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21 agosto, 2019

Resenha :: Na Taverna do Bardo (Contos 1 e 2)

agosto 21, 2019 1 Comentários

Oi, leitores. Hoje venho compartilhar sobre as leituras de contos que podem ser lidos de forma independente, mas que farão parte de uma linda antologia chamada "Na Taverna do Bardo". Que vai certamente encantar leitores do gênero fantasia e também os apaixonados por romances. 

De forma delicada e graciosa, a autora Ida vai nos colocando dentro de um novo mundo, que nos leva a desbravar junto com ela enquanto o constrói. Nos permitindo, assim, perceber sua crescente na escrita e também a desenvoltura que a nova terra conquistada vai concedendo a autora.

De forma emocionante, sério, só consegui falar sobre o primeiro conto, após a leitura do segundo, as histórias trazem todo encantamento e tragédia próprios dos amores possíveis e impossíveis que tem seus destinos cruzados com seres encantados e míticos. Criando um paralelo com as barreiras e impedimentos próprios da vida, e também os finais que não estão em nossas mãos para os definir se serão finais felizes ou tristes.


 Sob a pele da Gazela

Nesse primeiro conto somos levados a nos perguntar sobre o que acontece quando o destino proporciona o encontro de uma jovem que vive na floresta, sob a pele de um animal, com um feroz guerreiro, afoito a caçadas e guerras? 

O embate claro entre forças opostas como vítima e caçador, presa e predador, são as portas para outras perguntas, que acontecem à medida que esse encontro se desenrola e, assim, vamos assistindo a trama e o questionamento inevitável que vem com o final desse primeiro conto. Nem mesmo o amor pode ser capaz de romper com o destino?


 Príncipe Arminho

Nesse conto de fadas temos um príncipe bem distante daqueles narrados nos contos recriados pela Disney. Aqui temos alguém sem responsabilidade, limites ou senso de dever e honra. Assim, ele acaba por colher os frutos da vida que vivia, e se vê sozinho vagando por uma terra encantada povoada por fadas um tanto arteiras. Essas, que nada lembram as madrinhas, rogam uma maldição que mudará o destino de um jovem rapaz.

Claro, que diferente da magia negra, essa é para que a vivência dessa provação traga ao jovem um aprendizado que, em um futuro, o faça por merecer a quebra do encantamento, porém não antes de descobrir o verdadeiro valor do amor, dos relacionamentos entre seres vivos e da magia, propriamente dita.

E esse dia parece próximo ao com que ele, em sua condição, encontra uma princesa de coração quebrado, vítima das regras infringidas a mulheres. em especial na condição de filhas do rei, que a faz optar por seguir o caminho da única alternativa que parece viável.


E assim, nesses dois contos curtinhos e deliciosos de ler, me deparei com personagens que, apesar de costumeiramente figurar os contos fantásticos, são de um ineditismo bem-vindo, com pontos que tocam o mundo real, e o bom clichê que faz do fantástico possível. Mesmo que esses contos não garantam o felizes para sempre, cada um traz o "gancho" para próxima história, que fica impossível não querer a próxima história para tornar a experiência de leitura completa e rica.

Termino assim dizendo que já estou aguardando a edição com todos os contos integrantes dessa série e, claro, pelo próximo conto que ainda está por ser escrito. A edição que li foi a em e-book que está disponível na Amazon.


Nota ::  4,5


Informações Técnicas do 1° conto

Sob a Pele da Gazela
Na Taverna do Bardo
Ano: 2017
Páginas: 4
Editora: Independente
Sinopse:
Este é um dos meus primeiros contos dentro da Literatura Fantástica. Uma amostra de um mundo que estou desbravando e construindo para vocês leitores
O que acontece quando o destino proporciona o encontro de uma jovem vive na floresta, sob a pele de um animal com um feroz guerreiro, afoito a caçadas e guerras?
Será o amor uma dádiva ou uma maldição quando a magia da floresta é a única companheira de uma donzela por toda sua vida?


