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08 novembro, 2018

Resenha :: O Último dos Canalhas (Canalhas #2)

novembro 08, 2018 1 Comentários

Oi, Faroleiros.

O Último dos Canalhas é o segundo livro da série Canalhas lançado no Brasil pela Editora Arqueiro. Mas ele é, na realidade, o quarto livro da série escrita pela americana Loretta Chase.

Em O Príncipe dos Canalhas a gente torceu pelo amor entre o Marquês de Dain, conhecido como Lorde Belzebu, e Jéssica Trent. Agora, chegou à vez de conhecermos mais sobre Vere Mallory, o Duque de Ainswood.

Atenção: Se você ainda não leu O Príncipe dos Canalhas, esta resenha contém spoilers. Aproveite para saber o que achei do primeiro livro da série Canalhasclicando aqui.

O Canalha da vez é Vere Aylwin Mallory. Se você tem boa memória, vai se lembrar do Duque de Ainswood. Ele é amigo do Marquês de Dain. Estudaram juntos no internato Elton e foi ele quem, bêbado, confundiu Jéssica, esposa do Marquês, com uma prostituta durante a lua de mel deles. Lembrou? Pois é! Este é Vere Mallory.

Mas, Loretta Chase continua escrevendo seus prólogos e mostrando que a atual Fera também tem um coração. Vere foi nomeado o guardião dos 3 filhos do primo Charlie, quando este faleceu. Ele ficou com o garoto Robin por 6 meses enquanto a família estava de luto. Menos de três semanas após ter devolvido Robin para as suas tias, Mallory é chamado às pressas. Robin havia contraído difteria e foi Mallory que ficou ao seu lado até as últimas horas.

— Tudo bem, Robin — disse ele. — Eu estou aqui. Vou lutar contra a doença por você. Deixe-a ir, entregue-a para mim. Ouviu garoto? Jogue fora essa enfermidade maldita e deixe que eu a enfrente. Eu consigo, você sabe disso.

A morte de Robin, o sexto Duque de Ainswood, traumatizou tremendamente Mallory que acabou não aceitando bem as responsabilidades de ser o sétimo Duque de Ainswood.

O depravado Vere Mallory conhece a jornalista Lydia Grenville durante uma discussão dela com a cafetina Carolie Bress num beco da Russel Court. Lydia salvava a jovem Tamsin Prideaux das garras da cafetina, mas é interrompida pelo inconsequente Ainswood.

Os dois discutem e no final ele acaba dando um beijo na boca dela, mas ela reage e desfere um golpe no queixo dele, deixando-o caído de costas numa poça de lama. Durante a confusão a cafetina foge e Lydia consegue resgatar Tamsin. Mallory fica indignado e deseja manchar a reputação dela como forma de vingança.

Lygia trabalha no Argus, um jornal que tem como objetivo tornar a população bem informada, observando sem se abalar e relatando à metrópole como se tivesse cem olhos. Os artigos e ensaios da Srta. Greenville são tremendamente populares entre as mulheres, onde ela costuma atacar os nobres como o Duque. Sua vida é aquele jornal e não está interessada em nenhum tipo de romance.

Nessa disputa de quem é superior, Vere e Lydia fazem de tudo para humilhar e derrotar o seu rival ao mesmo tempo em que tentam esconder o desejo que um sente pelo outro.

Tão loucos quanto o mar e o vento, quando ambos disputam quem é mais poderoso — declamou ela.

Não achei a capa do livro tão chamativa, mas ao ler as característica de Vere Mallory e conhecer um pouco sobre o seu desleixo em se vestir e ser arrumar, o modelo que aparece na capa o representa perfeitamente com aquele cabelo rebelde.

O embate entre Vere e Lydia é cativante e hilário. Lydia é uma mulher livre e trabalhadora e através de sua vida e das críticas sociais que escreve no jornal, Loretta Chase defende algumas ideias feministas que não condizem com a época. Porém a autora é mestre em fazer isso: transformar um Romance de Época em algo atemporal. Afinal, a narrativa, o toque erótico (bem mais sutil aqui do que em O Príncipe dos Canalhas) e os ideais modernos não refletem o período tratado no livro. Não interpreto isso como uma falha. Fica claro que o propósito da autora é o entretenimento.

