Não existo sem ele. É um órgão vital”.

Fiquei com o Seu Número é narrado em primeira pessoa pela jovem fisioterapeuta Poppy Wyatt que está de casamento marcado com um conhecido (e rico) acadêmico, o Magnus Tavish, que de acordo com a própria Poppy (e de acordo com as suas amigas também, principalmente uma super invejosa) é um cara perfeito e ela não pode perde-lo, mesmo que os seus sogros, Wanda e Anthony Tavish (que também são acadêmicos, super intelectuais, ao ponto de fazer a Poppy se sentir inferior com tanta “intelectualidade” nessa família) não concordem com o casamento. Apesar disso, tudo vai relativamente bem, até que certo dia, quando está comemorando a sua despedida de solteira em um hotel (com suas amigas e sua cerimonialista), a Poppy se envolve em uma tragédia. Não, ela não morre, ou vai parar no hospital. No meio de um incidente, a nossa protagonista acaba perdendo o seu anel de noivado. E não é qualquer anel, é um anel de esmeralda e diamantes que está na família Tavish há três gerações! Três! Tragédia! Pobre Poppy . E para piorar, nesse mesmo dia, ela ainda tem o celular roubado. Tragédia em dobro! 

“Meu instinto é mandar uma mensagem de texto para alguém dizendo ‘Ai, meu Deus, perdi meu celular!’ Mas como posso fazer isso sem o maldito celular? Ele é meu companheiro. É meu amigo. Minha família. Meu trabalho. Meu mundo. É tudo. Sinto como se alguém tivesse arrancado de mim os equipamentos que me mantêm viva”.

Mas, quando ela está quase se entregando as profundezas do desespero, uma solução vem de um lugar inesperado, de uma lata de lixo. Nessa lata de lixo, abandonado e se sentindo sozinho está um celular pronto para ser usado! Uma luz no fim do túnel! Obviamente a Poppy toma posse do celular e passa o número dele para os funcionários do hotel onde o anel foi perdido, para que quando encontrarem o seu precioso anel, puderem ligar para ela para devolver. Perfeito! O mundo é quase belo de novo! 

“Se está numa lata de lixo, é propriedade pública.”

Ou quase... Porque o celular, no fim das contas, tem dono. A luz no fim do túnel da Poppy foi abandonada na lata de lixo pela (ex)assistente do executivo Sam Roxton, que não fica nada feliz por uma desconhecida ter em mãos o celular da empresa. Imagine, uma estranha com acesso a sua vida pessoal e profissional! Oh, confusão!  Mas a Poppy acaba convencendo o Sam a emprestar o celular para ela, pelo menos até que o anel seja encontrado, prometendo encaminhar todas as mensagens e e-mails que forem para ele. E isso ela realmente faz. Começando assim, uma interação (bem divertida para quem lê) entre os dois por meio de mensagens, com um ajudando o outro, com a Poppy com seus problemas a resolver para o casamento e o Sam com questões a serem resolvidas na empresa. Depois de algumas conversas por mensagens, eles até que ficam próximos, mesmo não estando "próximos" fisicamente. Porém, ter acesso a tanta coisa da vida de outra pessoa pode despertar uma coisa chamada curiosidade, e a Poppy acaba lendo tudo o que enviam para o Sam, se envolvendo com a vida dele por meio de um celular (e o deixando entrar na sua vida por meio de um celular também). E querendo ajudar, a Poppy acaba se metendo em algumas coisas que, provavelmente, não são da conta dela, causando confusões para ela e para o Sam, principalmente para o Sam . Mas talvez essa confusão toda seja algo bom para os dois, e dividir o celular pode ser algo que ambos vão acabar agradecendo no final das contas .

“Sei que as coisas ainda são incertas; sei que a realidade não desapareceu. Sempre vai haver explicações e recriminações e confusão”.

Fiquei com o Seu Número é um livro que me lembra os motivos de eu amar tanto ler chick-lits. A Sophie Kinsella me conquistou nesse livro de uma forma muito louca. Ela tem uma escrita super hiper mega viciante, e em, praticamente, todas as vezes que li esse livro (já li várias vezes e lerei muito mais ) eu simplesmente não consegui dormir antes de terminar, mesmo sabendo o que aconteceria quando reli, é quase uma missão impossível largar, é tão viciante que acho que parece crack . A Sophie consegue misturar clichês, romance, um certo mistério e comédia de um jeito tão dela, tão maravilhoso, tão incrível, tão divoso, tão... (insira um milhão de adjetivos positivos aqui). Se a escrita da Sophie Kinsella fosse comida, seria daquelas de dar uma de Ana Maria Braga e se enfiar debaixo de uma mesa de tão boa . O enredo é maravilhoso, o humor que a Sophie coloca no livro é tão natural e hilário, a história é muitoooo envolvente e os personagens são incríveis .