Informações Técnicas do 2° conto

Príncipe Arminho
Na Taverna do Bardo
Ano: 2019
Páginas: 6
Editora: Independente
Sinopse:
Um príncipe sem responsabilidade. Uma terra encantada povoada por fadas um tanto arteiras. E uma princesa de coração quebrado e grande dor em si presa. 
Uma maldição que mudará o destino de um jovem rapaz que aprenderá o valor do amor, dos relacionamentos e da magia.


_____Sobre a Autora_____

Idayana Borchardt



Idayana Borchardt costuma se definir usando três palavras: aquariana, musicista e escritora. A jovem capixaba, nascida em 1990, escreve poesias e contos desde os 16 anos, mas só recentemente começou a divulgar seus textos.
Graduada em Pedagogia e aluna da Licenciatura em Música pela Universidade Federal do Espirito Santo, iniciou suas publicações no meio literário em 2014, quando publicou o poema “Insurgente” na antologia poética “Concurso Nacional de Novos Poetas – Poesia Livre”, pela editora Vivara. No ano seguinte, em 2015, participou das antologias “Além das Cruzadas” e “Outrora”, ambas publicadas pela editora Andross, com os contos “Do Despertar ao Desespero” e “Ambuletis”, respectivamente. 
Em 2016, com a narrativa “Sing for me”, fez parte da coletânea de contos “Pensamentos Eletrônicos”, pela editora Darda. Seu mais recente trabalho foi o poema “Aos pés do Moxuara”, selecionado no 4º concurso Semente Literária – João Bananeira 2016, e publicado em livro de mesmo nome.
Em março de 2017 a autora lançou seu primeiro livro, intitulado "O Som das estrelas caídas", no gênero poesia.

16 março, 2019

Resenha :: No Limiar da Aurora

março 16, 2019 2 Comentários

*Este texto foi escrito como prefácio do livro.


No Limiar da Autora tem vários personagens principais, em um momento é o leitor e algumas vezes são as próprias emoções, as narrativas dos sentimentos, enfim... O abstrato das sensações. Que ao serem lidas deixam de ser de quem escreveu e passam a ser meus enquanto leitora.

“aos loucos apaixonados e solitários
aos bêbados e suas canções ainda não entoadas e violões desafinados
entusiastas e amantes desatinados da vida e dos desamores diários”
(Trecho de Ex aspectu nascitur amo)


Cada poesia deve ser lida como uma história única integrante de um todo, porque nesse volume vemos com muita clareza a evolução da escrita da autora e também um amadurecimento da poesia em si, em conjunto com o todo que compõe a obra. A verdade da escrita em cada linha faz o mergulho no universo particular da autora, composto algumas vezes de mitologia e cultura de outros países e povos, uma experiência que emociona e faz o leitor crescer enquanto pessoa com novos conhecimentos.

“afundo meus pés na areia e vejo pássaros ao meu lado
na rocha entre o limo caçando passos a salvo
perco-me em um horizonte de ausências de definições”
(Trecho de Onde meus versos se encontram) 


Os temas das poesias vão do corpo à alma, entre o concreto e abstrato como ema uma dança de sentimentos e emoções que dão vida a poesia, deixando o leitor vivenciando cada poema de forma única e intensa, um verdadeiro banquete aos sentidos que começam com o tato da obra, a visão da leitura, a “audição” do texto lido em silêncio e paladar e olfato, que remetem a lembranças de cheiros e gostos de momentos vividos rememorados pelo texto.

A poesia é uma arte que faz com que cada pessoa que leia tenha uma experiência única e muito particular, porém é também surpreendente porque cada releitura será também única porque, apesar das palavras não mudarem, as mudanças vividas e sentidas pelo leitor trarão novas interpretações, novos olhares, novos cheiros e gostos, e até mesmo uma mudança sutil na voz que conta a história.


Portanto, seja essa sua primeira leitura ou uma releitura de No Limiar da Aurora, te convido a virar essa página e começar uma visita a um mundo totalmente novo para quem lê.

