Mostrando postagens com marcador Editora Nova Fronteira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Editora Nova Fronteira. Mostrar todas as postagens

28 fevereiro, 2021

Resenha :: Poliana

fevereiro 28, 2021 0 Comentários

Olá, faroleiros. Hoje venho falar para vocês sobre o livro Poliana, uma história escrita pela autora Eleanor H. Porter há mais de 100 anos e que até os dias de hoje ensina sobre a atitude humana e como nossas escolhas definem e muito o nosso comportamento e sentimentos. É classificado como um livro infanto-juvenil, mas é na realidade um livro para todas as idades.

13 fevereiro, 2019

Resenha :: Emma

fevereiro 13, 2019 1 Comentários

Oi amores, vou escrever sobre esse livro que foi a última leitura conjunta do @clubedofarol em 2018. O projeto de ler clássicos foi algo que me surpreendeu por ter dado tão certo, apesar de que lamento informar esse foi o primeiro livro que não "vingou".

Explico, apesar da sinopse dizer que esse é a obra de mais sucesso da Jane Austen, essa é uma leitura difícil porque o plot principal é a própria Emma e seus defeitos e qualidades. Não existe um fio condutor que realmente conduza essa trama, além de coisas que acontecem na vida da personagem principal que não são lá grandes acontecimentos para um leitor.


Outro fator que depõe contra a leitura dessa história é que se trata de um livro que você lê várias páginas e nada acontece. Explico: o pai de Emma é um senhor muito rico, viúvo, velho e hipocondríaco. Sim, ele tem muito medo de morrer sozinho e por isso criou sua filha mais nova, o que os antigos diriam a "rapa do tacho", avessa a tudo que a tire de perto dele, então temos uma "mocinha" que não quer casar e justifica isso com várias banalidades como "ninguém está a minha altura", "ainda não conheço ninguém bom o bastante".

Aqui estamos nós seguindo para passar cinco horas aborrecidas em casa de outras pessoas, sem nada que se possa ouvir ou dizer que já não tenha sido dito ou ouvido ontem e não possa ser dito ou ouvido novamente amanhã.

Se você não acha isso grande coisa, imagine duas páginas do livro onde o tema principal é o mingau perfeito e como ele pode evitar vários males e doenças, assomado aos benefícios dos ares do mar e do campo no bem-estar das pessoas. Digamos que outro grande problema para se apegar a leitura é que hoje, para muitas pessoas, é complicado entender o que se passa na vida das pessoas que moram em pequenas cidades, mesmo com a internet. Onde quem chega e quem parte, casamentos, noivados, morte e toda sorte de escândalos são o ponto alto da vida social e mantém o tom das conversas entre os moradores do lugar.


Eu fui capaz de entender Emma como uma moça extremamente rica que é criada pelo pai como companhia e que mora em um local sem grandes acontecimentos, que tem em suas qualidades os seus maiores defeitos. O livro começa a ficar melhor em questão de ritmo, quando a "rival" de Emma volta à cidade e ela começa além de conjecturar o porquê dessa volta, a fazer comparativos entre ela e a rival, que diferente dela não é rica e está sendo "criada" para ser uma governanta, porém supera Emma em beleza e em tudo, porque é capaz de fazer as mesmas coisas, porém ainda melhor. E junta-se a isso o fato de com essa volta se traz outro personagem a cidade que mexe ainda mais com os brios de nossa mocinha.

Há pessoas que, quanto mais fizermos por elas, menos farão para si mesmas.

Minhas sugestões de como ler Emma, sem que você crie uma expectativa que te frustre e faça até mesmo abandonar a história: Primeiro apesar de ser chamado de uma comédia, não é no sentido de ser engraçado (ouvi coisas tipo "Emma seria a percursora do Chick-lit", eu não acho isso, mas enfim), a comédia é mais no sentido do bizarro, do exagero onde todos os personagens tem suas qualidades e defeitos exagerados ao ponto de ser uma caricatura. 


Outra sugestão é que se você não sabe quem é o par romântico dessa história, torne isso um mistério e tente descobrir quem será, será uma grata surpresa. Porque ele realmente vai ser o personagem que você vai se "apegar" quando o descobrir e ele vai ser aquele que te faz torcer e querer saber como será seu destino no fim da história.