“Mas a gente não percebe, não é? O momento surge, a gente comete o erro terrível e ele acaba, e a chance de fazer qualquer coisa já era.”

A Poppy é do tipo de pessoa naturalmente boa, ela quer o melhor para todo mundo e sempre tenta ajudar, por mais que essa “ajuda” não dê muito certo, ela sempre faz tudo com as melhores intenções. Na última vez que reli esse livro (depois que comecei a fazer terapia), eu me identifiquei muito com ela, porque a Poppy é tão “boazinha” que evita conflitos, abaixa a cabeça e assume o que jogarem para cima dela, assumindo a culpa que nem lhe pertence, achando que os outros são melhores do que ela, e que ser ela mesma não é o suficiente, tentando se “encaixar” em coisas que não tem nada a ver com ela. A Poppy se diminui e nem percebe que é assim. Quando na verdade ela é um serzinho incrível, cativante, engraçada, inteligente, um pouquinho atrapalhada, mas mesmo assim maravilhosa . Fora que ela é uma das melhores “narradoras” de todos os livros que já li. As notas de rodapé dela são as melhores e mais engraçadas do universo. E as “conversas” que ela tem com ela mesma são impagáveis. Se ela existisse eu iria querer que ela fosse a minha amiga (desde que não se metesse com o meu celular ).

“Acho que somos as notas de rodapé um do outro”.

O Sam (), de cara, parece alguém bem sério, um profissional ultra competente e bem-sucedido, fiel aos seus princípios e que sempre busca a justiça, mas por trás da fachada séria, ele também tem um certo senso de humor e tem seus momentos, principalmente nas conversas com a Poppy. Vou parar de falar dele, antes que eu fique me derretendo aqui mais que sorvete no calor.

"Ninguém quer ouvir histórias sobre coisas ruins. Essa é a verdade."

Antes que eu me esqueça, preciso dizer que uma das coisas que mais admiro na Sophie Kinsella, se tratando desse livro, é que ela não apela para cenas pervertidas como muitas autoras fazem em chick-lits e em outros romances em geral. Eu me irrito tanto quando apelam assim, descrevendo cenas completamente desnecessárias, porque quando o livro é bom, ele não precisa disso. Um romance não é só feito de contato físico, apelidos melosos e juras de amor eterno . Ele é muito mais que isso. E por isso eu amo o romance nesse livro, ele não é apelativo, é gradativo, acontece aos poucos, da amizade para algo a mais, não te força a engolir um romance que caiu de paraquedas na história em um piscar de olhos, tipo uma bala perdida que você nem percebe de onde veio.

“Quero dizer… o que é amor? Ninguém sabe exatamente o que é amor. Ninguém consegue defini-lo. Ninguém consegue provar que existe.”

Se algum dia, você estiver se sentindo para baixo e precisar rir, leia Fiquei com o Seu Número. Se precisar esquecer dos seus problemas e se jogar em uma leitura leve e envolvente, leia Fiquei com o Seu Número. Se quiser ler algo que te surpreenda e te faça ficar sem ar e chorar de tanto rir, leia Fiquei com o Seu Número. Se quiser ler um livro com humor, romance, conspiração e mistérios, leia Fiquei com o Seu Número. Se quiser se apaixonar por um livro e ler um dos melhores chick-lits que vai ler na vida, leia Fiquei com o Seu Número. E se você já leu e não gostou, leia de novo e do jeito certo. E se já leu e gostou, leia de novo, porque sim. Até! 

“E não importa (...). Seja lá quem fosse, quer eu conhecesse ou não, se eu pudesse ajudar de alguma forma, eu ajudaria. O que quero dizer é, se você pode ajudar, tem que ajudar. Não acha?”

Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Fiquei com o Seu Número
Ano: 2012
Páginas: 464
Editora: Record
 
Sinopse (Skoob):
A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz... Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone abandonado no hotel em que está hospedada. Perfeito! Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. 
 
Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de haver alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir.