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22 agosto, 2024

Resenha :: As Asas da Borboleta: saindo da dor para o renascer

agosto 22, 2024 0 Comentários


Olá,  pessoas, sabe quando você tem a oportunidade de ler um livro que amou a capa e criou várias teorias sobre o título e, já no começo da leitura, precisa se preparar muito mais do que poderia ter suposto? Enfim, se respondeu sim a essa pergunta sabe exatamente como me senti ao abrir as primeiras páginas dessa história.


Todo romance é biográfico, foi a primeira reflexão, afinal mesmo a personagem principal não tendo de fato existido, a história será sobre a vida dela, personagem. Então, o que separa esse livro do romance é o fato de a personagem não ser ficcional. E acho que é nesse ponto que a empatia acontece de forma mais imediata, sendo menos necessário páginas e páginas para que aconteça, e claro saber de antemão que a personagem continua viva, em um livro que aborda alguém com uma doença sistêmica e sem cura, apenas tratamento é sem dúvida um grande alívio e incentivo à leitura. Essa história está em sua segunda edição, conhecemos o processo da escrita, que envolve desde a ideia até o lançamento e isso também amplia essa conexão.

18 agosto, 2023

Beyond The History - Uma história dos 10 anos do BTS

agosto 18, 2023 0 Comentários

Olá faroleiros, hoje vou escrever sobre um livro muito especial que uniu duas paixões minhas, a leitura e o BTS. Sempre gostei de ler desde pequena, mas nunca fui fã (no sentido real da palavra) de uma banda, como todo jovem fui curtindo com o passar dos anos algumas músicas e até hoje gosto de Sandy e Junior e atualmente da Sandy, mas é mais no sentido de ouvir as músicas, nunca gastei dinheiro com nada que envolvesse nenhum artista, ao contrário dos livros, neste caso tenho algumas coleções em especial da minha autora favorita.

 

Mas voltemos ao BTS, no ano de 2022 dei uma pausa nas minhas leituras, entrei numa ressaca, talvez um desgaste mesmo por ser meu único passatempo, as séries e filmes pouco me interessavam, até que conheci o mundo dos doramas, veio aí um vício e que até contribui com minhas leituras pois só gosto de assistir eles legendados. Pode estar um pouco enrolada a história mas estamos chegando ao ponto, eu nunca havia parado para ouvir nada do K-pop mesmo já tendo ouvido falar até mesmo do BTS, porém curtindo postagens no Insta sobre os doramas, começou a aparecer para mim vídeos da banda, aí descobrir que em sua maioria eram trechos de vídeos de seu programa no You Tube, o Run, não deu outra, maratonei todos os episódios e me apaixonei pelos meninos, daí ouvir as músicas após ler a tradução foi um passo muito simples.

23 outubro, 2022

Resenha :: Em Busca de Mim

outubro 23, 2022 0 Comentários



A invisibilidade do combo formado pela negritude e pela pobreza é algo brutal. Junte a isso estar com fome a droga do tempo todo e a combinação é explosiva. 

 

Ler uma biografia é quase como ler um romance de formação. Porém, já sabemos o final e, por mais que isso seja incrível, vamos conhecer a estrada da vida que trouxe Viola Davis ao lugar onde ela está hoje. O título da biografia mostra que todas as conquistas ainda não trouxeram o seu maior anseio. O qual saberemos se foi alcançado durante a leitura.

26 novembro, 2021

20 junho, 2021

Resenha :: Tem Que Vigorar!

junho 20, 2021 0 Comentários


Olha eu pagando a língua e lendo livro de ex-BBB (risos), mas não me arrependo. Eu tinha expectativas diferentes para esse livro, principalmente por ter sido lançado tão rapidamente, mas a forma como Gil conta sua História, de forma como se estivesse conversando com a gente, é muito surreal e nos prende do início ao fim.  

05 maio, 2021

Resenha :: O Armênico

maio 05, 2021 0 Comentários
*recebido em parceria com o Grupo Editorial The Books

Olá, pessoa!! Tudo bem? Eu amo ler biografias, porque elas nos contam como alguém chegou onde está. No momento que vivemos, mais do que nunca, algumas pessoas podem ser perguntar: “Quem iria querer morar no Brasil?”. Bom, Arthur Haroyan quis e ele nos conta porquê. Já aviso que essa resenha foi escrita ao som de System of a Down e a referência é para os fortes!