A essa altura, já devia ser um hábito seu o cumprir seu dever, em vez de lançar mão de oportunismos. Posso admitir os temores da criança, mas não os receios do adulto.

Por fim, achei que Emma, sim, "amadurece" durante a leitura, com certeza descobrir o amor a torna alguém melhor, o "mea-culpa" de Emma para mim mostra sim o crescimento dela como pessoa ao longo da trama e como em vários momentos sua cegueira sobre si foi sua pior inimiga. 

Nesse ponto da história mostra-se toda a genialidade da escrita de Jane Austen e traz a luz à resposta a todos os porquês do que foi escrito e abordado antes por mais tedioso e difícil de ler que tenha sido, fica claro também que não foi impensado ou escrito sem motivo, porque a reviravolta que acontece na história mostra claramente o quanto cada acontecimento foi necessário para dar o tom certo a cada acontecimento quando esclarecido ou revelado e o porquê de ser um clássico da literatura. Caso já tenha lido ou se aventure a ler, compartilhe comigo suas impressões. É muito legal ter a opinião de outra pessoa sobre um livro.


Eu li a edição da Nova Fronteira, em um box lindo que eles publicaram em capa dura e com folha de guarda maravilhosa. A edição está com uma tradução linda, sem erros de ortografia e digitação, porém dessa vez eu gostaria de uma fonte um pouco maior e mais espaçamento. O que não tira o mérito da edição de ser muito bem feita, é mais uma questão de gosto pessoal.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Emma
Ano: 2017
Páginas: 472
Editora: Nova Fronteira
Sinopse:
Jane Austen foi uma das principais romancistas da literatura mundial, e Emma é muitas vezes citada como sua obra de mais sucesso. Emma vive com seu pai, um viúvo velho e doente. Linda, inteligente e rica, acredita que não precisa de envolvimentos amorosos ou casamento. Porém, uma das coisas que mais gosta de fazer é tentar resolver a vida romântica dos outros. Nessa jornada, a inexperiência e os erros de julgamento sobre as próprias emoções rendem a Emma muitas surpresas e decepções.

29 setembro, 2018

Resenha :: Com amor, Anthony (Love Anthony)

setembro 29, 2018 1 Comentários

Olá faroleiros, venho escrever sobre um livro que foge um pouco da minha leitura habitual, porém, como minha irmã mesmo me disse uma vez, não há nada que queiramos aprender que não possa ser pelos livros, e mesmo uma história de ficção pode muito nos ensinar. Esse livro que resenho para vocês hoje foi um presente de um amigo, porque sua história é sobre um assunto que passou a fazer parte da minha vida com o meu sobrinho, o autismo. Não tenho problemas em falar sobre isto, agradeço a Deus a cada dia pela vida dele e por ele ser tão especial. Mas isto fez com que eu lesse mais livros que abordam este tema independente de serem uma biografia ou uma ficção.

“Se você conhece uma criança com autismo, você conheceu uma criança com autismo”.

Com amor, Anthony é um romance dramático escrito pela Lisa Genova, autora bastante conhecida pelo seu livro Para Sempre Alice, uma história que também aborda um que tema que vem afetando uma grande quantidade de pessoas; confesso que ainda não tenho psicológico e nem coração para ler esta história tão mais conhecida, já chorei bastante com este que li, mas que história fantástica. Amei tanto que quero compartilhá-la com vocês.

A história se passa na ilha de Nantucket nos Estados Unidos e começa nos apresentando Beth Ellis, uma moradora da ilha, descobrindo que seu marido Jimmy, com quem é casada há 15 anos e teve três filhas, está lhe traindo. Seu mundo literalmente desaba. Seu marido sai de casa e ela começa a ter que repensar toda a sua vida. Ela possui quatro amigas, com quem divide seu amor pela leitura, e juntas formam um clube do livro e é com elas que passa a compartilhar todo o seu drama e a contar com seu apoio. Em determinado momento, após algumas lembranças, ela resolve voltar a escrever.