“já que de fato se leu cada verso até aqui
uma parte de mim, já vive por ai
dentro de ti”
(Trecho de Que este não seja meu último poema)


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

No Limiar da Aurora
Ano: 2019
Páginas: 160
Editora: Spirito Sancto
Sinopse:
No Limiar da Aurora é a segunda viagem pela literatura da Autora Ida Borchardt. Uma obra que realiza uma jornada através de mitos, reflexões e sensações transcritos em poemas femininos e feministas. Entre as referências a mitologia e a histórias de amor, a escritora vai criando uma trama que culmina nesse encontro com seu universo particular como mulher, poetisa e amante das artes.

Assim como seu primeiro livro, a publicação de No limiar da Aurora foi contemplada pelo edital da Lei de Incentivo à Cultura João Bananeira no ano de 2018 e seu lançamento oficial ocorrerá em abril de 2019.


_____Sobre a Autora_____

Idayana Borchardt



Idayana Borchardt costuma se definir usando três palavras: aquariana, musicista e escritora. A jovem capixaba, nascida em 1990, escreve poesias e contos desde os 16 anos, mas só recentemente começou a divulgar seus textos.
Graduada em Pedagogia e aluna da Licenciatura em Música pela Universidade Federal do Espirito Santo, iniciou suas publicações no meio literário em 2014, quando publicou o poema “Insurgente” na antologia poética “Concurso Nacional de Novos Poetas – Poesia Livre”, pela editora Vivara. No ano seguinte, em 2015, participou das antologias “Além das Cruzadas” e “Outrora”, ambas publicadas pela editora Andross, com os contos “Do Despertar ao Desespero” e “Ambuletis”, respectivamente. 
Em 2016, com a narrativa “Sing for me”, fez parte da coletânea de contos “Pensamentos Eletrônicos”, pela editora Darda. Seu mais recente trabalho foi o poema “Aos pés do Moxuara”, selecionado no 4º concurso Semente Literária – João Bananeira 2016, e publicado em livro de mesmo nome.
Em março de 2017 a autora lançou seu primeiro livro, intitulado "O Som das estrelas caídas", no gênero poesia.

16 novembro, 2017

Resenha :: O Som das Estrelas Caídas

novembro 16, 2017 2 Comentários

O Som das estrelas caídas é um livro de poesias. Então antes de dizer, porque já pensou, que não lê poesias, leia essa resenha.

Após esse livro comecei a me indagar se poesias não seriam uma antologia de sentimentos ou talvez de breves contos. Aqui o personagem principal num momento é o leitor e algumas vezes são as próprias emoções, as poesias, as narrativas dos sentimentos, enfim... O abstrato das sensações. Que ao serem lidas deixam de ser de quem escreveu e passam a ser meus enquanto leitora.

"Escrevo porque sou poeta e um dia a mais que escrevo cria um dia a mais para mim quando deixo ir através do lápis o que não pertence à minha unidade"(Fala a poeta apaixonada à vela que se desfaz)

Logo de cara em Fênix Contida, me vi refletindo sobre milhares de escolhas que fazemos todos os dias e quantas delas são erradas. Que por comodidade ou conformismo saem baratas pelo preço cobrado e depois só resta o voltar com as próprias forças para um recomeço, para as tentativas de escolhas melhores. E os poemas foram gerando em mim perguntas, respostas, estranhezas e inquietações tal qual esperamos encontrar em um livro de poesias.

"Assim sendo, vamos todos vivendo, vamos todos aos poucos morrendo.Tudo ao mesmo tempo e agora" (Felicidade Relativa)

Poesia é a arte de dizer muito em poucas palavras e essa arte é desde as histórias mitológicas; cultuada como talento e atribuindo a ela a poesia como uma arte divina, sagrada. E é dessa fonte mitológica que a autora Idayana bebe para escrever as palavras que darão O som as estrelas que caídas. Amei o poema que dá nome a obra a resposta para essa afirmação, não a afirmação não é uma pergunta, mas gera a dúvida em quem a lê enquanto afirma. E no meu humilde modo de entender, cada estrela é um sentimento, uma palavra, uma rima ou um verso desse livro e do coração da autora e durante a leitura também meus. Mas para você descobrir o som vai ter que assim como eu ler, porque com certeza cada som será único.