01 julho, 2020

Resenha :: Ó, o Globo!

julho 01, 2020 0 Comentários

Com uma narrativa ora intimista e ora em terceira pessoa, a autora conta a história de um símbolo Carioca. Como capixaba, a analogia que posso fazer é com a fábrica de chocolates Garoto, localizada no coração da cidade de Vila Velha.

Confesso que eu fiquei ainda mais curiosa sobre ambos, biscoito e livro, em minha ida a Bienal no RJ em 2019, porém só esse ano consegui finalmente saciar minha curiosidade. Degustei o biscoito enquanto lia o livro e, posso adiantar, recomendo ambos. Agora vamos ao livro.


Recomendo a todo não carioca ler esse livro, quase como um bom manual para entender um pouco de que é feito o carioca da gema, e para o   carioca que vá ler um jeito de se entender nessa trindade que parece fazer parte do DNA de todos eles: sol, mar, mate de barril e biscoito.

As conversas, as risadas e as lembranças que surgem entre todos são uma evidência de que a mesma medida que o biscoito leva de polvilho em sua receita leva também de paz, amor e união.

A autora começou a história como toda boa história deve começar: pelo início, de forma sucinta e explicativa, com o surgimento da cidade do Rio de Janeiro e os eventos que propiciaram o aparecimento do homem que deu origem a empresa de biscoitos Globo.

Uma das características que admiro em biografias é sempre fazer o trajeto oposto. Do sucesso ao início da ideia. E conhecer assim o caminho que trouxe ao ponto presente e desmitificar a ilusória sensação que o sucesso veio fácil.

Algo que achei marcante, durante toda a história, são os laços de amizade que duram, perduram anos e décadas. Como a empresa de embalagens que é a mesma desde sempre, funcionário que começou e se aposentou na empresa. Para mim esse é um dos segredos desse biscoito. Mas a exceção à regra foram os primeiros casamentos que não resistiram à dura jornada de trabalho, aliviadas “pela esticada” para encerrar a jornada com um copo de cerveja.


Administrar, para eles, além de gerir pessoas e desenrolar toda a burocracia da empresa, incluía também conhecer e executar todas as etapas da produção e da comercialização.

Conforme a leitura prossegue, fica claro que a  história da empresa está intimamente ligada a da cidade do Rio e isso adiciona, além da tradição, pertencimento. Adicionando a isso o fato de que nenhum dos donos se manteve ao escritório. O conhecimento de cada etapa é algo que ainda nos dias de hoje acontece.

A receita preza pela simplicidade e o segredo é o ingrediente humano. Porque ao ler a explicação fica clara a diferença entre o biscoito globo e qualquer outro de polvilho de outra marca. Não tem concorrência, porque, após provar e comprar ambos, a diferença é absurdamente grande. O Globo é de longe mais saboroso.

O Biscoito globo tem sua própria vitrine circulando pela areia, no ombro de cada um dos 350 a 5000 ambulantes que carregam sacos transparentes de 70x90 cm exibindo sua marca bem na altura dos olhos de qualquer banhista. E, como se isso não bastasse, sua vitrine é ainda sonora "Ó, o Globo!", " Salgado e doce, olha aí!

O cuidado com que os vendedores ambulantes e autônomos são tratados é de uma delicadeza e humanidade louvável na edição. Fiquei impressionada e comovida de como, apesar de muitos, não são invisíveis aos donos e nem a autora.

Depoimentos de clientes selam de vez a união das histórias entre produto e consumidor. Afinal ninguém come biscoito, come Globo, seja salgado ou doce. É muito divertido ler os relatos de quem come os biscoitos. E assim, como deve ser, os personagens dessa história da vida real ganharam cada um o seu “desfecho”, sanando a curiosidade do leitor.


O trabalho gráfico da Editora Valentina para esse livro foi maravilhoso, a capa do livro é linda e o detalhe do recorte dá um charme ainda mais especial. Além disso, juntando as 2 orelhas, forma a embalagem do biscoito. A diagramação do livro está muito organizada e a revisão impecável. Com imagens e fotos que valorizam ainda mais o conteúdo. 

Se não bastasse tudo isso, o livro foi finalista do Prêmio Jabuti de Literatura na categoria Capa. Que quando lançado saiu com duas opções de capa disponível (doce e salgado em tiragem idêntica a de fabricação do biscoito 30% doce e 70% salgado). Esse ousado projeto foi pensado pelo designer Elmo Rosa.