“Ela folheia os cadernos, e um texto em especial chama sua atenção, um conto sobre um garoto que vivia estritamente nos confins de um mundo imaginário bizarro e lindo. Ela se lembra de quando o escreveu. Uns seis ou sete anos atrás, depois de uma manhã na praia com as meninas, inspirada por um garoto que viu brincando com rochas perto do mar. Ela costumava se inspirar pela vida cotidiana ali e escrevia sobre isso. Quando foi que parou de escrever? Quando sua vida perdeu a inspiração?”

Em seguida, a gente conhece a Olivia Donatelli, uma ex-editora júnior, que se mudou recentemente para a ilha após ter se separado de seu marido para morar na casa que ficou para ela e deseja encontrar pelo menos paz em sua vida depois de dois anos sofrendo com falecimento de seu único filho, Anthony. Ele tinha um nível crônico de autismo e, desde o seu diagnóstico, Olívia passou a viver única e exclusivamente para cuidar dele, e hoje ela se questiona sobre tudo o que aconteceu, tudo o que fez e como seu casamento acabou, mas principalmente, porque ela perdeu seu filho. Ela busca e precisa de respostas. Ela vive num limbo emocional, mas aos poucos vai se reencontrando novamente.

“- Meu filho tinha autismo. Ele não falava, não fazia contato visual e não gostava de ser tocado. E então ele morreu aos oito anos por causa de um hematoma subdural em consequência de uma convulsão. O que quero saber é: por quê? Por que Deus fez isso com meu filho? Por que ele veio para cá e foi embora tão cedo? Por que eu o tive? Qual foi o propósito da vida dele?”

O livro vai intercalando, a cada capítulo, a história destas duas personagens, até que em determinado momento, estas histórias começam a se conectar, elas se unem de uma maneira linda e que te deixa numa expectativa tão grande que não é possível largar o livro. É uma história surpreendente, com um final que eu considerei muito lindo e que mesmo agora, só de lembrar, me toca profundamente e só faz com que eu seja cada vez mais grata pelo lindo presente que meu sobrinho é na minha vida. E se você se pergunta por que deveria ler este livro, eu lhe respondo, porque ele não é sobre o autismo, é sobre a vida, sobre relacionamentos, sobre o maior sentimento que rege nossas vidas, o amor.

Este livro é com certeza nota 5/5, em todos os sentidos. A autora foi espetacular ao escrever esta história e seus personagens. Não tem como você não se identificar com algo ou alguém em algum momento. É uma história para ser lida pelo menos uma vez, com certeza.


Boa leitura,

Carol Finco


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Com Amor, Anthony
Ano: 2015
Páginas: 304
Editora: Nova Fronteira
Sinopse (Skoob):
Em seu novo romance, a autora best-seller de Para Sempre Alice e Nunca Mais, Raquel conta a história de Anthony. Ao dar voz ao rapaz autista, Lisa Genova permite que ele releve os segredos por trás do funcionamento de sua mente: por que ele odeia pronomes, mas ama o número 3 e balanços, como ele experimenta a rotina, a alegria e o amor. E é a voz desse rapaz que vai guiar duas mulheres em sua jornada inesquecível para descobrir as verdades universais que unem a todos nós. 

“Uma história comovente que não tem medo de abordar grandes questões.”— Booklist 

“Há um momento na história que um dos personagens se vê tão imerso em um livro que perde a noção do tempo. Os leitores do novo livro de Genova vão se ver na mesma situação.”— Kirkus Reviews 

“Convincente… Comovente.” — Publishers Weekly

“Uma história profundamente emocionante sobre o poder do amor e a importância da união e da comunicação.” — Cape Codder

“Às vezes, tentar ‘consertar’ alguém não é a melhor solução. Às vezes, amar – e Genova se refere à total e incondicional aceitação do outro, sustentada por uma boa dose de fé – é suficiente. Este livro emocionante trata disso.”— Bookreporter

“O autismo é como uma charada sem resposta, cujos efeitos são inúmeros, misteriosos e confusos. O mesmo pode ser dito sobre o amor. Este livro ampliou minha percepção das duas condições, me fazendo sentir com a mente e pensar com o coração.” — Jamie Ford, autor best-seller de Um hotel na esquina do tempo

29 maio, 2018

Resenha :: Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice)

maio 29, 2018 0 Comentários

Olá, tudo bom?

