“Eu tendo a cometer o erro de achar que uma coisa óbvia para mim também é óbvia para todo mundo.”
Oiiiiiiiiii, pessoinhas!
Hoje, dia 8 de
março, como todos sabem, é o Dia Internacional das Mulheres
: seres que podem
ser fortes e lutadoras sem deixarem de ser femininas e sensíveis, que
conquistam tudo e a todos com seu zelo, com sua coragem, com sua capacidade,
com o amor que transmitem em tudo o que fazem e sonham. E hoje, resolvi indicar
uma obra de leitura rápida, mas que é absolutamente necessária e reflexiva: Sejamos
Todos Feministas, da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, que é derivado de uma palestra feita pela
autora no TEDx Euston.


“Tanto um homem como uma mulher podem ser inteligentes, inovadores, criativos. Nós evoluímos. Mas nossas ideias de gênero ainda deixam a desejar.”
Esse livro é um chamado para a realidade,
para a verdade sobre o que é ser feminista, o porquê de o feminismo ser tão
importante tanto para mulheres como para homens, o porquê de como o feminismo
poderia ser libertador caso TODOS deixassem a discriminação de lado e se
tratassem como IGUAIS, já que todos deveríamos ter os mesmos direitos, as
mesmas oportunidades, o mesmo respeito.
“Perdemos muito tempo ensinando as meninas a se preocupar com o que os meninos pensam delas. Mas o oposto não acontece. Não ensinamos os meninos a se preocupar em ser “benquistos”. Se, por um lado, perdemos muito tempo dizendo às meninas que elas não podem sentir raiva ou ser agressivas ou duras, por outro, elogiamos ou perdoamos os meninos pelas mesmas razões.”
Sejamos Todos Feministas é
um livro curto, pequeno, mas que é gigante no seu conteúdo, mostrando a
realidade de ser mulher em uma sociedade que, querendo ou não, se tocando disso
ou não, ainda é machista. E isso é perceptível em todas as questões levantadas
pela autora na obra. Questões do nosso dia a dia mesmo, que não são notadas (ou
ignoradas) por muitos. Questões que mostram o quanto o mundo ainda tem que
melhorar, o quanto algumas culturas ainda precisam ser mudadas.
"A cultura não faz as pessoas. As pessoas fazem a cultura. Se uma humanidade inteira de mulheres não faz parte da nossa cultura, então temos que mudar nossa cultura."
Muitas vezes as pessoas não sabem exatamente
o que é feminismo ou o julgam pelas atitudes de mulheres mais radicais, achando
que feministas odeiam os homens, que acham que as mulheres devem mandar neles,
que feministas não usam sutiã, nem maquiagem... Mas na verdade o feminismo
busca a igualdade, direitos iguais para ambos os sexos, onde a criação dos filhos
possa ser igual e não definida pelo sexo deles, onde todos respeitem e
sejam respeitados. O feminismo é uma luta pela igualdade.
“O problema da questão de gênero é que ela prescreve como devemos ser em vez de reconhecer como somos. Seríamos bem mais felizes, mais livres para sermos quem realmente somos, se não tivéssemos o peso das expectativas do gênero.”
Então, homens, saibam que as mulheres não
querem sair se achando melhores que ninguém, nem sair pisando nos outros. Elas
querem ser suas iguais, serem tratadas com o mesmo respeito, tendo os mesmos
direitos. Por que ser mulher não é ser mais incapaz e nem menos inteligente.
“A questão de gênero, como está estabelecida hoje em dia, é uma grande injustiça. Estou com raiva. Devemos ter raiva. Ao longo da história, muitas mudanças positivas só aconteceram por causa da raiva. Além da raiva, também tenho esperança, porque acredito profundamente na capacidade de os seres humanos evoluírem.”
E isso tudo podemos encontrar na obra da Chimamanda Ngozi Adichie, que de maneira
clara e cheias de exemplos, nos faz abrir os olhos para o quanto a busca por
igualdade é importante e essencial. Nos incentiva a lutarmos por um mundo mais
igualitário, onde o nosso valor e importância não são definidos pelo nosso
sexo, mas pelo que realmente somos. Nos incentiva a lutarmos por um mundo onde
podemos ser autênticos. Então, buscando tudo isso, Sejamos Todos Feministas! 

“A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos.”