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do livro

Ó, o Globo!
A História de um Biscoito
Ano: 2017
Páginas: 192
Editora: Valentina
Sinopse:
Sou um ícone da carioquice, um amigo de infância, dizem até que já sou membro da família. Memória gustativa de 99,9% dos que no Rio de Janeiro vivem, viveram ou viverão. Sou repleto de curiosidades. Estreei por aqui no Aterro do Flamengo, fiz fama em Botafogo. Sou sessentão, mas nem pareço. Sou redondo e farelento, com muito orgulho. Sempre fresquinho, só ando de verde ou vermelho. Tem quem goste de mim bem bronzeado. A maioria me prefere salgado. O mate é meu melhor amigo, somos quase inseparáveis. Adoro praia, estou sempre no Maracanã, não importa qual time esteja em campo. É verdade o que dizem por aí, não circulo por rua pouco movimentada. Embora meus pais tenham raízes espanholas e portuguesas, sem mandioca eu nada seria. Detesto publicidade, “Pra quê?”, pergunto, “Se já sou tão querido!” Metido a iguaria, frequento festas descoladas, mas não perco as infantis, não mesmo. Tenho um parente que vive tentando me imitar, nem ligo. Sou saudável e nutritivo, pode me traçar sem culpa. Uns gostam, outros me adoram. Há até os que me idolatram, é sério (afinal, sou global). Bem, há um ianque que me detesta, lá em Nova York, tá out ele. Minha receita de sucesso? Sou feito com muito amor e carinho.


Para comprar:

 Livro Físico

 E-book


Para a Editora Valentina, leitura é, acima de tudo, entretenimento.
Olho vivo e faro fino.
Esse é, na verdade, o lema de todo grande editor. E a pinscher dessa editora encarna esse lema como ninguém.


Conheça mais sobre a Editora Valentina
em seu site e redes sociais:
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22 fevereiro, 2020

Resenha :: Enquanto Eu Respirar

fevereiro 22, 2020 2 Comentários

Olá, pessoal! Até hoje, eu não entendo o que me levou a querer este livro. Confesso que o título e a sinopse me chamaram muito a atenção, mas ao começar a lê-lo e desde o início começar a chorar, me questionei: o que deu em mim para querer ler um livro tão fora da minha zona de conforto literária?? Respondo que ainda não sei, mas foi a melhor escolha que fiz.

Esta história não é sobre câncer, nem sobre um lista de desejos, muito menos sobre um perfil do Instagram. É sobre viver, sobre sobrevivência, sobre dançar com o tempo. É sobre amizade, sobre não ter medo de sentir, sobre querer o milagre da boa morte e sobre querer chegar ao final com a certeza de que foi uma experiência extraordinária.


Eu estou com uma saúde muito boa, faço acompanhamento médico periódico, e busco viver a vida sendo feliz, não conquistei tudo o que sonhei, mas já conquistei muitas coisas que não imaginava e por isso sou muito grata a Deus, eu sou uma pessoa que tem fé. Apesar disso, vivi e convivo com o câncer de muito perto, perdi uma das pessoas que mais amava, a minha vó em um período de 4 meses do início de sua descoberta, mas não foi o câncer que me abalou, foi o descaso médico em investigar os sintomas que ela vinha sentindo até que não havia mais nada a ser feito. Mas Deus foi maravilhoso, ela só foi sentir dor realmente na véspera de seu falecimento e morreu no dia que teve que ir para o hospital. Deus realizou o seu desejo, viveu até o último momento em casa ao lado da família.

Os relatos da autora sobre a conduta médica foi um dos pontos que mais me chamaram a atenção. A cura ainda não existe, mas a compaixão, independente se a pessoa vai conseguir a cura ou não, deve ser dada, o respeito ao paciente, afinal, ele pode estar morrendo, mas só Deus sabe quando isso realmente irá acontecer. Tenho uma amiga que está em tratamento paliativo há muitos anos e sua maior alegria é que ela provou aos médicos que quem determinará o dia de sua morte será Deus e não eles, lhe deram seis meses de vida e ela já vai para mais de 10 anos vivendo e realizando os seus sonhos.

E nessa de viver nosso último dia todo dia, percebemos o quanto tudo tem um sabor especial. Acreditem, entender que a vida acaba é a ferramenta de empoderamento e autoconhecimento mais incrível de todas (e ninguém precisa de câncer pra isso). Não há tempo a perder. Não há sentimento a ser desperdiçado. Viver é prioridade.