No começo deste ano estipulei algumas metas literárias, em sua maioria eram bem simples de serem cumpridas e entre elas: estava ler mais clássicos. Quando surgiu a oportunidade de realizar a leitura coletiva de Orgulho e Preconceito com o Clube do Farol, não pensei muito e embarquei. Essa também seria mais uma oportunidade de sair da zona de conforto, afinal, não costumo ler romances.

Jane Austen conquistou sua posição entre os clássicos justamente por ter uma mente à frente de seu tempo, por retratar tão bem a sociedade da época em que viveu e construir personagens marcantes – seja por sua coragem, perspicácia, audácia ou doçura.

Em Orgulho e Preconceito, um de seus livros mais aclamados, temos o pacato condado de Hertfordshire, onde vive a família Bennet – composta dos pais e de suas cinco filhas. A narrativa é feita em terceira pessoa, e uma de nossas protagonistas é Elizabeth Bennet – a segunda filha do casal –, conhecida como Lizzy por seus familiares e amigos mais próximos, ela é dona de uma personalidade bem forte, tendo opiniões um tanto quanto diferentes em relação aos padrões impostos pela sociedade da época – o sonho da grande maioria das mulheres era conseguir um bom casamento.

Logo no início do livro, os moradores de Hertfordshire estão em polvorosa porque o jovem cavalheiro Charles Bingley estará passando uma temporada na mansão de Netherfield, na companhia de suas irmãs e de seu amigo Fitzwilliam Darcy. O acontecimento causa todo esse alvoroço na região por conta das condições financeiras de ambos os cavalheiros, que eram considerados ricos para os padrões da época, e pela existência de várias moças solteiras em busca de um casamento.

"É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de esposa."

Charles Bingley é um homem jovem e sonhador, agradável e muito educado, já Darcy é um homem orgulhoso, reservado e observador – ou seja, o oposto de Bingley. O primeiro contato entre este e Elizabeth não foi dos melhores, o que acabou gerando uma péssima primeira impressão deste para ela.

Neste livro, podemos perceber o quanto as primeiras impressões que temos de alguém podem não corresponder em nada ao que as pessoas realmente são. Ao longo da narrativa, vamos conhecendo as diversas nuances que compõem os personagens, e podemos ter várias sensações acerca de cada uma delas – encantamento, amor, afeição, ódio, raiva, pena, compaixão, entre outros. Os diálogos são inteligentes, com questões pertinentes, além de sempre nos fazerem refletir – e claro, há trechos em que é impossível não rir da situação.

"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmos, a vaidade com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós."

Jane Austen criou uma gama de personagens bem construída, cada qual com sua personalidade e objetivos, e as conexões entre eles foram sendo mostradas pouco a pouco ao longo do livro, os acontecimentos se dão de forma gradual e não abrupta, mantendo um bom ritmo por todo o livro.

Essa foi minha primeira experiência lendo uma obra de Austen e, particularmente, gostei muito! Foi um desafio ler em um gênero que não estou nem um pouco habituada, e me surpreendi muito com a história, a narrativa e os personagens – principalmente com o senhor Darcy, que conquistou um lugarzinho no meu coração.

"Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente."

E vocês, já leram algum livro da Jane Austen? Como foi a sua experiência? Contem nos comentários!

Abraços e até a próxima!


Nota ::  4,5 



Informações Técnicas do livro

Orgulho e Preconceito
Ano: 2017
Páginas: 368
Editora: Nova Fronteira
Sinopse (Skoob):
Poucos romancistas conseguiram transmitir as sutilezas e nuances de seu próprio meio social com a inteligência e a perspicácia de Jane Austen. Em Orgulho e Preconceito, ela nos presenteia com personagens memoráveis, como a jovem Elizabeth Bennet, que se julga desprezada pelo rico e orgulhoso, Mr. Darcy, e começa a se interessar pelo militar Wickham. Nesta comédia de costumes, a escritora inglesa mostra os perigos do julgamento à primeira vista e evoca as amizades, fofocas e vaidades da classe média provinciana. Com mais de 20 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, Orgulho e Preconceito tornou-se um dos romances mais populares da literatura.


