*recebido em parceria com o Grupo Editorial Coerência |
Pode conter spoiler do livro anterior.
Confira a resenha de Anne de Green Gables, clicando aqui.
Oi, serzinho! Hoje dei o ar da
graça para falar sobre o segundo livro da série que conta a história da ruiva
mais amada e cheia de imaginação da literatura. Comecei a ler Anne de
Avonlea com expectativas bem altas e sinto alegria em dizer que elas
não foram frustradas, na verdade foram superadas.
Isto é algo bom neste mundo: sempre existe a certeza de que haverá mais primaveras.
Depois do triste acontecimento
do livro anterior, que tentou acabar com todas as lágrimas do meu corpo (quase
conseguiu), e de a Anne ter desistido da bolsa de estudos (que havia
ganhado para cursar a faculdade) para ficar em Green Gables, a Srta.
Shirley, com "dezesseis anos e meio", começa uma nova aventura
sendo agora professora na escola de Avonlea. E, claro, ela começa cheia de
ideais, planejando métodos de ensino diferentes dos usados na época (lembre-se
que esse é um livro clássico, não contemporâneo), querendo usar o afeto
como algo essencial para lidar com seus alunos. Mas no livro, como na vida, nem
tudo que idealizamos na teoria, funciona 100% na prática. E com a Anne não é
diferente. Ela percebe que os desafios em uma sala de aula são inúmeros e que lidar
com seus alunos pode ser mais complicado do que esperava, mas nem por isso se
desanima e além de ensinar as crianças e conquistá-las, ela mesma irá aprender
várias lições.
Entretanto, nunca se sabe o que pode acontecer quando uma professora usa sua influência para o bem.
Paralelo a isso, Green Gables
ganha novos moradores, os gêmeos de 6 anos, Dora e Davy, filhos de um primo de
terceiro grau da Marilla, já falecido, que ficam órfãos após a morte da mãe.
Enquanto a Dora é uma verdadeira dama, cheia de bons modos, Davy é do tipo de
criança capaz de dar cabelos brancos, com todas as suas travessuras e perguntas
sobre tudo que “quer saber”. Ele, com certeza, arranca inúmeras risadas
durante a leitura. E a Anne é quem mais sofre com as perguntas de Davy, mas nem
por isso acaba o amando menos. Na verdade, acho que é impossível não amar o
Davy, mesmo com tudo o que ele apronta (e acredite, é muita coisa).
— Toda manhã é um novo começo. Em toda manhã, o mundo se renova.
Mesmo com várias
responsabilidades, já mostrando certo amadurecimento, a Anne continua cativando
as pessoas ao redor (e nós também) com a sua maneira única de enxergar o
mundo e tudo a sua volta, e ao lado do meu amado Gilbert, da sua amiga do peito
Diana, e de outros amigos, ela conhecerá novos lugares, encontrará novos
espíritos irmãos e, claro, se envolverá em várias confusões, sem deixar de lado
o caminho para o reino da imaginação, que faz parte dela tanto quanto os
cabelos ruivos.
As coisas ruins nem sempre não são tão ruins como imaginamos. A maioria acaba sendo melhor do que se pensa.
Ai, serzinho, preciso dizer o
quanto amei esse livro? Porque eu amei e muito. A narrativa em terceira pessoa
continua imensamente fluida e viciante. A descrição, como no livro anterior,
continua nos fazendo mergulhar para dentro do livro, imaginando cenários super “interessantes”
(só eu que estou louca para conhecer a Ilha do Príncipe Eduardo,
pessoalmente, um dia?). Fui completamente conquistada pelos diálogos desse
livro, assim como fui conquistada em Anne de Green Gables,
praticamente marquei o livro inteiro, porque eu simplesmente não consigo não
amar tudo desse livro e querer levar para a minha vida praticamente tudo que
li.
— Já reparou que — disse Anne, refletindo —, quando as pessoas afirmam se sentir na obrigação de dizer algo, precisamos nos preparar para algo desconfortável? Por que não sentem que também é obrigação delas dizer coisas prazerosas?
