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10 fevereiro, 2021

Resenha :: Audácia e Presunção

fevereiro 10, 2021 0 Comentários
*recebido em parceria com o Grupo Editorial The Books

Quem conhece a história do Clube do Farol sabe que nós amamos clássicos e leituras conjuntas. Por isso, quando a nossa editora parceira lançou um livro que foi escrito pela Jane Austen e ganhou uma adaptação toda especial pela Lis Wey, com certeza não iríamos resistir a leitura desse livro.

13 fevereiro, 2019

Resenha :: Emma

fevereiro 13, 2019 1 Comentários

Oi amores, vou escrever sobre esse livro que foi a última leitura conjunta do @clubedofarol em 2018. O projeto de ler clássicos foi algo que me surpreendeu por ter dado tão certo, apesar de que lamento informar esse foi o primeiro livro que não "vingou".

Explico, apesar da sinopse dizer que esse é a obra de mais sucesso da Jane Austen, essa é uma leitura difícil porque o plot principal é a própria Emma e seus defeitos e qualidades. Não existe um fio condutor que realmente conduza essa trama, além de coisas que acontecem na vida da personagem principal que não são lá grandes acontecimentos para um leitor.


Outro fator que depõe contra a leitura dessa história é que se trata de um livro que você lê várias páginas e nada acontece. Explico: o pai de Emma é um senhor muito rico, viúvo, velho e hipocondríaco. Sim, ele tem muito medo de morrer sozinho e por isso criou sua filha mais nova, o que os antigos diriam a "rapa do tacho", avessa a tudo que a tire de perto dele, então temos uma "mocinha" que não quer casar e justifica isso com várias banalidades como "ninguém está a minha altura", "ainda não conheço ninguém bom o bastante".

Aqui estamos nós seguindo para passar cinco horas aborrecidas em casa de outras pessoas, sem nada que se possa ouvir ou dizer que já não tenha sido dito ou ouvido ontem e não possa ser dito ou ouvido novamente amanhã.

Se você não acha isso grande coisa, imagine duas páginas do livro onde o tema principal é o mingau perfeito e como ele pode evitar vários males e doenças, assomado aos benefícios dos ares do mar e do campo no bem-estar das pessoas. Digamos que outro grande problema para se apegar a leitura é que hoje, para muitas pessoas, é complicado entender o que se passa na vida das pessoas que moram em pequenas cidades, mesmo com a internet. Onde quem chega e quem parte, casamentos, noivados, morte e toda sorte de escândalos são o ponto alto da vida social e mantém o tom das conversas entre os moradores do lugar.


Eu fui capaz de entender Emma como uma moça extremamente rica que é criada pelo pai como companhia e que mora em um local sem grandes acontecimentos, que tem em suas qualidades os seus maiores defeitos. O livro começa a ficar melhor em questão de ritmo, quando a "rival" de Emma volta à cidade e ela começa além de conjecturar o porquê dessa volta, a fazer comparativos entre ela e a rival, que diferente dela não é rica e está sendo "criada" para ser uma governanta, porém supera Emma em beleza e em tudo, porque é capaz de fazer as mesmas coisas, porém ainda melhor. E junta-se a isso o fato de com essa volta se traz outro personagem a cidade que mexe ainda mais com os brios de nossa mocinha.

Há pessoas que, quanto mais fizermos por elas, menos farão para si mesmas.

Minhas sugestões de como ler Emma, sem que você crie uma expectativa que te frustre e faça até mesmo abandonar a história: Primeiro apesar de ser chamado de uma comédia, não é no sentido de ser engraçado (ouvi coisas tipo "Emma seria a percursora do Chick-lit", eu não acho isso, mas enfim), a comédia é mais no sentido do bizarro, do exagero onde todos os personagens tem suas qualidades e defeitos exagerados ao ponto de ser uma caricatura. 


Outra sugestão é que se você não sabe quem é o par romântico dessa história, torne isso um mistério e tente descobrir quem será, será uma grata surpresa. Porque ele realmente vai ser o personagem que você vai se "apegar" quando o descobrir e ele vai ser aquele que te faz torcer e querer saber como será seu destino no fim da história.

A essa altura, já devia ser um hábito seu o cumprir seu dever, em vez de lançar mão de oportunismos. Posso admitir os temores da criança, mas não os receios do adulto.

Por fim, achei que Emma, sim, "amadurece" durante a leitura, com certeza descobrir o amor a torna alguém melhor, o "mea-culpa" de Emma para mim mostra sim o crescimento dela como pessoa ao longo da trama e como em vários momentos sua cegueira sobre si foi sua pior inimiga. 

Nesse ponto da história mostra-se toda a genialidade da escrita de Jane Austen e traz a luz à resposta a todos os porquês do que foi escrito e abordado antes por mais tedioso e difícil de ler que tenha sido, fica claro também que não foi impensado ou escrito sem motivo, porque a reviravolta que acontece na história mostra claramente o quanto cada acontecimento foi necessário para dar o tom certo a cada acontecimento quando esclarecido ou revelado e o porquê de ser um clássico da literatura. Caso já tenha lido ou se aventure a ler, compartilhe comigo suas impressões. É muito legal ter a opinião de outra pessoa sobre um livro.