— Nós precisamos viver vidas reais, querendo ou não — observou Vere. — E você sabe, melhor do que a maioria das pessoas, que tipo de vida a grande massa da humanidade leva. Dar a ela algumas horas de folga (entretenimento) é entregar um enorme presente.

Ao ler este segundo livro de Loretta Chase, ficou claro a forma de narrativa que ela usa. Não costuma enrolar para que os casais se acertem, o que é ótimo. Mas ela sempre traz uma reviravolta após isto se resolver para movimentar a história e a narrativa ganhar mais fôlego. Depois que Vere e Lydia se acertaram (ok, isso não é um spoiler, não é mesmo?) e ainda faltavam bastante páginas para ler, fiquei esperando a reviravolta.

Adorei rever alguns personagens do livro anterior. Aos poucos eles vão aparecendo na história e se tornando relevantes. Como este é o último livro da série, vou sentir falta dos personagens adoráveis e cativantes criados pela autora.

Pena que a Arqueiro não lançou e nem pretende lançar os outros dois livros que faltam dessa ótima série. A diagramação da editora é muito boa, apesar de ter achado um grosseiro erro de digitação.

Agradeço a minha amiga Adriana, do blog Meu Passatempo Blablabla, por ter me indicado e emprestado os dois livros da série.

Com  amor, André



Nota :: 


Informações Técnicas do livro

O Último dos Canalhas
Ano: 2015
Páginas: 304
Editora: Arqueiro
Sinopse:
O devasso Vere Mallory, duque de Ainswood, está pronto para sua próxima conquista e já escolheu o alvo: a jornalista Lydia Grenville. Só que desta vez, além de seduzir uma bela mulher, ele deseja também se vingar dela.
Ao se envolver numa discussão numa taverna, Vere foi nocauteado por Lydia e se tornou alvo de chacota de toda a sociedade. Agora ele quer dar o troco manchando a reputação da moça.
Mas Lydia não está interessada em romance, principalmente com um homem pervertido feito Mallory. Em seus artigos, ela ataca nobres insen- satos como ele, a quem considera a principal causa dos problemas sociais.
Nesse duelo de vontades, Vere e Lydia se esforçam para provocar a der- rota mais humilhante ao mesmo tempo que lutam contra a atração que o adversário lhe desperta. E, nessa divertida batalha de sedução e malícia, resta saber quem será o primeiro a ceder à tentação.

31 maio, 2018

Resenha :: O Príncipe dos Canalhas (Lord of Scoundrels)

maio 31, 2018 7 Comentários

Queridos faroleiros, resolvi voltar no tempo para indicar (se você ainda não leu!) um livro que li em setembro de 2016 e me fez mudar de opinião sobre os Romances de Época.

Nunca fui muito fã do gênero. Eles seguem uma cartilha, onde o tabu e a honra são sempre um problema. Certo, todos os gêneros tem suas cartilhas, mas a cartilha dos Romances de Época me incomodam. Normalmente a mocinha é ingênua e recatada e se apaixona por alguém que a família aristocrática dela não aprova.

Uma amiga me emprestou O Príncipe dos Canalhas e, para minha surpresa, o romance escrito por Loretta Chase se tornou um dos meus livros favoritos.

Quando escrevi a Tag Literária - O Farol em fevereiro de 2017, a convite da Bete, escolhi O Príncipe dos Canalhas como o livro que tem os personagens mais shippaveis.

Paris, 1828.

Sebastian Ballister é o grande e perigoso Marquês de Dain, conhecido como Lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Adora sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense.

Quando nasceu, foi rejeitado pelo próprio pai devido a sua aparência física desagradável. Tinha grandes olhos e cabelos negros, braços e pernas desproporcionais e um nariz grosseiro e exagerado. Um verdadeiro monstrinho. Quando sua mãe fugiu com outro homem, seu pai se afastou ainda mais e o mandou para o internato Elton, onde foi constantemente humilhado pelos colegas. Também não fazia muito sucesso com as mulheres na época.