A autora, Ana Michelle, ou AnaMi como gosta de ser chamada, escreveu este livro cumprindo um desejo de sua amiga-irmã que juntamente com ela criou o blog PaliAtivas. É um relato da sua vida, mas principalmente da grande amizade que surgiu após as duas terem descoberto que o câncer havia retornado, que o tratamento seria paliativo, ou seja, em algum momento elas estariam morrendo. Mas a forma que elas escolheram viver enquanto a morte não chega é que o faz toda a diferença e é justamente isto que este livro nos ensina, a viver da melhor forma e não sobreviver nos matando, mesmo quando não temos nada.

É um livro para te emocionar e te ensinar a viver positivamente, mesmo quando você se abate. Os relatos dos acontecimentos na vida das duas são especiais. Eu particularmente amei saber que ela aprendeu o que é ter amor próprio, a reconhecer o amor recebido da família, mesmo quando não era da forma desejada, e a valorizar este amor. Chorei com a carta escrita para a mãe, bem como em vários outros momentos. Confesso ter lido uma parte, ter dado um tempo e depois ter retornado a leitura de tanto que mexeu comigo. Mas que narrativa maravilhosa, a leitura fluiu super bem e, se não fosse o fato de querer ficar sem chorar um pouco, em dois dias eu teria lido o livro todo.

Hoje eu acompanho a AnaMi no Instagram e continuo a me emocionar com suas postagens. É de uma grandeza e força surpreendente colocar a sua vida e seu coração no papel como você fez. Saiba que você e a Renata ficaram eternizadas através das palavras deste livro. Obrigada por compartilhar conosco suas tristezas e alegrias, suas derrotas e conquistas e por nos inspirar a sempre buscar viver enquanto estamos respirando.


Super indico esta leitura e não se preocupe com o choro, pois chorar faz bem quando é por bons motivos e este livro é maravilhoso. Ele está com uma capa linda, uma diagramação maravilhosa, como disse a narrativa está super gostosa e o conteúdo é uma história real espetacular. Nota 5/5 com um coração sem sombra de dúvida.

A vontade que tive foi de destacar o livro quase todo, mas encerro com o seguinte destaque:

Quem é você quando ninguém está olhando? Lide com isso. Busque ser o que diz ser quando a luz está acesa.

Boa leitura,

Carolina Finco


Nota ::  


Informações Técnicas do livro

Enquanto eu respirar
Ana Michelle Soares
Ano: 2019
Páginas: 240
Editora: Sextante
Sinopse:
DANÇANDO COM O TEMPO E COM TODAS AS POSSIBILIDADES DE ESTAR VIVA ATÉ O ÚLTIMO SUSPIRO.
ANA MICHELLE SOARES, ou AnaMi, como gosta de ser chamada, é criadora do perfil @paliativas no Instagram, onde compartilha sua rotina como protagonista do próprio tratamento, desmistificando o conceito de “cuidados paliativos” e transformando a finitude na mais importante ferramenta de autoconhecimento que existe.
“Quando se jogar dentro desta narrativa, você verá a AnaMi sorrindo. E você vai respirar fundo e não hesitará em se jogar para dentro da própria vida. — DRA. ANA CLAUDIA QUINTANA ARANTES, autora de A morte é um dia que vale a pena viver

“Esta não é uma história sobre o câncer. É sobre viver, sobre vivência, sobre dançar com o tempo.
É sobre amizade, sobre não ter medo de sentir, sobre querer o milagre da boa morte e sobre querer chegar ao final com a certeza de que a jornada foi uma experiência extraordinária.”

Aos 32 anos, não foi fácil para a jornalista Ana Michelle Soares receber o diagnóstico de que seu câncer de mama tinha voltado e atingira outros órgãos. Não havia mais possibilidade de cura. O tratamento seria focado em controlar a doença e seus sintomas – e em lhe proporcionar a melhor vida até o fim.
Num relato visceral, marcado pelo humor ácido e por toda a coragem e urgência de quem não tem tempo a perder, AnaMi conta como o contato com a morte transformou para sempre sua maneira de enxergar as coisas.
Em busca da cura da alma, encontrou uma grande companheira de jornada – a Renata, que enfrentava algo muito parecido – e, nesse processo, descobriu a si mesma. Dessa parceria nasceu a conta @paliativas no Instagram, para provar que tratamento paliativo não é sobre morrer: é sobre viver.
É sobre ir à luta e viver apesar da doença. Inundar-se de gratidão a cada momento. Ressignificar a existência. Pois, para quem gosta de viver, nunca será tempo suficiente.


Para comprar:

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