EXTRA:
11 lições que personagens das obras de Jane Austen nos ensinaram – PODE CONTER SPOILERS: https://www.altoastral.com.br/11-licoes-personagens-jane-austen-ensinaram/

26 dezembro, 2017

Resenha :: Morte na Mesopotâmia (Murder in Mesopotamia)

dezembro 26, 2017 2 Comentários

Agatha Christie ganhou o título de Rainha do Crime e não foi a toa, ela mereceu! Com cerca de oitenta livros publicados e traduzidos para mais de cem idiomas em todo o mundo, ela é uma das romancistas mais bem sucedidas da história da literatura popular mundial, além disso, suas obras já foram adaptadas para cinema e televisão.

“Morte na Mesopotâmia” é narrado por Amy Letheran a pedido do Dr. Reilly, embora ela mesma acredite não ter talento para escrever e declarar que só está fazendo por ter sido um pedido do doutor, portanto apresenta características um pouco diferentes do estilo da autora, o que foi uma sacada sensacional!

Amy Letheran é contratada para tomar conta da esposa do líder de um grupo de escavação, o famoso arqueólogo Eric Leidner. Louise Leidner é uma senhora dona de uma beleza arrebatadora e que guarda um segredo do seu passado, segredo esse que passa a atormentá-la nos últimos tempos e começa a fazer com que ela tenha crises de pavor. Seu comportamento paranóico começa a afetar os membros da escavação, provocando um clima de tensão entre eles, portanto, a vinda de Amy Letheran serviria para apaziguar as coisas.

Entretanto, em um determinado momento da trama, o assassinato de Louise Leidner ocorre e dá-se início a uma investigação minuciosa para desvendar o autor do crime. Por sorte, o detetive belga Hercule Poirot estava de passagem pela região e foi convidado a elucidar esse mistério. Bem conveniente, não?

“Ao vê-lo, dava vontade de rir! Dir-se-ia que tivesse saído de um palco ou de um filme. Para começar, não tinha mais de um metro e meio de altura na minha opinião – um homenzinho gordo, esquisito, bastante velho, com um bigode enorme e cabeça oval. O protótipo do cabeleireiro das peças cômicas!”

Como é de se esperar em um livro de romance policial, todos os empregados e integrantes da equipe de escavação (incluindo a enfermeira Amy Letheran) são suspeitos de terem cometido o crime. A forma como os personagens foram apresentados é magnífica, tem uma riqueza de detalhes impressionante, os motivos pelos quais cada um deles poderia ter sido o autor do crime também são mostrados, assim como a mudança de comportamento de cada um, o que nos faz ficar pensando constantemente em quem de fato cometeu o assassinato, não irei me alongar demais neste ponto, a intenção é que cada leitor tire suas próprias conclusões e se divirta a cada página, não é mesmo?

“Na Inglaterra, antes das corridas, há um desfile de cavalos, não é? Eles passam em frente ao palanque oficial para que todos tenham a oportunidade de vê-los e avaliá-los. Foi esse o propósito da minha pequena assembléia. Para usar uma frase esportiva, passei os olhos pelos possíveis competidores.”

Em suma, a obra tem um cenário interessante, personagens bem construídos e um método de elucidação do crime para lá de engenhoso, além de tudo, uma personagem imparcial ter sido a narradora do caso foi uma sacada genial em minha opinião. Gostei muito da leitura deste livro e pretendo ler outros da autora em breve.

A edição que li é a da Nova Fronteira, publicada em 2014, possui capa dura, as páginas são amareladas e finas (mas não são transparentes), a fonte possuí um tamanho confortável para a leitura prolongada (o que tem grandes chances de acontecer).

“Eu brinco, Madeimoselle, e acho graça. Certas coisas, porém, não tem nada de engraçado. Já aprendi muitas coisas em minha profissão. E uma delas, a mais terrível, é esta: o crime é um hábito...”


