Resenha :: Elefantes Nunca Esquecem
André Gama
agosto 21, 2021
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“Ao vê-lo, dava vontade de rir! Dir-se-ia que tivesse saído de um palco ou de um filme. Para começar, não tinha mais de um metro e meio de altura na minha opinião – um homenzinho gordo, esquisito, bastante velho, com um bigode enorme e cabeça oval. O protótipo do cabeleireiro das peças cômicas!”
“Na Inglaterra, antes das corridas, há um desfile de cavalos, não é? Eles passam em frente ao palanque oficial para que todos tenham a oportunidade de vê-los e avaliá-los. Foi esse o propósito da minha pequena assembléia. Para usar uma frase esportiva, passei os olhos pelos possíveis competidores.”
“Eu brinco, Madeimoselle, e acho graça. Certas coisas, porém, não tem nada de engraçado. Já aprendi muitas coisas em minha profissão. E uma delas, a mais terrível, é esta: o crime é um hábito...”
“Um assassino é sempre um jogador. E, como muitos jogadores, um assassino normalmente não sabe quando parar. A cada crime, sua opinião a respeito de sua própria capacidade se fortalece. Seu senso de proporção fica deturpado. Ele não diz ‘fui inteligente e sortudo! ’ Não, ele diz apenas ‘Fui inteligente! ’ E a opinião que tem sobre a própria inteligência só melhora, e então, mes amis, a bola gira, e a vez da cor passou... a bola cai num outro número e o crupiê grita ‘Rouge!’.”