Amei “reencontrar”
alguns personagens do livro anterior, senti falta de outros (vou ali chorar
no canto), e fiquei encantada ao “conhecer” alguns dos novos, como
os gêmeos, Dora e Davy, o Paul Irving e o Sr. Harrison.
Devo pegar todas as minhas ambições e tirar o pó delas.
É incrível acompanhar o
amadurecimento da nossa protagonista, e o mais interessante é notar que, mesmo “ficando
adulta”, a Anne continua sendo a Anne, a sua essência, o seu jeito “Anne”
de ser continua presente, conquistando o nosso coração, como conquistou quando
estava com 11 anos. O que mostra que não precisamos “mudar” tudo em nós
conforme “crescemos”. Amadurecer é uma coisa, deixar quem somos para
trás é outra completamente diferente.
— Eu gostaria de adicionar beleza à vida — disse Anne, sonhadora. — Não quero, exatamente, fazer as pessoas saberem mais, apesar de entender que é a mais nobre das ambições, mas eu amaria fazê-los ter momentos mais prazerosos por causa de mim. Ter um pouco de alegria ou pensamentos felizes, algo que não existiria se eu não tivesse nascido.
— Acho que você faz isso todos os dias.
É esplêndida a forma como esse
livro nos enche de lições para a vida e o quanto ele me fez me sentir “bem”,
até quando eu não estava tendo bons dias. Gostei muito de o livro mostrar que
todos nós estamos propensos a errar, mas que também todos nós estamos propensos
a aprender com nossos erros, e que nem tudo e todos são perfeitos o tempo
inteiro. Tem dias que vão ser felizes por causa da sua tranquilidade, tem dias
que serão difíceis por pequenas coisas, ou pequenos erros que vão acabar com a
nossa paciência. Tem dias que serão "dourados", cheios de
aventuras e novas descobertas, tem dias em que virão verdadeiras tempestades na
nossa vida, mas que manterão o que for essencial e que sempre deixará um motivo
para reconstruirmos tudo e melhorarmos a nós mesmos. O que importa é sempre
valorizar todos os dias, sempre levando conosco o que eles nos trazem de bom,
as lições que cada um deles deixa, sejam eles dias bons ou ruins. Porque hoje
podemos cometer equívocos, quebrar algo valioso, mas amanhã podemos descobrir
lugares esplêndidos, cheios de flores, cores e vida, tanto em lugares "externos",
quanto lugares "internos", dentro de nós.
— No fim das contas — Anne dissera certa vez para Marilla —, acredito que os melhores dias não são aqueles em que coisas muito esplêndidas, maravilhosas ou excitantes acontecem, mas aqueles que trazem os prazeres simples, um seguido do outro, como pérolas caindo de um fio.
Essa edição do Grupo
Editorial Coerência está maravilhosa, a começar pela capa, que, com certeza
é uma das mais lindas da minha estante. A diagramação está primorosa, com
cartas “voando” em todo início de capítulo, bom espaçamento, com páginas
bem “limpas”, visualmente falando. As folhas são amarelas, com fonte em
tamanho bem confortável para a leitura, até para alguém meio ceguinha como eu (sério,
consegui ler alguns trechos até sem óculos).
— (...) É melhor se preparar para o pior.
— Mas não acha que deveríamos nos preparar para o melhor também? — questionou Anne. — É tão provável acontecer o melhor quanto o pior.
Terminei Anne de Avonlea
sem nem notar, simplesmente cheguei à última página e pensei em algo como: "Ué,
mas já acabou?". Estou meio órfã de Anne desde então. Preciso de Anne
da Ilha logo para o bem dos meus nervos (unhas eu já não tenho mais
mesmo), já que estou ansiosíssima (no bom sentido) para saber o que
se passa na próxima história, principalmente porque o meu lado romântico já
está todo iludido pensando no que pode acontecer. Como diria a Anne, o final
desse livro me deu tanto alcance para a imaginação, tantas possibilidades! Só
estou esperando os meus futuros surtos.
