17 setembro, 2020

# @André Gama # Agatha Christie

Resenha :: Punição para a Inocência


Oi, Faroleiros. Eu li Punição para a Inocência, o 50º livro de Agatha Christie, na Leitura Coletiva do Clube do Farol com o apoio da editora HarperCollins Brasil. Meu primeiro contato com a Rainha do Crime foi através do livro Assassinato no Expresso Oriente, que, infelizmente, não curti muito.

Em Punição para a Inocência, o temperamental Jacko é condenado à prisão perpétua por ter assassinato sua própria mãe. Ele jura inocência e apresenta um álibi. Segundo ele, estava pegando uma carona na hora do crime, mas o motorista nunca apareceu para confirmar sua história. Jacko foi preso e acabou morrendo na prisão.

Dois anos depois, Arthur Calgary aparece e conta para a família Argyle que ele era o motorista que deu a carona e que Jacko estava dizendo a verdade. Ele era inocente! Dr. Calgary esperava trazer conforto à família ao limpar o nome de Jacko. Só esqueceu que ao inocentar Jacko, o caso seria reaberto e a família seria assombrada com a possibilidade do verdadeiro assassino ainda estar entre eles.

A justiça me parecia muito importante. Agora... Estou começando a me perguntar se não existem coisas mais importantes.
Por exemplo?
Como... A inocência, talvez.

Esse intrigante caso de homicídio não é investigado por Hercule Poirot nem por Miss Marple. Os dois detetives aparecem em mais de 50 livros da autora britânica que atuou como romancista, contista, dramaturga e poetisa. Agatha Christie se destacou no gênero romance policial, por isso o apelido de Rainha do Crime. Durante sua carreira, publicou mais de 80 livros, alguns deles sob o pseudônimo de Mary Westmacott.


A edição da HarperCollins é primorosa! O livro tem um tamanho menor do que o normal, mas não chega a ser pequeno. É confortável nas mãos. A diagramação e as folhas amarelas facilitam a leitura. A tradução de Luisa Geisler é ótima, o que me leva a pensar que posso não ter gostado de Assassinato no Expresso Oriente por causa da tradução. A capa de Túlio Cerquize é linda! Amei a cor!

Todo mundo da família e os empregados que trabalham na casa têm motivos para ter cometido o assassinato e a gente fica duvidando de cada um deles à medida que vamos conhecendo suas histórias e seus traumas. Rachel Argyle, a vítima, não podia ter filhos, então adotou cinco crianças: Micky, Jacko, Mary, Hester e Tina. Achei interessante como a autora ressalta o fato deles serem adotados. Talvez para confirmar que qualquer um deles poderia ter matado a mãe, por não serem filhos de sangue. Temos que lembrar que a história foi publicada originalmente em 1958.

O título é brilhante, assim como o mistério criado pela Agatha Christie. Ao fazer o caso ser reaberto, o Dr. Calgary estava punindo os inocentes que tiveram que repassar por toda uma nova investigação policial, gerando suspeitas entre os moradores da casa Pico Ensolarado e afastando os membros de uma família mergulhada em um mistério que talvez nunca seja solucionado.

Punição para a Inocência é uma obra prima! Um clássico!

Venha participar das Leituras Coletivas de Clássicos organizadas pelo Clube do Farol. Atualmente, estamos lendo O Hobbit, de J.R.R Tolkien.

Com amor, André


Nota :: 


Informações Técnicas do livro

Punição para a Inocência
50º romance de Agatha Christie
Agatha Christie 
Ano: 2020
Páginas: 256
Sinopse:
Jacko Argyle é detido sob alegação de que teria assassinado sua mãe em um surto de loucura, sendo condenado à prisão perpétua. Dois anos depois, surge uma prova, encontrada pelo doutor Arthur Calgary, de que o preso é inocente, mas a descoberta chega tarde demais: Jacko morre atrás das grades. Os achados do doutor reabrem as feridas dos membros da família, que passam a encarar uns aos outros com desconfiança e suspeita, assombrados com a possibilidade de que o verdadeiro assassino ainda esteja entre eles.

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