
Depois de tanta espera, A Inquisição chegou! E
chegou mudando tudo que eu imaginava que seria essa continuação. Da próxima vez
eu vou refletir melhor e parar de tentar adivinhar o que pode acontecer em um
livro que tem como referências Harry
Potter, Senhor do Anéis e Pokémon, pois certamente é um caminho
que só o Taran Matharu conhece, e ele
sabe maltratar os leitores como poucos. Quando eu achava que era uma coisa,
acabava sendo outra (se é que dá para
entender). Ok, algumas possibilidades que pensei aconteceram, não do jeito
que eu pensava, mas aconteceram. E quero deixar claro que isso só beneficiou
para que eu gostasse do livro.
Às vezes, não fazer nada era a atitude mais arriscada.
Depois daquele final de O Aprendiz, de deixar
qualquer leitor ansioso para o desenrolar dos acontecimentos, finalmente
conseguimos desvendar o que rolou nesse universo de referências que amo.
Começando ao revelar que as coisas não estão
indo muito bem entre as raças (humanos,
anões e elfos), o livro todo se constrói “basicamente” entre a tensão
desses grupos, ainda mais depois dos acontecimentos do torneio no final do
livro passado. E não posso deixar de apontar da diferença que o novo cenário
deu para o livro, enquanto em O Aprendiz se passava na escola de
conjuradores, lembrando um clima mais voltado para Harry Potter, o segundo se afasta bem desse clima, puxando para o Senhor do Anéis e Pokémon, ao mesmo tempo que se passa isso de uma forma nova.
Outro ponto que achei interessante foi o
destaque que foi dado para o julgamento de Fletcher, foi bem emocionante, e
nesse livro dá para perceber toda a questão política complexa que permeia esse
universo. Muitas maquinações, pessoas! E bastante revelações. Adorei a nova
fase de Otelo e Sylva, além de saber mais sobre outras raças e sobre o éter e novos
demônios. Consegui perceber uma construção completamente mais rica e única
nesse universo do que já havia sido mostrado no primeiro livro.
Esta família é o que nós éramos. Esses saqueadores são o que nos tornamos.
Temos, mais ou menos, dois momentos importantes:
o julgamento como já falei anteriormente, que foi bem destacado, onde nos é
mostrado mais o lado político do universo; e a segunda parte que é bem mais
movimentada e te deixa muito mais grudado a cada página (não vou dar detalhes demais, para que possam ser surpreender pelo
caminho que o livro nos leva). Em meio a tudo isso, nos são apresentados
personagens novos e alguns antigos, que não tiveram destaque em O Aprendiz,
aqui ganham bem mais protagonismo (fiquei
bem feliz com isso).
Uma coisa que tenho que destacar é a sensação de
nostalgia muito louca. Mesmo lendo pela primeira vez, é como se eu tivesse
oportunidade de ter em uma série tudo que eu amava na infância, mas não de uma
forma completamente infantil, e é isto que eu mais amo na escrita do autor: a chance de reviver esse fascínio por algo
novo e ao mesmo tempo tão conhecido.
No geral preciso concluir dizendo que eu não sei
lidar com o Taran Matharu. Amo demais
esse universo de Conjurador que ele construiu, e esse segundo livro veio para
consolidar essa minha paixão. Eu achei que ele não poderia fazer um final mais
impactante de que o final do primeiro livro O Aprendiz, mas essa
continuação veio e mudou isso! Que final! Que ansiedade para ler o terceiro
livro! Não sei o que vem por aí e nem tenho mais a pretensão de adivinhar, mas
se sobrevivi a Inquisição, que venha O Mago de Batalha.
Às vezes, as ideias mais simples por acaso são as melhores.
Nota :: 











Informações Técnicas do livro
A Inquisição
Conjurador #2
Ano:
2017
Páginas:
350
Editora: Galera Record
Sinopse (Skoob):
Um ano
se passou desde o torneio. Fletcher e Ignácio foram trancafiados numa prisão.
Agora, terão que enfrentar um julgamento realizado pela Inquisição, uma
poderosa instituição controlada por pessoas que ficariam maravilhadas em
assistir de camarote à ruína de Fletcher. Após um julgamento cheio de
revelações sobre o passado do jovem conjurador, os estudantes da Academia
Vocans são enviados para as selvas órquicas com uma perigosa missão. Com os
amigos, Otelo e Sylva, sempre ao seu lado, Fletcher vai enfrentar impensáveis
desafios numa batalha para salvar Hominum da destruição. Mesmo que precise
morrer para isso.
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