Eu li a edição da Nova Fronteira, em um box lindo que eles publicaram em capa dura e com folha de guarda maravilhosa. A edição está com uma tradução linda, sem erros de ortografia e digitação, porém dessa vez eu gostaria de uma fonte um pouco maior e mais espaçamento. O que não tira o mérito da edição de ser muito bem feita, é mais uma questão de gosto pessoal.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Emma
Ano: 2017
Páginas: 472
Editora: Nova Fronteira
Sinopse:
Jane Austen foi uma das principais romancistas da literatura mundial, e Emma é muitas vezes citada como sua obra de mais sucesso. Emma vive com seu pai, um viúvo velho e doente. Linda, inteligente e rica, acredita que não precisa de envolvimentos amorosos ou casamento. Porém, uma das coisas que mais gosta de fazer é tentar resolver a vida romântica dos outros. Nessa jornada, a inexperiência e os erros de julgamento sobre as próprias emoções rendem a Emma muitas surpresas e decepções.

29 maio, 2018

Resenha :: Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice)

maio 29, 2018 0 Comentários

Olá, tudo bom?

No começo deste ano estipulei algumas metas literárias, em sua maioria eram bem simples de serem cumpridas e entre elas: estava ler mais clássicos. Quando surgiu a oportunidade de realizar a leitura coletiva de Orgulho e Preconceito com o Clube do Farol, não pensei muito e embarquei. Essa também seria mais uma oportunidade de sair da zona de conforto, afinal, não costumo ler romances.

Jane Austen conquistou sua posição entre os clássicos justamente por ter uma mente à frente de seu tempo, por retratar tão bem a sociedade da época em que viveu e construir personagens marcantes – seja por sua coragem, perspicácia, audácia ou doçura.

Em Orgulho e Preconceito, um de seus livros mais aclamados, temos o pacato condado de Hertfordshire, onde vive a família Bennet – composta dos pais e de suas cinco filhas. A narrativa é feita em terceira pessoa, e uma de nossas protagonistas é Elizabeth Bennet – a segunda filha do casal –, conhecida como Lizzy por seus familiares e amigos mais próximos, ela é dona de uma personalidade bem forte, tendo opiniões um tanto quanto diferentes em relação aos padrões impostos pela sociedade da época – o sonho da grande maioria das mulheres era conseguir um bom casamento.

Logo no início do livro, os moradores de Hertfordshire estão em polvorosa porque o jovem cavalheiro Charles Bingley estará passando uma temporada na mansão de Netherfield, na companhia de suas irmãs e de seu amigo Fitzwilliam Darcy. O acontecimento causa todo esse alvoroço na região por conta das condições financeiras de ambos os cavalheiros, que eram considerados ricos para os padrões da época, e pela existência de várias moças solteiras em busca de um casamento.

"É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de esposa."

Charles Bingley é um homem jovem e sonhador, agradável e muito educado, já Darcy é um homem orgulhoso, reservado e observador – ou seja, o oposto de Bingley. O primeiro contato entre este e Elizabeth não foi dos melhores, o que acabou gerando uma péssima primeira impressão deste para ela.

Neste livro, podemos perceber o quanto as primeiras impressões que temos de alguém podem não corresponder em nada ao que as pessoas realmente são. Ao longo da narrativa, vamos conhecendo as diversas nuances que compõem os personagens, e podemos ter várias sensações acerca de cada uma delas – encantamento, amor, afeição, ódio, raiva, pena, compaixão, entre outros. Os diálogos são inteligentes, com questões pertinentes, além de sempre nos fazerem refletir – e claro, há trechos em que é impossível não rir da situação.

"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmos, a vaidade com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós."

Jane Austen criou uma gama de personagens bem construída, cada qual com sua personalidade e objetivos, e as conexões entre eles foram sendo mostradas pouco a pouco ao longo do livro, os acontecimentos se dão de forma gradual e não abrupta, mantendo um bom ritmo por todo o livro.

Essa foi minha primeira experiência lendo uma obra de Austen e, particularmente, gostei muito! Foi um desafio ler em um gênero que não estou nem um pouco habituada, e me surpreendi muito com a história, a narrativa e os personagens – principalmente com o senhor Darcy, que conquistou um lugarzinho no meu coração.

"Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."

E vocês, já leram algum livro da Jane Austen? Como foi a sua experiência? Contem nos comentários!

Abraços e até a próxima!


Nota ::  4,5 



Informações Técnicas do livro

Orgulho e Preconceito
Ano: 2017
Páginas: 368
Editora: Nova Fronteira
Sinopse (Skoob):
Poucos romancistas conseguiram transmitir as sutilezas e nuances de seu próprio meio social com a inteligência e a perspicácia de Jane Austen. Em Orgulho e Preconceito, ela nos presenteia com personagens memoráveis, como a jovem Elizabeth Bennet, que se julga desprezada pelo rico e orgulhoso, Mr. Darcy, e começa a se interessar pelo militar Wickham. Nesta comédia de costumes, a escritora inglesa mostra os perigos do julgamento à primeira vista e evoca as amizades, fofocas e vaidades da classe média provinciana. Com mais de 20 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, Orgulho e Preconceito tornou-se um dos romances mais populares da literatura.


EXTRA:
11 lições que personagens das obras de Jane Austen nos ensinaram – PODE CONTER SPOILERS: https://www.altoastral.com.br/11-licoes-personagens-jane-austen-ensinaram/