— Bem, todos nós cometemos erros, querida, então deixe isso para trás. Devemos lamentar nossos erros e aprender com eles, mas nunca os levar adiante, carregá-los para o futuro conosco.
Anne de Avonlea é uma continuação
cativante, inspiradora, que me conquistou completamente e que me fez amar ainda
mais a escrita da Lucy Maud Montgomery e a história que ela criou da
ruiva cheia de imaginação, que com certeza é uma das minhas personagens
favoritas entre todos os personagens de todos os livros que já li, que
protagoniza, sem dúvida, os livros mais bem escritos do mundo, para mim, e que
quero reler sempre, até quando estiver uma velhinha gagá. Então, serzinho, não
deixe de ler essa linda história (depois de ler Anne de Green Gables,
obviamente, porque não quero que você perca nada da história da Anne), por
favor, para que você possa ter o seu coração conquistado, como o meu, com
certeza, foi.
— (...) Afinal, fazemos nossas próprias vidas onde quer que estejamos (...). A vida pode ser ampla ou estreita, de acordo com o que colocamos nela, não com o que tiramos. A vida é rica e plena aqui… em toda parte… se pudermos aprender como abrir todo o nosso coração à sua riqueza e plenitude.
Nota ::
Informações Técnicas do livro
Anne de Avonlea
Anne #2
L. M. Montgomery
Ano: 2020
Páginas: 289
Sinopse:
Anne
Shirley agora tem “dezesseis anos e meio”. Após desistir de cursar a faculdade
para ficar em Green Gables, está prestes a iniciar suas atividades como a
professora da escola de Avonlea. Guiada por seus ideais românticos, planeja
atuar com métodos de ensino inovadores, mas, com o tempo, acaba percebendo que
muitas vezes a teoria é bem diferente da prática. Nada, porém, é capaz de
desanimar Anne, que, com o apoio de Gilbert Blythe e de outros jovens de
Avonlea, conquista a confiança da comunidade e efetua diversas melhorias no
distrito – e também em seus habitantes. Embora cheia de responsabilidades, a
jovem continua conquistando todos ao seu redor com seu espírito livre e
cativante. Ao lado de sua fiel amiga, Diana Barry, encontra novos espíritos
irmãos conforme vai se aproximando cada vez mais da vida adulta, sem deixar
para trás suas manias imaginativas e sua facilidade para se envolver em
confusões.
Em
seu segundo romance, L. M. Montgomery continua conquistando seu público com
palavras encantadoras e um enredo bem-humorado. Como não poderia ser diferente
em uma história protagonizada por Anne Shirley, a autora segue conduzindo
leitores de todas as idades a refletir acerca dos valores que regem nossa
sociedade.
Para comprar:
► Livro Físico
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Dinâmica, inovadora, eclética e arrojada, a Editora Coerência já chega ao mercado revelando seu diferencial: a divulgação dos autores nacionais, que têm tanta dificuldade em se fazerem notar.
Criada não apenas para viabilizar a publicação de autores (ainda) não renomados, a Coerência conta com toda uma equipe de revisores, diagramadores, ilustradores, capistas e assessores, que preparam a obra para que esta chegue com qualidade à casa de milhares de leitores em todo o Brasil.
Foi pensando em fazer com que sonhos tivessem vida que a editora-chefe, Lilian Vaccaro, formulou a Coerência, para que se tornasse não mais do mesmo, e sim um lugar onde o autor pode, acima de tudo, se realizar e ganhar experiência no mercado editorial.
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Achei esse livro estonteante, com um final incrível e muito emocionante. É uma leitura que eu recomendo. Sua resenha ficou sensacional, parabéns!!!
ResponderExcluirEu to lendo agoraaaa
ResponderExcluirE confesso que depois daquele final, esse começo do çivro foi um frescor, ver a vida seguindo e a Anne sendo Anne rsrs
TO amando os novos personagens!
Suas fotos estão cada dia mais bonitas!
osenhordoslivrosblog.wordpress.com