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Morte na Mesopotâmia
Um Caso de Hercule Poirot
Ano: 2014
Páginas: 240
Editora: Nova Fronteira
 
Sinopse (Skoob):
A enfermeira Amy Leatheran é contratada para se juntar a uma expedição arqueológica no Iraque. Mas sua função ali tem bem pouco a ver com ruínas e artefatos: ela deve vigiar de perto a bela Louise Leidner, que está cada vez mais apavorada com a ideia de que talvez seu ex-marido não esteja tão morto quanto acreditava.
Louise pode estar imaginando coisas. Mas o fato é que, uma semana após a chegada da enfermeira, a mulher é encontrada morta no próprio quarto, e agora cabe a Hercule Poirot identificar o assassino. Quem terá sido? Tudo indica que o culpado está entre os membros da equipe de cientistas...

17 julho, 2017

Resenha :: A Ilha Perdida (The Vanishing Island)

julho 17, 2017 3 Comentários

Esse foi um livro que caiu de bandeja na minha lista de leitura, não estava no Quero ler, nunca tinha ouvido falar nem nada, antes de achar ele em promoção nas Americanas, não estava procurando nada específico, gostei da capa, acabei comprando. E realmente depois disso eu acho que tenho um anjo da guarda que me protege contra compras ruins, pois até agora tive sorte de não ser castigada por julgar pela capa, rs.


Tive sorte, realmente, por que achei que seria condenada a uma leitura torturante depois que parei para pensar melhor (eu tenho uma capacidade de não raciocinar direito diante da possibilidade de comprar livros, tirando eles eu sou bem mais econômica). Voltando... sei que falo bastante que tal livro me surpreendeu, não é que eu seja repetitiva (talvez, um pouco), mas é que na maioria das vezes sou bem negativa, para alguns livros, até porquê eu odeio ter muita expectativa, pois poucos superam elas. Mas esse foi surpreendente pelo seu desenrolar meio fantasia fictícia e a fantasia real que existia por volta de 1500, na época das grandes navegações.

Para quem estuda pelo menos um pouquinho de História, já tem uma ideia de toda mitologia que se criou sobre as terras desconhecidas que foram “descobertas” saqueadas, então vamos acompanhando a história pela narrativa de Bren um menino de 12 anos, que parece ter muito mais, que mora em uma cidade costeira, e sonha em fugir em um navio e se torna um marinheiro, conhecer as terras que cheias de riquezas que são contadas por aqueles que chegam a Map. Durante todo o livro é misturado a mitologia dos mares do Ocidente e Oriente, e personagens históricos, como Colombo e principalmente Marco Polo. 

Para aqueles que gostam de enigmas, tesouros, aventura, navegações de uma forma mais leve e até bem humorada, As Crônicas da Tulipa Negra vai ser uma leitura bem prazerosa, com um personagem simples e cativante, não tenho muito o que falar sobre esse livro. Então apenas deixe ele te levar pelas aventuras de Bren e divirta-se. Boa leitura.


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

A Ilha Perdida
As Crônicas da Tulipa Negra # 1
Barry Wolverton
Ano: 2016
Páginas: 288
Selo:Agir Now
Editora: Nova Fronteira 


Sinopse (Skoob):
1599, a Era dos Descobrimentos na Europa. Para Bren Owen, porém, crescer na cidadezinha de Map na costa da Bretanha, significa tudo menos aventura. Enfeitiçado pelas histórias que os marinheiros trazem de suas viagens, e inspirado pelos mapas enigmáticos criados pelo pai cartógrafo para o cruel e carismático navegador Rand McNally, Bren está convencido de que a fama e a fortuna esperam mundo afora. O problema é que suas repetidas tentativas de fuga lhe trazem uma punição pior que a morte: limpar o vômito dos aventureiros que frequentam o Clube dos Exploradores.
É lá que Bren conhece um marinheiro moribundo, que dá a ele um estranho presente que esconde uma mensagem secreta. Aliando-se a um misterioso almirante holandês, obcecado há anos por uma lenda chinesa sobre uma ilha que desapareceu dos mapas, Bren descobre que a mensagem secreta parece levar a um fabuloso tesouro perdido, capaz de mudar sua vida e a do pai viúvo para sempre. 
Em pouco tempo, o menino se vê em meio a um perigo maior do que jamais poderia ter imaginado, e precisa da ajuda de um amigo inusitado, Mouse, para sobreviver. A aventura eletrizante de Barry Wolverton percorre os sete mares e muitas culturas, unindo os folclores ocidental e oriental, e prova que, no mar, a sorte é sempre uma faca de dois gumes.