Além da referência ao mitológico, temos também, ao Ballet, ao latim e me arrisco a dizer a magia Wicca. Espero que você também se encontre nas páginas, poesias e palavras.

"Deixando um pouco de mim E tomando um pouco de si,Tocando-te como gostaria que me tocasse..." (Toca-me)

Assim como contos, poesias são histórias que eu gosto de ler com calma, escrever pequenas anotações, (não me odeie!), e muitas vezes deixar quieto até me sentir inquieta para voltar a ler ou até mesmo reler, para ver se olho duas vezes para o texto com os mesmos olhos. Como foi o caso em Delicada inquietação, me peguei rindo com as nuanças delicadas do poema que fala do flerte, daquele momento que precede o beijo, a paixão, mesmo na segunda vez em que li.

"Eu quero alguém que traga amanhãs, promessas e agoras" (Quero um amor que me traga flores)

Ainda mais que em qualquer outro livro de história linear na poesia cada poema toca de uma maneira diferente, várias vezes, o leitor durante a leitura e nesse contexto acho que mais que qualquer outro gênero literário é uma leitura única. Que pode ser lida de uma vez, várias vezes e por muitas vezes revisitada.

Agora antes da nota preciso explicar porque ela é injusta e justa ao mesmo tempo. A nota 4 é pela diagramação do livro e não pelas poesias que merecem um 5. 

“ao confrontar o espelho e não conciliar-se com o que se vê Faltasse-nos certeza e afogando-nos em dúvidas, seguimos ásperos já não aspiramos as flores, por temer as abelhas”(Não sabemos por quê)

A capa é incrível e uma das mais belas capas de poesia a qual já vi, não encontrei nenhum erro ortográfico. Porém, na hora da diagramação o editor falhou e aí mora o problema: as páginas do livro são brancas; uma folha por poesia foi uma sacada incrível, mas o texto poderia aproveitar mais o espaço para pontuar o texto e ajudar o leitor não acostumado a ler poesia entender as ênfase e marcações.

Para mim faltou as notas de rodapé pra expressões não nacionais; contar que o leitor entenda as referências sem esses apontamentos faz com que a poesia sofra com a perda do entendimento. E por fim eu senti falta de uma organização mais linear dos temas das poesias; me senti indo e voltando algumas vezes e isso dificultou um pouco a leitura. 

Nesse exato momento; eu gostaria de outra publicação, com a mesma capa, porém com os poemas separados por temas e ganhando entre um tema e outro algumas gravuras talvez, notas lindas de rodapé ou ainda no final do livro um glossário de referência. Enfim uma nova publicação que valorize mais o conteúdo maravilhoso desse livro.

"E, no fim do paraíso verbal,No parágrafo ainda finalizado em reticências,Resta uma dúvida, dando voltas e voltas" (Tarde sem graça)

Nota :: 

Informações Técnicas do Livro

O som das estrelas caídas
Idayana Borchardt 
Ano: 2017
Páginas: 112
Editora: Cândida
Sinopse (Skoob):
O Som das Estrelas Caídas” é o primeiro livro de Idayana Borchadt, e traz uma compilação de 88 textos da autora, entre poemas e prosa poética. A obra, publicada em 2017, é fruto do trabalho desenvolvido desde 2015 pela escritora em seu blog pessoal, onde retrata sensações, fragmentos de devaneios e sentimentos. 
É um livro de poesias escapistas, para quem quer deixar o cotidiano um pouco mais fantástico. É uma viagem idílica entre amores, sensações, mundos e situações. A paixão da autora por mitologia transparece em uma série de poemas, bem como o fascínio por criaturas fantásticas, como a fênix.

Sobre a autora:

Idayana Borchardt

Aquariana, escritora e musicista . A autora mantém o blog O som das estrelas caídas e em seu primeiro livro, apresenta recortes e poemas que anteriormente já foram postados no blog. Fragmentos de devaneios, viagens encantadas e sentimentos transcritos em palavras.
Natural de Vitória - ES é graduada em pedagogia e aluna de licenciatura em música.

PS.: Recebi esse livro em parceria com a autora, mas garanto minha honestidade para com a resenha e respeito para com a obra.