Oi, Faroleiros. Eu li Punição para a Inocência, o 50º livro de Agatha
Christie, na Leitura Coletiva do Clube do Farol com
o apoio da editora HarperCollins Brasil.
Meu primeiro contato com a Rainha do
Crime foi através do livro Assassinato
no Expresso Oriente, que, infelizmente, não curti muito.
Em Punição
para a Inocência, o temperamental Jacko é condenado à prisão perpétua
por ter assassinato sua própria mãe. Ele jura inocência e apresenta um álibi.
Segundo ele, estava pegando uma carona na hora do crime, mas o motorista nunca
apareceu para confirmar sua história. Jacko foi preso e acabou morrendo na
prisão.
Dois anos depois, Arthur Calgary aparece e conta para
a família Argyle que ele era o motorista que deu a carona e que Jacko estava
dizendo a verdade. Ele era inocente! Dr. Calgary esperava trazer conforto à
família ao limpar o nome de Jacko. Só esqueceu que ao inocentar Jacko, o caso
seria reaberto e a família seria assombrada com a possibilidade do verdadeiro
assassino ainda estar entre eles.
A justiça me parecia muito importante. Agora... Estou começando a me perguntar se não existem coisas mais importantes.
Por exemplo?
Como... A inocência, talvez.
Esse intrigante caso de homicídio não é investigado
por Hercule Poirot nem por Miss Marple. Os dois detetives aparecem em mais de
50 livros da autora britânica que atuou como romancista, contista, dramaturga e
poetisa. Agatha Christie se destacou no gênero romance policial,
por isso o apelido de Rainha do Crime.
Durante sua carreira, publicou mais de 80 livros, alguns deles sob o pseudônimo
de Mary Westmacott.
A edição da HarperCollins é
primorosa! O livro tem um tamanho menor do que o normal, mas não chega a ser
pequeno. É confortável nas mãos. A diagramação e as folhas amarelas facilitam a
leitura. A tradução de Luisa Geisler é ótima, o que
me leva a pensar que posso não ter gostado de Assassinato no Expresso Oriente por causa da tradução. A
capa de Túlio Cerquize é linda! Amei a cor!
Todo mundo da família e os empregados que trabalham
na casa têm motivos para ter cometido o assassinato e a gente fica duvidando de
cada um deles à medida que vamos conhecendo suas histórias e seus traumas.
Rachel Argyle, a vítima, não podia ter filhos, então adotou cinco crianças:
Micky, Jacko, Mary, Hester e Tina. Achei interessante como a autora ressalta o
fato deles serem adotados. Talvez para confirmar que qualquer um deles poderia
ter matado a mãe, por não serem filhos de sangue. Temos que lembrar que a
história foi publicada originalmente em 1958.
O título é brilhante, assim como o mistério criado
pela Agatha Christie. Ao fazer o caso ser reaberto, o Dr. Calgary
estava punindo os inocentes que tiveram que repassar por toda uma nova
investigação policial, gerando suspeitas entre os moradores da casa Pico
Ensolarado e afastando os membros de uma família mergulhada em um mistério que
talvez nunca seja solucionado.
Punição para a
Inocência é uma obra
prima! Um clássico!
Venha participar das Leituras Coletivas de
Clássicos organizadas pelo Clube do Farol.
Atualmente, estamos lendo O
Hobbit, de J.R.R Tolkien.
Com amor, André
Nota :: 









Informações Técnicas do livro
Punição
para a Inocência
50º
romance de Agatha Christie
Agatha
Christie
Ano: 2020
Páginas:
256
Editora: HarperCollins
Brasil
Sinopse:
Jacko Argyle é detido sob alegação de que teria
assassinado sua mãe em um surto de loucura, sendo condenado à prisão perpétua.
Dois anos depois, surge uma prova, encontrada pelo doutor Arthur Calgary, de
que o preso é inocente, mas a descoberta chega tarde demais: Jacko morre atrás
das grades. Os achados do doutor reabrem as feridas dos membros da família, que
passam a encarar uns aos outros com desconfiança e suspeita, assombrados com a
possibilidade de que o verdadeiro assassino ainda esteja entre eles.
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