Confira a palestra que deu origem ao livro:
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Informações Técnicas do livro
Sejamos Todos Feministas
Ano: 2014
Páginas: 87
Editora: Companhia das Letras
Sinopse (Skoob):
O que significa ser
feminista no século XXI? Por que o feminismo é essencial para libertar homens e
mulheres? Eis as questões que estão no cerne de Sejamos todos feministas,
ensaio da premiada autora de Americanah e Meio sol amarelo."A questão de
gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a
planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens
mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim
que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também
precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente."Chimamanda Ngozi
Adichie ainda se lembra exatamente da primeira vez em que a chamaram de
feminista. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. Não era
um elogio. Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: Você apoia o
terrorismo!. Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo
e em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca
se casaram, que são anti-africanas, que odeiam homens e maquiagem começou a se
intitular uma feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de
usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens.Neste ensaio agudo,
sagaz e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e
nigeriana para pensar o que ainda precisa ser feito de modo que as meninas não
anulem mais sua personalidade para ser como esperam que sejam, e os meninos se
sintam livres para crescer sem ter que se enquadrar nos estereótipos de
masculinidade. Sejamos todos feministas é uma adaptação do discurso feito pela
autora no TEDx Euston, que conta com mais de 1 milhão de visualizações e foi
musicado por Beyoncé.
Outras obras da autora Chimamanda Ngozi Adichie:
Sinopse
(Skoob):
Lagos,
anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria
enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às
universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu
muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico,
ela se depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida
de imigrante, mulher e negra. Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira
aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à
sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta
para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que
deixou e na vida de seu companheiro de adolescência. Chimamanda Ngozi Adichie
parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como
imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero.
Sinopse
(Skoob):
Protagonista
e narradora de Hibisco Roxo, a adolescente Kambili mostra como a religiosidade
extremamente "branca" e católica de seu pai, Eugene, famoso
industrial nigeriano, inferniza e destrói lentamente a vida de toda a família.
O pavor de Eugene às tradições primitivas do povo nigeriano é tamanho que ele
chega a rejeitar o pai, contador de histórias encantador, e a irmã, professora
universitária esclarecida, temendo o inferno. Mas, apesar de sua clara
violência e opressão, Eugene é benfeitor dos pobres e, estranhamente, apoia o
jornal mais progressista do país. Durante uma temporada na casa de sua tia,
Kambili acaba se apaixonando por um padre que é obrigado a deixar a Nigéria,
por falta de segurança e de perspectiva de futuro. Enquanto narraas aventuras e
desventuras de Kambili e de sua família, o romance também apresenta um retrato
contundente e original da Nigéria atual, mostrando os remanescentes invasivos
da colonização tanto no próprio país, como, certamente, também no resto do
continente.
Sinopse
(Skoob):
Filha
de uma família rica e importante da Nigéria, Olanna rejeita participar do jogo
do poder que seu pai lhe reservara em Lagos. Parte, então, para Nsukka, a fim
de lecionar na universidade local e viver perto do amante, o revolucionário
nacionalista Odenigbo. Sua irmã Kainene de certo modo encampa seu destino. Com
seu jeito altivo e pragmático, ela circula pela alta roda flertando com militares
e fechando contratos milionários. Gêmeas não idênticas, elas representam os
dois lados de uma nação dividida, mas presa a indissolúveis laços germanos -
condição que explode na sangrenta guerra que se segue à tentativa de secessão e
criação do estado independente de Biafra.
Contado
por meio de três pontos de vista - além do de Olanna, a narrativa concentra-se
nas perspectivas do namorado de Kainene, o jornalista britânico Richard
Churchill, e de Ugwu, um garoto que trabalha como criado de Odenigbo -, Meio
sol amarelo enfeixa várias pontas do conflito que matou milhares de pessoas, em
virtude da guerra, da fome e da doença. O romance é mais do que um relato de
fatos impressionantes: é o retrato vivo do caos vislumbrado através do drama de
pessoas forçadas a tomar decisões definitivas sobre amor e responsabilidade,
passado e presente, nação e família, lealdade e traição.
Feliz
Dia Internacional da Mulher!


Que tema polêmico, ein! rsrs
ResponderExcluirNão me considero ativista nem feminista, mas é sempre bom ver todos os lados
Bjs!
Partes da Literatura
É sempre bom conhecer todos os lados mesmo, Taínny, assim não julgamos sem ter conhecimento nenhum.