Jéssica Trent chega à Paris para ajudar seu irmão, Bartie. Ele idolatra Sebastian e procura seguir o mesmo estilo de vida dele. Só que Bartie não é como o Marquês de Dain. Já perdeu muito dinheiro em apostas, jogatina e mulheres, deixando sua irmã e avó preocupadas. Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e tabus impostos pela sociedade (ponto para Loretta Chase).

Quando Sebastian e Jéssica se encontram, conseguimos sentir as faíscas entre eles saltar das páginas do livro, afinal, são duas pessoas de personalidade forte e acostumadas a conseguir tudo o que desejam. Cada um quer subjugar o outro e provar que seus ideais estão corretos.

O que ninguém poderia imaginar é que esse jogo de gato e rato seria capaz de despertar sentimentos que foram há muito tempo bem enterrados pelo Marquês de Dain. Tampouco que a inteligência e a virilidade do Lorde Belzebu pudessem desviar Jessica de seu objetivo.

Agora, os dois passaram a ser o alvos das fofocas de toda a sociedade parisiense e os jogadores apostam se Sebastian e Jessica estão realmente apaixonados ou se tudo não passa de uma jogada de mestre desses dois estrategistas.

Não tem como não se apaixonar por esses dois personagens e torcer para que ambos consigam vencer os obstáculos para ficarem juntos. Pode ser visto como uma releitura de A Bela e a Fera, como diversos outros romances são, mas a excelente escrita de Loretta Chase deixa tudo com um ar de novidade e frescor.

Eu só não teria contado a história do passado de Sebastian durante o prólogo. Acho que se soubéssemos sobre o seu passado só mais pra frente, iriamos ficar com raiva do Lorde Belzebu só para depois entendermos o porquê de suas atitudes. Seria uma bela de uma reviravolta.

O Príncipe dos Canalhas venceu o Prêmio RITA de Melhor Romance Histórico em 1996. O Prêmio RITA é o maior prêmio de destaque em romances de ficção e reconhece a excelência em romances publicados e novelas.

Uma curiosidade é que O Príncipe dos Canalhas (Lord of Scoundrels) foi o primeiro livro da série Scoundrels lançado no Brasil, mas, na realidade, ele é o terceiro livro da série no exterior. Isso não altera em nada o prazer em ler a série, porque cada livro conta uma história independente. Pena que a Editora Arqueiro só lançou o terceiro e o quarto (O Último dos Canalhas) livros da série.

O livro é narrado na terceira pessoa e tem suas pitadas de erotismo. Acabei esquecendo que a história se passava em Paris de 1828, afinal seria difícil encontrar uma mulher como Jessica nessa época. É uma história atemporal, cheia de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos.



Nota ::  



Informações Técnicas do livro

O Príncipe dos Canalhas
Canalhas #1
Ano: 2015
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
Sinopse (Skoob):
Sebastian Ballister é o grande e perigoso marquês de Dain, conhecido como lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Rejeitado pelo pai e humilhado pelos colegas de escola, ele nunca fez sucesso com as mulheres. E, a bem da verdade, está determinado a continuar desfrutando de sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense. Até que um dia ele conhece Jessica Trent...
Acostumado à repulsa das pessoas, Dain fica confuso ao deparar com aquela mulher tão independente e segura de si. Recém-chegada a Paris, sua única intenção é resgatar o irmão Bertie da má influência do arrogante lorde Belzebu. 
Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e pelos tabus impostos pela sociedade muito menos pela ameaça do diabo em pessoa. O que nenhum dos dois poderia imaginar é que esse encontro seria capaz de despertar em Dain sentimentos há muito esquecidos. Tampouco que a inteligência e a virilidade dele pudessem desviar Jessica de seu caminho.
Agora, com ambas as reputações na boca dos fofoqueiros e nas mãos dos apostadores, os dois começam um jogo de gato e rato recheado de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos ardentes.