“28
anos atrás, a feliz vida familiar de Charlotte e Samantha Quinn foi dilacerada
por um terrível ataque à casa de sua família. Deixou a mãe deles morta. Deixou
o pai deles - o notório advogado de defesa de Pikeville — devastado. E deixou a
família fraturada além do reparo, consumida por segredos daquela noite
terrível.
Depois
de todos esses anos Charlie (Charlotte) seguiu os passos de seu pai para se
tornar uma advogada - a boa filha ideal. Mas quando a violência chega a
Pikeville novamente - e uma tragédia chocante deixa toda a cidade traumatizada
— Charlie está mergulhado em um pesadelo. Não só ela é a primeira testemunha em
cena, mas é um caso que desencadeia as terríveis memórias que ela passou tanto
tempo tentando suprimir. Porque a verdade chocante sobre o crime que destruiu
sua família há quase trinta anos não será enterrada para sempre.” (Sinopse Americana)
Falar ou escrever sobre esse
livro é ainda mais difícil que o normal, porque qualquer coisa pode ser um spoiler e realmente estragaria as surpresas
e as reviravoltas que ele possui, e a pessoa que vai ler pode esperar por elas
de TODAS as formas, do início ao final do livro. A máxima do House “everybody
lies” se aplica com perfeição nesse livro. Quando Charlie se vê como testemunha
de um crime, não apenas a tragédia, mas a investigação do mesmo começa a
desencadear fatos que remontam ao que aconteceu com ela quando tinha 13 anos.
Pikeville é uma cidade criada
pela autora, mas de certo modo nessa cidade ninguém é completamente inocente ou
culpado. Do pai de Charlie ao promotor de justiça. Outra coisa que esse livro
aborda é a violência, seja doméstica, bullying
ou urbana. A pergunta que permeia toda trama é: Quando é demais para alguém conseguir superar? Quanto de dor e
sofrimento é necessário para que seja demais?
A escrita da autora me prendeu
do começo ao fim da trama, eu realmente precisava de respostas, porque a cada
página mais perguntas surgem, porque as respostas que você já tinha não são
mais verdadeiras, válidas. As surpresas e reviravoltas acontecem de forma quase
enlouquecedora (no melhor sentido de um
suspense), então o porquê da nota?
Porque para mim a autora passou
a linha do necessário, ela trouxe elementos a esse sofrimento que achei que
serviam mais para chocar o leitor do que necessárias à trama. E ela fez isso de
forma repetitiva para alguns personagens, o que mais me chateou foi que isso
não criou em mim qualquer forma de empatia ou simpatia para com a trama.
Enfim, é um ótimo livro, mas
não a ponto de eu querer ler mais nada da autora, porque não sei se meu coração
suporta outro rolo compressor passando por cima dele.
Informações Técnicas do livro
A Boa
Filha
Ano: 2018
Páginas: 480
Editora: TAG
- Experiências Literárias; HarperCollins Brasil
Sinopse
(Skoob):
Um
crime brutal devasta a família Quinn. Os suspeitos são os irmãos Culpepper,
conhecidos na cidade como reincidentes na delinquência. Desintegrado, o clã dos
Quinn tenta superar o trauma à sua maneira, até que, 28 anos depois, outro
incidente violento trará à tona tudo aquilo que ficou guardado.
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