ExcluirBjo
Bem-vinda ao Clube do Farol :)
Olá!
ResponderExcluirHoje em dia, muitas mulheres (e homens) confundem o feminismo com superioridade, ou seja, o contrário de machismo. Mas, vale lembrar que o feminismo não é superioridade, o feminismo é igualdade, achei bacana que o livro mostra isso. Gostei muito e já quero ler!
Amei!
Beijos,
Ler Antes De Dormir
Você está totalmente certa, Narah. E por confundirem, acabam tendo muitas opiniões negativas, sem conhecerem de verdade o que é feminismo :/.
ExcluirE leia sim, é bem curtinho, dá para ler em menos de meia hora :).
Bjo
Bem-vinda ao Clube do Farol! :)
Oi!
ResponderExcluirSou feminista de carteirinha e estou apaixonada por este post, já quero este livro e depois verei o vídeo, pois parece bem interessante. Acho importante falar sobre o feminismo, mas o mais relevante são as atitudes, conheço feministas que não agem como tal e mulheres sem rótulos que me orgulham!
Um beijo, Carol
Blog com V.
Parabéns por ser feminista, Caroline :).
ExcluirRealmente, rótulos são apenas detalhes, o importante são nossas atitudes sempre.
E leia o livro mesmo, dá para ler bem rapidinho, e quando vi o vídeo deu vontade de bater palmas sozinha para a Chimamanda Ngozi Adichie, espero que goste, eu amei :).
Bjo
Bem-vinda ao Clube do Farol :).
Aproveite o dia das mulheres para baixar esse livro no kindle (adorei a gratuidade), vou ler e comento aqui o que achei da leitura!! Bjs Parabéns pelo post Danii, maravilhoso!!!
ResponderExcluirMuito obrigada, Elis :). O ebook ser de graça é um incentivo a mais para ler, rs. Espero que ame tanto quanto a Milly e eu :).
ExcluirBjo
Olá, adorei sua resenha. Que escolha diferente de leitura, realmente um tema difícil. Uma autora incomum também. Achei muito interessante, parabéns pela homenagem e feliz dia das mulheres atrasado rsss... bjs
ResponderExcluirObrigada atrasado também, rs. É um tema difícil, mas necessário :/. E a autora é maravilhosa. Quando puder leia esse livro, é incrível :).
ExcluirBjo
Bem-vinda ao Clube :).
Gostei do post. O tema é sempre polêmico. Esse livro Hibisco Roxo já dei de presente, mas nunca li. Bjs!
ResponderExcluirObrigada :). Também nunca li Hibisco Roxo :(, mas pretendo. Já amo essa autora e quero ler tudo dela, rs.
ExcluirBjo
Bem-vinda ao Clube :).
Adorei o post. Esse tema deve ser cada vez mais abordado!
ResponderExcluirBeijos :*
Obrigada, Daniele :). Deve ser cada vez mais abordado, com certeza. Assim talvez deixem de julgar sem conhecer.
ExcluirBjo
Bem-vinda ao Clube :).
Oii!
ResponderExcluirSou feminista e já escutei e ainda escuto piadinhas por aí. Tenho raiva quando as pessoas pensam que as femininas querem ser superior ao homem e não entende que queremos direitos iguais.
Não li esse livro, mas já vi alguns lugares. Amei esse post!
Beijos!
Oii Juliana!
ExcluirPiadinhas sempre aparecem. As pessoas amam sair falando do que não sabem, e gostam de ficar na ignorância em vez de se aprofundar no assunto e parar de julgar quem pensa diferente delas.
E leia o livro! É super curto, mas é maravilhoso :).
Bjo
Bem-vinda ao Clube :).
A M O esse livro! A M O essa autora!
ResponderExcluirAcho que todos deveriam ter a oportunidade de ler Chimamanda... Ela tem uma sensibilidade que atinge a todos.
Minha próxima leitura será Hibisco Roxo, mas tenho a meta de ler todos os títulos dela.
Amei teu post.
beijos, Priscila
https://maishumlivro.wordpress.com/
A Chimamanda é maravilhosa! Ela escreve de um jeito que nos toca e faz parecer que foi com a gente, rs.
ExcluirEu também quero ler todos os livros dela, devem ser todos muito bons e inspiradores :).
Obrigada :).
Bjo
Bem-vinda ao Clube :).